Conecte-se conosco

Acre

Julho foi o terceiro mês com menor registros de casos novos de Covid desde o início da pandemia no Acre

O mês também foi o quinto com menor número de mortes por Covid, segundo dados da Secretaria de Saúde do Estado (Sesacre).

Publicado

em

Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia do Acre (Into-AC) no dia 30 de julho sem fila de pacientes – Foto: Ana Paula Xavier

Por Tácita Muniz

Um levantamento feito baseado nos dados dos boletins diários da Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre) mostra que julho foi o terceiro mês com menor número de casos novos de Covid-19 registrados desde o início da pandemia no estado.

Os primeiros casos foram em março do ano passado e desde abril de 2020, o estado não havia registrado um índice tão baixo de novos infectados. O fato ocorre seis meses após o estado iniciar a vacinação contra Covid.

Em julho deste ano, o estado fechou com 1.585 casos novos e 61 mortes. Entre os 17 meses em que o estado registrou altos números de novos infectados, julho já sinaliza uma queda de casos, ficando atrás de março de 2020, que registrou 42 casos e abril também do ano passado, que teve 362. Vale destacar que os dois meses foram os primeiros do início da infecção em nosso estado.

O Acre está em contaminação comunitária desde o dia 9 de abril de 2020. Julho deste ano também revela o início de uma queda no número de mortes pela doença. Ao todo, o mês registrou 61 mortes pela doença, o quinto menor índice no período.

Durante toda a pandemia, o pico dos casos novos se concentra em janeiro, fevereiro e março deste ano, sendo que apenas em março foram 12.123 casos, já os três meses totalizam 28.037. Foi em março também que o sistema de saúde do estado colapsou, a ocupação de leitos ultrapassou os 100% e pacientes precisaram ser transferidos.

Logo no mês seguinte, o Acre registrou o período mais letal da pandemia com a triste marca de 267 mortes pela Covid. Pacientes chegaram a ficar horas dentro de ambulâncias esperando vagas em leitos de UTI. O cenário era de casos.

De joelhos, filho implora por vaga na UTI para pai de 90 anos entubado com Covid-19 no AC – Foto: Reprodução

Antes deste ano, em 2020 já havia registros da dificuldades de conseguir leitos. Uma das cenas mais marcantes da pandemia foi em junho do ano passado, quando o policial penal Francisco Evangelista de Souza se ajoelhou no pátio da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do 2º Distrito de Rio Branco para implorar por uma vaga na UTI para o pai de 90 anos.

Mortes

A primeira morte por Covid no estado foi confirmada no dia 6 de abril de 2020. Antônia Holanda, de 79 anos, estava internada na Unidade de Pronto Atendimento do Segundo Distrito, em Rio Branco – na época era a unidade de referência no atendimento dos casos de Covid. Em tratamento contra a doença, ela teve várias paradas cardíacas e não resistiu.

De abril do ano passado a julho deste ano o estado contabilizou 1.799 mortes por Covid-19. Sendo que em julho, foram 61 vítima fatais e aí o estado passa a registrar uma queda. Durante todo o mês, em oito dias não foram registradas mortes pela doença.

E a queda no registro de mortes segue em agosto. Além disso, o oitavo mês deste ano também registra uma queda considerável no número de casos novos e também ocupação nos leitos de Covid. Inclusive, ainda em julho, o estado reduziu o número de leitos de UTI que eram 106 e agora são 70, sendo 50 em Rio Branco e 20 em Cruzeiro do Sul.

Nos primeiros oito dias de agosto deste ano foram registrados 238 casos novos e seis novos registros de óbitos pela doença, sendo que em três dias não houve mortes nos boletins da Sesacre. O número de mortos chegou então, até 8 de agosto, a 1.804.

No Acre a maior parte das vítimas da Covid é homem – Foto: Duaine Rodrigues/Globo Esporte Acre

Perfis

O G1 tem uma página voltada para homenagear essas vítimas de Covid. Do total de 1.804 mortes no estado, 1.201 pessoas tinham acima de 60 anos; 1.050 eram homens e 754 mulheres. Além disso, 56% das vítimas tinham alguma comorbidade e outras 44% não tinham nenhuma comorbidade. A taxa de mortalidade é maior entre as pessoas entre 60 a 80 anos.

Vacinação

O Acre começou a vacinação contra Covid em janeiro deste ano. Entre os primeiros vacinados, estavam idosos do Lar Vicentino, profissionais de saúde e indígenas. Atualmente muitas cidades do estado estão bastante avançadas a faixa etária imunizada, como é o caso de Cruzeiro do Sul e Brasileia, que já vacinam adolescentes acima de 12 anos. Já a capital Rio Branco está vacinando jovens acima de 15 anos.

