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Intenção de consumo tem terceiro aumento consecutivo
Subíndice Emprego Atual é o primeiro a retornar para a zona de satisfação, indicando recuperação do mercado de trabalho
A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) registrou, em março, o terceiro aumento mensal consecutivo e o maior nível desde maio de 2020. Com crescimento de 1,8%, o índice apurado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) atingiu 78,1 pontos, apresentando melhor pontuação do que a alcançada no mesmo mês em 2021 (73,8 pontos). Na comparação anual, o aumento foi de 5,9%.
Entre os subíndices avaliados, o principal destaque positivo foi Emprego Atual, que atingiu o nível de 102,0 pontos e foi o primeiro item a voltar a ser considerado satisfatório pelos consumidores. Apesar de o ICF ainda permanecer abaixo da zona de satisfação (100 pontos), algo que vem acontecendo desde abril de 2015 (102,9 pontos), seis dos sete subíndices apresentaram elevação.
O presidente da CNC, José Roberto Tadros, observa que os dados apontam a recuperação do mercado de trabalho como fator de forte influência para os resultados positivos. “Com maiores chances de emprego, consequentemente, os consumidores passaram a ter mais acesso à renda. Esse processo levou a um aumento do percentual de famílias que consideraram sua renda melhor do que no ano passado.” A percepção ficou evidente com o terceiro avanço mensal consecutivo no quesito Renda Atual, que apresentou a maior taxa de crescimento de março, 3,2%.
Condições de consumo mais favoráveis
O item Acesso ao Crédito também apresentou variação mensal positiva, apesar do encarecimento provocado pelo aumento constante da Selic nos últimos meses. A economista da CNC responsável pela pesquisa, Catarina Carneiro da Silva, avalia que os números corroboram a melhora da percepção dos consumidores em relação às compras a prazo. “Mesmo com as famílias ainda considerando, em sua maior parte, dificuldade de ter acesso ao crédito, o segundo aumento seguido desse componente aponta que a renda mais equilibrada e maior confiança na manutenção do emprego proporcionam condições de consumo favoráveis o suficiente para compensar esse desafio.”
Ainda segundo a economista, esse fator auxilia especialmente os bens duráveis. “São itens que costumam ser adquiridos por meio de parcelamento, já que têm custos mais altos. Momento para Compras de Duráveis, que vinha em queda nos últimos meses, apresentou, em março, seu primeiro crescimento (+0.8%)”. Apesar do avanço, no entanto, o indicador ainda é o mais baixo da pesquisa.
E, mesmo com as condições de consumo mais favoráveis, Catarina observa que a incerteza em relação ao futuro, com os efeitos da guerra e as dificuldades econômicas internas, levou a uma queda de 1,2% em Perspectiva de Consumo, revelando que as famílias ficarão atentas à evolução do ambiente econômico antes de consumir, nos próximos meses.
Recortes
Na avaliação por faixa de renda, as famílias com ganhos acima de 10 salários mínimos mostraram menor nível de insatisfação, registrando 94,5 pontos, com aumento mensal de 1,0% e alta anual de 11,0%. Entre as famílias com renda abaixo de 10 salários mínimos, o indicador atingiu 74,7 pontos, com crescimento de 2,1%, em relação a fevereiro deste ano, e de 4,4% na comparação com março de 2021.
Pelo critério regional, março não registrou queda mensal e o destaque positivo ficou por conta da região Sudeste, com crescimento de 2,1%. As famílias do Sul foram as mais confiantes (88,4 pontos), mesmo permanecendo em nível insatisfatório, e as do Norte (58,8 pontos) foram as que apresentaram menor indicador. Considerando o critério de variação anual, entre as cinco regiões, apenas duas contaram com oscilação negativa, Norte (-8,2%) e Centro-Oeste (-4,1%). Sul (12,9%) e Sudeste (10,4%) registraram os maiores crescimentos.
Departamento de Comunicação do Sistema Fecomércio/Sesc/Senac
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Bombeiros encerram buscas por diarista desaparecido no Rio Purus, no Acre
Paulo do Graça foi visto pela última vez em uma canoa; embarcação foi encontrada abandonada, mas vítima não foi localizada.

