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Jornalista acreana vence prêmio nacional que reconhece profissionais negros da imprensa: ‘Muito honrada’

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Hellen Lirtêz foi premiada com o troféu revelação Tim Lopes no “Prêmio +Admirados Jornalistas Negros e Negras da Imprensa Brasileira”, e foi a única da região Norte reconhecida na cerimônia que celebra profissionais que lutam contra o racismo.

Hellen Lirtêz é a primeira acreana e única da região Norte a vencer o troféu revelação no Prêmio +Admirados Jornalistas Negros da Imprensa Brasileira. Foto: Arquivo pessoal

A jornalista ambiental acreana Hellen Lirtêz, de 24 anos, foi premiada como revelação no Prêmio +Admirados Jornalistas Negros e Negras da Imprensa Brasileira em 2024. A cerimônia ocorreu em São Paulo e reconheceu profissionais que se destacam no combate ao racismo por meio do jornalismo. Lirtêz foi a única da região Norte premiada com o Troféu Tim Lopes, que é parte do projeto.

A profissional se dedica a publicar reportagens sobre temas como justiça climática, racismo ambiental e direitos de populações marginalizadas, e diz que se sente honrada em ter sido reconhecida como uma jornalista que busca evidenciar, por meio da escrita, situações de disparidade social no Acre.

“A minha contribuição no jornalismo hoje é poder fazer um jornalismo em profundidade, de qualidade, e trabalhar não para dar voz para povos originários e tradicionais, mas sim para fazer uma ponte entre justiça e sociedade e os direitos das pessoas”, destacou.

O prêmio, que destaca jornalistas negros que se destacam em suas áreas de atuação, ocorreu no dia 11 de novembro, em São Paulo, e veio como um marco em sua carreira de apenas quatro anos, sendo dois deles dedicados à investigação ambiental e ao trabalho com populações indígenas e ribeirinhas.

“Eu mais aprendo com o meu trabalho do que eu posso realmente oferecer, porque às vezes são situações tão específicas que eu não sinto que consigo fazer algo ali. Mas, eu tento fazer o que eu posso. Me sinto muito honrada em ter vencido [o prêmio], e isso com certeza vai me ajudar a aprimorar muito mais esse trabalho”, comemorou.

A jornalista, que atua de forma independente com reportagens publicadas no portal Amazônia Real, considera que sua conquista representa também a visibilidade para os jornalistas negros que, apesar de sua relevância, ainda são pouco reconhecidos.

“Eu sou uma pessoa negra amazônida que tem traços específicos de uma pessoa da região amazônica, que entra em confluência também com traços indígenas. Isso muitas vezes é ignorado na pauta antirracista quando falamos no contexto nacional. Só no estereótipo afro da pessoa que tem o black, da pessoa que é retinta. E isso é um dos problemas que a gente tem no Brasil hoje, de atraso mesmo para reconhecer quem são as pessoas negras que estão nesse país”, concluiu.

Hellen Lirtêz tem 24 anos, é acreana e jornalista ambiental independente; cerimônia de premiação ocorreu em SP. Foto: Arquivo pessoal

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Gladson Cameli envia projeto para criação da Loteria Estadual do Acre

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Proposta visa gerar receita não tributária para políticas públicas e combater o “mercado cinza”; projeto aguarda análise da Assembleia Legislativa

O Serviço busca a ampliação da capacidade de financiamento de políticas públicas socialmente relevantes, especialmente nas áreas de seguridade social, habitação, segurança alimentar, cultura, lazer, turismo e desenvolvimento social

O governador Gladson Cameli encaminhou à Assembleia Legislativa do Acre, nesta terça-feira (16), um projeto de lei que cria o Serviço de Loteria do Estado do Acre. A proposta tem como objetivo ampliar o financiamento de políticas públicas nas áreas de seguridade social, habitação, segurança alimentar, cultura, turismo e desenvolvimento social, sem onerar o Tesouro Estadual.

De acordo com o governo, a iniciativa está alinhada com a legislação federal e a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, permitindo ao Acre explorar modalidades lotéricas autorizadas em âmbito nacional. O projeto estabelece diretrizes para organização, exploração e fiscalização do serviço, com foco em responsabilidade social, transparência, controle estatal e prevenção à lavagem de dinheiro.

A medida também visa coibir o “mercado cinza” de apostas, atualmente sem regulação, e promover impactos econômicos locais, como geração de empregos e atração de investimentos privados.

“Assim, pretende-se gerar receitas não tributárias para o Estado, a serem aplicadas prioritariamente em políticas públicas socialmente relevantes e na promoção da justiça fiscal, contribuindo para o fortalecimento das finanças públicas sem onerar o Tesouro Estadual, e coibir a atuação do chamado mercado cinza, atualmente exercido sem parâmetros regulatórios, sem proteção adequada aos consumidores e sem controle estatal. Além disso, vislumbra-se potencial impacto positivo da medida sobre a economia local, tendo em vista a necessidade de infraestrutura, tecnologia e mão de obra para a operacionalização do serviço, com estímulo à geração de empregos diretos e indiretos e à atração de investimentos privados”, relatado na mensagem governamental. O texto segue agora para análise dos deputados estaduais.

