Acre
Governo reforça ensino rural e indígena com entrega de escola revitalizada e mais de R$ 30 milhões em obras em todo o estado

Governador conversou com os alunos e falou sobre sonhos e investimentos na educação. Foto: Diego Gurgel/Secom
Transformar vidas por meio da educação é a missão da Secretaria de Estado de Educação e Cultura (SEE), que tem atendido à orientação do governador ao priorizar a redução das desigualdades e a aproximação do governo com a população.
Na escola Monte Alegre foram investidos R$ 343.568,41. A escola, estruturada em sala única, passou por uma revitalização completa que garante conforto e segurança. O trabalho contemplou reforço estrutural, manutenção elétrica e hidráulica, adequação da cozinha às normas da Vigilância Sanitária, instalação de rampas acessíveis e extintores, além da pintura geral com a nova identidade visual institucional.

Escola foi revitalizada para melhor atender à comunidade, já que também funciona como ponto de referência. Foto: Diego Gurgel/Secom
Na solenidade de entrega da escola revitalizada, a SEE destacou que os investimentos em educação têm alcançado até as regiões mais isoladas do Acre. Ao todo, foram aplicados R$ 30.642.572,84, dos quais R$ 18.038.500,66 em escolas rurais e R$ 12.604.072,18 em unidades indígenas.
Escolas do Campo (rurais):
- Intervenções previstas: 76 unidades.
- Concluídas: 48 unidades.
- Em execução: 26 unidades.

Mais de 65% das escolas do estado são na zona rural ou ribeirinhas. Foto: Pedro Devani/Secom
As escolas rurais estão distribuídas nos municípios de Cruzeiro do Sul, Epitaciolândia, Feijó, Mâncio Lima, Marechal Thaumaturgo, Acrelândia, Assis Brasil, Brasileia, Bujari, Sena Madureira, Jordão, Xapuri, Senador Guiomard, Capixaba, Tarauacá, Plácido de Castro, Porto Acre, Porto Walter e Rodrigues Alves.
Escolas Indígenas:
- Intervenções previstas: 50 unidades.
- Concluídas: 24 unidades.
- Em execução: 26 unidades.

Alunos aprovaram novo espaço e contaram que a biblioteca foi o local preferido. Foto: Diego Grugel/Secom
As escolas indígenas distribuídas nos municípios de Assis Brasil, Feijó, Marechal Thaumaturgo, Santa Rosa do Purus, Sena Madureira, Rodrigues Alves, Porto Walter e Tarauacá.
A revitalização beneficia não apenas os alunos, mas também as famílias da Transacreana, estudantes da zona rural de diferentes municípios e povos indígenas atendidos pelas 50 unidades (Ashaninka, Huni Kuin, Shanenawa, Kulina, Jaminawa, Kampa, entre outros). Em comunidades distantes, a escola assume papel central, servindo como espaço para educação, saúde, cidadania e organização social.

Professor anda duas horas de cavalo para chegar até a escola. Foto: Diego Gurgel/Secom
Transformação social
Os investimentos são de fonte de recursos próprios do Estado e também do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).
O governador destacou que tem sido tomado por alegria ao entregar obras importantes para a população. Ele ressaltou que não é possível pensar em desenvolvimento econômico e social inclusivo sem ter a educação como base.
“São os nossos estudantes que escreverão no futuro as novas páginas da história acreana. O acesso à educação para todos significa ainda um passo importante para diminuirmos as diferenças sociais do nosso estado. Uma formação escolar adequada é que vai gerar oportunidades para essa nova geração de acreanos e acreanas”, destacou.
Camelí pontuou que a educação de maneira igualitária para todos tem sido uma de suas prioridades na gestão, destacando o número de escolas que são alcançadas pelo Estado.
“Isso me dá uma satisfação enorme, porque sempre que vou visitar uma aldeia, a primeira coisa que me pedem são escolas adequadas para que seus filhos e filhas possam estudar com dignidade”,acrescentou.
O governador ainda registrou agradecimento às associações e entidades sociais comunitárias rurais e indígenas, que, segundo ele, ajudam a orientar os gestores públicos sobre as necessidades da população.

Governador acredita na educação como transformação social. Foto: Diego Gurgel/Secom
A força de quem quer ensinar
A revitalização da escola rural trouxe alívio e esperança para a comunidade. A professora Rosália Corrêa contou que, no início, a notícia foi recebida com surpresa, mas logo se tornou motivo de alegria. Segundo ela, o novo espaço garante um ambiente mais acolhedor para os alunos e melhora a qualidade do ensino.
“Antes, não havia estrutura adequada para as crianças”, disse, ressaltando que agora sente prazer em trabalhar e percebe que os estudantes também se sentem motivados a aprender.

