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Acre

Refugiada haitiana diz que quer ir para bem longe do Acre

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A vendedora Michelle Brenelus, de 26 anos, que veio ao Brasil na companhia de outras cinco mulheres, se mostra muito decepcionada com a recepção dada no Brasil e afirmou que quer ir para um lugar bem longe do Acre.

Da redação, com Jessé Peddínes | Rio Branco (AC)

1797256_10200828023217805_691699398_nSegundo relato, a viagem demorou 14 dias até chegar ao Peru. De acordo com a imigrante, foi necessário deixar um casal de filhos no Haiti. A falta de recurso financeiro foi o fator decisivo. Michelle concedeu a entrevista à ONG CONECTAS, durante uma visita da instituição à cidade acreana de Brasiléia, na fronteira com a Bolívia, distante cerca de 240 km da capital do Estado, Rio Branco.

Ainda de acordo com a estrangeira, os coiotes cobram, em média, US$ 4 mil para trazer os haitianos até a região do Brasil. Todo o trabalho é iniciado na República Dominicana, passado pelo Equador e tendo como ponto final o Peru.

“Ainda não consegui mandar um centavo”, preocupa-se. Talvez por isso ela mantenha anotado na memória cada moeda que lhe foi subtraída ao longo do percurso: US$ 2 mil para atravessadores que organizaram a viagem, US$ 500 para policiais peruanos, US$ 450 dólares em uma agência em Quito, US$ 200 em Lima, US$ 250 em Cuzco e US$ 120 em Maldonado. A família mandou US$ 130 quando ela chegou ao Brasil. “Esse é o único dinheiro que não roubaram de mim”, diz. Ela ainda não sabe se o investimento valeu a pena, mas está certa de que era a única saída possível. “Não havia nenhum outro lugar para onde eu pudesse ir. Tentei na embaixada americana, mas eles rejeitaram o meu pedido em dezembro do ano passado. Todos estavam vindo para o Brasil por esse caminho, então eu vim também.” Michelle já conseguiu tirar o CPF e a Carteira de Trabalho e espera logo conseguir um emprego em algum lugar longe de Brasiléia. “Nossa viagem não acabou aqui. Ainda temos caminho a seguir.”

Após conversas realizadas em Brasiléia, é possível perceber que os refugiados emergem relatos de gratidão, esperança, incerteza e decepção. Ainda temerosos muitos preferem não falar, nem se deixam fotografar. Outros repartem histórias de sofrimento na longa rota que separa o Haiti e o Brasil.

Na espera da ajuda efetiva da União, o governo estadual tentou melhorar as condições do abrigo. Só no último mês, cerca de 300 novos colchões foram levados para Brasiléia, e uma equipe especial da Secretaria de Saúde montou um posto no abrigo para prover atendimento preventivo aos imigrantes. Além disso, um batalhão de policiais fardados e desarmados está reforçando a segurança no local.

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Integralmente, em todos os casos, é evidente a dificuldade dos haitianos para conseguir o chamado “visto humanitário” em Porto Príncipe – apresentado pelo governo como remédio para um problema migratório gravíssimo, com perfil de crise humanitária. O governo brasileiro faz uso há meses de um jogo de palavras – entre migração e refúgio – para minimizar a grave crise humanitária instalada na cidade fronteiriça.

Na última sexta-feira, cerca de 150 imigrantes, que estão refugiados no Município, promoveram um protesto em frente à sede da Receita Federal do Brasil. As manifestações se iniciaram por volta das 10h15min e faltou pouco para que a porta do órgão fosse quebrada e os estrangeiros invadissem as instalações da União. O governo do Acre nega as informações.

Na última semana, o Ministério Público Federal também se manifestou sobre as ações do governo e solicitou informações tanto do Estado, como da União, sobre os recursos e suas respectivas aplicações.

