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Acre

Jovem que ficou com 95% do corpo queimado em acidente no AC deve ser transferido para hospital de outro estado

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Josué Amaral deve ser transferido para um hospital especializado no atendimento em queimados — Foto: Arquivo pessoal

O trabalhador rural Josué de Souza Amaral, de 20 anos, que teve 95% do corpo queimado após um acidente doméstico com uma lamparina no interior do Acre, continua internado na UTI do Pronto Socorro de Rio Branco em estado grave. Por conta da gravidade, a Saúde do estado tenta conseguir uma vaga em um hospital de referência em queimados para transferi-lo.

A mãe de Amaral, Ioneda Souza, foi informada sobre a transferida e começou a dar entrada na papelada no Tratamento Fora do Domicílio (TFD).

A direção do PS informou que a situação de Amaral é gravíssima e, provavelmente, ele irá precisar de um enxerto de pele, o que não é feito no estado acreano. Porém, ainda não foi definido para qual estado o paciente deve ser transferido.

Amaral está na enfermaria de queimados do PS desde o último dia 22 após ser transferido do Hospital do Juruá, em Cruzeiro do Sul, para a capital.

“A médica me falou que ele vai ser removido para outro lugar e vamos tentar pelo TFD. Não me explicou para onde ainda, o TFD que vai dizer o lugar. Nunca sai [do estado], estou atrás dos papeis e dando entrada na viagem”, relatou Ioneda.

Ainda segundo a mãe, o rapaz agora tem uma infecção adquirida no hospital. “Ele está com febre e conseguir ir ao banheiro. Estão diminuindo a sedação dele”, lamentou.

Amaral se acidentou no dia 13 de setembro com uma lamparina que causou uma explosão na casa onde ele morava com o pai, no Ramal Bom Vento, entre os municípios de Rodrigues Alves e Mâncio Lima. A casa ficou destruída e eles perderam tudo.

O jovem ficou com 95% do corpo queimado após a casa explodir. Ele segurava a lamparina, já que a casa onde morava não tinha energia elétrica e, sem saber, foi até um quarto onde havia gasolina quando a explosão aconteceu.

Trabalhador rural ficou com 95% do corpo queimado após acidente com lamparina — Foto: Arquivo pessoal

Trabalhador rural ficou com 95% do corpo queimado após acidente com lamparina — Foto: Arquivo pessoal

Rede de apoio

 

Amaral tinha se mudado para a casa do pai recentemente e, por isso, não sabia da gasolina armazenada. Eles perderam tudo. A professora Camila Melo, que é coordenadora no ramal onde o acidente ocorreu, disse que não conhece a família, mas que quando ficou sabendo do acidente e resolveu se unir a outras pessoas e pedir ajuda para a família.

Foi montado um posto de arrecadação para quem quiser doa roupas, alimentos, produtos de limpeza, de higiene pessoal e outros itens pessoais para a família. Há pontos de arrecadação em Rodrigues Alves, Mâncio Lima e Cruzeiro do Sul.

Também é disponibilizada uma conta bancária para quem preferir fazer doações em dinheiro. Parte desses recursos, segundo a professora, deve ser encaminhado para Ioneda gastar enquanto ficar com o filho na capital acreana.

Com a nova viagem, a mãe de Amaral vai precisar de recursos para se manter em outro estado. Por isso, a coordenadora Camila Melo pediu ajuda financeira para a família. “Um amigo meu está ajudando ela em Rio Branco, levando e trazendo”, frisou.

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Acre

Morador em situação de rua é esfaqueado no pescoço em Rio Branco

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Um homem de 50 anos, identificado como Edilmo Inácio Pereira, foi vítima de um ataque a faca na noite desta quinta-feira (25) no bairro 6 de Agosto, em Rio Branco. Ele caminhava pela Rua Seis de Agosto quando foi abordado por um homem armado com uma faca, que desferiu um golpe no pescoço da vítima.

Edilmo conseguiu caminhar até um posto de combustíveis próximo, onde desabou com intenso sangramento. O SAMU foi acionado e o levou ao Pronto-Socorro de Rio Branco, onde deu entrada em estado estável, mas com risco de agravamento.

A Polícia Militar esteve no local e iniciou as investigações, que agora seguem com a Polícia Civil, que busca identificar e prender o autor do crime.

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Acre

Acre deve arrecadar R$ 6,4 bilhões em impostos em 2025, aponta Impostômetro

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Valor representa 0,16% da arrecadação nacional e supera em R$ 500 milhões o total de 2024; até 25 de dezembro, contribuintes já pagaram R$ 6,3 bilhões

Em comparação até o fim de novembro de 2025, os recursos recolhidos por prefeituras, governo estadual e União somavam R$5,8 bilhões no estado. Foto: captada 

A arrecadação de impostos municipais, estaduais e federais no Acre deve alcançar cerca de R$ 6,4 bilhões em 2025, segundo estimativa do Impostômetro, ferramenta mantida pela Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT). O valor corresponde a aproximadamente 0,16% de toda a arrecadação nacional.