Escola é um ponto de referência na comunidade. Foto: Pedro Devani/Secom
Rosália explicou que o cotidiano é intenso. Os alunos chegam muito cedo, por volta das cinco da manhã, e ela precisa estar presente para recebê-los. Como gestora e professora, lida com cinco séries diferentes ao mesmo tempo, o que considera um desafio, mas também uma missão prazerosa. “É difícil, mas gratificante”, afirmou, lembrando que hoje a escola conta até com merendeira, algo que não existia quando começou a lecionar há 17 anos.
Além das dificuldades de ensino, há também os obstáculos de acesso. Ela relatou que, em períodos de chuva, precisa sair de casa às cinco da manhã e percorrer duas horas de viagem a cavalo até chegar à escola. Em dias mais secos, utiliza uma motocicleta, reduzindo o trajeto para cerca de 20 minutos. “Quando o mês de março chega, com as chuvas, eu venho a cavalo”, contou.
Para ela, o esforço vale a pena. “As crianças ficaram tão surpresas quanto eu com a nova escola. Hoje temos um ambiente que dá prazer de ensinar e de aprender”, disse, emocionada.

São mais de R$ 30 milhões investidos na reestruturação das escolas rurais e indígenas. Foto: Diego Gurgel/Secom
Comunidade comemora
A servidora escolar Jéssica Silva de Moura também destacou o impacto da revitalização na comunidade. Além de trabalhar na unidade, ela é mãe de uma aluna. “Vim agradecer e falar da melhoria que tivemos. Foi muito bom para todos nós. Sou mãe da estudante Ketlin e, antes, a situação era difícil: nossa professora precisava até atuar como segurança”, relatou.
Segundo Jéssica, a nova estrutura trouxe mais tranquilidade e valorização para a comunidade escolar, garantindo melhores condições de ensino e convivência.
Moradora da comunidade da Transacreana, Maria Raimunda Sousa da Silva destacou a importância da revitalização da escola para as famílias locais. Ela contou que, embora não tenha filhos matriculados, duas de suas netas estudam na unidade. “Eu achei uma maravilha essa escola ter saído para essas crianças, porque estava para cair. Era um perigo, podia acontecer um acidente a qualquer momento. Agora está segura e bonita”, afirmou.
Maria Raimunda lembrou que o acesso também era difícil, já que o ramal estava em condições precárias, mas ressaltou que a melhoria da estrada e a nova estrutura escolar representam avanços significativos. “Melhorou 100%. Nós nunca esperávamos ter uma escola dessa para nossas crianças”, disse emocionada.

Aurora Pinho, de 9 anos, ama ler e adora a biblioteca. Foto: Diego Gurgel/Secom
Aurora Pinho, de 9 anos, apaixonada por leitura, ficou encantada com o novo espaço da biblioteca. “Eu amo ler histórias e sou fã da Rapunzel. Amei tudo, mas a biblioteca ficou mais linda e divertida”, contou
Desafios da Educação
O secretário de Educação, Aberson Carvalho, ressaltou que a estrutura das escolas estaduais é uma responsabilidade assumida pelo governo. Segundo ele, cerca de 65% das unidades estão localizadas no campo, na floresta, em áreas ribeirinhas ou são indígenas.
“Ou seja, nós estamos falando aí mais de 400 escolas e 395 anexos. O que é que são anexos? Isso aqui é uma escola, mas existe sala de aula ao longo dessa estrada, que é uma pequena sala de aula onde você descentraliza pra ficar anexo de uma escola central. São 394. Essa magnitude, essa diversidade, colocando a escola na floresta, colocando a escola na comunidade, valorizando a população local, que ele fique na sua área, não vá pra cidade que os erros de 80, de 90, nós sabemos o efeito social que sofremos hoje, o governo descentraliza o seu processo de educação. Hoje, são 70 escolas indígenas, destas 70, nós já entregamos mais de 40 escolas para a população. Das escolas do campo, nós também já entregamos 48 e essa é uma demonstração de uma escola”, disse.
Ele explicou ainda que o estado trabalha com três modelos de escolas: em alvenaria, mistas (madeira e alvenaria) e compactas, estas últimas com duas ou três salas de aula, como a unidade entregue na comunidade da Transacreana.
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Acre
Cânticos de fé e acolhimento transformam Natal de pacientes no PS