Uma diligência do MPF, realizada nos municípios de Epitaciolândia e Brasiléia, na semana passada, constatou a situação de precariedade dos haitianos. O relatório da diligência será encaminhado à Procuradoria Regional da República da 1ª Região, que acompanha uma ação judicial que tramita desde janeiro de 2012, com o objetivo de forçar a União a assumir definitivamente os gastos e responsabilidades com o acolhimento.

A chegada destes homens, mulheres e crianças, que passam ilegalmente pelas fronteiras do Acre está preocupando autoridades e moradores da cidade que possui menos de 25 mil habitantes. Em média chegam, por dia, 80 novos estrangeiros.

No último sábado, 1º, o deputado estadual Denilson Segóvia (PEN/AC), atual presidente da Comissão de Direitos Humanos e Cidadania da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), esteve visitando os abrigos. O ecológico entende que o grande problema é a falta de celeridade para emissão de documentos e que uma ação emergencial da administração dos abrigos resolveria os problemas de alojamento e saneamento básico.  “Eles [os imigrantes] querem celeridade para continuar a trajetória”, informa Denilson.

Sobre o coordenador dos abrigos, Damião Borges, o deputado diz o seguinte: “O Damiao está só… fazendo como um trator… ele trabalha, mas não consegue segurar a pressão de tudo”, finaliza o deputado.

Um dossiê apresentando a situação dos abrigos deve ser encaminhado para a Organização das Nações Unidas e demais órgãos competentes da esfera estadual e federal, em busca de soluções.

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Câmara de Vereadores de Rio Branco suspende expediente para dedetização

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Foto: Alexandre Lima

A Câmara de Vereadores de Rio Branco emitiu um comunicado através de suas redes sociais nesta quinta-feira, informando que o expediente na Casa está suspenso até a próxima segunda-feira.

O comunicado, assinado pelo presidente Raimundo Neném, explica que a suspensão se deve à realização de um processo de dedetização no prédio onde são realizadas as sessões e as atividades administrativas da instituição.

Na semana seguinte, quando as atividades forem retomadas, está previsto um aumento na intensidade dos debates na casa legislativa, com destaque para a discussão sobre o Projeto de Lei que propõe a criação de uma loteria municipal em Rio Branco, além das conversas sobre a recorrente falta de água na capital acreana, temas que têm sido frequentes nas pautas dos vereadores.

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Em 3 (três) ocorrências, PRF no Acre apreende mais de 100kg de drogas, prende 9 e apreende 4 veículos

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A Polícia Rodoviária Federal (PRF), prendeu 8 homens e uma mulher, apreendeu mais de 100kg de Skunk e 4 veículos, entre 30/04 e 01/05, nas rodovias do Acre.

A primeira ocorrência foi registrada nessa terça (30), no Km 65 da BR 364, em Senador Guiomard/AC, por volta das 19h30, quando a equipe da PRF, com o apoio da Polícia Militar, abordou 02 (dois) veículos. Ao realizar a fiscalização, verificou-se um desencontro de informações. Posteriormente foram encontrados 61 kg de Skunk e 7 trouxas de cocaína. Durante entrevista foi confirmado que os veículos estavam juntos, sendo dada voz de prisão para todos os envolvidos.

Já em Rio Branco/AC, por volta das 23h02, dois motoristas de ônibus intermunicipal, pararam na Unidade Operacional da PRF, no Km 115 da BR 364, e informaram terem encontrado um saco preto próximo ao local de embarque dos passageiros, e que não encontraram dono. Em seguida perceberam que tratava-se de uma substância análoga a Skunk. Ao realizar a pesagem foi confirmada 1kg da substância. A droga foi encaminhada à Polícia Judiciária.

