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Imane Khelif não competirá no Mundial de Boxe em meio a testes de gênero
World Boxing introduziu testes de sexo obrigatórios para todos os boxeadores

Pugilista argelina Imane Khelif • 01/08/2024REUTERS/Isabel Infantes
Imane Khelif tem o direito de recorrer da decisão da World Boxing que a proíbe de participar de eventos, a menos que seja submetida a testes genéticos de sexo, mas a argelina não competirá no Campeonato Mundial de Boxe por não ter se inscrito, disse o presidente da World Boxing, Boris van der Vorst.
A World Boxing, que supervisionará o boxe nas Olimpíadas de 2028, introduziu em maio testes de sexo obrigatórios para todos os boxeadores em suas competições, menos de um ano depois de Khelif e a taiwanesa Lin Yu-ting conquistarem o ouro em Paris em meio a uma disputa sobre elegibilidade de gênero.
Mas Khelif recorreu ao TAS, a mais alta corte do esporte, buscando anular a decisão da World Boxing que exigia que os boxeadores realizassem um teste genético de PCR (reação em cadeia da polimerase).
“Ela tem o direito de fazer isso (recorrer). Para nós, é importante enfatizar que introduzimos testes obrigatórios para termos competições seguras e competitivas, competições justas”, disse Van der Vorst nesta quarta-feira (3).
“Anunciamos em maio. E para nós, todos são iguais. Toda mulher aqui precisa apresentar vários documentos, incluindo o teste de sexo.”
O Campeonato Mundial de Boxe começa em Liverpool nesta quinta (4) e, quando questionado se Khelif teria sido reprovada no teste, Van der Vorst disse: “É muito cedo para tirar conclusões. Ela simplesmente não se inscreveu representando sua própria federação aqui em Liverpool.”
A Federação Argelina de Boxe não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
Na terça-feira (2), a World Boxing confirmou que Lin, de Taiwan, também não competiria no campeonato mundial.
“Sei que ela também não faz parte da lista de inscritos da Federação Nacional”, acrescentou Van der Vorst.
O holandês havia se desculpado em junho, quando a World Boxing mencionou especificamente Khelif em seu anúncio sobre a obrigatoriedade do teste de sexo.
No entanto, ele defendeu a decisão de realizar tais testes para garantir “competições seguras e justas”.
“Estamos falando não apenas de boxe amador, mas de boxe olímpico. Para nós, essa é a nossa marca, porque esse é o ‘porquê’ da World Boxing. Criamos a World Boxing para salvar o sonho olímpico”, disse ele.
“O boxe é um esporte de combate e é importante ter competições seguras e justas. Então, para nós, é realmente crucial introduzir esse tipo de teste. Acho que é um passo importante para mostrarmos que queremos proteger o boxe feminino.”
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Papa Leão XIV divulga nova orientação para sexo no casamento

Papa Leão na FAO em Roma • 16/10/2025 REUTERS/Remo Casilli
Em um novo decreto assinado pelo papa Leão XIV, o Vaticano divulgou orientações para fiéis sobre a prática sexual no casamento, reconhecendo que o sexo não se limita apenas à procriação, mas contribui para “enriquecer e fortalecer” a “união exclusiva do matrimônio”.
A questão está intimamente ligada à finalidade unitiva da sexualidade, que não se limita a assegurar a procriação, mas contribui para enriquecer e fortalecer a união única e exclusiva e o sentimento de pertencimento mútuo.
O documento assinado pelo Dicastério para a Doutrina da Fé cita o Código de Direito Canônico e diz que uma visão integral da caridade conjugal é aquela que “não nega sua fecundidade”, ainda que deva “naturalmente permanecer aberta à comunicação de vida”.
O texto também prevê o conceito de consentimento livre” e “pertencimento mútuo”, assegurando a mesma dignidade e direitos ao casal.
“Um cônjuge é suficiente”
No decreto publicano em italiano, o Vaticano orientou 1,4 bilhão de católicos do mundo a buscarem o casamento com uma única pessoa para a vida toda e a não manterem relações sexuais múltiplas, estabelecendo que o casamento é um vínculo perpétuo e “exclusivo”.
Criticando a prática da poligamia na África, inclusive entre membros da Igreja, o decreto reiterou a crença de que o casamento é um compromisso para toda a vida entre um homem e uma mulher.
“Sobre a unidade do matrimônio – o matrimônio entendido, isto é, como uma união única e exclusiva entre um homem e uma mulher – encontra-se, ao contrário, um desenvolvimento de reflexão menos extenso do que sobre o tema da indissolubilidade, tanto no Magistério quanto nos manuais dedicados ao assunto”, diz o documento.
“Embora cada união conjugal seja uma realidade única, encarnada dentro das limitações humanas, todo matrimônio autêntico é uma unidade composta por duas pessoas, que requer uma relação tão íntima e abrangente que não pode ser compartilhada com outros”, enfatizou a Santa Sé.
Fonte: CNN
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PF afasta delegado e policial em operação contra esquema de ouro ilegal no Amapá
Operação Cartucho de Midas apreende mais de R$ 1 milhão, € 25 mil e prende suspeito com arma restrita; movimentações acima de R$ 4,5 milhões reforçam indícios de lavagem de dinheiro.

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Roraima suspende novas licenças para extração de ouro após recomendação do MPF
Medida vale por prazo indeterminado e ocorre diante do uso ilegal de mercúrio em garimpos, inclusive licenciados; Femarh terá de revisar autorizações já emitidas.

No mês de fevereiro deste ano, o Estado do Amazonas exportou US$ 11 milhões em ouro para a Alemanha. (Foto: Shuttestock)
Atendendo a uma recomendação do Ministério Público Federal (MPF), a Fundação Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Roraima (Femarh) suspendeu, por prazo indeterminado, a emissão de novas licenças ambientais para extração de ouro em todo o estado. A decisão decorre de um inquérito civil que apura os impactos socioambientais do uso de mercúrio no garimpo na Amazônia.
Segundo o MPF, o mercúrio — substância altamente tóxica — vem sendo empregado inclusive em garimpos com licença ambiental, sem fiscalização adequada sobre o método de beneficiamento do minério. O órgão ressalta que todo o mercúrio utilizado nessas atividades é ilegal, uma vez que o Ibama não autoriza sua importação para fins minerários.
A recomendação determina que a Femarh passe a exigir dos empreendimentos a especificação da técnica de separação do ouro e documentos que comprovem o uso de tecnologia apropriada. Também orienta a revisão das licenças já concedidas e a suspensão daquelas que mencionem o uso do metal tóxico.
Em nota, a Femarh informou que não autorizará novas atividades de extração enquanto não houver estudos técnicos que garantam métodos alternativos ao uso do mercúrio.

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