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Israel ataca o norte da Faixa de Gaza por terra e ar após reiterar ordem para civis deixarem região

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Forças israelenses afirmam ter atingido mais de 600 alvos do grupo radical islâmico Hamas nos últimos dias

CNN-Brasil

Ataques aéreos e de artilharia intensos foram registrados em Gaza na madrugada desta segunda-feira (30), enquanto as tropas israelenses, apoiadas por tanques, pressionavam o enclave palestino com uma ofensiva terrestre que provocou mais apelos internacionais para que os civis sejam protegidos.

As Forças Armadas de Israel disseram que atingiram mais de 600 alvos do grupo radical islâmico Hamas nos últimos dias, à medida que expandem as operações terrestres na Faixa de Gaza, onde os civis palestinos estão em extrema necessidade de combustível, alimentos e água potável, com a guerra entrando em sua quarta semana.

“As tropas das forças de Israel mataram dezenas de terroristas que se barricavam em prédios e túneis e tentaram atacar as tropas”, disse um comunicado militar.

Israel iniciou uma grande investida em Gaza na sexta-feira (27) e reiterou os apelos para que os civis se desloquem do norte do pequeno enclave costeiro para o sul, enquanto tenta erradicar os membros do Hamas que, segundo o país, estão escondidos em um labirinto de túneis sob a cidade de Gaza.

No que parece ser um esforço para isolar a cidade, as forças israelenses realizaram dezenas de ataques aéreos no lado leste, disseram os moradores, e alguns relataram som de tanques em meio a uma intensa troca de tiros.

A oeste, onde Israel exibiu no domingo tanques na costa do Mediterrâneo, a estrada costeira norte-sul foi atingida várias vezes, disseram os moradores. As conexões telefônicas e de Internet permaneceram em grande parte cortadas no norte, dificultando a comunicação.

Muitos palestinos permaneceram na cidade de Gaza, com medo de perder suas casas e preocupados com as notícias dos ataques aéreos israelenses mais ao sul.

Autoridades médicas dos hospitais Al-Shifa e Al-Quds disseram que os ataques aéreos atingiram seus prédios. O escritório humanitário da ONU, OCHR, disse que 117.000 civis estão abrigados ao lado de milhares de pacientes e médicos em hospitais no norte.

Israel acusou o Hamas de instalar centros de comando e outras infraestruturas militares nos hospitais de Gaza, o que o grupo nega.

Ataques aéreos também puderam ser ouvidos nas cidades de Rafah, ao sul, perto da passagem da fronteira de Gaza com o Egito, a única não bloqueada por Israel, bem como a leste de Khan Younis, onde a mídia palestina disse que o Hamas entrou em confronto com as tropas israelenses.

Os cortes telefônicos e de internet que bloquearam Gaza na sexta-feira diminuíram e o OCHR disse nesta segunda-feira que os serviços foram “amplamente restaurados”, embora os provedores de telecomunicações tenham dito que algumas áreas no norte ainda estavam fora do ar.

Confrontos na Cisjordânia

Israel disse que 1.400 pessoas foram mortas quando homens liderados pelo Hamas invadiram o sul do país em 7 de outubro e fizeram 229 reféns. O Hamas libertou quatro até o momento e afirmou que 50 foram mortos nos ataques de retaliação.

Autoridades médicas da Faixa de Gaza, administrada pelo Hamas, que tem uma população de 2,3 milhões de pessoas, disseram que 8.306 palestinos foram mortos, incluindo 3.457 crianças, em ataques israelenses em Gaza desde 7 de outubro.

O OCHR disse que as equipes de resgate estavam com dificuldades para chegar às pessoas.

“Em 29 de outubro, cerca de 1.800 pessoas, incluindo pelo menos 940 crianças, foram dadas como desaparecidas e podem estar presas ou mortas sob os escombros, aguardando resgate ou recuperação”, afirmou.

Também disse que os grupos armados continuaram disparando foguetes contra Israel indiscriminadamente, sem registro de mortes.