A terceira ocorrência foi entre o Km 175 e Km 144 da BR 317, município de Capixaba/AC, nessa quarta-feira (01). A equipe da PRF abordou 02 (dois) veículos durante fiscalização. Após entrevista preliminar, na busca de um local seguro para efetuar a fiscalização detalhada, a equipe direcionou os veículos para o perímetro urbano de Capixaba, o qual o veículo Fiat/Argo obedeceu a ordem, e o Jeep/Renegade empreendeu fuga, iniciando o acompanhamento tático. Após realizar manobra perigosa o veículo em fuga colidiu com um Ônix, que era conduzido por uma gestante. Esta de pronto foi socorrida pela equipe, que acionou a SAMU e o condutor confirmou que o veículo continha drogas e que estava junto com o Fiat/Argo. Ao verificar foram encontrados 41kg de Skunk.  Diante das informações, foi dada voz de prisão para os envolvidos e encaminhados à Polícia Judiciária, juntamente com a droga e os veículos.

Fonte: PRF AC

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PM atua na pacificação de bairros na capital e garante mais de 10 mil atendimentos em ações de cidadania

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São muitas as missões da Polícia Militar do Acre, além de garantir a segurança ostensiva. Uma delas é garantir e promover a paz social dentro das comunidades, fazendo com que o Estado chegue e leve cidadania aos mais necessitados. Pensando nisso, a PM tem fortalecido as ações como a da Polícia Comunitária, que garantiu que os serviços chegassem a mais de 10 mil pessoas desde o final do ano passado.

O patrulhamento atua nos bairros com maior índice de violência e, após a pacificação, os serviços de cidadania são levados por meio do programa Juntos Pelo Acre.

PMAC tem projetos voltados para a comunidade na capital. Foto: Asscom/PMAC

A tenente-coronel Ana Cássia Monteiro, coordenadora de Polícia Comunitária no Acre, explica como é feito esse trabalho em parceria com diversos órgãos.

“A Polícia Militar entra nas comunidades e abre as portas para que os outros entes do Estado possam fazer o trabalho deles com tranquilidade. Temos um projeto que se chama PMAC na comunidade e outro voltado apenas para as escolas. Dependendo do nível de violência, a gente fica um, dois meses e leva os serviços até aqueles moradores”, destaca.

“Depois que a comunidade está bem mobilizada, que o índice de violência, roubos e furtos cai e que conseguimos ter bastante intimidade com a área comercial, com a comunidade religiosa, com a comunidade escolar, é a hora de promover dignidade e ações nas outras áreas. Saúde, educação, assistência social. Então, o Juntos pelo Acre é uma espécie de congregação de todos esses serviços que a gente mostra para a comunidade que eles existem, leva um conjunto grande de serviços”, explica a tenente-coronel.

Essas ações são feitas de forma contínua e, segundo a militar, resultam também em uma mudança de comportamento daquela comunidade.

“Quando chegamos nos bairros, os adolescentes passam a sonhar em ser policial, professor ou médico. Esse trabalho muda a perspectiva dos sonhos daquela comunidade. Então, esse projeto, Juntos pelo Acre, é um programa de governo, que só acontece depois que a Polícia Militar entra e faz ações de polícia comunitária e pacifica aquela comunidade, traz as pessoas para perto da gente, do governo”.

Polícia Comunitária aproxima Estado dos moradores e leva serviços de cidadania. Foto: Diego Gurgel/Secom

A PM já atuou dessa forma em três bairros da capital; Defesa Civil, Taquari, Cidade do Povo, e agora, o trabalho, está sendo expandido para outros locais.

“Nas três edições, nós atendemos aproximadamente 10 mil pessoas, ofertando esses serviços. Cada vez mais o programa cresce. Uma coisa que é interessante a gente frisar é a participação da comunidade. A comunidade tem um protagonismo muito grande, porque eles que se organizam na mobilização e levam algumas atrações deles”, pontuou.

Na última edição, na Cidade do Povo, o governador Gladson Cameli, destacou a importância de o Estado estar em todas as comunidades e mais próximo das pessoas, reafirmando o compromisso do poder público com todos os cidadãos.

“Quero que o poder público esteja cada vez mais presente nesta cidade, onde vivem milhares de pessoas, cidadãos de bem que nos ajudam a construir um Acre melhor”, reforçou o governador.

Fonte: Governo AC

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