Brasil
Incêndios florestais no Governo Lula: O pior cenário em anos e o silêncio dos artistas que antes reclamavam

Nos primeiros seis meses de 2024, o Brasil enfrentou um cenário devastador no que diz respeito aos incêndios florestais. Com um total de 4,48 milhões de hectares consumidos pelas chamas, o governo Lula registra um dos piores períodos de queimadas na história recente do país. Este número impressionante equivale a queimar uma área equivalente à cidade do Rio de Janeiro a cada 4,9 dias, segundo dados do levantamento Monitor do Fogo, do MapBiomas.
Aumento Drástico das Queimadas
O aumento de 529% nas queimadas em comparação com anos anteriores expõe a gravidade da situação sob a atual administração. A Amazônia foi o bioma mais afetado, com 2,97 milhões de hectares queimados, representando 66% de toda a área consumida no Brasil. Em seguida, o Cerrado registrou 947 mil hectares destruídos pelo fogo, um aumento de 48% em relação ao mesmo período do ano passado.
No Pantanal, a situação é igualmente alarmante. Em apenas seis meses, 468 mil hectares foram devastados, com 79% dessa área queimada somente em junho. O bioma ainda enfrenta uma seca histórica, a mais severa em 70 anos, segundo a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o que agrava ainda mais o risco de incêndios.
O Silêncio dos Autores e Compositores
Enquanto o país arde, chama atenção o silêncio de figuras públicas que, em outros tempos, se mostravam vocalmente críticas a questões ambientais. Autores e compositores, que frequentemente utilizam sua arte para abordar problemas sociais e ecológicos, parecem ausentes no debate sobre as queimadas que assolam o Brasil sob o governo Lula. Essa omissão contrasta com períodos anteriores, onde a classe artística se manifestou fortemente contra a destruição ambiental.
Falta de Ações Eficazes
Eduardo Rosa, coordenador da equipe Pantanal do MapBiomas, enfatiza a necessidade de estratégias mais robustas e integradas para prevenir e combater o fogo. Entre as ações sugeridas estão o manejo integrado do fogo, queimadas controladas, aceiros, monitoramento e detecção precoce, educação ambiental, sensibilização social e capacitação de brigadas. No entanto, a implementação dessas medidas parece insuficiente frente à magnitude do problema atual.
Outras Regiões Atingidas
Além dos biomas mencionados, a Mata Atlântica, a Caatinga e o Pampa também enfrentaram incêndios significativos. A Mata Atlântica teve 73 mil hectares queimados, enquanto o Pampa registrou 1.145 hectares, o menor valor dos últimos seis anos. Na Caatinga, a situação é ainda mais preocupante, com um aumento considerável de queimadas, totalizando 16.229 hectares.
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Brasil
Acre terá R$ 5,7 bilhões em obras e 3 mil casas pelo Minha Casa, Minha Vida até 2027
Investimentos do Novo PAC vão da nova Maternidade de Rio Branco ao linhão elétrico entre Feijó e Cruzeiro do Sul; transferências federais ao estado cresceram 29% em relação a 2022

Serão investidos R$5,7 bilhões para acelerar a saúde, a educação, a cultura, a sustentabilidade, o transporte e a infraestrutura do Acre, segundo publicação. Foto: captada
O Acre terá R$ 5,7 bilhões em investimentos até 2030 por meio do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC), abrangendo setores como saúde, educação, cultura, sustentabilidade, transporte e infraestrutura. Além disso, até 2027, a expectativa é de que 3 mil acreanos recebam a chave da casa própria por meio do programa Minha Casa, Minha Vida, do Governo Federal.
Entre as principais obras previstas estão a construção da nova Maternidade de Rio Branco, no Segundo Distrito; o linhão de transmissão de energia entre Feijó e Cruzeiro do Sul, com 277 quilômetros de extensão; e a restauração da BR-364. Até 2030, serão 250 empreendimentos em todo o estado.
Em 2024, o governo federal transferiu R$ 9,9 bilhões para complementar o orçamento do estado e das prefeituras acreanas, valor 29% maior que o repassado em 2022, último ano do governo Bolsonaro.
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Acre cria sistema e centro integrado para monitoramento ambiental e combate ao desmatamento
Lei sancionada pela governadora em exercício Mailza Assis formaliza estruturas já existentes na Secretaria de Meio Ambiente; governo garante que não gerará aumento de despesas

A publicação, assinada pela governadora em exercício Mailza Assis (PP) foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE). Foto: captada
Foi sancionada nesta terça-feira (30) a lei que cria o Sistema Integrado de Meio Ambiente e Mudança do Clima (SIMAMC) e o Centro Integrado de Inteligência, Geoprocessamento e Monitoramento Ambiental (CIGMA) no Acre. A publicação, assinada pela governadora em exercício Mailza Assis (PP), também institui o Grupo Operacional de Comando, Controle e Gestão Territorial, com foco no fortalecimento do combate ao desmatamento e às queimadas.
Segundo o governo, a medida não implica aumento de despesas, uma vez que o CIGMA já está em funcionamento dentro da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (SEMA), carecendo apenas de institucionalização legal. A lei visa integrar e otimizar ações de monitoramento, inteligência e gestão territorial no estado, ampliando a capacidade de resposta a crimes ambientais.
A publicação ocorreu no Diário Oficial do Estado (DOE) e representa mais um passo na estruturação da política ambiental acreana, em meio a discussões nacionais sobre clima e preservação.
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Brasil
Nova lei de isenção do IR deve beneficiar 42 mil contribuintes no Acre a partir de 2026
Professores da educação básica são um dos grupos mais impactados; percentual de isentos no estado deve saltar de 12,7% para 47,5%

Ainda de acordo com o estudo, o estado do Acre é uma das unidades da Federação com número expressivo de professores da educação básica beneficiados pela isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil. Foto: internet
A lei que isenta do Imposto de Renda contribuintes com renda de até R$ 5 mil mensais deve beneficiar cerca de 42 mil pessoas no Acre a partir de 2026, segundo projeção da Presidência da República. A medida, sancionada pelo presidente da república, também estabelece descontos progressivos para quem ganha até R$ 7.350 mensais e deve injetar mais dinheiro na economia local.
Um dos grupos mais impactados será o dos professores da educação básica. Antes da nova regra, 12,7% dos docentes acreanos estavam isentos do IR. Com a mudança, esse percentual deve subir para 47,5%, segundo estudo do Ipea. Além disso, outros 27,5% terão redução nas alíquotas, e a fatia de professores que pagam a alíquota máxima de 27,5% deve cair de 56,9% para 25%.
A mudança faz parte da ampliação da faixa de isenção total para rendimentos de até R$ 5 mil e da criação de uma tabela progressiva para rendas de até R$ 7.350, aprovada pelo Congresso e sancionada este mês.

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