O Ministério da Defesa israelense divulgou imagens de vídeo do que disse serem manobras em Gaza, mostrando soldados estacionados em edifícios, tanques em uma estrada principal e ataques aéreos no que afirmou serem edifícios ocupados pelo Hamas.

A Reuters não conseguiu verificar de forma independente o momento exato ou o local do vídeo e os militares de Israel disseram que não revelariam onde ele foi filmado.

“Estamos nos movendo por terra, identificando os terroristas e atacando pelo ar. Há também um envolvimento direto entre as forças terrestres e os terroristas. Os combates estão ocorrendo dentro da Faixa de Gaza”, disse o porta-voz militar Daniel Hagari.

Os grupos islâmicos Hamas e Jihad Islâmica disseram que seus membros também estavam lutando contra as forças israelenses na cidade de Jenin, na Cisjordânia, ocupada por Israel, onde dezenas de palestinos foram mortos e centenas foram presos desde 7 de outubro.

Israel disse nesta segunda-feira que prendeu 700 integrantes do Hamas na Cisjordânia, onde afirma que suas forças frequentemente são atacadas quando tentam detê-los.

O Ministério da Saúde palestino informou que quatro pessoas foram mortas durante um ataque em Jenin na madrugada desta segunda-feira. Israel disse que vários combatentes foram mortos em um ataque aéreo no local.

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Dono do Banco Master e ex-presidente do BRB depõem à PF nesta terça

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• Imagem gerada por IA

A investigação sobre fraude bilionária envolvendo o Banco Master colhe, nesta terça-feira (30), os depoimentos do dono do Master, o banqueiro Daniel Vorcaro, do ex-presidente do Banco de Brasília (BRB), Paulo Henrique Costa, e do diretor de Fiscalização do Banco Central (BC), Ailton de Aquino.

Os depoimentos à Polícia Federal (PF) serão tomados no prédio do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília (DF), a partir das 14h.

As oitivas são parte de inquérito, no STF, que apura as negociações sobre a venda do Banco Master ao BRB, banco público do Distrito Federal (DF).

O BRB tentou comprar o Master pouco antes do Banco Central (BC) decretar a falência extrajudicial da instituição, e apesar de suspeitas sobre a sustentabilidade do negócio.

Paulo Henrique Costa foi afastado da presidência da instituição por decisão judicial.

Em novembro, o ex-presidente do BRB e Daniel Vorcaro foram alvos da Operação Compliance Zero, que investiga a concessão de créditos falsos. As fraudes podem chegar a R$ 17 bilhões em títulos forjados.  

As oitivas dos investigados foram determinadas pelo ministro Dias Toffoli e serão realizadas individualmente. Inicialmente, o ministro do STF queria uma acareação entre os envolvidos. Porém, Toffoli definiu, dias depois, que a acareação só deve ocorrer caso a PF ache necessária. Acareação é quando os envolvidos ficam frente a frente para confrontar versões contraditórias.

Apesar do diretor do Banco Central não ser investigado, seu depoimento foi considerado pelo ministro Toffoli de “especial relevância” para esclarecer os fatos, uma vez que o BC é a instituição que fiscaliza a integridade das operações do mercado financeiro.

A defesa do banqueiro Vorcaro informou à Agência Brasil que não vai se manifestar sobre o depoimento porque o processo corre em sigilo.

A defesa do ex-chefe do BRB, Paulo Henrique Costa, por sua vez, informou que não se manifesta antes do depoimento.

O Banco Central também não se manifestou em relação ao depoimento do diretor de fiscalização da instituição.

BRB quis comprar Master

Em março deste ano, o BRB anunciou a intenção de comprar o Master por R$ 2 bilhões – valor que, segundo o banco, equivaleria a 75% do patrimônio consolidado do Master.

A negociação chamou a atenção de todo o mercado, da imprensa e do meio político, pois, já na época a atuação do banco de Daniel Vorcaro causava desconfiança entre analistas do setor financeiro.

