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Incêndio no lixão de Brasiléia e Epitaciolândia mobiliza prefeituras e autoridades na fronteira
As autoridades e equipes de emergência estão mobilizadas para conter o incêndio e mitigar seus impactos buscando soluções

Fogo que teria iniciado no lixão se espalhou chegando próximo de várias propriedades.
Desde o último domingo (25), equipes da Prefeitura de Brasiléia, Bombeiros, Prevfogo, Defesa Civil e moradores locais, têm se mobilizado intensamente para controlar a propagação de fumaça tóxica na cidade de Brasiléia, situada na regional do Alto Acre. O problema surgiu após um incêndio no aterro sanitário local, que já dura mais de 25 dias e tem gerado uma espessa névoa tóxica que afeta diretamente a qualidade do ar e a saúde dos moradores.
O incêndio, que começou no aterro e rapidamente se espalhou, tem causado sérios danos à comunidade, cobrindo a área com uma densa fumaça que dificulta a respiração e provoca desconforto entre os moradores. A situação exigiu uma resposta urgente e coordenada entre as autoridades locais e os serviços de emergência.

Fogo no ramal do km 13 im pediu o tráfego e chegou perto de algumas propriedades.
As equipes estão trabalhando para conter o fogo e minimizar os impactos da fumaça, implementando medidas para proteger a saúde pública e restaurar a normalidade na região. A prefeitura e as autoridades de saúde recomendam que os moradores evitem atividades ao ar livre e adotem medidas de proteção respiratória até que a situação esteja completamente controlada.
O trabalho contínuo das equipes de emergência e a colaboração da comunidade são essenciais para superar essa crise e garantir a segurança e o bem-estar dos moradores da zona rural entre o km 10 e 13 e urbana de Brasiléia e Epitaciolândia.
O incêndio começou a ser registrado na primeira semana do mês de agosto, e de acordo com o Corpo de Bombeiros de Epitaciolândia. A causa não foi descoberta, mas os incêndios em aterros podem ser provocados por gases inflamáveis do lixo em decomposição. Imagens e vídeos divulgados por populares e autoridades mostraram trabalhadores correndo para apagar as chamas que chegou a atingir localidades próximas ao aterro sanitário que enviam espessas nuvens de fumaça tóxica para o céu.

Embora o fogo tenha sido apagado com o trabalho do Prevfogo e do Corpo de Bombeiros, uma espessa nuvem de fumaça e gás metano continua a cobrir áreas próximas ao Aterro sanitário de Brasiléia/Epitaciolândia. Foto: captura
Embora o fogo tenha sido amplamente apagado com o trabalho da equipe do Prevfogo, como também do Corpo de Bombeiros, uma espessa nuvem de fumaça e gás metano continua a cobrir a área, reduzindo a visibilidade e a qualidade do ar na BR 317, como também nas pequenas localidades, como colônias, sítios e grandes propriedades, fazendas próximas, que sentem nesta época o que e emitindo como um odor forte e persistente.
O Aterro Sanitário (Lixão), de Brasileia/Epitaciolândia é o único para atender os dois municípios de fronteira, com resíduos em decomposição e emitindo gases tóxicos na região de fronteira. Embora algumas melhorias tenham sido feitas, como melhor coleta de lixo de porta em porta e aterro de resíduos, o aterro sanitário continuam crescendo em tamanho.

Veja vídeo com Emerson Sandro Cordeiro Braga: Coordenador de Defesa civil de Brasileia – Acre. Foto: Marcus José
O aterro recebe cerca de 7 toneladas métricas de resíduos por dia, dos quais não é permitido acesso de pessoas no interior do lixão para reciclagem, o aterro sanitário começa na escavação de um buraco, onde posteriormente será destinado o lixo diário, depois da preparação do local, é colocado os resíduos de Brasiléia e Epitaciolândia. Para evitar mau cheiro e uma decomposição apropriada, o lixo e coberto com terra. Os 100% do lixo dos municípios citados são despejados no local, chamando-o de “ameaça para a corporação municipal”.

O Trator de esteiras que pertence ao município de Epitaciolândia ao qual faz o trabalho de escavação de buraco está parado a 12 dias por problemas mecânicos, o mesmo será entregue nesta semana segundo a secretária de obras.
Todo lixo de Brasiléia/Epitaciolândia é enviado para aterros?
Com o atual sistema de coleta de lixo na fronteira, os aterros recebe todo tipo de resíduo, o que não é adequado.
Além de estar perdendo uma grande chance de reciclagem de materiais não orgânicos, ainda há um atraso na decomposição dos outros resíduos.

