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Acre

Investimentos em cadeias produtivas diversificadas transformam a realidade de produtores acreanos

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Em 2012 o governo do Estado investiu mais de 37 milhões de reais em maquinários para incentivar a produção (Foto: Arquivo)

Em 2012 o governo do Estado investiu mais de 37 milhões de reais em maquinários para incentivar a produção (Foto: Arquivo)

Nas duas últimas décadas, foi notável a melhoria da infraestrutura das cidades acreanas. Se os avanços podem ser comemorados, é preciso atenção com os problemas de violência nas periferias urbanas provocados pela demanda populacional desordenada. Por isso, uma das metas do atual governo do Acre é fortalecer a produção rural. Constantemente o governador Tião Viana tem dito em suas entrevistas que quer que os agricultores ascendam à classe média. Isso significa melhorar a renda e as condições de produção para o homem do campo, com investimentos que garantam a fixação dos trabalhadores rurais nas suas propriedades para evitar o inchaço das áreas urbanas do Estado e os consequentes problemas sociais decorrentes.

Para realizar a meta do governo, o secretário de Produção, Lourival Marques Filho, tem se empenhado para oferecer melhores condições técnicas ao homem do campo acreano. De acordo com Marques, os produtores viram que diversificando as culturas as coisas melhoram. Tem que plantar milho, feijão, criar peixe, porco, gado leiteiro e de corte. Existem produtores que com pequenas propriedades conseguiram entender essa proposta e atualmente conseguem uma renda anual em torno de 100 mil reais. “Temos vários exemplos assim no Baixo e Alto Acre e no Juruá. Essa é a nossa proposta: mostrar que a monocultura é limitante em todos os aspectos”, afirmou.

Melhores condições técnicas e diversificação de produção são marcas do atual governo (Foto: Arquivo)

Melhores condições técnicas e diversificação de produção são marcas do atual governo (Foto: Arquivo)

Um dos caminhos para a diversificação de produção é o manejo adequado das áreas. Para ajudar os produtores que querem diversificar, o governo do Estado está investindo na mecanização das terras. Por exemplo, pastos de gado podem se tornar áreas de plantios de milho. E nesse processo de mudança constante de cultura através da mecanização a terra acaba ganhando muito mais nutrientes e permanece fértil. “Em cada uma das cadeias produtivas temos técnicos especializados para oferecer as informações necessárias. Mas vale destacar que atualmente no Acre já temos produtores que aprenderam as técnicas mais avançadas e são difusores das informações” informou o secretário de Produção.

A nova classe média

Lourival Marques gosta de citar dois exemplos de produtores rurais acreanos que se tornaram emblemáticos por terem diversificado as suas culturas.

Na zona rural de Cruzeiro do Sul, no Pentecostes, o produtor rural conhecido por “Seu Dedimar” conseguiu realizar o sonho de viver com conforto. Ele variou as atividades na sua pequena propriedade de 35 hectares. Plantou maracujá, melancia, coco, fabricou queijo, criou peixes no açude. Com isso, consegue uma renda superior a 100 mil reais por ano.

Na BR-317, em Senador Guiomard, o produtor rural conhecido por João Paraná também mostra que a policultura pode ser lucrativa. Ele conseguiu implantar na sua propriedade plantações de milho, seringueira, cana para a produção de rapadura, e consegue também uma renda parecida ao do produtor do Juruá. “Mas na realidade existem vários outros produtores no Acre que conseguem conciliar a agricultura com a criação de animais, como as galinhas caipira, porcos e peixes, aumentando significativamente as suas rendas anuais”, disse Lourival.

Crédito,  o bálsamo do crescimento

O governo federal abriu uma linha de crédito para beneficiar a agricultura familiar, que tem dado resultados muito favoráveis. Trata-se do Pronaf,  que tem juros baixos. Para se ter uma ideia, só na safra 2012/2013 a presidente Dilma (PT) disponibilizou 18 bilhões de reais para os agricultores acreanos que querem incrementar suas propriedades, tornando-as mais produtivas. Esse crédito pode ser acessado através dos bancos do Brasil e da Amazônia e permite adquirir desde os maquinários mais sofisticados a insumos básicos como semente, fertilizantes, óleo diesel e outros. Através da orientação dos técnicos da Seaprof, os produtores acreanos já tomaram 100 milhões de reais para investimento nas propriedades. “Mas a nossa meta é até junho, quando se encerra a safra anual: chegarmos a 150 milhões de crédito. A Seaprof tem 28 escritórios espalhados pelos 22 municípios acreanos para fazer projetos técnicos que facilitem o acesso ao crédito”, destacou Marques.

O sonho da exportação

Suínos despontam como alternativa para ampliar renda dos produtores (Foto: Arquivo)

Suínos despontam como alternativa para ampliar renda dos produtores (Foto: Arquivo)

 

Segundo o secretário é preciso dar aos produtores o conhecimento completo das cadeias produtivas para minimizar a possibilidade de possíveis prejuízos. “Só na cadeia da piscicultura já foram investidos 100 milhões de reais entre recursos do governo federal, governo estadual e iniciativa privada. Outra aposta que estamos fazendo é na suinocultura. Por isso, o Estado está investindo 16 milhões de recursos próprios para fortalecer a cadeia com a construção de galpões de engorda e frigoríficos”, revelou o secretário.

