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Indígena que teria 131 anos morre no interior do AC: ‘mais antiga matriarca de todos os territórios do povo Huni kui’
Certidão de nascimento de Maria Lucimar afirma que ela nasceu em 3 de setembro de 1890, no seringal Porto Rubin, em Feijó. Ela vivia em aldeia e falava pouco português e morreu nesse sábado (21), segundo o neto.

Maria era lúcida e recebia atendimento médico em casa — Foto: Francisco Claudino Junior/Arquivo pessoal
Por Tácita Muniz, g1 AC
O líder indígena Ninawa Huni Kui usou suas redes sociais para informar a morte da sua avó, Maria Lucimar Pereira Kaxinawá, de 131 anos. A indígena, que morava na Aldeia Boca do Grota, no seringal Curralinho, no interior do Acre, tinha documentos que apontavam que ela nasceu em 3 de setembro de 1890.
Na postagem feita em sua rede social, Ninawa diz que ela morreu no sábado (21), mas não deu detalhes do que ocasionou a morte da idosa.
“Maria Lucimar Pereira é uma mulher Huni kui supercentenária brasileira. Seu nome original indígena é Parã Banu Bake Huni Kui, por causa do preconceito, ela teve que registrar-se com um nome aceitável perante o cartório brasileiro. Ela vive no oeste da Amazônia brasileira, estado do Acre, e pertence a mais antiga matriarca de todos os territórios do povo Huni kui no Brasil. É a uma anciã da linhagem da minha família, a última prima irmã do meu grande mestre e formador da minha vida, o meu avô Txaná Ixã Duá Bakê, que veio de uma linhagem de grande chefes hereditárias do meu povo antes da colonização”, disse na postagem.
Ao g1, Ninawa disse que a avó estava passando uma temporada na casa da filha na cidade de Feijó, quando há 4 dias deu sinais de que não estava bem. Ele acredita que ela tenha morrido em decorrência da idade mesmo. Ela deve ser enterrada no cemitério da cidade.
“Todo dia 3 de setembro fazíamos a festa na aldeia que era em comemoração ao seu aniversário, e agora a aldeia vai ficar em luto por um bom tempo”, lamentou.

Ninawa fez o anúncio pelo Facebook neste domingo (22) — Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre
Mulher mais velha do mundo
A história da indígena chegou a ter repercussão nacional em 2011, quando possuía, de acordo com os documentos, 121 anos. A divulgação foi feita pela ONG Survival International, que defende direitos das populações indígenas ao redor do mundo.
Em 2020, o g1 contou também sua história. Pela idade e como vivia na aldeia, ela pouco falava protuguês. Ela era cuidada por um filho, que é o pajé da aldeia, conforme informações do representante da Fundação Nacional do Índio (Funai) no município, Carlos Brandão.
O g1 tentou falar com os indígenas na época, mas, por conta da localização, não conseguiu contato. O representante da Funai, que acompanha a indígena, falou que a longevidade dela se dava aos hábitos naturais que mantinha.
“Ela só come comida natural, frango assado, macaxeira cozida, peixe muquinhado [assado na palha da bananeira]. Ela ainda coloca linha no buraco da agulha. Ainda anda, conversa na língua indígena e fala um pouco português, algumas palavras”, contou Brandão na época.
Além disso, ele garantiu que Maria Lucimar era lúcida e ainda conta histórias relacionadas ao sofrimento pelo qual passou na juventude e relembra fatos como a chegada dos cearenses e a época em que a borracha ainda era o carro chefe da economia no Acre.