Você provavelmente já viu a tabela que indica o tempo de decomposição de diferentes materiais. E sabe que alguns materiais demoram muito mais tempo para se decompor.
Por essas razões, o indicado é que apenas lixo que não pode ser reciclado seja enviado para um aterro sanitário.
Vídeo reportagem com a Prefeita de Brasiléia, Coordenador de Defesa civil e Secretária de Meio Ambiente Municipal
Qual a obrigação da Secretaria Municipal de Obras de Brasiléia e Epitaciolândia neste processo?
A obrigação legal das prefeituras está em fazer a separação correta do lixo e, mais importante, encontrar uma empresa transportadora que tenha responsabilidade ambiental e faça o descarte correto.
Auditar e controlar as práticas das empresas transportadoras é necessário, pois, cabe ao gerador prestar contas da geração e destinação final do seu lixo.
Apesar do aterro sanitário ser um bom destino para os resíduos, você precisa ter certeza que o lixo produzido pelo seu estabelecimento está sendo descartado lá.
Muitas vezes, empresas transportadoras não idôneas fazem descartes irregulares, causando a poluição do solo e do lençol freático. E o que é pior: a responsabilidade civil e criminal recai sobre o gerador do lixo.
Por isso, é necessário contar com um parceiro de confiança que garanta que o lixo produzido pelo seu estabelecimento esteja indo para o local correto!
A Coleta dos resíduos dos municípios de Brasileia/Epitaciolândia, e coletada, e transportada pela Secretaria Municipal de Obras de ambos os municípios citados, assegurando o descarte correto do lixo municipal.
Vídeo entrevista com engenheiro ambiental Leandro Gaia (Catraia Soluções Ambiental)
Ramal do km 13 neste domingo, dia 25
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Igarapés transbordam após mais de 10 horas de chuva e deixam comunidades isoladas no interior do Acre
Cheias interditam ramais em Sena Madureira e Brasiléia; Defesa Civil monitora elevação do Rio Acre e mantém equipes em prontidão
Após mais de nove horas de chuvas intensas que atingiram praticamente todo o Acre, além de áreas da Bolívia e do Peru, igarapés transbordaram em diversas regiões do estado e causaram transtornos a comunidades rurais, deixando ramais intransitáveis e famílias isoladas.
Em Sena Madureira, o igarapé Xiburema, localizado na zona rural do município, transbordou na tarde desta sexta-feira (26) e interrompeu completamente o tráfego no ramal do quilômetro 40. A ponte que garante o acesso à comunidade ficou submersa, impossibilitando a passagem de veículos, motocicletas, pedestres e até animais.
Vídeos enviados por moradores à reportagem mostram a força da correnteza no local. Segundo relatos, a única forma de atravessar seria por meio de embarcação, mas o risco é considerado alto devido à intensidade da água. “A correnteza está muito forte e a ponte sumiu debaixo d’água. É perigoso tentar passar”, afirmou um morador.
Com a via interditada, diversas famílias ficaram ilhadas e sem acesso à BR-364, principal ligação com a área urbana do município.
Situação semelhante foi registrada em Brasiléia, no ramal do Jarinal, com acesso pelo km 5 da BR-317. O igarapé da região transbordou e deixou o trecho praticamente intransponível. Em um dos vídeos, moradores tentam atravessar com uma motocicleta que acaba tendo o motor invadido pela água. Em outra gravação, um colono montado a cavalo desiste de atravessar para não colocar a própria vida e a do animal em risco.
As chuvas intensas também vêm provocando impactos no campo, com ramais intrafegáveis, comunidades isoladas e prejuízos à produção rural. O excesso de água dificulta o acesso às propriedades, impede o escoamento da produção e pode afetar o abastecimento e os preços de alimentos na capital.
Monitoramento dos rios
Dados da Defesa Civil Municipal apontam que o volume de chuva registrado em Rio Branco nas últimas 24 horas foi de 44,40 milímetros, contribuindo para a elevação do nível do Rio Acre. Monitoramento da plataforma “De Olho no Rio”, da Prefeitura, indicou que o manancial atingiu 10,19 metros por volta das 10h45 desta sexta-feira, acompanhando o grande volume de chuvas acumuladas ao longo de dezembro, que já ultrapassou a média prevista para todo o mês.
O Sistema de Hidro-Telemetria da Rede Hidrometeorológica Nacional informou que, até as 18h (horário do Acre), o nível do Rio Acre manteve-se relativamente estável em alguns pontos, apesar das chuvas mais intensas terem ocorrido principalmente nas zonas rurais.
No posto da Aldeia dos Patos, acima do município de Assis Brasil, o nível registrado às 18h foi de 3,57 metros — três centímetros abaixo da marca registrada quatro horas antes, que era de 3,60 metros.
Já em Rio Branco, no mesmo horário, o Rio Acre ultrapassava os 12 metros, com elevação rápida em poucas horas, impulsionada pelo grande volume de água trazido pelos afluentes que deságuam na região.
A Defesa Civil permanece em estado de alerta, com equipes em prontidão, monitorando famílias em áreas de risco e prestando apoio às comunidades atingidas.
Novas informações poderão ser divulgadas a qualquer momento.
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Apenas Brasiléia e Rio Branco estão aptas a receber recursos do governo federal por estarem adimplentes no CAUC
Dos 22 municípios do Acre, 20 estão impossibilitados de receberem recursos do governo federal por não cumprirem recomendações do Sistema de Informações sobre Requisitos Fiscais (CAUC).
Apenas Brasiléia e Rio Branco estão adimplentes com esse sistema, atendendo a todas as exigências legais para a celebração de convênios e o recebimento de transferências voluntárias de recursos da União.
Fruto de um trabalho técnico e bem elaborado, Brasiléia voltou a adimplência, depois de anos nessa batalha, o que deixou o prefeito Carlinhos do Pelado bastante animado. “Fechar o ano com o município totalmente regular no CAUC, além de conquistar o Selo Ouro de Transparência e uma certificação nacional em governança, demonstra que estamos no caminho certo. Isso é fruto de muito trabalho, organização e compromisso da nossa equipe com o dinheiro público e com a população de Brasiléia”, afirmou o gestor.
O CAUC é um sistema informatizado, de acesso público e atualização diária, que reúne informações sobre o cumprimento de requisitos fiscais necessários para que estados e municípios possam receber transferências voluntárias da União. Ele consolida dados financeiros, contábeis e fiscais em um único documento, facilitando a verificação da regularidade dos entes federativos.
Entre os pontos avaliados estão o cumprimento dos limites constitucionais e legais, as obrigações de transparência, o adimplemento na prestação de contas de convênios e a regularidade financeira, regularidade no pagamento de precatórios, transparência da execução orçamentária, adoção do SIAFIC, aplicação correta dos recursos do Fundeb do município, dentre outros.
A regularidade no CAUC garante que os municípios continuem aptos a captar recursos, firmar parcerias e investir em áreas essenciais como saúde, educação, infraestrutura e assistência social. É um trabalho contínuo, que exige atenção diária e integração entre as secretarias em favor da gestão como um todo.
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Polícia Civil prende dois suspeitos pela morte do jornalista Moisés Alencastro em Rio Branco