Foto: Cedida
Corredores do Pronto-Socorro de Rio Branco foram tomados por um som diferente do habitual nesta quarta-feira (24). Em meio à rotina intensa da unidade, servidores se reuniram para realizar um cântico natalino, levando música, palavras de fé e gestos de acolhimento a pacientes e profissionais que permanecem em serviço durante a data.
A iniciativa, que já se tornou tradição, tem como propósito aproximar o verdadeiro significado do Natal de quem passa esse período longe de casa. Para muitos pacientes, a internação na véspera da data simboliza medo e solidão. Para os servidores, é o desafio de cumprir o dever de cuidar enquanto a família celebra à distância. O cântico surge, então, como um gesto simples, mas carregado de sensibilidade, capaz de aquecer corações e renovar esperanças.
Para o gerente de Assistência do Pronto-Socorro, Matheus Araújo, a ação representa uma forma de humanizar ainda mais o atendimento e fortalecer os vínculos dentro da unidade.
“O Natal fala sobre amor, cuidado e presença. Sabemos que muitos servidores passam essa data longe de suas famílias e que muitos pacientes gostariam de estar em casa. Esse momento é para lembrar a todos que eles não estão sozinhos, que aqui existe acolhimento, humanidade e compromisso com o cuidado”, destacou.
A programação percorreu diferentes setores do hospital e contou com a participação de servidores da gestão, do corpo de enfermagem, supervisores e colaboradores do Núcleo de Atendimento ao Servidor (NAST). A organização da ação é feita de forma voluntária e colaborativa, com recursos arrecadados entre os próprios profissionais, que se mobilizam todos os anos para tornar o momento possível.
Além do simbolismo, o cântico também revela o outro lado do cotidiano do pronto-socorro: o cuidado que vai além da técnica e alcança o emocional e o espiritual. Em um cenário marcado por desafios e dias difíceis, a iniciativa ajuda a reforçar para a população que, diariamente, a unidade trabalha com dedicação, empatia e compromisso com a vida.
A enfermeira emergencista Jonnyka Lima, que atua na linha de frente do atendimento, ressaltou o impacto do momento tanto para os pacientes quanto para os profissionais.
“Esse momento toca profundamente quem está aqui dentro. Para o paciente, é um alívio no coração; para nós, profissionais, é uma renovação de forças. Às vezes, tudo o que alguém precisa é ouvir uma música, uma palavra de carinho, sentir que não foi esquecido. O Natal nos lembra exatamente isso: cuidar do outro também é um ato de amor”, afirmou.
Após a apresentação, as reações falavam por si. Olhares emocionados, sorrisos tímidos, lágrimas discretas e palavras de gratidão marcaram o encerramento da ação. Muitos pacientes relataram que precisavam exatamente daquela música ou daquela mensagem. Entre os servidores, o sentimento era de comunhão e fortalecimento coletivo.
Em meio à urgência, ao cansaço e aos desafios diários, o cântico reafirmou que o Natal pode acontecer em qualquer lugar, inclusive dentro de um hospital e que, onde há cuidado, há também humanidade, esperança e amor.
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Acre
Acre receberá R$ 6,3 milhões para conservação e manutenção de rodovias em 2026

A Secretaria Nacional de Transporte Rodoviário, vinculada ao Ministério dos Transportes, publicou a Portaria nº 939, de 16 de dezembro de 2025, que aprova os Programas de Trabalho apresentados pelos estados e pelo Distrito Federal para aplicação dos recursos da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide-Combustíveis) no exercício de 2026. O decreto foi publicado na edição do Diário Oficial da União (DOU).
O ato foi assinado pela secretária nacional de Transporte Rodoviário, Viviane Esse, e tem como base a Lei nº 10.336/2001 e a Portaria nº 228/2007, que regulamentam a destinação dos recursos da Cide. A portaria também estabelece que eventuais alterações nos programas deverão seguir rigorosamente as normas previstas na legislação vigente.
No caso do Acre, foi aprovado o Programa de Conservação e Manutenção de Rodovias Estaduais para 2026, conforme processo administrativo nº 50000.029129/2024-53. O plano prevê investimentos voltados à conservação, manutenção e recuperação de importantes trechos da malha rodoviária estadual.
Entre as rodovias contempladas estão a AC-010, no trecho entre Rio Branco e Porto Acre; a AC-040, ligando Rio Branco a Plácido de Castro; a AC-090, no trecho entre Rio Branco e o km 100; além das rodovias AC-475, AC-485, AC-380, AC-445, AC-407 e AC-405, que atendem municípios como Xapuri, Bujari, Rodrigues Alves, Cruzeiro do Sul e Mâncio Lima.
O valor total destinado ao programa no Acre soma R$ 6.337.978,18, com execução financeira distribuída ao longo dos quatro trimestres de 2026. Os recursos serão aplicados de forma contínua, garantindo a manutenção e recuperação das vias estaduais ao longo de todo o ano.
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Acre
No Acre, casamentos duram cerca de 11 anos, ficando abaixo da média nacional

Os casamentos estão durando menos em todo o Brasil, e o Acre aparece entre os estados com menor tempo médio de duração das uniões, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Enquanto, no país, os matrimônios duram, em média, 13,8 anos, no Acre esse período cai para 11,1 anos, ficando abaixo da média nacional e regional.
No ranking dos estados brasileiros, o Acre ocupa uma das posições mais baixas em relação à duração dos casamentos, ficando atrás apenas de unidades da Região Norte e Centro-Oeste, como Rondônia (11 anos) e Roraima (10,2 anos). Os dados fazem parte da Estatística do Registro Civil, divulgada pelo IBGE em dezembro, e se referem às uniões formalizadas em 2024.
Apesar da redução na duração média dos casamentos, o IBGE registrou, em 2024, a primeira queda no número de divórcios desde 2019, com redução de 2,8% em relação ao ano anterior.

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