O portal da vacinação não é atualizado desde 30 de julho, mas, o último levantamento apontava que 129.956 pessoas no estado estavam imunizadas contra a Covid, essas são as que tomaram a segunda dose ou dose única. Além disso, 371.023 já tomaram a vacina em todo o estado.

A vacinação é um dos impactos que controla a linha de transmissão da doença, porém, todos os especialistas e autoridades em saúde são unânimes ao reforçar a necessidade de manter os cuidados, como usar máscara e álcool em gel, além de evitar aglomerações.

Vacinação contra Covid no Acre começou em janeiro de 2021 – Foto: Cassius Afonso/Rede Amazônica

Faixa Amarela e variantes

No começo de julho, a Secretaria de Saúde do Acre confirmou mais de 70 casos da variante Gama até o início do mês de julho em pacientes do estado. As amostras foram coletas entre janeiro e março, enviadas para o laboratório do Instituto Evandro Chagas (IEC), em Belém. No entanto, não há casos suspeitos no Acre da variante Delta.

Na última avaliação, no dia 23 de julho, o Comitê de Acompanhamento Especial da Covid-19 decidiu manter todos os municípios do Acre na faixa amarela, que é de atenção.

Na fase amarela podem funcionar os seguintes estabelecimentos: Restaurantes, bares, pizzarias, sorveterias e outros estabelecimentos similares. Além de teatros, cinemas e apresentações culturais, como também evento religiosos com 50% da capacidade.

Lojas de móveis, eletrodomésticos, eletrônicos, comunicação, informática, áudio, vídeo e colchoarias podem continuar funcionando com todos os protocolos sanitários e aumentando a capacidade limitada de 50%, além de delivery e drive-thru.

O aumento da capacidade também é válido para lojas de materiais de construção, empresas e obras do ramo da construção civil e demais estabelecimentos como olaria, cerâmicas, serraria, marcenarias e marmorarias.

Feiras livres, comércios de rua, ambulantes e outros também seguem abertos seguindo as orientações de segurança. Para hotéis, shoppings, salões de beleza e motéis a capacidade de funcionamento é a mesma.

Comentários

Continue lendo
Publicidade

Acre

Justiça determina que governo do Acre nomeie 20 policiais penais em Sena Madureira

Publicado

em

De acordo com o MPAC, há insuficiência grave de policiais penais na UPEM, o que impede o cumprimento mínimo da Lei de Execução Penal (LEP)

Para o MP, há direito subjetivo à nomeação dos aprovados dentro das vagas, conforme entendimento do STF (Tema 784). Foto: captada 

Saimo Martins 

A Vara Cível da Comarca de Sena Madureira determinou que o Governo do Acre convoque e nomeie, em até 30 dias, pelo menos 20 aprovados no concurso da Polícia Penal (Edital 001/2023 – SEAD/IAPEN) para atuarem na Unidade Penitenciária Evaristo de Moraes (UPEM). A decisão, assinada pelo juiz Caique Cirano de Paula, atende a pedido de tutela de urgência ajuizado pelo Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) em Ação Civil Pública.

A medida foi tomada após uma série de inspeções do Ministério Público, através do promotor Júlio César Medeiros, da Defensoria Pública e do próprio Judiciário apontarem um cenário crítico na unidade prisional, marcado por déficit de servidores, violações de direitos básicos e risco iminente à segurança.

Déficit de servidores e violações de direitos básicos

De acordo com o MPAC, há insuficiência grave de policiais penais na UPEM, o que impede o cumprimento mínimo da Lei de Execução Penal (LEP). Entre as violações identificadas estão a irregularidade no banho de sol — que chega a ocorrer apenas uma vez por mês — precariedade no fornecimento de água, problemas na qualidade da alimentação, ausência de equipe de saúde adequada e inexistência de Grupo de Intervenção, único caso no Estado.

Relatórios da Defensoria Pública e do Juízo da Execução Penal reforçaram a grave situação, caracterizada pelo Ministério Público como expressão local do Estado de Coisas Inconstitucional reconhecido pelo STF no sistema prisional brasileiro.

Concurso com vagas abertas e aprovados sem nomeação

O concurso da Polícia Penal previa 261 vagas, e 308 candidatos concluíram o curso de formação. No entanto, apenas 170 foram convocados até agora. Para o MP, há direito subjetivo à nomeação dos aprovados dentro das vagas, conforme entendimento do STF (Tema 784).

