Acre
Justiça investiga sede da Telexfree em Massachusetts, nos Estados Unidos
No Brasil, a Telexfree atraiu cerca de 1 milhão de pessoas, segundo estimativas do Ministério Público do Acre (MP-AC).
A sede da Telexfree em Massachusetts, Estados Unidos, está sob investigação do governo local. A unidade é apontada como o eixo pelo qual o negócio é operado, o que permitiu continuar a ser acessível a residentes no Brasil, onde a Justiça determinou o bloqueio da atividades por suspeita de pirâmide financeira. A empresa americana é também responsável pelo patrocínio ao clube Botafogo de Futebol e Regatas, do Rio de Janeiro.
A Telexfree, INC. foi criada na cidade de Marlborough em 2002 pelo brasileiro Carlos Wanzeler e pelo americano James Matthew Merrill. Eles trouxeram o negócio para o Brasil em 2010, por meio da Ympactus Comercial, com sede em Vitória, e alvo do bloqueio judicial. Aqui, atraíram cerca de 1 milhão de pessoas, segundo estimativas do Ministério Público do Acre (MP-AC).
As investigações nos EUA são realizadas pelo escritório do Secretário de Estado da Comunidade de Massachusetts, William F. Galvin. O órgão tem o poder para bloquear atividades comerciais no Estado, e subsidiar apuração federais.
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Em novembro, Galvin proibiu a atuação de um negócio que prometia lucros elevados por meio do marketing multinível de serviços virtuais, à semelhança do que faz a Telexfree.
As investigações americanas estão em andamento pelo menos desde março de 2013, segundo a reportagem apurou, mas vinham sendo mantidas sob sigilo. A primeira confirmação oficial foi feita na sexta-feira (28) por Brian McNiff, diretor de Comunicação do Secretário de Estado a um blog dos EUA sobre pirâmides financeiras.
Mcniff confirmou a existência de uma investigação sobre a empresa, mas não comentou quando ela teve início nem se alguém da empresa será ouvido.
“Nós temos a política de não comentar casos em andamento”, disse. “Qualquer ação que for tomada aqui chega ao conhecimento de outras jurisdições [governos estaduais e federal]”, afirmou, sobre o possível impacto de investigações em Massachusetts.
A reportagem procurou três advogados da empresa no Brasil e um nos EUA, mas não obteve nenhum comentário imediatamente. Em outras ocasiões, representantes da empresa negaram irregularidades. Um assessor do Botafogo também não retornou o recado deixado em seu celular.
Empresa americana
A Telexfree informa atuar no mercado de telefonia VoIP por meio do sistema de marketing multinível, um modelo de varejo legal em que representantes autônomos ganham ao trazer mais representantes para a rede.
Para o Ministério Público do Acre (MP-AC), entretanto, o negócio usa as taxas de adesão de quem entrou depois para remunerar quem entrou antes, num esquema típico de pirâmide financeira.
Em junho de 2013, a 2ª Vara Cível de Rio Branco determinou o congelamento das contas da Ympactus – braço do negócio no Brasil – e de Wanzeler, Merrill e Carlos Costa, apontado como diretor de marketing e sócio da empresa. Também foram bloqueados novos cadastros de residentes no País, embora isso ainda fosse possível, como o iG mostrou.
Os responsáveis pelo negócio, então, passaram a tentar migrar os associados brasileiros para a Telexfree americana, como é chamada – a proposta foi feita ao MP –AC, mas rejeitada. A empresa firmou um acordo com o E-Wallet, sistema de pagamentos via internet que, segundo os divulgadores, ainda permite o recebimento do dinheiro no Brasil.
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Acre
Morador em situação de rua é esfaqueado no pescoço em Rio Branco
Um homem de 50 anos, identificado como Edilmo Inácio Pereira, foi vítima de um ataque a faca na noite desta quinta-feira (25) no bairro 6 de Agosto, em Rio Branco. Ele caminhava pela Rua Seis de Agosto quando foi abordado por um homem armado com uma faca, que desferiu um golpe no pescoço da vítima.
Edilmo conseguiu caminhar até um posto de combustíveis próximo, onde desabou com intenso sangramento. O SAMU foi acionado e o levou ao Pronto-Socorro de Rio Branco, onde deu entrada em estado estável, mas com risco de agravamento.
A Polícia Militar esteve no local e iniciou as investigações, que agora seguem com a Polícia Civil, que busca identificar e prender o autor do crime.
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Acre
Acre deve arrecadar R$ 6,4 bilhões em impostos em 2025, aponta Impostômetro
Valor representa 0,16% da arrecadação nacional e supera em R$ 500 milhões o total de 2024; até 25 de dezembro, contribuintes já pagaram R$ 6,3 bilhões