Comparativo anual:
  • 2025 (previsão): R$ 6,4 bilhões

  • 2024 (realizado): R$ 5,9 bilhões

  • Até 25/12/2025: R$ 6,3 bilhões já arrecadados

  • Até novembro/2025: R$ 5,8 bilhões acumulados

Principais tributos pagos pelos acreanos:
  • Impostos sobre produção e circulação: ICMS e ISS

  • Tributos sobre renda: Imposto de Renda (pessoa física e jurídica)

  • Impostos sobre propriedade: IPTU e IPVA

  • Taxas de comércio exterior e outros encargos

Destinação dos recursos:

Os valores arrecadados são utilizados para:

  • Custeio da máquina pública (salários e manutenção)

  • Financiamento de obras e infraestrutura

  • Execução de programas governamentais

  • Pagamento de servidores públicos

  • Quitação de dívidas do estado e municípios

O crescimento da arrecadação reflete tanto a expansão da atividade econômica no estado quanto a melhoria na eficiência da cobrança tributária. Entretanto, especialistas alertam que o Acre continua com uma das menores participações na arrecadação nacional, refletindo suas limitações econômicas estruturais e baixa densidade populacional.

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Acre

Cânticos de fé e acolhimento transformam Natal de pacientes no PS

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Foto: Cedida

Corredores do Pronto-Socorro de Rio Branco foram tomados por um som diferente do habitual nesta quarta-feira (24). Em meio à rotina intensa da unidade, servidores se reuniram para realizar um cântico natalino, levando música, palavras de fé e gestos de acolhimento a pacientes e profissionais que permanecem em serviço durante a data.

A iniciativa, que já se tornou tradição, tem como propósito aproximar o verdadeiro significado do Natal de quem passa esse período longe de casa. Para muitos pacientes, a internação na véspera da data simboliza medo e solidão. Para os servidores, é o desafio de cumprir o dever de cuidar enquanto a família celebra à distância. O cântico surge, então, como um gesto simples, mas carregado de sensibilidade, capaz de aquecer corações e renovar esperanças.

Para o gerente de Assistência do Pronto-Socorro, Matheus Araújo, a ação representa uma forma de humanizar ainda mais o atendimento e fortalecer os vínculos dentro da unidade.

“O Natal fala sobre amor, cuidado e presença. Sabemos que muitos servidores passam essa data longe de suas famílias e que muitos pacientes gostariam de estar em casa. Esse momento é para lembrar a todos que eles não estão sozinhos, que aqui existe acolhimento, humanidade e compromisso com o cuidado”, destacou.

A programação percorreu diferentes setores do hospital e contou com a participação de servidores da gestão, do corpo de enfermagem, supervisores e colaboradores do Núcleo de Atendimento ao Servidor (NAST). A organização da ação é feita de forma voluntária e colaborativa, com recursos arrecadados entre os próprios profissionais, que se mobilizam todos os anos para tornar o momento possível.

Além do simbolismo, o cântico também revela o outro lado do cotidiano do pronto-socorro: o cuidado que vai além da técnica e alcança o emocional e o espiritual. Em um cenário marcado por desafios e dias difíceis, a iniciativa ajuda a reforçar para a população que, diariamente, a unidade trabalha com dedicação, empatia e compromisso com a vida.

A enfermeira emergencista Jonnyka Lima, que atua na linha de frente do atendimento, ressaltou o impacto do momento tanto para os pacientes quanto para os profissionais.

“Esse momento toca profundamente quem está aqui dentro. Para o paciente, é um alívio no coração; para nós, profissionais, é uma renovação de forças. Às vezes, tudo o que alguém precisa é ouvir uma música, uma palavra de carinho, sentir que não foi esquecido. O Natal nos lembra exatamente isso: cuidar do outro também é um ato de amor”, afirmou.

Após a apresentação, as reações falavam por si. Olhares emocionados, sorrisos tímidos, lágrimas discretas e palavras de gratidão marcaram o encerramento da ação. Muitos pacientes relataram que precisavam exatamente daquela música ou daquela mensagem. Entre os servidores, o sentimento era de comunhão e fortalecimento coletivo.

Em meio à urgência, ao cansaço e aos desafios diários, o cântico reafirmou que o Natal pode acontecer em qualquer lugar, inclusive dentro de um hospital e que, onde há cuidado, há também humanidade, esperança e amor.

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