O diretor da unidade informou que seriam necessários, no mínimo, 30 novos servidores, sendo 16 para formação do Grupo de Intervenção e 12 para reforçar a equipe educacional.

Decisão determina ações imediatas

Na decisão, o juiz afirma que não há violação ao princípio da separação dos poderes, uma vez que o Judiciário apenas determina o cumprimento de obrigações legais já previstas. O magistrado destacou a urgência diante do risco à integridade física de internos e servidores, além das violações massivas de direitos fundamentais.

Segundo ele, o Ofício nº 7.499/SMCRI00, expedido pelo Juízo da Execução Penal e que estabeleceu prazos curtos para regularização do banho de sol, atendimento em saúde e fornecimento de água potável, evidencia a gravidade da situação. O juiz ressaltou que a normalização dessas atividades depende diretamente de efetivo de segurança suficiente para garantir a movimentação dos presos e a ordem interna. Ele apontou que a privação crônica de banho de sol, a ausência de assistência à saúde e as falhas no fornecimento de água elevam o risco de instabilidade interna a níveis perigosos. A falta de um Grupo de Intervenção, conforme observou o Ministério Público, transforma a UPEM em uma “bomba-relógio”, ameaçando a segurança de servidores, internos e da população. O magistrado concluiu que, diante do histórico de violência, rebeliões e evasões no sistema prisional acreano, o Poder Judiciário, provocado pelo Ministério Público e apoiado em recente atuação da Defensoria Pública, não pode se omitir frente à evidente falha do Poder Executivo na implementação das políticas penitenciárias necessárias.

O Estado deverá adotar uma série de medidas no prazo de 30 dias, conforme determinação judicial. Entre elas está a nomeação de pelo menos 20 policiais penais aprovados e formados no concurso, para atuação imediata na Unidade Penitenciária Evaristo de Moraes (UPEM). Também deverá ser criado e capacitado um Grupo de Intervenção, composto por no mínimo 16 policiais penais.

A decisão determina ainda que as vagas de estudo oferecidas aos internos sejam ampliadas de 40 para 80, além da obrigatoriedade de garantir banho de sol diário com duração mínima de duas horas, conforme prevê a Lei de Execução Penal (LEP). Outro ponto imposto é a regularização do fornecimento de água potável, que deverá ocorrer pelo menos três vezes ao dia, com horários fixos divulgados em todos os blocos da unidade.

O magistrado ainda determinou que o Estado realize a manutenção preventiva do sistema de bombeamento de água, assegurando uma reserva técnica para situações emergenciais. Em caso de descumprimento das medidas, foi fixada multa diária de R$ 10 mil, limitada a 30 dias.

“Realize a manutenção preventiva do sistema de bombeamento de água, a fim de garantir o fornecimento de água potável, no mínimo, três vezes ao dia aos internos, em horários fixos, com fixação do cronograma de liberação de água sendo afixado em todos os blocos, com manutenção de reserva técnica de água para situações emergenciais. Fixo, a título de astreintes, multa diária no montante de R$ 10.000,00 (dez mil reais), limitada a 30 (trinta) dias”, diz a decisão.

Comentários

Continue lendo

Acre

Acre tem 152 obras federais paradas, com R$ 1,2 bilhão paralisados durante governo Lula, aponta TCU

Publicado

em

Dados atualizados até abril de 2025 mostram que saúde e educação concentram maior número de obras interrompidas; causas das paralisações não são detalhadas no painel do tribunal

O Ministério das Cidades reúne 31 obras suspensas, impactando projetos de habitação e urbanização. O DNIT contabiliza 12 interrupções em frentes relacionadas à malha viária e logística estadual. Foto: captada 

O Acre convive com 152 obras federais paralisadas, que somam cerca de R$ 1,2 bilhão em investimentos represados, segundo dados do Tribunal de Contas da União (TCU) atualizados até abril de 2025. As áreas de saúde e educação são as mais afetadas, com 50 e 32 obras interrompidas, respectivamente.

O levantamento, foi consultado na última quarta-feira (3), não detalha os motivos das paralisações, mas revela um cenário crítico para a infraestrutura e os serviços públicos no estado. No Ministério da Saúde, as obras paradas incluem unidades básicas, estruturas intermediárias e equipamentos que, se concluídos, ajudariam a desafogar o sistema hospitalar e ampliar o acesso à população.

Já o Ministério da Educação tem paralisadas 32 obras, como escolas, creches e outros equipamentos essenciais para regiões com carência de vagas e infraestrutura limitada.

