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Justiça absolve mãe de 3 crianças que morreram carbonizadas em incêndio em Rio Branco

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Diante da falta de uma perícia conclusiva sobre a origem do incêndio e considerando as circunstâncias desafiadoras enfrentadas pela ré, o juiz optou por conceder o perdão judicial

Juiz da 4ª Vara Criminal, Clóvis Augusto Cabral, decidiu pelo perdão judicial à acusada e lembrou a inexistência de perícia capaz de determinar a causa do incêndio que matou as crianças. Foto: internet

Mais de três anos após a trágica morte de três crianças em um incêndio no Portal da Amazônia, em 2020, Jociane Evangelista Monteiro, mãe das vítimas, foi absolvida das acusações de abandono de incapaz com resultado de morte.

No desfecho de um caso que comoveu Rio Branco em dezembro de 2020, a mãe das três crianças que faleceram em um incêndio foi absolvida das acusações de abandono de incapaz com resultado de morte. Jociane Evangelista Monteiro recebeu a decisão do juiz da 4ª Vara Criminal, Clóvis Augusto Cabral, que destacou a complexidade do caso e a ausência de evidências conclusivas sobre a causa do incêndio.

Na fatídica noite de 19 de dezembro de 2020, as crianças, com idades de 4 anos, 2 anos e apenas 8 meses, foram deixadas sozinhas em casa enquanto a mãe se ausentava para ir a um bar. Apesar dos esforços dos vizinhos, o fogo consumiu a residência, resultando na perda irreparável das vidas dos pequenos.

O caso tomou proporções ainda mais sombrias com relatos de testemunhas sobre o estado de embriaguez de Jociane Evangelista Monteiro, que teria sido vista carregando uma das crianças na rua e posteriormente ameaçando atirar-se de uma ponte com ela.

Diante da falta de uma perícia conclusiva sobre a origem do incêndio e considerando as circunstâncias desafiadoras enfrentadas pela ré, o juiz optou por conceder o perdão judicial. A decisão, mais de três anos após a tragédia, levanta debates sobre responsabilidade parental e as complexidades que permeiam casos judiciais de natureza tão sensível.

Relembre o caso 

Denunciada pelo Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) pelo crime de abandono de incapaz, a mãe das três crianças que acabaram morrendo carbonizadas num barraco no Portal da Amazônia, bairro do bairro do Calafate, em Rio Branco, em dezembro de 2020, Jociane Evangelista Monteiro, foi absolvida pela justiça nesta semana.

Em vídeo que viralizou, mãe aparece aos prantos em frente à casa onde filhos morreram carbonizados – Foto: Reprodução

A mãe das três crianças que morreram carbonizadas na noite de sábado (19) no bairro Portal da Amazônia, em Rio Branco, Jociane Evangelista Monteiro, já tinha sido denunciada no Conselho Tutelar por negligência e maus tratos. A informação foi confirmada pelo conselheiro tutelar Celso Inácio, em entrevista ao Bom Dia Amazônia, no mês do incêndio em 2020.

A tragédia ocorreu depois que a mãe das vítimas deixou as crianças trancadas em casa sozinhas para ir a um bar. Vizinhos ainda tentaram socorrer as crianças ao ouvir os gritos, mas não foi possível retirar os três irmãos.

A mulher chegou a ser presa e levada para a Delegacia de Flagrantes, na capital. Indiciada por abandono de incapaz, ela foi liberada após audiência de custódia, onde deveria cumprir medidas cautelares na época dos fatos.

Conforme o Conselho Tutelar, no mês de setembro de 2020, foi recebida uma denúncia anônima contra a mulher. O próprio conselheiro chegou a ir ao endereço da família por três vezes e somente na terceira foi que encontrou a mulher em casa.

Naquele momento, ela foi advertida, segundo o conselheiro, tanto verbalmente como por escrito sobre os deveres de uma mãe. Durante a entrevista, a mulher informou ao conselho que cuidava sozinha dos filhos e que eles não tinham pai.

“Nós havíamos recebido denúncia anônima da população, fomos até o local por três vezes e na terceira vez conseguimos encontrá-la em casa. Conversamos com a genitora, pedimos para ver as crianças e demos todas as orientações. Aplicamos ainda uma advertência nela por escrito para ela ficar ciente dos deveres de mãe para com seus filhos. Ela disse que era mãe só, cuidava das crianças sozinha, que não tinham pai. Falamos que se ela precisasse da nossa ajuda, nós estaríamos com os braços abertos para ajudá-la”, afirmou o conselheiro.

Duas crianças estavam embaixo da cama

Moradores ainda tentaram ajudar a apagar o fogo, usando baldes com água, mas, em menos de uma hora, o incêndio consumiu tudo. Quando a equipe do Corpo de Bombeiros chegou ao local, só conseguiu apagar os últimos focos e localizar os corpos carbonizados.

Segundo informações do tenente que atendeu a ocorrência na época , Felipe Lima, os dois irmãos mais velhos tentaram se proteger embaixo da cama.

“Quando chegamos no local recebemos informação de populares da existência de três crianças no interior da residência. De pronto, nós combatemos os focos de incêndio que ainda existiam e conseguimos localizar os corpos das três crianças carbonizados. Os dois maiores estavam embaixo da cama. Já o bebê de 8 meses estava em cima da cama”, contou o tenente.

