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Governo Lula explora em vídeo publicitário caso dos deportados dos EUA

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Algemar os passageiros é um procedimento padrão e foi seguido no período de Joe Biden, mas a gestão petista nunca criticou a medida de segurança

O primeiro avião com deportados chegou ao Brasil em 10 de janeiro antes ainda de Donald Trump tomar posse como presidente | Foto: Reprodução/Twitter/X/@rpcradiolorica

Revista Oeste

O governo Lula tem explorado politicamente o caso dos brasileiros deportados dos Estados Unidos que foram algemados durante o voo. Embora o procedimento seja padrão e tenha sido seguido no período de Joe Biden, só agora a gestão petista fala em “violação dos direitos humanos”.

A pedido do presidente Lula, a ministra dos Direitos Humanos, Macaé Evaristo, acompanhou a chegada dos deportados em Belo Horizonte (MG) na noite deste sábado, 26. Toda a ação foi registrada em vídeos publicitários.

“A gente não pode suportar a violação dos direitos humanos”, disse Macaé Evaristo em vídeo postado nas redes sociais e republicado por Lula. “E o que aconteceu nesse voo foi a violação dos direitos dos brasileiros.”

Entre 27 de janeiro de 2023 e 10 de janeiro deste ano, 3.660 brasileiros foram deportados dos Estados Unidos em 32 voos fretados pelo governo norte-americano. As informações são da BH Airport, responsável pelo Aeroporto de Confins, em Minas Gerais.

Apesar da maioria desses voos terem ocorrido quando Joe Biden presidia os EUA, Lula não publicou vídeos ou teceu críticas públicas ao democrata. Já agora, nos primeiros dias da gestão do republicano Donald Trump, o petista se posicionou contra o procedimento.

+ Governo Lula recebeu 32 aviões com deportados do governo Biden e nunca reclamou de algemas

Conforme a emissora NBC News, o processo de deportação nos Estados Unidos segue um padrão, independentemente de quem esteja na administração do governo. Para serem deportadas, as pessoas são necessariamente detidas por alguma infração, que pode variar de um acidente de trânsito a crimes mais graves, como tráfico de drogas.

Impasse diplomático

Neste domingo, o Ministério das Relações Exteriores informou que vai pedir  explicações ao governo dos Estados Unidos sobre o “tratamento degradante dispensado aos passageiros do voo”.

“A decisão ocorreu após reunião do ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, com o delegado Sávio Pinzón, superintendente interino da Polícia Federal no Amazonas, e com o major-brigadeiro Ramiro Pinheiro, comandante do 7º Comando Aéreo Regional”, informou a nota.

Um impasse sobre brasileiros deportados dos Estados Unidos, que foram algemados durante o voo, já ocorreu na gestão de Jair Bolsonaro (PL), em 2022. A situação gerou um desconforto entre o presidente de honra do Partido Liberal e Joe Biden.

O Ministério das Relações Exteriores alerta sobre a prática às autoridades norte-americanas há alguns anos. A pasta pede que o procedimento seja interrompido, mas as solicitações foram ignoradas.

Brasileiros deportados chegam em Belo Horizonte

O avião KC-30 da Força Aérea Brasileira (FAB) aterrissou no Aeroporto Internacional de Confins, em Belo Horizonte (MG), às 21h10 de sábado, com os 88 brasileiros deportados dos Estados Unidos.

Inicialmente, o voo estava previsto para chegar à capital mineira na sexta-feira, 24. No entanto, um problema técnico na aeronave obrigou o pouso em Manaus (AM). A FAB realizou o voo para MG por determinação de Lula.

Os passageiros chegaram à capital amazonense algemados, mas foram liberados pela Polícia Federal. A medida seguiu orientação do ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski. A corporação também impediu que os brasileiros fossem novamente detidos por autoridades dos Estados Unidos.

Avião da FAB foi utilizado para fazer o voo dos deportados de Manaus para Belo Horizonte | Vídeo: FAB

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Brasil

Dono do Banco Master e ex-presidente do BRB depõem à PF nesta terça

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• Imagem gerada por IA

A investigação sobre fraude bilionária envolvendo o Banco Master colhe, nesta terça-feira (30), os depoimentos do dono do Master, o banqueiro Daniel Vorcaro, do ex-presidente do Banco de Brasília (BRB), Paulo Henrique Costa, e do diretor de Fiscalização do Banco Central (BC), Ailton de Aquino.

Os depoimentos à Polícia Federal (PF) serão tomados no prédio do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília (DF), a partir das 14h.

As oitivas são parte de inquérito, no STF, que apura as negociações sobre a venda do Banco Master ao BRB, banco público do Distrito Federal (DF).

O BRB tentou comprar o Master pouco antes do Banco Central (BC) decretar a falência extrajudicial da instituição, e apesar de suspeitas sobre a sustentabilidade do negócio.

Paulo Henrique Costa foi afastado da presidência da instituição por decisão judicial.

Em novembro, o ex-presidente do BRB e Daniel Vorcaro foram alvos da Operação Compliance Zero, que investiga a concessão de créditos falsos. As fraudes podem chegar a R$ 17 bilhões em títulos forjados.  