Outros órgãos também aparecem com números expressivos: o Ministério das Cidades tem 31 obras suspensas (habitação e urbanização), e o DNIT contabiliza 12 paralisias que afetam a malha viária e a logística estadual. Completam a lista o Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional (11 obras), Ministério do Esporte (9), Funasa (3), Ministério da Agricultura e Pecuária (2), além do Fundo de Defesa dos Direitos Difusos e o Ministério do Turismo, com 1 obra cada.

A falta de detalhamento sobre as causas — que podem incluir entraves administrativos, questões jurídicas, falhas de execução ou falta de repasse de recursos — dificulta a análise e a busca por soluções para retomar investimentos essenciais ao desenvolvimento do estado.

A leitura das informações revela que os setores de saúde e educação, pilares essenciais do atendimento direto à população, concentram o maior número de obras interrompidas no estado. Foto: captada 

O Ministério da Educação, com 32 obras que incluem escolas, creches e outros equipamentos educacionais. A interrupção desses projetos impacta diretamente a expansão da oferta de ensino e o atendimento a crianças e jovens em regiões onde a carência por infraestrutura permanece elevada.

O levantamento do TCU também aponta paralisações em outras pastas relevantes. O Ministério das Cidades acumula 31 obras interrompidas, incluindo projetos de urbanização e habitação. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) aparece com 12 obras, afetando frentes ligadas à malha viária e logística do estado.

Distribuição por pasta ministerial
  • Saúde: 50 obras paralisadas (unidades básicas, estruturas intermediárias)
  • Educação: 32 obras (escolas, creches, equipamentos de suporte)
  • Cidades: 31 obras (habitação e urbanização)
  • DNIT: 12 obras (malha viária e logística)
  • Integração Regional: 11 obras
  • Esporte: 9 obras
Impactos diretos
  • Saúde: Sistema hospitalar não é desafogado
  • Educação: Déficit de vagas e infraestrutura permanece
  • Logística: Transporte de insumos e atendimento a municípios isolados comprometido
Falta de transparência
  • Causas: Painel não detalha motivos das paralisações
  • Entraves: Dificuldade em identificar problemas administrativos, jurídicos ou financeiros

Apesar do impacto econômico e social gerado pela interrupção dos investimentos, o painel do TCU não detalha os motivos que levaram cada projeto à condição de paralisação, deixando abertas questões sobre problemas contratuais, falhas de execução, falta de repasses ou entraves administrativos.

As paralisações refletem um problema crônico na execução de obras públicas no Acre, estado historicamente dependente de investimentos federais. A falta de explicações oficiais sobre as causas das interrupções dificulta a busca por soluções e prolonga o sofrimento da população que aguarda por serviços essenciais.

Comentários

Continue lendo

Acre

Prefeito de Rio Branco anuncia Natal com árvore maior, drone show e iluminação em LED em todas as regionais

Publicado

em

Tião Bocalom apresentou as novidades do “Acender das Luzes do Natal de Vida, Esperança e Dignidade 2025” e garantiu decoração em bairros e programação cultural intensa, com Festival de Drones marcado para 20 de dezembro

Bocalom também adiantou que o município prepara atividades especiais para o Réveillon, mantendo o padrão dos anos anteriores. Foto: captada 

O prefeito Tião Bocalom apresentou, em entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira (5) na Praça da Revolução, as principais novidades da decoração e programação natalina de Rio Branco para 2025. Com o tema “Natal de Vida, Esperança e Dignidade”, o evento trará iluminação em LED e uma árvore de Natal 4 metros maior que a do ano passado.

— Agora trabalhando com muito LED. A nossa árvore de Natal esse ano tem 4 metros a mais do que o ano passado. A população vai ver, vai ficar muito bonito — afirmou Bocalom.

A iluminação não se restringirá ao Centro: todas as dez regionais da cidade receberão itens decorativos reutilizados de anos anteriores, e avenidas importantes serão embelezadas com novos equipamentos. O prefeito relacionou o investimento ao espírito natalino e ao compromisso da gestão com a população.

A programação cultural prevê cantatas, corais locais, artistas regionais e, como ponto alto, o Festival de Drones, marcado para o dia 20 de dezembro.

— Eu prefiro gastar o dinheiro com o Festival de Drones, que tem o quê? 3, 4 anos que o mundo conheceu esse trabalho, do que gastar com um artista só que sempre está vindo aqui para o Acre levando o nosso dinheiro embora — declarou Bocalom.

As luzes natalinas permanecerão acesas até 10 de janeiro, e o município prepara também atividades especiais para o Réveillon. Sobre o transporte público durante o período festivo, o prefeito adiantou que a gestão divulgará em breve os detalhes para garantir mobilidade e segurança.

Veja vídio assessoria:

Comentários

Continue lendo