Primeiro a ser detido foi Antônio de Souza Morais, de 22 anos, estava escondido em uma área de mata na região do Eldorado, nas proximidades do bairro Quixadá.
Crime ocorrido no fim de semana teve repercussão estadual; polícia aponta motivação passional e segue investigando a dinâmica do assassinato
A Polícia Civil do Acre prendeu os dois principais suspeitos envolvidos no assassinato do ativista cultural e jornalista Moisés Alencastro, encontrado morto em seu apartamento na noite da última segunda-feira (22), em Rio Branco. O crime ocorreu no domingo (21), mas só foi descoberto após uma amiga registrar boletim de ocorrência informando o desaparecimento da vítima.

Moisés Alencastro foi encontrado morto na segunda-feira (22) no apartamento onde morava — Foto: Arquivo pessoal
Diante da ausência de contato, amigos foram até o imóvel, arrombaram a porta e encontraram Moisés deitado sobre a cama, já sem vida. A cena apresentava sinais claros de violência, levantando de imediato a suspeita de homicídio.
Durante as diligências iniciais, a Polícia Civil localizou o veículo da vítima abandonado no bairro São Francisco, na parte alta da capital, o que reforçou as investigações e auxiliou na identificação dos envolvidos.
No início da semana, a polícia deteve o primeiro suspeito, na casa de quem foram encontrados objetos pessoais pertencentes à vítima. O nome não foi divulgado para não comprometer o andamento do inquérito.
Na madrugada desta quinta-feira (25), Antônio de Souza Morais, de 22 anos, se entregou à polícia após ter a prisão decretada. Ele estava escondido em uma área de mata entre os bairros Eldorado e Quixadá, conforme denúncias recebidas pelos investigadores. Antônio teria confessado a autoria do crime, mas os detalhes ainda não foram tornados públicos.

Ainda nesta quinta-feira, a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) prendeu o segundo suspeito, Nataniel Oliveira de Lima, em uma residência localizada na Rua Sete de Setembro, no bairro Eldorado.
Ainda nesta quinta-feira, a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) prendeu o segundo suspeito, Nataniel Oliveira de Lima, em uma residência localizada na Rua Sete de Setembro, no bairro Eldorado. A prisão foi realizada após análise da perícia, que apontava a participação de mais de uma pessoa na dinâmica do crime.
Segundo a Polícia Civil, a principal linha de investigação indica que o homicídio pode ter sido motivado por razões passionais. As investigações seguem em andamento para esclarecer completamente as circunstâncias do assassinato e a participação individual de cada suspeito.





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