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Acre tem 6,42% de obesidade infantil e ocupa 19ª posição no ranking nacional

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Dados do Ranking de Competitividade dos Estados 2025 mostram que índice no estado é inferior à média nacional; especialistas alertam para impactos físicos e emocionais

O combate à obesidade infantil é um desafio complexo para estados e municípios, exigindo atuação integrada das secretarias de Saúde, Educação e Assistência Social, com reflexos que se estendem pela infância e adolescência. Foto; captada 

O Acre aparece na 19ª posição entre os estados com menores índices de obesidade infantil, com 6,42% das crianças de 0 a 5 anos classificadas com obesidade. Os dados, divulgados no Ranking de Competitividade dos Estados 2025, elaborado pelo Centro de Liderança Pública (CLP), consideram crianças com percentil superior a 99,9 na relação entre índice de massa corporal (IMC), peso e estatura para a idade.

No cenário nacional, os percentuais variam de 3,46%, registrado no Distrito Federal — o menor índice do país —, a 9,09%. Estados como Sergipe e Ceará estão entre os últimos colocados, com os maiores percentuais de obesidade infantil na primeira infância.

De acordo com especialistas, o combate ao problema exige atuação integrada das secretarias de Saúde, Educação e Assistência Social, com atenção aos impactos físicos e emocionais que o excesso de peso pode causar na infância e adolescência.

Critério de classificação
  • Faixa etária: 0 a 5 anos incompletos
  • Métrica: Percentil superior a 99,9 na relação IMC/peso/estatura para idade
  • Variação nacional: 3,46% a 9,09%
Contexto da obesidade infantil
  • Impactos: Físicos e emocionais na primeira infância, com reflexos na adolescência
  • Desafio: Requer atuação integrada das secretarias de Saúde, Educação e Assistência Social
  • Responsabilidade: Estados e municípios precisam de políticas articuladas

A posição intermediária do Acre reflete desafios comuns na região Norte no combate à obesidade infantil, onde fatores como urbanização, mudanças alimentares e acesso a alimentos ultraprocessados exigem políticas públicas específicas. O tema ganha relevância diante do crescimento nacional do problema, que demanda ações intersetoriais.

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TRE cancela 23 mil títulos de eleitores no Acre por ausência nas últimas três eleições

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Regularização deve ser feita até 6 de maio de 2026; quem não votou em 2020, 2022 e 2024 fica impedido de votar, ser candidato, assumir cargo público e obter passaporte

O Acre possui 598.550 eleitores aptos a votar. Desse total, 93,76% já têm biometria cadastrada. “Temos ainda 6,24% de eleitores aptos que não estão biometrizados. Foto: internet 

Cerca de 23 mil títulos de eleitor foram cancelados no Acre em 2025 por ausência nas três últimas eleições. O alerta foi feito pelo corregedor regional do Tribunal Regional Eleitoral do Acre (TRE-AC), desembargador Lois Arruda, que reforçou a necessidade de regularização até o fechamento do cadastro eleitoral, em 6 de maio de 2026.

Sem a regularização, o eleitor fica impedido não apenas de votar ou ser candidato, mas também de tomar posse em concursos públicos, obter passaporte, renovar matrícula em instituições públicas de ensino e participar de licitações. “São vários atos da vida civil que exigem quitação eleitoral”, destacou Arruda.

O Acre possui atualmente 598.550 eleitores aptos, dos quais 6,24% ainda não têm biometria cadastrada. O corregedor orientou a consulta da situação pelo aplicativo e-Título ou presencialmente nos cartórios eleitorais, que estão com baixa procura. “Não deixem para a última hora”, recomendou.

A Justiça Eleitoral não envia aviso individual sobre cancelamentos. A regularização pode ser feita em postos do TRE nas Ocas de Rio Branco, Cruzeiro do Sul, Brasiléia e Xapuri, além dos cartórios em todo o estado.

Consequências do título irregular
  • Não pode votar nas eleições 2026
  • Não pode ser candidato
  • Não toma posse em concurso público
  • Não obtém passaporte
  • Não renova matrícula em instituição pública de ensino
  • Não participa de concorrência pública
Prazos e orientações
  • Fechamento do cadastro: 6 de maio de 2026
  • Consulta: Aplicativo e-Título ou cartórios eleitorais
  • Atendimento: Cartórios em todo estado e OCAs (Rio Branco, Cruzeiro do Sul, Xapuri)
Contexto eleitoral
  • Eleitores aptos: 598.550
  • Biometria: 93,76% cadastrados (6,24% pendentes)
  • Alerta: Não há aviso individual sobre cancelamentos

O cancelamento em massa ocorre em ano pré-eleitoral crucial, com disputas para governo, Senado e assembleia legislativa. A Justiça Eleitoral busca evitar surpresas no pleito de 2026, quando se espera alta participação devido às eleições majoritárias. A regularização é urgente para garantir plenos direitos políticos aos cidadãos.

O TRE mantém atendimento em cartórios eleitorais em todo o estado, além de postos nas Ocas de Rio Branco, Cruzeiro do Sul, Brasiléia e Xapuri. Foto: captada 

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