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Brasil

Justiça dos EUA indicia fundadores da Telexfree por fraude e conspiração

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James Merrill e brasileiro Carlos Wanzeler são acusados de 9 crimes.
Júri determinou confisco de cerca de 70 bens, incluindo casas e barcos.

G1

Os fundadores da Telexfre, James Merrill e o brasileiro Carlos Wanzeler foram indiciados nos Estados Unidos por fraude eletrônica e conspiração em um esquema de pirâmide financeira.

A decisão foi anunciada na quarta-feira (23) pela Justiça de Massachusetts. O indiciamento inclui 1 acusação de conspiração e 8 de fraudes decorrentes de transferências de cerca de US$ 10 milhões de fundos da Telexfree paa contas pessoais dos 2 diretores.

Cada uma das acusações tem pena prevista de até 20 anos.

Além do indiciamento, o júri federal decidiu pelo confisco de cerca de 70 bens ou ativos que teriam sido comprados com recursos do esquema, incluindo casas, condominios, carros, 2 barcos e cerca de US$ 140 milhões.

Brasileiro é considerado fugitivo
Wanzeler e Merrill se tornaram sócios e, em 2012, abriram a Telexfree. Merrill foi preso mem maio, mas libertado mediante o pagamento de fiança. A Justiça norte-americana informou que um mandado de prisão para Wanzeler, que é considerado fugitivo, foi emitido na terça-feira.

Segundo o advogado Antônio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, Wanzeler continua em Vitória (ES) e só voltará aos EUA depois que os advogados que o defendem lá disserem que ele pode ou deve voltar.

“Esse indiciamento não muda nada. Essa decisão não se aplica ao Brasil e aqui nenhum pedido de prisão foi aceito”, disse Kakay.

Segundo investigação da Secretaria de Estado de Massachusetts, dos cerca de US$ 1,2 bilhão que o grupo faturou de janeiro de 2012 a fevereiro de 2013, apenas US$ 238 milhões vieram da venda de pacotesde  telefonia VoIP (por meio da internet).

A Telexfree oferecia ligações de longa distância mais baratas pela internet e prometia ganhos de mais de 200% ao ano para quem publicasse anúncios e trouxesse novos clientes. As investigações nos EUA apontaram que menos de 1% do que a empresa recebia vinha dos produtos de telefonia e que a empresa é um esquema de pirâmide disfarçada.

Agente da Polícia Federal na Telexfree (Foto: Fiorella Gomes/ CBN Vitória)

Agente da Polícia Federal na sede da Telexfree no ES (Foto: Fiorella Gomes/ CBN Vitória)

PF faz operação no ES
Nesta quinta-feira (24), a Polícia Federal realiza uma operação no Espírito Santo dentro da investigação de supostos crimes financeiros relacionados às atividades da Ympactus Comercial, empresa que representa a marca Telexfree no Brasil. Foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão na sede da empresa, na Enseada do Suá, em Vitória, e em outros endereços ligados ao grupo.

A Justiça Federal do ES também determinou o bloqueio dos bens dos sócios da Ympactus. O juiz Aylton Bonomo Junior negou o pedido de prisão preventiva dos sócios Carlos Roberto Costa e Carlos Nataniel Wanzeler, mas determinou o comparecimento mensal e obrigatório dos investigados à Justiça para justificar suas atividades. Os dois também estão proibidos de se ausentarem do país e foram incluídos no Sistema Nacional de Procurados e Impedidos (SINPI).

Os advogados da Telexfree questionaram a mans nova frente de investigação. “Hoje, a Justiça do Acre, a Justiça comum do Espírito Santo e agora a Justiça Federal estão investigando os mesmo fatos. Queremos entender o por quê dessa diversificação, que na nossa opinião prejudica a empresa e a investigação”, disse Kakay. “A empresa está fechada, com os bens bloqueados e continua funcionando apenas internamente porque tenta a recuperação judicial”, acrescentou.

No Brasil, a Telexfree está impedida de fazer pagamentos e cadastros de divulgadores (como são chamadas as pessoas que investem na companhia) desde o dia 18 de junho do ano passado.

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Polícia Federal apreende 613 kg de cocaína em galpão de empresa de fachada em Blumenau

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Droga estava escondida em bunker subterrâneo e seria enviada à Europa; um homem foi preso e investigação aponta ligação com cidadãos britânicos procurados internacionalmente

Cocaína estava armazenada em um bunker de empresa de fachada em Blumenau. Fot: captada 

A Polícia Federal (PF) apreendeu 613 quilos de cocaína durante uma operação de combate ao tráfico internacional de drogas em Blumenau, no Vale do Itajaí (SC). A ação contou com apoio da Polícia Militar de Santa Catarina e resultou na prisão de um homem suspeito de integrar a organização criminosa.

