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Índice da Construção Civil registra menor índice de 2022 em dezembro, segundo IBGE

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Trabalhadores da construção civil, operários reformam telhado de imóvel em obras no Centro do Rio. (Fernando Frazão/Agência Brasil)

Pesquisa divulgada esta semana pelo Instituto aponta, ainda, queda de 7,75 pontos percentuais no acumulado do ano, em relação a 2021. Norte e Centro-Oeste são regiões com maiores altas em dezembro e no acumulado do ano, respectivamente.

O Índice Nacional da Construção Civil, divulgado esta semana, aponta um aumento de 0,08% em dezembro. O levantamento, feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), registrou uma queda de 0,07 ponto percentual em relação ao mês anterior (0,15%), sendo o menor índice de 2022. No acumulado do ano, o índice ficou em 10,90%, o que também registra uma queda de 7,75 pontos percentuais quando comparado a 2021 (18,65%).

O custo nacional da construção por metro quadrado, em dezembro, ficou em R$ 1.679,25, sendo R$ 1.001,20 para os materiais e R$ 678,05 para a mão de obra. Em novembro, esse valor havia sido de R$ 1.677,96.

Para o economista e pesquisador da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) Felipe Queiroz, essa queda, em parte, se deve à injeção monetária feita no ano passado, com o crédito consignado para famílias de baixa renda, que recebem o Auxílio Brasil, atual Bolsa Família. O economista analisa que essa prosperidade se mostrou momentânea e isso reflete em vários setores da economia, inclusive no índice da construção civil.

“Isso ampliou o gasto de curtíssimo prazo porque, num segundo momento, além de não ter mais aquela quantia de dinheiro, o que recebia dos auxílios ainda diminuiu muito mais, porque passavam a pagar as parcelas do crédito consignado àquelas famílias que o fizeram”, analisa o economista.

Outro fator apontado por Felipe Queiroz é o controle da inflação, que se mostrou ineficaz, e isso está refletindo em outros índices, além da construção civil, como o comércio. Segundo o pesquisador da Unicamp, as medidas tomadas até o momento não foram suficientes para que o desempenho do setor se mantivesse estável ou apresentasse crescimento significativo.

“As medidas tomadas não foram de estímulo consistente, robusto, de modo a influenciar positivamente o crescimento econômico. O que nós observamos é que essa desaceleração decorre, especialmente, de um ajuste que houve na economia.”, pontua Felipe Queiroz.

Materiais e mão de obra

Segundo o levantamento do IBGE, a parcela dos materiais apresentou variação de 0,07%, próxima às variações dos últimos dois meses, que foram de 0,01% em novembro e 0,04% em outubro. Em comparação com o índice de dezembro de 2021, houve uma queda de 0,69%.

Já a parcela da mão de obra de 0,08% foi a menor taxa do ano. Nesse caso, houve uma queda de 0,27% em relação ao mês anterior (0,35%). Quando comparada com dezembro de 2021, essa taxa subiu 0,10%.

No acumulado do ano de 2022, houve uma variação de 10,02% nos materiais. Já o custo da mão de obra chegou a 12,18%. No ano anterior, a parcela dos materiais chegou a 28,12% e a mão de obra fechou em 6,78%.

Desempenho Norte e Centro-Oeste

A região Norte ficou com a maior variação regional em dezembro, com 0,67%. Entre os seis dos setes estados da região, destacam-se o Amazonas (1,08%) e o Amapá (1,01%). O desempenho das demais regiões, no mesmo período, foram Nordeste (-0,04%), Sudeste (-0,09%), Sul (0,32%) e Centro-Oeste (0,21%).

No acumulado do ano, o Centro-Oeste teve o maior resultado (14,60%), seguido por Norte (12,70%), Sul (10,4%), Sudeste (10,33%) e Nordeste (10,02%).

Na avaliação por estados, o Piauí teve a maior taxa em dezembro (2,64%) e Mato Grosso teve a maior taxa no acumulado do ano (20,52%), registrando também a maior taxa no acumulado da parcela dos materiais, com 22,39%.

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EUA interceptam terceiro navio perto da Venezuela em meio à pressão sobre Caracas

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Nova interceptação em águas internacionais amplia escalada dos EUA contra o transporte de petróleo venezuelano

Bandeira da Guarda Costeira dos EUA: no sábado, um navio já havia sido interceptado
Marco Bello/Reuters via CNN Newsource – 20.12.2025

Os Estados Unidos interceptaram um terceiro navio nas proximidades da Venezuela, em águas internacionais, segundo informaram neste domingo (21) duas autoridades norte-americanas à agência Reuters.

A nova ação marca a segunda operação do tipo em apenas um fim de semana e amplia a ofensiva do governo Donald Trump contra o regime de Nicolás Maduro.