Casa foi totalmente destruída – Foto: Eldérico Silva/ Rede Amazônica

Laudo pericial

A suspeita é que o fogo tenha começado por um curto circuito em um ventilador. Mas, somente a perícia deve confirmar. O imóvel era pequeno de madeira e ficava atrás de uma casa que, medindo aproximadamente 12 metros quadrados, logo foi totalmente consumida pelas chamas.

O major Cláudio Falcão, dos Bombeiros, informou que o laudo deve sair em um prazo de 30 dias, podendo ser prorrogado por igual período.

“O material foi coletado logo após a extinção do incêndio e também foram feitas as imagens para perícia. Essa é uma perícia que a gente faz em conjunto com a perícia técnica, porque precisamos do material técnico científico deles para poder sair. Trabalhamos sempre com prazo de 30 dias para poder sair resultado de perícia”, afirmou o major.

O vídeo mostra ainda moradores tentando apagar o fogo e tentando procurar as crianças que haviam sido trancadas na casa pela Jociane, enquanto ela havia saído para ir a um bar. As imagens foram gravadas durante a chegada da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros no local.

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Adolescente de 16 anos é morto na frente da namorada no bairro Taquari

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Foto: Davi Sahid/ ac24horas

José Ribeiro da Silva, de 16 anos, foi agredido e morto com um golpe de faca em via pública na noite desta segunda-feira (3), na Rua do Passeio, no bairro Taquari, no Segundo Distrito de Rio Branco.

Segundo informações da Polícia, José estava com sua namorada, identificada como Juliane, em frente a uma residência quando dois criminosos não identificados se aproximaram em uma motocicleta, pararam e começaram a agredi-lo com golpes de capacete. Em seguida, um dos agressores, insatisfeito, sacou uma faca e desferiu um golpe na lateral esquerda do abdômen da vítima. Após a ação, os criminosos fugiram.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionado, e tanto uma ambulância básica quanto uma de suporte avançado foram enviadas ao local. José recebeu os primeiros atendimentos, mas não resistiu ao ferimento e morreu dentro da viatura do SAMU.

O corpo de Ribeiro foi levado pela própria ambulância do SAMU ao Instituto Médico Legal (IML) para os exames cadavericos.

A área foi isolada por Policiais Militares do 2° Batalhão para a realização da perícia criminal. Em seguida, os Policiais colheram informações e realizaram patrulhamento na região em busca dos criminosos, mas eles não foram encontrados.

O caso segue sob investigação dos Agentes de Polícia Civil da Equipe de Pronto Emprego (EPE) e, posteriormente, ficará sob a responsabilidade da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

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Chacina em Porto Velho: Seis pessoas assassinadas em assentamento

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Na tarde desta segunda-feira (3), a Polícia Militar classificou a chacina ocorrida no assentamento Tiago Campim dos Santos, na zona rural de Porto Velho, como uma ação coordenada e premeditada. Os corpos de seis pessoas foram encontrados, todos com múltiplos ferimentos; cinco deles pertenciam à mesma família, enquanto uma vítima ainda não foi identificada. Entre os mortos estão Patrícia Krostrycki, sua filha Lorraine Krostrycki da Silva, o genro Rafael Garcia de Oliveira, além dos irmãos Thiago e Luan Krostrycki.

Ao chegarem ao local, os policiais relataram que a região é marcada pela presença de movimentos sociais, como a Liga dos Camponeses Pobres (LCP) e os Sem Terra, e possui um histórico de crimes violentos. As características das lesões nos corpos e a forma como foram dispostos indicam a atuação de um grupo organizado.

No local, foram encontradas duas motocicletas abandonadas, que podem estar relacionadas aos autores do crime. A Polícia Civil já iniciou investigações, coletando depoimentos de moradores e analisando câmeras de segurança para elucidar o caso. A comunidade vive um clima de medo e insegurança, pedindo justiça e medidas que garantam a proteção dos assentados. Organizações de direitos humanos também expressam preocupação com a crescente violência na região.

 

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Bombeiros encerram buscas por diarista desaparecido no Rio Purus, no Acre

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Paulo do Graça foi visto pela última vez em uma canoa; embarcação foi encontrada abandonada, mas vítima não foi localizada.

A comunidade local, que acompanha o caso com apreensão, lamenta o desaparecimento de Paulo, conhecido por sua dedicação ao trabalho e simpatia. Foto: cedida 

O Corpo de Bombeiros encerrou as buscas pelo corpo de Paulo do Graça, diarista que desapareceu nas águas do Rio Purus, em Sena Madureira, no Acre, na última segunda-feira (24). As operações, que incluíram buscas subaquáticas e superficiais, não obtiveram sucesso em localizar a vítima.

De acordo com relatos de moradores, Paulo foi visto pela última vez saindo do porto da comunidade Silêncio em uma canoa. No dia seguinte, o barco foi encontrado abandonado nas proximidades do seringal Regeneração, aumentando as preocupações sobre o seu paradeiro.

As equipes de resgate trabalharam por dias na região, mas as condições do rio e a falta de pistas concretas dificultaram as operações. A comunidade local, que acompanha o caso com apreensão, lamenta o desaparecimento de Paulo, conhecido por sua dedicação ao trabalho e simpatia.

O Corpo de Bombeiros informou que, por enquanto, as buscas estão suspensas, mas podem ser retomadas caso novas informações surjam. Enquanto isso, familiares e amigos aguardam por respostas sobre o destino do diarista.

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