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Lula está mais propenso a ir contra Maduro, dizem aliados
Um amigo do presidente que falou chegou a culpar a cúpula petista pela desastrosa frase de Lula em que afirmou que não houve “nada grave” na eleição venezuelana

Aliados do petista admitem que não será possível empurrar a situação por muito mais tempo
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está cada vez mais aberto à ideia de assumir uma posição a ir contra Nicolás Maduro e deixar de reconhecer a legitimidade da eleição na Venezuela, avaliam petistas próximos a ele.
Segundo relatos feitos por dois amigos do presidente, ganha força no governo o entendimento de que a situação na Venezuela caminha para um patamar “insustentável”.
Lula, disse um desses interlocutores, tem sido impactado especialmente pelo “povo na rua” no país vizinho. Ainda há alguma esperança em relação às tentativas de diálogo estabelecidas em conjunto com México e Colômbia. Mas aliados do petista admitem que não será possível empurrar a situação por muito mais tempo.
Numa tentativa de criar uma espécie de vacina para as críticas, aliados próximos de Lula passaram nos últimos dias a minimizar a proximidade com Maduro. Em conversas reservadas com o blog, esses interlocutores disseminam a tese de que Lula tinha umarelação de amizade com Hugo Chávez, mas que o vínculo com seu sucessor seria muito mais frágil.
No círculo próximo do presidente, também houve uma mudança de tom significativa em relação ao PT. Se antes o Planalto exaltava a isenção e autonomia do partido em se posicionar a respeito das eleições venezuelanas, agora sobram queixas expressas ao partido, sempre com base na premissa de que houve precipitação no apoio a Maduro.
Um amigo do presidente que falou chegou a culpar a cúpula petista pela desastrosa frase de Lula em que afirmou que não houve “nada grave” na eleição venezuelana.
Foi, segundo esse interlocutor, uma tentativa de aliviar as críticas à direção petista pelo fato de ter divulgado uma nota em que reconheceu a legitimidade da eleição.
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Papa Leão XIV divulga nova orientação para sexo no casamento

Papa Leão na FAO em Roma • 16/10/2025 REUTERS/Remo Casilli
Em um novo decreto assinado pelo papa Leão XIV, o Vaticano divulgou orientações para fiéis sobre a prática sexual no casamento, reconhecendo que o sexo não se limita apenas à procriação, mas contribui para “enriquecer e fortalecer” a “união exclusiva do matrimônio”.
A questão está intimamente ligada à finalidade unitiva da sexualidade, que não se limita a assegurar a procriação, mas contribui para enriquecer e fortalecer a união única e exclusiva e o sentimento de pertencimento mútuo.
O documento assinado pelo Dicastério para a Doutrina da Fé cita o Código de Direito Canônico e diz que uma visão integral da caridade conjugal é aquela que “não nega sua fecundidade”, ainda que deva “naturalmente permanecer aberta à comunicação de vida”.
O texto também prevê o conceito de consentimento livre” e “pertencimento mútuo”, assegurando a mesma dignidade e direitos ao casal.
“Um cônjuge é suficiente”
No decreto publicano em italiano, o Vaticano orientou 1,4 bilhão de católicos do mundo a buscarem o casamento com uma única pessoa para a vida toda e a não manterem relações sexuais múltiplas, estabelecendo que o casamento é um vínculo perpétuo e “exclusivo”.
Criticando a prática da poligamia na África, inclusive entre membros da Igreja, o decreto reiterou a crença de que o casamento é um compromisso para toda a vida entre um homem e uma mulher.
“Sobre a unidade do matrimônio – o matrimônio entendido, isto é, como uma união única e exclusiva entre um homem e uma mulher – encontra-se, ao contrário, um desenvolvimento de reflexão menos extenso do que sobre o tema da indissolubilidade, tanto no Magistério quanto nos manuais dedicados ao assunto”, diz o documento.
“Embora cada união conjugal seja uma realidade única, encarnada dentro das limitações humanas, todo matrimônio autêntico é uma unidade composta por duas pessoas, que requer uma relação tão íntima e abrangente que não pode ser compartilhada com outros”, enfatizou a Santa Sé.
Fonte: CNN
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PF afasta delegado e policial em operação contra esquema de ouro ilegal no Amapá
Operação Cartucho de Midas apreende mais de R$ 1 milhão, € 25 mil e prende suspeito com arma restrita; movimentações acima de R$ 4,5 milhões reforçam indícios de lavagem de dinheiro.

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Roraima suspende novas licenças para extração de ouro após recomendação do MPF
Medida vale por prazo indeterminado e ocorre diante do uso ilegal de mercúrio em garimpos, inclusive licenciados; Femarh terá de revisar autorizações já emitidas.

No mês de fevereiro deste ano, o Estado do Amazonas exportou US$ 11 milhões em ouro para a Alemanha. (Foto: Shuttestock)
Atendendo a uma recomendação do Ministério Público Federal (MPF), a Fundação Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Roraima (Femarh) suspendeu, por prazo indeterminado, a emissão de novas licenças ambientais para extração de ouro em todo o estado. A decisão decorre de um inquérito civil que apura os impactos socioambientais do uso de mercúrio no garimpo na Amazônia.
Segundo o MPF, o mercúrio — substância altamente tóxica — vem sendo empregado inclusive em garimpos com licença ambiental, sem fiscalização adequada sobre o método de beneficiamento do minério. O órgão ressalta que todo o mercúrio utilizado nessas atividades é ilegal, uma vez que o Ibama não autoriza sua importação para fins minerários.
A recomendação determina que a Femarh passe a exigir dos empreendimentos a especificação da técnica de separação do ouro e documentos que comprovem o uso de tecnologia apropriada. Também orienta a revisão das licenças já concedidas e a suspensão daquelas que mencionem o uso do metal tóxico.
Em nota, a Femarh informou que não autorizará novas atividades de extração enquanto não houver estudos técnicos que garantam métodos alternativos ao uso do mercúrio.

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