Certidão da indígena mostra que ela nasceu em 1890 — Foto: Pedro Campos, Arquivo pessoal
Francesa é a mais velha, diz Guinness
A pessoa mais velha do mundo, reconhecida pelo “Guinness Book”, o Livro dos Recordes, era a japonesa Kane Tanaka, de 119 anos, que morreu no dia 19 de abril deste ano.
Agora, o título passou a ser da freira francesa Lucile Randon, de 118 anos, nascida em 11 de fevereiro de 1904. Embora nenhum órgão oficial atribua o título, a irmã Andrés se tornou a pessoa mais velha e “de longe”, já que é seguida por uma polonesa de 115 anos, disse Laurent Toussaint à Agência France-Presse (AFP).
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Aldeia comemorava com muita festa aniversário da matriarca — Foto: Arquivo pessoal
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Polícia Civil detém suspeito pela morte do ativista cultural Moisés Alencastro em Rio Branco
A Polícia Civil do Acre (PC-AC) deteve um suspeito pela morte do ativista cultural, jornalista e colunista social Moisés Alencastro (foto), assassinado a facadas em seu apartamento, em Rio Branco. Durante a ação, os investigadores localizaram objetos pessoais da vítima na residência do suspeito, que teve o nome preservado para não comprometer o andamento das investigações.
A Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) informou que trabalha para concluir as oitivas até a manhã desta terça-feira, quando deverá se pronunciar oficialmente sobre o caso. Por enquanto, a Polícia Civil informou que não irá se manifestar para não interferir nas apurações.
O caso está sendo conduzido pelo delegado Alcino Júnior, coordenador da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que trabalha com duas principais linhas de investigação: a primeira aponta para crime motivado por homofobia; a segunda considera a possibilidade de latrocínio (roubo seguido de morte).
A perícia do Instituto Médico Legal (IML) realizada no apartamento da vítima e no veículo abandonado na estrada do Quixadá, encontrado com os pneus furados e o porta-malas aberto, pode ser determinante para esclarecer a dinâmica do crime. Dentro do carro, foram encontrados alguns pertences pessoais de Moisés.
Segundo o delegado, o estado em que o veículo foi localizado reforça, até o momento, a hipótese de latrocínio. “O modus operandi indica que o homicídio ocorreu primeiro e, em seguida, o autor teria se aproveitado da situação para subtrair os bens da vítima”, afirmou.
Os peritos não encontraram sinais de arrombamento no apartamento, o que indica que Moisés provavelmente conhecia o autor do crime. Vizinhos relataram à polícia que viram o carro da vítima deixando o estacionamento do condomínio por volta das 21h. O motorista, em atitude apressada, teria batido duas vezes no portão antes de fugir em rumo ignorado.
O corpo de Moisés Alencastro foi encontrado ao lado da cama, com diversas perfurações provocadas por faca, dentro do apartamento localizado no Condomínio Nehine, no bairro Morada do Sol.
A Polícia Civil recolheu material biológico e outros vestígios tanto no local do crime quanto no veículo abandonado em uma estrada vicinal na parte alta do bairro São Francisco. Exames genéticos e papiloscópicos foram realizados para auxiliar na reconstituição dos fatos e na identificação da autoria.
“Agora estamos buscando novas pistas no veículo abandonado na zona rural para esclarecer completamente o caso”, afirmou o delegado Sandro Martins.
As investigações seguem em andamento.
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Prefeitura Municipal de Assis Brasil – AVISO DE LICITAÇÃO
Estado do Acre
Prefeitura Municipal de Assis Brasil
Comissão Permanente de Licitação
AVISO DE LICITAÇÃO
PREGÃO PRESENCIAL Nº 013/2025
OBJETO: “Contratação destinada a fornecer material de consumo, higiene, limpeza, descartável e utensílios domésticos. Visando atender as necessidades da Secretaria Municipal de Administração, no âmbito da Prefeitura Municipal de Assis Brasil”
Origem: Secretaria Municipal de Saúde.
Data da Abertura: 15.01.2026 as 09:00h
Retirada do Edital: 23/12/2025 à 14/01/2026
Local De Retirada: site do TCE: https://externo.tceac.tc.br/portaldaslicitacoes/menu/ e e-mail: [email protected] e no site da Prefeitura Municipal de Assis Brasil – Ac www.assisbrasil.ac.gov.br
Horário: de Segunda – Feira à Quinta – Feira das 07:00 às 12:00 horas e de Sexta – Feira das 07:00 às 13:00 horas.
Assis Brasil -AC, 22 de dezembro de 2025.
Willian Azevedo Bandeira
Pregoeiro PMAB
DECRETO Nº022/2025
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Homem é encontrado morto com sinais de espancamento em Assis Brasil; polícia investiga execução por “disciplina” de facção
Corpo de Erivaldo Pereira, o “Badinha”, foi localizado no bairro Cascata; moradores relatam que vítima teria sido punida por suposta série de furtos na cidade

Informações apuradas no local, a Polícia Militar foi chamada até a Rua Otília Marinho de Amorim, onde constatou que a vítima já não apresentava sinais vitais. O cenário indicava sinais evidentes de violência extrema. Foto: cedida
Um homem identificado como Erivaldo Pereira, conhecido como “Badinha”, foi encontrado morto na noite deste domingo (21) no município de Assis Brasil, interior do Acre. O corpo apresentava sinais de violência extrema e foi localizado no bairro Cascata, na Rua Otília Marinho de Amorim, após moradores acionarem a Polícia Militar.
De acordo com relatos preliminares de testemunhas, a vítima teria sido submetida a uma ação conhecida como “disciplina” — termo usado por facções criminosas para punições brutais. A suposta motivação seria uma sequência de furtos atribuídos a Erivaldo na cidade, mas a polícia reforça que todas as linhas de investigação estão em aberto.
A análise inicial do local indicou que a morte pode ter sido resultado de fortes pancadas no tórax e abdômen, compatíveis com espancamento. O corpo foi removido pelo Instituto Médico Legal (IML), que irá determinar a causa oficial do óbito.
O caso segue sob investigação da Polícia Civil, que busca apurar as circunstâncias da morte e confirmar ou descartar a possível ligação com ações de grupos criminosos na região de fronteira.



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