A droga estava escondida em um bunker no subsolo de um galpão pertencente a uma empresa de exportação de ligas metálicas, que funcionava como fachada para o esquema. Segundo as investigações, o local era usado para o preparo e armazenamento da cocaína antes do envio para a Europa.

Durante a operação, a PF também cumpriu um mandado de busca em um endereço residencial em Florianópolis ligado ao suspeito, onde foram apreendidos veículos, embarcações, joias e documentos. O inquérito aponta a existência de uma estrutura criminosa internacional com base em Santa Catarina, que contava com suporte logístico de brasileiros e liderança de cidadãos britânicos com histórico de tráfico na Inglaterra e procurados internacionalmente.

A investigação continua para identificar outros integrantes do esquema, que já tinha rotas estabelecidas para o narcotráfico transatlântico.

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Exame toxicológico para primeira CNH é vetado pelo governo federal

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Medida que exigia resultado negativo para condutores de motos e carros foi rejeitada com argumento de aumento de custos e risco de mais pessoas dirigirem sem habilitação; novas regras do Contran para tirar CNH sem autoescola, no entanto, podem alterar contexto

Na justificativa do veto, o governo argumentou que a exigência aumentaria os custos para tirar a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) e poderia influenciar na decisão de mais pessoas dirigirem sem habilitação. Foto: captada 

O governo federal vetou a exigência de exame toxicológico para obter a primeira habilitação nas categorias A (motos) e B (carros de passeio). A medida, que seria incluída no Código de Trânsito Brasileiro, foi rejeitada com a justificativa de que aumentaria os custos para tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e poderia incentivar mais pessoas a dirigirem sem a documentação obrigatória.

O veto, no entanto, pode ter perdido parte de sua sustentação após o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) editar resolução que permite a retirada da CNH sem a obrigatoriedade de cursar autoescola, reduzindo significativamente o custo total do processo de habilitação.

Outro ponto do projeto que virou lei, e também relacionado aos exames toxicológicos, permite que clínicas médicas de aptidão física e mental instalem postos de coleta laboratorial em suas dependências — desde que contratem um laboratório credenciado pela Senatran para realizar o exame. O governo também vetou esse artigo, alegando riscos à cadeia de custódia do material, o que poderia comprometer a confiabilidade dos resultados e facilitar a venda casada de serviços(exame físico e toxicológico no mesmo local).

As decisões refletem um debate entre a busca por maior segurança no trânsito — com a triagem de possíveis usuários de substâncias psicoativas — e o impacto financeiro e logístico das novas exigências para os futuros condutores.

Assinatura eletrônica

O terceiro item a ser incluído na lei é o que permite o uso de assinatura eletrônica avançada em contratos de compra e venda de veículos, contanto que a plataforma de assinatura seja homologada pela Senatran ou pelos Detrans, conforme regulamentação do Contran.

A justificativa do governo para vetar o trecho foi que isso permitiria a fragmentação da infraestrutura de provedores de assinatura eletrônica, o que poderia gerar potencial insegurança jurídica diante da disparidade de sua aplicação perante diferentes entes federativos.

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Caixa de som que ficou três meses no mar é achada intacta e funcionando no litoral gaúcho

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Equipamento JBL, resistente à água, foi encontrado na Praia do Hermenegildo após provavelmente cair de um navio a 300 km dali; aparelho ligou normalmente

A caixa de som, projetada para ser resistente à água, sobreviveu à corrosão salina por todo esse período. Ao ser ligada, o equipamento funcionou normalmente. Foto: captada 

Uma caixa de som à prova d’água da marca JBL passou cerca de três meses no mar e foi encontrada intacta e ainda funcionando na Praia do Hermenegildo, no extremo sul do estado. A descoberta foi feita por um morador que passeava de quadriciclo na orla na última segunda-feira (30) e avistou o equipamento entre algas e areia.

Acredita-se que a caixa tenha caído de um container durante um transporte marítimo em agosto, próximo à Praia de São José do Norte, a cerca de 300 quilômetros dali. Apesar do longo período submerso e da exposição à água salgada, que acelera a corrosão, o aparelho resistiu e ligou normalmente quando testado.

O caso chamou atenção pela durabilidade do produto, projetado para ser resistente à água, e pela jornada incomum — percorrer centenas de quilômetros à deriva no oceano e ainda chegar em condições de uso à costa gaúcha. A situação virou uma curiosidade local e um exemplo inusitado de “sobrevivência” tecnológica.

Veja vídeo:

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