O investimento na suinocultura não foi aleatório. Como a cadeia produtiva da avicultura, sobretudo, na região de fronteira do Alto Acre, teve grande êxito o exemplo positivo está sendo otimizado. “A cadeia do frango já é uma consequência dos outros governos. Durante os governos de Jorge Viana e Binho Marques foram construídos 145 galpões de engorda e um frigorífico. No governo Tião Viana estamos apoiando com outros projetos para a ampliação da capacidade de produção. Já colocamos 5 milhões de reais recentemente para construir 28 galpões beneficiando mais algumas centenas de famílias produtores na região de Brasileia. Atualmente o Acre é autossuficiente no consumo de frangos e o excedente tem sido exportado para outros estados brasileiros,” ponderou ele.

Mas a meta é a exportação pelos portos peruanos através da Rodovia Transoceânica. Inclusive a unidade produtora de suinocultura que foi construída em Brasileia com investimentos públicos e privados já tem uma logística desenhada para mandar embutidos aos mercados dos Estados Unidos e dos países asiáticos pelo Porto de Ilo, no Peru.

A prosperidade na mão dos produtores

Determinação dos agricultores é essencial para a melhoria do setor (Foto: Arquivo)

Determinação dos agricultores é essencial para a melhoria do setor (Foto: Arquivo)

Apesar de todos os incentivos e investimentos, Lourival Marques faz questão de ressaltar que a produção agrícola acreana depende sobretudo dos próprios produtores. “O governo se esforça para dar todo o tipo de incentivo disponível. Mas o principal operador tem que ser o próprio produtor rural. O governo não planta, mas dá  todos os recursos para quem quer plantar. Só no ano passado o governo do Estado investiu mais de 37 milhões de reais em maquinários para incentivar a produção,” salientou.

A projeção de investimento na produção rural por parte da Seaprof e da Seap para 2013 chegará a mais de 65 milhões de reais.

 

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Acre

Rio Acre sobe quase três metros em 24 horas em Rio Branco após chuvas intensas

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Mesmo com elevação expressiva, nível do rio permanece abaixo das cotas de alerta e transbordo, segundo a Defesa Civil

Foto: Sérgio Vale/ac24horas

O nível do rio Acre em Rio Branco registrou uma elevação de quase três metros nas últimas 24 horas, reflexo direto do grande volume de chuvas que atingiu a capital acreana na quarta-feira (17). As informações foram divulgadas pela Defesa Civil Municipal.

Conforme os boletins oficiais, às 5h da manhã de quarta-feira (17) o rio marcava 6,30 metros. Já no mesmo horário desta quinta-feira (18), o nível chegou a 9,05 metros, o que representa uma elevação aproximada de 2,75 metros em apenas um dia.

Apesar da subida significativa, o rio Acre ainda permanece abaixo da cota de alerta, estabelecida em 13,50 metros, e da cota de transbordo, fixada em 14,00 metros. A Defesa Civil informou que segue monitorando continuamente o comportamento do manancial, principalmente diante da possibilidade de novas chuvas na região.

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Acre

Ameaça de desbarrancamento leva Defesa Civil a retirar família de residência

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Foto: Defesa Civil de Rio Branco/divulgação

Uma família precisou ser retirada de uma residência localizada na avenida Dorva Caminho, no bairro Areal, em Rio Branco, na quarta-feira (17), após o registro de ameaça de desbarrancamento durante a forte chuva que atingiu a capital acreana.

De acordo com as informações repassadas, o risco foi identificado em meio às ocorrências provocadas pelo grande volume de chuva que caiu ao longo do dia, elevando a instabilidade do solo em áreas consideradas vulneráveis. Diante da situação, a Defesa Civil Municipal realizou a retirada preventiva dos moradores para evitar possíveis acidentes.

O órgão, no entanto, não informou para onde a família foi levada, nem o número de pessoas que habitavam a residência. Também não há detalhes sobre danos estruturais no imóvel ou se o local seguirá interditado.

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Acre

Rio Branco registra mais de 100 mm de chuva em 24 horas e entra em alerta

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Foto: Sérgio Vale

Rio Branco registrou um volume de chuva superior a 100 milímetros nas últimas 24 horas, segundo dados da aferição oficial do município. O acumulado foi de 108,4 milímetros, resultado de uma precipitação que se estendeu por cerca de 12 horas ininterruptas.

O volume elevado é considerado significativo para o período e contribuiu para a ocorrência de pontos de alagamento em diferentes áreas da cidade. Diante do cenário, a Defesa Civil Municipal intensificou o monitoramento de igarapés e passou a vistoriar áreas classificadas como de risco.

De acordo com o órgão, as ações têm caráter preventivo e visam acompanhar a elevação do nível dos cursos d’água, além de identificar possíveis situações que possam colocar moradores em risco.

A Defesa Civil segue em alerta e orienta a população, especialmente quem vive em áreas vulneráveis, a ficar atenta às condições climáticas e acionar o órgão em caso de necessidade.

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