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Leila Pereira é reeleita e comanda o Palmeiras até 2027

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Presidir o Palmeiras por seis anos, isto é, durante dois mandatos, era um plano da dona da Crefisa desde quando havia sido eleita, no fim de 2021

Leila Pereira é reeleita presidente do Palmeiras (Foto: Fábio Menotti/Palmeiras)

Ter um adversário na eleição presidencial não foi problema para Leila Pereira. A empresária de 60 anos confirmou seu favoritismo no pleito realizado neste domingo (24) ao derrotar seu opositor, o advogado Savério Orlandi, e ser reeleita presidente do Palmeiras, cargo que ocupará por mais três anos, até dezembro de 2027.

Leila recebeu 2.295 votos entre os 3.183 votantes no ginásio poliesportivo do clube social para seguir na cadeira mais proeminente do clube que já comanda desde 2022. Na Assembleia Geral de associados, foram habilitados a votar todos os titulares adimplentes com mais de três anos de matrícula.

Inscrita na chapa “Palmeiras Campeão”, Leila terá como primeira vice-presidente Maria Tereza Bellangero. Paulo Buosi, Everaldo Coelho e Márcio Martin são os outros vices. Os dois últimos são novidades na chapa e ocupam os lugares que eram de Neive Andrade e Tarso Gouveia. “Não tenho dúvida de que essa votação expressiva é decorrente do trabalho que fizemos. É um reconhecimento do associado”, afirmou a presidente reeleita.

Após a derrota, Orlandi, que é conselheiro vitalício do clube, disse que seguirá fiscalizando a gestão de Leila. “Vou continuar fiscalizando como membro do Conselho Deliberativo e participando de modo construtivo”. Segundo o advogado, é urgente que a presidente reeleita melhores os mecanismos de governança e transparência de sua administração.

A votação no ginásio do clube, na zona oeste de São Paulo, transcorreu sem grandes problemas. Havia pequena fila dentro do ginásio, decorrentes de intercorrências com o sistema de votação O voto era registrado em um tablet, não uma urna, o que foi motivo de questionamento por parte da oposição. Após escolher seu candidato, o associado ouvia a introdução do hino do Palmeiras.

Os dois candidatos fizeram campanha em frente à sede do clube desde a manhã deste domingo, dividindo a calçada da sede social. Savério amealhou apoio da Mancha Alviverde. A organizada, cujos líderes estão foragidos e é rompida desde 2022 com a presidente Leila. Apoiadores do conselheiro levaram instrumentos à porta do Palmeiras, cantaram músicas de apoio e soltaram fogos durante a manhã.

‘Presentes’ e associados

Primeira mulher a comandar o Palmeiras na história, Leila havia intensificado sua campanha nas últimas semanas ao estar presente mais vezes no clube social. Se para ascender ao trono há três anos e derrubar velhas lideranças ela precisou fazer alianças e distribuir mimos a associados, desta vez, funcionaram as melhorias que realizou no clube, como as reformas da quadra de tênis e do centro aquático, além dos muitos eventos que organizou, que ela chamou de “presentes” quando elencou o que considerou serem seus trunfos nas apresentações de suas propostas em jantares com associados.

O aniversário de 60 anos da dirigente, por exemplo, foi celebrado no último dia 11 com show da banda Jota Quest. E os 110 anos do Palmeiras foram comemorados no fim de agosto ao som de Ivete Sangalo no ginásio lotado. Várias dessas festas e encontros tiveram chope de graças aos associados.

Também foram muitos os jantares e encontros com conselheiros, cuja maioria apoia a mulher de José Roberto Lamacchia, o responsável por potencializar a vocação da carioca natural de Cambuci no mundo empresarial.

A empresária gastou R$ 50 mil para montar um estande na sede social do clube, R$ 100 mil para alugar o ginásio para o show da banda Jota Quest e R$ 20 mil para usar duas vezes o restaurante no quinto andar do clube.