Em comparação até o fim de novembro de 2025, os recursos recolhidos por prefeituras, governo estadual e União somavam R$5,8 bilhões no estado. Foto: captada
A arrecadação de impostos municipais, estaduais e federais no Acre deve alcançar cerca de R$ 6,4 bilhões em 2025, segundo estimativa do Impostômetro, ferramenta mantida pela Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT). O valor corresponde a aproximadamente 0,16% de toda a arrecadação nacional.
Comparativo anual:
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2025 (previsão): R$ 6,4 bilhões
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2024 (realizado): R$ 5,9 bilhões
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Até 25/12/2025: R$ 6,3 bilhões já arrecadados
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Até novembro/2025: R$ 5,8 bilhões acumulados
Principais tributos pagos pelos acreanos:
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Impostos sobre produção e circulação: ICMS e ISS
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Tributos sobre renda: Imposto de Renda (pessoa física e jurídica)
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Impostos sobre propriedade: IPTU e IPVA
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Taxas de comércio exterior e outros encargos
Destinação dos recursos:
Os valores arrecadados são utilizados para:
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Custeio da máquina pública (salários e manutenção)
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Financiamento de obras e infraestrutura
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Execução de programas governamentais
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Pagamento de servidores públicos
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Quitação de dívidas do estado e municípios
O crescimento da arrecadação reflete tanto a expansão da atividade econômica no estado quanto a melhoria na eficiência da cobrança tributária. Entretanto, especialistas alertam que o Acre continua com uma das menores participações na arrecadação nacional, refletindo suas limitações econômicas estruturais e baixa densidade populacional.
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Acre
Cânticos de fé e acolhimento transformam Natal de pacientes no PS

Foto: Cedida
Corredores do Pronto-Socorro de Rio Branco foram tomados por um som diferente do habitual nesta quarta-feira (24). Em meio à rotina intensa da unidade, servidores se reuniram para realizar um cântico natalino, levando música, palavras de fé e gestos de acolhimento a pacientes e profissionais que permanecem em serviço durante a data.
A iniciativa, que já se tornou tradição, tem como propósito aproximar o verdadeiro significado do Natal de quem passa esse período longe de casa. Para muitos pacientes, a internação na véspera da data simboliza medo e solidão. Para os servidores, é o desafio de cumprir o dever de cuidar enquanto a família celebra à distância. O cântico surge, então, como um gesto simples, mas carregado de sensibilidade, capaz de aquecer corações e renovar esperanças.
Para o gerente de Assistência do Pronto-Socorro, Matheus Araújo, a ação representa uma forma de humanizar ainda mais o atendimento e fortalecer os vínculos dentro da unidade.
“O Natal fala sobre amor, cuidado e presença. Sabemos que muitos servidores passam essa data longe de suas famílias e que muitos pacientes gostariam de estar em casa. Esse momento é para lembrar a todos que eles não estão sozinhos, que aqui existe acolhimento, humanidade e compromisso com o cuidado”, destacou.
A programação percorreu diferentes setores do hospital e contou com a participação de servidores da gestão, do corpo de enfermagem, supervisores e colaboradores do Núcleo de Atendimento ao Servidor (NAST). A organização da ação é feita de forma voluntária e colaborativa, com recursos arrecadados entre os próprios profissionais, que se mobilizam todos os anos para tornar o momento possível.
Além do simbolismo, o cântico também revela o outro lado do cotidiano do pronto-socorro: o cuidado que vai além da técnica e alcança o emocional e o espiritual. Em um cenário marcado por desafios e dias difíceis, a iniciativa ajuda a reforçar para a população que, diariamente, a unidade trabalha com dedicação, empatia e compromisso com a vida.
A enfermeira emergencista Jonnyka Lima, que atua na linha de frente do atendimento, ressaltou o impacto do momento tanto para os pacientes quanto para os profissionais.
“Esse momento toca profundamente quem está aqui dentro. Para o paciente, é um alívio no coração; para nós, profissionais, é uma renovação de forças. Às vezes, tudo o que alguém precisa é ouvir uma música, uma palavra de carinho, sentir que não foi esquecido. O Natal nos lembra exatamente isso: cuidar do outro também é um ato de amor”, afirmou.
Após a apresentação, as reações falavam por si. Olhares emocionados, sorrisos tímidos, lágrimas discretas e palavras de gratidão marcaram o encerramento da ação. Muitos pacientes relataram que precisavam exatamente daquela música ou daquela mensagem. Entre os servidores, o sentimento era de comunhão e fortalecimento coletivo.
Em meio à urgência, ao cansaço e aos desafios diários, o cântico reafirmou que o Natal pode acontecer em qualquer lugar, inclusive dentro de um hospital e que, onde há cuidado, há também humanidade, esperança e amor.






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