Cotidiano
Idoso de 70 anos morre em hospital após ser atingido por árvore durante derrubada no Acre
Acidente aconteceu no último dia 19 de outubro em uma propriedade rural na Vila Lagoinha, em Cruzeiro do Sul. Idoso foi internado, mas não resistiu e morreu na quinta-feira (22) na UTI do Hospital do Juruá.

Idoso de 70 anos morre em hospital após ser atingido por árvore durante derrubada no AC — Foto: Arquivo
Por G1 AC
O idoso Santino Maciel da Silva, de 70 anos, morreu na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital do Juruá, na última quinta-feira (22), em Cruzeiro do Sul, no interior do Acre.
Ele estava internado na unidade desde o último dia 19 de outubro quando sofreu um acidente durante uma derrubada de árvore em uma propriedade na Vila Lagoinha, na zona rural do município.
Segundo informações do Instituto Médico Legal (IML) da cidade, o idoso foi atingido por galhos da árvore na região da cabeça e teve um traumatismo craniano. Ele ficou em estado grave por três dias na UTI da unidade, mas não resistiu.
O corpo foi levado para o IML para os devidos procedimentos de exames cadavéricos e, em seguida, foi liberado para a família.

O acidente aconteceu no último dia 19 de outubro e desde então ele encontrava-se em estado grave pelas complicações do traumatismo sofrido.
Pelo menos 7 acidentes este ano
Pelo menos sete acidente parecidos já ocorreram no Acre apenas este ano. A primeira vítima foi o trabalhador rural Wanderson dos Santos Araújo, de 30 anos. Ele morreu esmagado por uma árvore em uma fazenda da zona rural de Xapuri, interior do Acre. O acidente ocorreu quando a vítima cortava a árvore e ela caiu em cima dele, no dia 6 de março.
Dionei Cristino dos Santos, de 46 anos, morreu no dia 11 de junho, no seringal Venezuela, zona rural de Brasileia, no interior do Acre, ao ser atingido por uma árvore enquanto fazia uma derrubada.
Josemar Nascimento Silva, de 22 anos, morreu no dia 14 de julho, no quilômetro 33 do Ramal do Pelé, na zona rural do município de Acrelândia, interior do Acre, ao ser atingido por uma árvore enquanto fazia uma derrubada.
Mais um acidente envolvendo derrubada de árvore foi registrado no interior do Acre e vitimou Roseni Freitas de Oliveira, de 37 anos, que morreu no dia 17 de julho em uma propriedade no ramal Liberdade, em Sena Madureira. Oliveira sofreu o acidente enquanto fazia uma derrubada e foi atingido por uma árvore e teve o crânio parcialmente esmagado.
José Batista de Morais, de 58 anos, morreu no dia 17 de agosto ao ser atingido por um tronco de árvore, enquanto fazia uma derrubada, na zona rural do município de Capixaba, no interior do Acre. O homem fazia uma derrubada para roçado quando foi atingido.
No dia 5 de setembro quatro pessoas morreram e três ficaram feridas após uma árvore, do tipo Tauari, cair em cima do grupo. O acidente ocorreu no km 25 da BR-364, Ramal Cassirian, zona rural de Sena Madureira. O Corpo de Bombeiros do Acre informou que os amigos se divertiam quando aconteceu a tragédia.
Na época do acidente, os bombeiros informaram que o grupo fazia uma reunião de amigos e a árvore estava queimando no tronco quando caiu em cima das vítimas.
O caso mais recente de acidentes com árvores foi o do trabalhador rural José Maria do Nascimento, de 30 anos, que morreu no dia 9 de outubro quando fazia uma derrubada em uma propriedade na zona rural de Rio Branco. O acidente ocorreu no quilômetro 100 da Estrada Transacreana, no Ramal da Capela.
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Acre em alerta: estado registra alta incidência de dengue em Rio Branco, Manoel Urbano, Assis Brasil, Porto Walter e Cruzeiro do Sul
Dados da Sesacre revelam que 18 dos 22 municípios estão em situação de alerta médio ou alto para a doença