Leila organizou dois jantares – um no dia 6 e outro no dia 21 de novembro – para associados convidados a ouvirem suas propostas. Só no segundo encontro, o mais lotado, estiveram 1.523 pessoas. Havia filas para entrar. Era tanta gente que muitos saíram sem comer os pedaços de pizzas oferecidos de graça pela presidente, além de cerveja, refrigerantes e sucos à vontade.

Desafios

Presidir o Palmeiras por seis anos, isto é, durante dois mandatos, era um plano da dona da Crefisa desde quando havia sido eleita, no fim de 2021, como ela mesmo tinha revelado ao Estadão.

Um de seus principais desejos, embora diga pensar a curto prazo, é convencer Abel Ferreira a aceitar mais uma renovação de contrato e estendê-lo até o fim de 2027, quando termina o segundo mandato da presidente.

É esperado que a cartola anuncie em janeiro a Sportingbet como nova patrocinadora master do time masculino, em substituição à Crefisa e à FAM, empresas de Leila que patrocinaram a equipe por uma década. O acordo está encaminhado, mas a tendência é de que o anúncio seja feito somente em janeiro do ano que vem, assim que se encerrar o contrato em vigência, e renderá R$ 100 milhões fixos anualmente e mais R$ 50 milhões em caso de cumprimento de metas.

Ela procura no mercado outras marcas para investir no Palmeiras, uma vez que não haverá mais acordo de exclusividade em relação aos patrocinadores. A ideia é alcançar R$ 150 milhões fixos com todos os patrocínios nos espaços disponíveis na camisa alviverde: central, omoplatas, mangas, barra inferior, barra superior e inferior nas costas, calção/shorts e meião.

“Minhas empresas ficaram 10 anos no clube. Costumo dizer que essa parceria foi extremamente vitoriosa. Agora vêm as bets, com valores muito relevantes aos clubes. Todo mundo sabe que um futebol vencedor você só faz com investimento. Primeiro dinheiro, depois boa vontade, decência e responsabilidade”, disse ela em entrevista ao Estadão há um mês.

Assim, desvencilhar-se dos conflitos de interesse na relação do clube com sua presidente-patrocinadora não seguirá sendo um desafio. Mas persistem as reclamações de opositores e torcedores que veem um cenário conflituoso, uma vez que Leila ainda é credora da agremiação, dona do avião usado pela delegação para as viagens fora de São Paulo e também administra a Arena Barueri, estádio usado quando o Allianz Parque está indisponível.

Caberá a Leila também reforçar o elenco para a disputa do Super Mundial de Clubes, a prioridade do time em 2025. Ela afirmou reiteradas vezes que não vai investir em “medalhões” ou estrelas Neymar, por exemplo, já foi descartado de antemão porque o Palmeiras, justificou a dirigente, “não é departamento médico”.

Serão, ela indicou, três ou quatro reforços para preencher lacunas que Abel Ferreira enxerga no plantel. O clube já procura um substituto para Estêvão, que se transfere ao Chelsea depois do Mundial, em julho do ano que vem.

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Ampliação do número de carteiras assinadas é sustentada, diz IBGE

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O número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado do Brasil cresceu 2,6%, com a inclusão de 1 milhão de trabalhadores, no trimestre encerrado em novembro, número recorde, conforme os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta terça-feira (30) pelo IBGE.

Com o resultado, que não inclui trabalhadores domésticos, são 39,4 milhões de empregados nesta condição. Desse total, 13,1 milhões são do setor público, também um número recorde, com avanço de 1,9% ou mais 250 mil pessoas no trimestre e de 3,8% no ano com mais 484 mil pessoas.

Notícias relacionadas:

Para a coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE, Adriana Beringuy, apesar de especificamente não ter sido uma variação estatisticamente significativa, a trajetória por si só, garantiu chegar ao fim deste trimestre com o contingente de 39,4 milhões de pessoas, o que representa um número recorde para a série carteira assinada no setor privado.