A comunidade local, que acompanha o caso com apreensão, lamenta o desaparecimento de Paulo, conhecido por sua dedicação ao trabalho e simpatia. Foto: cedida
O Corpo de Bombeiros encerrou as buscas pelo corpo de Paulo do Graça, diarista que desapareceu nas águas do Rio Purus, em Sena Madureira, no Acre, na última segunda-feira (24). As operações, que incluíram buscas subaquáticas e superficiais, não obtiveram sucesso em localizar a vítima.
De acordo com relatos de moradores, Paulo foi visto pela última vez saindo do porto da comunidade Silêncio em uma canoa. No dia seguinte, o barco foi encontrado abandonado nas proximidades do seringal Regeneração, aumentando as preocupações sobre o seu paradeiro.
As equipes de resgate trabalharam por dias na região, mas as condições do rio e a falta de pistas concretas dificultaram as operações. A comunidade local, que acompanha o caso com apreensão, lamenta o desaparecimento de Paulo, conhecido por sua dedicação ao trabalho e simpatia.
O Corpo de Bombeiros informou que, por enquanto, as buscas estão suspensas, mas podem ser retomadas caso novas informações surjam. Enquanto isso, familiares e amigos aguardam por respostas sobre o destino do diarista.
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Juiz da execução penal pode mandar monitorar conversa de advogado e preso
As conversas gravadas mostram que a advogada mencionou que “quem a enviou foi o pessoal de fora”, com referências à organização criminosa, e que ela usou códigos e mensagens cifradas

A defesa impetrou Habeas Corpus para sustentar que o juiz da execução penal não tem competência para autorizar as escutas e que elas representam prova ilegal por violarem as prerrogativas da advocacia. Foto: internet
O juiz da execução penal é competente para iniciar procedimentos de ofício, ou a pedido de autoridades como o Ministério Público, sempre que houver interesse na manutenção da segurança e da ordem no estabelecimento prisional.
Com esse entendimento, a 5ª Turma do Superior Tribunal de Justiça negou provimento a recurso em Habeas Corpus ajuizado por uma advogada que teve suas conversas com um preso monitoradas pela Justiça de Goiás.
As escutas foram feitas no parlatório da unidade prisional, a pedido do MP, por indícios de que as atividades do preso, membro de uma organização criminosa, estavam sendo facilitadas pela advogada.
A defesa impetrou Habeas Corpus para sustentar que o juiz da execução penal não tem competência para autorizar as escutas e que elas representam prova ilegal por violarem as prerrogativas da advocacia relacionadas ao sigilo entre advogado e cliente.
Juiz da execução penal é competente
No entanto, a relatora do recurso, ministra Daniela Teixeira, observou que o Tribunal de Justiça de Goiás identificou motivos suficientes para justificar o monitoramento das conversas entre advogada e preso.
Isso porque ela não possuía vínculo formal com ele, como procuração para atuar em seu nome nos processos. E não foi designada pela família do detento.
As conversas gravadas mostram que a advogada mencionou que “quem a enviou foi o pessoal de fora”, com referências à organização criminosa, e que ela usou códigos e mensagens cifradas.
“A inviolabilidade do sigilo profissional pode ser mitigada em situações excepcionais, como quando há indícios da prática de crimes por parte do advogado”, explicou a ministra Daniela ao citar a jurisprudência do STJ sobre o tema.
Além disso, ela apontou que o juízo da execução penal é competente para iniciar procedimentos de ofício, ou a pedido de autoridades como o MP, sempre que houver interesse na manutenção da segurança e da ordem no estabelecimento prisional.
“No caso em questão, o pedido do Gaeco foi motivado por indícios de que as atividades de um dos presos, líder da organização criminosa, estavam sendo facilitadas pela advogada”, concluiu ela. A votação foi unânime.
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Briga generalizada entre menores viraliza nas redes durante festa de Carnaval em Cobija
Confronto ocorreu na Praça do Estudante durante tradicional jogo com balões e água; vídeos mostram momento de descontrole

O vídeo, no entanto, continua a viralizar, gerando debates sobre a segurança durante as festas de Carnaval e a necessidade de maior supervisão em eventos públicos que envolvem jovens. Foto: captada
Um vídeo que circula nas redes sociais mostra uma briga descontrolada entre menores de idade durante as comemorações de Carnaval na Praça do Estudante, em Cobija, Bolívia, nesta segunda-feira. O confronto aconteceu enquanto os jovens participavam de um jogo tradicional boliviano que envolve balões e água, comum durante a festividade.
Nas imagens, é possível ver o momento em que a briga se inicia, com empurrões, socos e correria, deixando os espectadores em choque. Apesar da natureza lúdica da atividade, a situação rapidamente escalou para a violência, chamando a atenção de moradores e autoridades locais.
Até o momento, não há informações sobre feridos ou intervenção policial no local. O vídeo, no entanto, continua a viralizar, gerando debates sobre a segurança durante as festas de Carnaval e a necessidade de maior supervisão em eventos públicos que envolvem jovens. As celebrações, que costumam ser marcadas por alegria e diversão, foram manchadas pelo episódio de descontrole.
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