No início de setembro, o Banco Central (BC) rejeitou a compra do Master pelo BRB. Em novembro, foi decretada falência da instituição financeira.

Compliance Zero

A Operação Compliance Zero é fruto das investigações que a PF iniciou em 2024, para apurar e combater a emissão de títulos de créditos falsos.

As instituições investigadas são suspeitas de criar falsas operações de créditos, simulando empréstimos e outros valores a receber. Estas mesmas instituições negociavam estas carteiras de crédito com outros bancos.

Após o Banco Central aprovar a contabilidade, as instituições substituíam estes créditos fraudulentos e títulos de dívida por outros ativos, sem a avaliação técnica adequada.

O Banco Master é o principal alvo da investigação instaurada a pedido do Ministério Público Federal (MPF).

Na nota, o BRB afirmou que “sempre atuou em conformidade com as normas de compliance e transparência, prestando, regularmente, informações ao Ministério Público Federal e ao Banco Central sobre todas as operações relacionadas [às negociações de compra do] Banco Master”.

Fonte: Conteúdo republicado de AGENCIA BRASIL - NOTÍCIAS

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Acre terá R$ 5,7 bilhões em obras e 3 mil casas pelo Minha Casa, Minha Vida até 2027

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Investimentos do Novo PAC vão da nova Maternidade de Rio Branco ao linhão elétrico entre Feijó e Cruzeiro do Sul; transferências federais ao estado cresceram 29% em relação a 2022

Serão investidos R$5,7 bilhões para acelerar a saúde, a educação, a cultura, a sustentabilidade, o transporte e a infraestrutura do Acre, segundo publicação. Foto: captada 

O Acre terá R$ 5,7 bilhões em investimentos até 2030 por meio do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC), abrangendo setores como saúde, educação, cultura, sustentabilidade, transporte e infraestrutura. Além disso, até 2027, a expectativa é de que 3 mil acreanos recebam a chave da casa própria por meio do programa Minha Casa, Minha Vida, do Governo Federal.

Entre as principais obras previstas estão a construção da nova Maternidade de Rio Branco, no Segundo Distrito; o linhão de transmissão de energia entre Feijó e Cruzeiro do Sul, com 277 quilômetros de extensão; e a restauração da BR-364. Até 2030, serão 250 empreendimentos em todo o estado.

Em 2024, o governo federal transferiu R$ 9,9 bilhões para complementar o orçamento do estado e das prefeituras acreanas, valor 29% maior que o repassado em 2022, último ano do governo Bolsonaro.

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Acre cria sistema e centro integrado para monitoramento ambiental e combate ao desmatamento

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Lei sancionada pela governadora em exercício Mailza Assis formaliza estruturas já existentes na Secretaria de Meio Ambiente; governo garante que não gerará aumento de despesas

A publicação, assinada pela governadora em exercício Mailza Assis (PP) foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE). Foto: captada 

Foi sancionada nesta terça-feira (30) a lei que cria o Sistema Integrado de Meio Ambiente e Mudança do Clima (SIMAMC) e o Centro Integrado de Inteligência, Geoprocessamento e Monitoramento Ambiental (CIGMA) no Acre. A publicação, assinada pela governadora em exercício Mailza Assis (PP), também institui o Grupo Operacional de Comando, Controle e Gestão Territorial, com foco no fortalecimento do combate ao desmatamento e às queimadas.

Segundo o governo, a medida não implica aumento de despesas, uma vez que o CIGMA já está em funcionamento dentro da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (SEMA), carecendo apenas de institucionalização legal. A lei visa integrar e otimizar ações de monitoramento, inteligência e gestão territorial no estado, ampliando a capacidade de resposta a crimes ambientais.

A publicação ocorreu no Diário Oficial do Estado (DOE) e representa mais um passo na estruturação da política ambiental acreana, em meio a discussões nacionais sobre clima e preservação.

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