“Embora não significativa, sempre vem acrescentando carteira no cômputo geral, ou seja, é um movimento que foi sustentado ao longo de 2024 e agora para 2025”, comentou entrevista virtual à imprensa para apresentação dos dados da Pnad Contínua.

No mesmo trimestre, o número de trabalhadores sem carteira assinada no setor privado também mostrou estabilidade no trimestre e atingiu 13,6 milhões. O total representa recuo de 3,4% ou menos 486 mil pessoas no ano.

Já os trabalhadores por conta própria alcançaram 26 milhões, o que é novo recorde da série histórica. Se comparado ao trimestre anterior, embora tenha ficado estável, o contingente aumentou 2,9% ou mais 734 mil pessoas no ano.

“O trabalho por conta própria chega à marca inédita de 26 milhões, a maior estimativa da série histórica da pesquisa. A despeito da variação trimestral não ter ocorrido e ter ficado no campo da estabilidade, a expansão continuada assegurou o atingimento desse volume de trabalhadores por conta própria”, disse.

Informalidade

O recorde no número de trabalhadores com carteira assinada no trimestre encerrado em novembro foi motivo para a variação negativa da taxa de proporção de trabalhadores informais na população ocupada.

O número de pessoas nesta situação ficou em 37,7% da população ocupada ou 38,8 milhões de trabalhadores informais. No período anterior terminado em agosto tinha ficado em 38,0 % ou 38,9 milhões. É também menor que os 38,8 % ou 39,5 milhões, registrados no trimestre encerrado em novembro de 2024.

A coordenadora ressaltou, o que classificou de quadro interessante, ao verificar o quanto a população ocupada total cresceu e quanto dessa parcela da população está na informalidade. “O ramo informal não apenas não cresceu como retraiu. Isso faz um movimento de perda de força do ramo informal, pontuou.

Adriana Beringuy destacou que parte expressiva dos 601 mil trabalhadores que entraram para a população ocupada no trimestre foi justamente no segmento da administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais, que cresceu 2,6%, ou 492 mil pessoas ocupadas a mais. Neste segmento, ainda que tenha contratos temporários, o da educação não é considerado informal e tem legalidade constituída e assegurada, explicou a coordenadora.

Ela disse também que os segmentos informais são compostos por emprego sem carteira no setor privado, trabalho doméstico sem carteira assinada, conta própria e empregador sem CNPJ e o trabalhador familiar auxiliar. “Quando a gente soma todas essas parcelas populacionais, chega ao valor de 38 milhões 817 mil pessoas consideradas ocupadas e formais, antes eram 38.878, ficou praticamente estável”.

No trimestre encerrado em agosto, a taxa de desocupação ficou em 5,2% da força de trabalho do país, ou 5,6 milhões de pessoas em busca de trabalho, sendo a menor desde 2012, quando começou a série histórica da Pnad Contínua. Desde o trimestre encerrado em junho de 2025, que o indicador vem mostrando, sucessivamente, menores taxas da série.

Rendimentos

Outro recorde no trimestre terminado em novembro, foi no rendimento médio real habitual da população ocupada do Brasil que atingiu R$ 3.574, com alta de 1,8% no trimestre e de 4,5% em relação ao mesmo trimestre móvel de 2024, já descontados os efeitos da inflação.

O avanço de 5,4% no rendimento médio dos trabalhadores em Informação, Comunicação e Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e Administrativas puxou este recorde. Conforme a Pnad Contínua, se comparado anualmente, houve ganhos em cinco atividades: Agricultura e pecuária (7,3%), Construção (6,7%), Informação, Comunicação e Atividades Financeiras (6,3%), Administração pública (4,2%) e Serviços domésticos (5,5%).

Com o desempenho do rendimento médio e do número de trabalhadores, a massa de rendimento real habitual também atingiu novo recorde. “R$ 363,7 bilhões, com altas de 2,5% (mais R$ 9,0 bilhões) no trimestre e de 5,8% (mais R$ 19,9 bilhões) no ano”, informou o IBGE.