As cidades como Rio Branco, Manoel Urbano, Assis Brasil, Porto Walter e Cruzeiro do Sul, que apresentam os maiores índices. Foto: internet
O Acre enfrenta um cenário preocupante de dengue em 2025, segundo o novo boletim epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre). Até a 19ª Semana Epidemiológica, o estado já registrou 6.235 casos prováveis da doença, com uma incidência média de 708 casos por 100 mil habitantes – índice que coloca o território acreano em alerta sanitário.
Entre os municípios mais afetados destacam-se Rio Branco, Manoel Urbano, Assis Brasil, Porto Walter e Cruzeiro do Sul, que apresentam os maiores índices da doença. O levantamento revela que, dos 22 municípios acreanos, nove estão com incidência alta, nove em nível médio e apenas três apresentam baixa transmissão.
Os dados acendem o sinal de alerta para a necessidade de intensificação das medidas de prevenção e controle do Aedes aegypti em todo o estado, especialmente nas cidades com maior vulnerabilidade epidemiológica. A Sesacre monitora a situação e recomenda à população que redobre os cuidados para eliminar possíveis criadouros do mosquito transmissor.

Dados divulgados no novo boletim da Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre), mostram que o estado do Acre registra alta incidência de casos prováveis de dengue até a Semana Epidemiológica 19 de 2025. Foto: captada
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Defensoria Pública do Acre pede revisão de lei que prioriza vagas para filhos de mulheres vítimas de violência
Atualmente, norma exige boletim de ocorrência e laudo médico, mas proposta sugere flexibilização para agilizar acesso ao benefício

A recomendação é para que seja apresentado apenas um documento e possa dessa forma ter acesso ao benefício. Foto: cedida
A Defensoria Pública do Acre (DPE-AC) encaminhou à Prefeitura de Rio Branco uma recomendação para revisão da lei municipal que garante prioridade de vagas em creches e escolas a dependentes de mulheres em situação de violência física, psicológica ou sexual. A proposta é que apenas o boletim de ocorrência ou um processo judicial sejam suficientes para assegurar o direito, simplificando o acesso ao benefício.
A legislação em vigor, sancionada em janeiro de 2024, exige tanto o registro policial quanto um laudo médico (de corpo de delito ou psicológico) para comprovar a violência. No entanto, a DPE-AC argumenta que essa burocracia pode atrasar ou até impedir a proteção imediata das vítimas. A solicitação foi feita após a Secretaria da Mulher e o Conselho Estadual dos Direitos da Mulher (Cedim) alertarem sobre as dificuldades enfrentadas pelas mulheres na prática.
Além da flexibilização na documentação, a Defensoria sugere a inclusão de um dispositivo que garanta o sigilo das informações da mulher e de seus filhos, evitando exposição e possíveis retaliações. A Prefeitura de Rio Branco tem 30 dias para se posicionar sobre a recomendação.
Caso acatada, a mudança deve agilizar o processo e ampliar o acesso à educação para crianças em situação de vulnerabilidade, reforçando a rede de proteção às vítimas de violência doméstica.
Lei
Assinada pelo prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, em janeiro de 2024, a lei garante prioridade de matrícula em creches e escolas municipais para filhos de mulheres vítimas de violência.
De acordo com o documento, é concedida e garantida transferência de uma creche ou escola municipal para outra, na esfera da rede municipal, de acordo com a necessidade de mudança de endereço da mãe.
Para ter acesso, os principais critérios para que este direito seja assegurado atualmente nas instituições de ensino da capital, são:
- Cópia do boletim de ocorrência expedido pela Delegacia Especial de Atendimento a Mulher (Deam); e
- Cópia do exame de corpo de delito ou laudo psicológico.
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Acre recebe R$ 175 milhões em multas ambientais em um ano; Feijó é o município mais autuado
Dados do Ibama mostram que desmatamento ilegal lidera infrações entre maio de 2024 e 2025 no estado