As oitivas dos investigados foram determinadas pelo ministro Dias Toffoli e serão realizadas individualmente. Inicialmente, o ministro do STF queria uma acareação entre os envolvidos. Porém, Toffoli definiu, dias depois, que a acareação só deve ocorrer caso a PF ache necessária. Acareação é quando os envolvidos ficam frente a frente para confrontar versões contraditórias.

Apesar do diretor do Banco Central não ser investigado, seu depoimento foi considerado pelo ministro Toffoli de “especial relevância” para esclarecer os fatos, uma vez que o BC é a instituição que fiscaliza a integridade das operações do mercado financeiro.

A defesa do banqueiro Vorcaro informou à Agência Brasil que não vai se manifestar sobre o depoimento porque o processo corre em sigilo.

A defesa do ex-chefe do BRB, Paulo Henrique Costa, por sua vez, informou que não se manifesta antes do depoimento.

O Banco Central também não se manifestou em relação ao depoimento do diretor de fiscalização da instituição.

BRB quis comprar Master

Em março deste ano, o BRB anunciou a intenção de comprar o Master por R$ 2 bilhões – valor que, segundo o banco, equivaleria a 75% do patrimônio consolidado do Master.

A negociação chamou a atenção de todo o mercado, da imprensa e do meio político, pois, já na época a atuação do banco de Daniel Vorcaro causava desconfiança entre analistas do setor financeiro.

No início de setembro, o Banco Central (BC) rejeitou a compra do Master pelo BRB. Em novembro, foi decretada falência da instituição financeira.

Compliance Zero

A Operação Compliance Zero é fruto das investigações que a PF iniciou em 2024, para apurar e combater a emissão de títulos de créditos falsos.

As instituições investigadas são suspeitas de criar falsas operações de créditos, simulando empréstimos e outros valores a receber. Estas mesmas instituições negociavam estas carteiras de crédito com outros bancos.

Após o Banco Central aprovar a contabilidade, as instituições substituíam estes créditos fraudulentos e títulos de dívida por outros ativos, sem a avaliação técnica adequada.

O Banco Master é o principal alvo da investigação instaurada a pedido do Ministério Público Federal (MPF).

Na nota, o BRB afirmou que “sempre atuou em conformidade com as normas de compliance e transparência, prestando, regularmente, informações ao Ministério Público Federal e ao Banco Central sobre todas as operações relacionadas [às negociações de compra do] Banco Master”.

Fonte: Conteúdo republicado de AGENCIA BRASIL - NOTÍCIAS

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Acre terá R$ 5,7 bilhões em obras e 3 mil casas pelo Minha Casa, Minha Vida até 2027

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Investimentos do Novo PAC vão da nova Maternidade de Rio Branco ao linhão elétrico entre Feijó e Cruzeiro do Sul; transferências federais ao estado cresceram 29% em relação a 2022

Serão investidos R$5,7 bilhões para acelerar a saúde, a educação, a cultura, a sustentabilidade, o transporte e a infraestrutura do Acre, segundo publicação. Foto: captada 

O Acre terá R$ 5,7 bilhões em investimentos até 2030 por meio do Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC), abrangendo setores como saúde, educação, cultura, sustentabilidade, transporte e infraestrutura. Além disso, até 2027, a expectativa é de que 3 mil acreanos recebam a chave da casa própria por meio do programa Minha Casa, Minha Vida, do Governo Federal.

Entre as principais obras previstas estão a construção da nova Maternidade de Rio Branco, no Segundo Distrito; o linhão de transmissão de energia entre Feijó e Cruzeiro do Sul, com 277 quilômetros de extensão; e a restauração da BR-364. Até 2030, serão 250 empreendimentos em todo o estado.

Em 2024, o governo federal transferiu R$ 9,9 bilhões para complementar o orçamento do estado e das prefeituras acreanas, valor 29% maior que o repassado em 2022, último ano do governo Bolsonaro.

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Acre cria sistema e centro integrado para monitoramento ambiental e combate ao desmatamento

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Lei sancionada pela governadora em exercício Mailza Assis formaliza estruturas já existentes na Secretaria de Meio Ambiente; governo garante que não gerará aumento de despesas

A publicação, assinada pela governadora em exercício Mailza Assis (PP) foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE). Foto: captada 

Foi sancionada nesta terça-feira (30) a lei que cria o Sistema Integrado de Meio Ambiente e Mudança do Clima (SIMAMC) e o Centro Integrado de Inteligência, Geoprocessamento e Monitoramento Ambiental (CIGMA) no Acre. A publicação, assinada pela governadora em exercício Mailza Assis (PP), também institui o Grupo Operacional de Comando, Controle e Gestão Territorial, com foco no fortalecimento do combate ao desmatamento e às queimadas.

Segundo o governo, a medida não implica aumento de despesas, uma vez que o CIGMA já está em funcionamento dentro da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (SEMA), carecendo apenas de institucionalização legal. A lei visa integrar e otimizar ações de monitoramento, inteligência e gestão territorial no estado, ampliando a capacidade de resposta a crimes ambientais.

A publicação ocorreu no Diário Oficial do Estado (DOE) e representa mais um passo na estruturação da política ambiental acreana, em meio a discussões nacionais sobre clima e preservação.

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