Pesquisa

De acordo com o IBGE, a Pnad Contínua é a principal pesquisa sobre a força de trabalho do Brasil e abrange 211 mil domicílios, espalhados por 3.500 municípios e visitados a cada trimestre. “Cerca de dois mil entrevistadores trabalham nesta pesquisa, integrados às mais de 500 agências do IBGE em todo o país”.

Fonte: Conteúdo republicado de AGENCIA BRASIL - NOTÍCIAS

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Idoso de 61 anos é resgatado de dentro de caminhonete trancada sob calor intenso e passando mal em Rio Branco

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Homem que se apresentou como tutor foi preso em flagrante por suspeita de abandono de incapaz. Bombeiros arrombaram vidro para salvar vítima, que estava com pressão alta

Um homem que se apresentou como tutor do idoso e dono do veículo foi preso em flagrante pela Polícia Militar, sob suspeita de abandono de incapaz. Foto: captada 

Um idoso de 61 anos foi resgatado por bombeiros de dentro de uma caminhonete trancada na Rua Isaura Parente, em Rio Branco, na tarde de segunda-feira (29). O homem havia ficado mais de uma hora no veículo sob calor intenso até que pedestres perceberam que ele passava mal e acionaram a polícia.

O major Ocimar Farias, do Corpo de Bombeiros, explicou que, após tentativas frustradas da RBTrans e de um chaveiro, a equipe arrombou o vidro traseiro para retirar a vítima, que estava com pressão alta e debilitada. Um homem que se apresentou como tutor do idoso e dono do veículo foi preso em flagrante pela Polícia Militar, sob suspeita de abandono de incapaz.

O idoso recebeu os primeiros socorros no local e foi encaminhado para atendimento médico. A PM confirmou indícios de abandono, uma vez que ele permaneceu trancado sem os cuidados necessários.

O major Ocimar Farias explicou que os bombeiros quebraram o vidro de uma das janelas para ter acesso ao idoso.

“Ele faz uso de remédios e estava com o carro trancado no calor. Quando chegamos ao local já tinha uma equipe da RBTrans tentando abrir, mas não conseguiu. Nossa única alternativa foi fazer o arrombamento do vidro traseiro”, reforçou.

O bombeiro confirmou que o idoso estava com a pressão alta e debilitado. Ele recebeu os primeiros socorros ainda no local. A PM-AC confirmou que ‘foi constatado que o idoso se encontrava em situação de vulnerabilidade, havendo indícios de abandono de incapaz, uma vez que permaneceu trancado no veículo sem os cuidados necessários’.

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Moradores de Manoel Urbano enfrentam ruas intransitáveis e lama em pleno fim de ano

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Reportagem flagrou acesso apenas por tábuas improvisadas e quadriciclos na Baixada do Porto Atual. População cobra ações da prefeitura para infraestrutura local

A situação atinge de forma mais severa idosos, crianças e pessoas com mobilidade reduzida, que precisam procurar os pontos menos alagados para conseguir se deslocar, muitas vezes correndo riscos. Foto: captada 

Na Baixada do Porto Atual, em Manoel Urbano, ruas completamente tomadas pela lama dificultam o tráfego de pedestres e veículos em pleno período de festas de fim de ano. A situação, flagrada pela reportagem do jornalista Gilmar Mendes Lima nesta terça-feira (30), revela problemas crônicos de infraestrutura que seguem sem solução, afetando principalmente idosos, crianças e pessoas com mobilidade reduzida.

Moradores relataram que a única forma de acesso em vários trechos é por tábuas improvisadas sobre a lama ou por quadriciclos — os únicos veículos capazes de trafegar no local. Eles afirmam que a área está entre as mais negligenciadas pela Prefeitura de Manoel Urbano, sem serviços regulares de recuperação das vias ou drenagem, situação que piora com as chuvas.

A população cobra ações emergenciais para garantir condições mínimas de acesso e evitar que o abandono persista, impactando a rotina e a segurança das famílias que residem na localidade.

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