O documento, elaborado pela Diretoria de Proteção Ambiental do IBAMA, detalha centenas de autuações distribuídas em todos os municípios acreanos. Foto: cedida
Um relatório do Ibama obtido pela reportagem revela que o órgão ambiental aplicou R$ 175,3 milhões em multas por infrações ambientais no Acre entre maio de 2024 e maio de 2025. Os dados mostram que todos os municípios acreanos foram alvo de autuações, com destaque para Feijó, que lidera o ranking de penalidades.
Os 5 municípios mais multados:
Feijó
Tarauacá
Sena Madureira
Rio Branco
Cruzeiro do Sul
As infrações mais comuns foram desmatamento ilegal (47% dos casos) e uso irregular de recursos naturais (33%), segundo a Diretoria de Proteção Ambiental do Ibama. Os valores das multas variaram entre R1mileR 3 milhões por infração, atingindo tanto pessoas físicas quanto empresas.
“Os números refletem nossa atuação rigorosa na fiscalização ambiental, especialmente na região do Vale do Juruá, onde concentramos nossas operações”, explicou um representante do Ibama que preferiu não se identificar. O órgão destacou que 68% das autuações já foram formalmente contestadas pelos autuados.
As autuações baseiam-se em dispositivos da Constituição Federal, da Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/98) e do Decreto nº 6.514/2008, que regulamenta as sanções administrativas aplicáveis às condutas lesivas ao meio ambiente.
Além das sanções financeiras, o documento aponta o status de cada processo — entre lavrados, em fase de defesa e homologação — evidenciando o rigor e o alcance das fiscalizações realizadas pelo órgão federal.

Os maiores volumes de multas foram registrados nos municípios de Feijó, Tarauacá, Sena Madureira, Rio Branco e Cruzeiro do Sul, concentrando autuações que chegam a milhões de reais em alguns casos. Foto: cedida
Em decisão recente, o Supremo Tribunal Federal (STF) firmou entendimento de que as multas por infrações ambientais são imprescritíveis, ou seja, não há prazo limite para que o Estado cobre os valores devidos por danos ao meio ambiente. A Corte, por maioria, considerou que a reparação ambiental é um dever contínuo e decorre de um direito fundamental à proteção do meio ambiente ecologicamente equilibrado, previsto no art. 225 da Constituição Federal.
O entendimento foi consolidado com repercussão geral, o que vincula todas as instâncias do Judiciário. Na prática, isso significa que multas aplicadas por órgãos como o IBAMA podem ser executadas a qualquer tempo, independentemente da data em que foram lavradas, reforçando o caráter permanente da responsabilização ambiental e a prevalência da tutela coletiva sobre o princípio da segurança jurídica do infrator.
Veja os municípios com maiores valores por autuações ambientais:
Feijó – R$ 56.600.324,00 (cinquenta e seis milhões, seiscentos mil, trezentos e vinte e quatro reais).
Tarauacá – R$ 25.706.700,00 (vinte e cinco milhões, setecentos e seis mil e setecentos reais).
Sena Madureira – R$ 16.245.054,00 (dezesseis milhões, duzentos e quarenta e cinco mil e cinquenta e quatro reais).
Rio Branco – R$ 15.860.119,59 (quinze milhões, oitocentos e sessenta mil, cento e dezenove reais e cinquenta e nove centavos).
Cruzeiro do Sul – R$ 11.892.230,00 (onze milhões, oitocentos e noventa e dois mil, duzentos e trinta reais).

As autuações baseiam-se em dispositivos da Constituição Federal, da Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/98) e do Decreto nº 6.514/2008, que regulamenta as sanções administrativas aplicáveis às condutas lesivas ao meio ambiente.
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