As autoridades falaram sob condição de anonimato e não divulgaram o nome da embarcação nem o ponto exato da interceptação. Também não informaram se o navio transportava petróleo venezuelano.

A nova abordagem ocorre poucos dias após Trump anunciar um “bloqueio” a todos os petroleiros sancionados que entram ou deixam a Venezuela. A diretriz passou a orientar uma série de ações no Caribe, com foco direto na principal fonte de receita do governo de Caracas: o petróleo.

No sábado (20), forças dos Estados Unidos já haviam apreendido um petroleiro de bandeira panamenha, carregado com petróleo venezuelano e com destino à Ásia.

A operação foi conduzida pela Guarda Costeira americana, com apoio das Forças Armadas, em águas internacionais. Segundo Washington, a tripulação não ofereceu resistência.

No início do mês, os EUA também apreenderam o petroleiro Skipper, alvo de sanções por vínculos com o Irã. Com isso, sobe para três o número de embarcações interceptadas neste mês nas proximidades da Venezuela.

Resposta venezuelana

O governo venezuelano reagiu com críticas duras às ações americanas.

O chanceler Yvan Gil classificou as apreensões como “atos de pirataria” e afirmou que o Irã ofereceu cooperação à Venezuela para enfrentar o que descreveu como violações do direito internacional.

A vice-presidente Delcy Rodríguez declarou que Caracas pretende levar o caso ao Conselho de Segurança da ONU e a outros fóruns multilaterais.

As interceptações se somam a uma estratégia mais ampla de pressão dos Estados Unidos, que inclui sanções ao setor petrolífero, presença militar reforçada no Caribe e ameaças de novas medidas contra o governo Maduro.

Segundo autoridades da Casa Branca, o objetivo central da política americana segue sendo enfraquecer o regime venezuelano, atingindo sua capacidade financeira e logística.

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Banco Central divulga novas regras para o Pix que passam a valer a partir de fevereiro

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• Marcello Casal Jr./Agência Brasil

O Pix é a principal forma de pagamentos instantâneos do país, o que atrai a atenção de criminosos e exige a atualização constante de medidas de segurança

O Banco Central divulgou novas regras para o Pix que vão valer a partir de fevereiro. Data em que também entram em vigor medidas de segurança por parte dos bancos. O Pix é a principal forma de pagamentos instantâneos do país, o que atrai a atenção de criminosos e exige a atualização constante de medidas de segurança.
O Banco Central determinou o aprimoramento do mecanismo especial de devolução, o MED, que é a ferramenta para reaver valores em situações de fraude. Nesta quinta-feira (18), o MED funciona assim: os bancos rastreiam apenas a conta do recebedor inicial e só devolvem o dinheiro se houver saldo disponível nessa conta, mas como os criminosos transferem rapidamente os valores para outras contas, a devolução não é concluída em mais de 90% dos casos.
Com as novas medidas, os bancos terão de ampliar essa busca implementando o rastreamento em cascata, ou seja, se o valor for transferido da conta inicial para outras contas, o rastreamento será estendido a essas contas também. A medida aumenta as chances de recuperação do dinheiro.
A partir de 2 de fevereiro todos os bancos terão de seguir um padrão de apresentação. Por exemplo: hoje, quando há devolução de valores por fraude, alguns bancos usam a descrição “transação devolvida por medida de segurança”, sem deixar claro do que se trata.
Na nova regra será obrigatório identificar: o pagamento original, a data, o valor e o motivo da devolução. As operações e transferências via Pix continuam gratuitas para pessoas físicas. A cobrança de taxa permanece permitida apenas para contas pessoas jurídicas.

 

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TST determina manutenção de 80% do efetivo durante greve dos Correios

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A ministra Kátia Magalhães Arruda, do Tribunal Superior do Trabalho (TST), determinou na sexta-feira (19) que os trabalhadores dos Correios mantenham 80% do efetivo em atividade durante a greve da categoria, iniciada na última terça-feira (16).

A medida liminar foi concedida a pedido da estatal contra os sindicatos que representam os funcionários. Em caso de descumprimento, será aplicada multa diária de R$ 100 mil por sindicato.

A greve está concentrada em nove estados (Ceará, Paraíba, Mato Grosso, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul).

No entendimento da ministra, o serviço postal tem caráter essencial e não pode ser paralisado totalmente. Além disso, Katia Arruda ressaltou que a greve foi deflagrada em meio ao dissídio coletivo que tramita no TST.

Os funcionários reivindicam a aprovação de um novo acordo coletivo de trabalho, reajuste salarial e soluções para a crise financeira da estatal, que vai precisar de um empréstimo de R$ 12 bilhões, garantidos pelo Tesouro, para cobrir os recentes prejuízos.

Os Correios informaram que todas as agências estão abertas e que a empresa adotou medidas de contingência para minimizar os impactos para a população.

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