Acre
Gladson Cameli se coloca à disposição da PF: “O governo sempre agiu dentro da legalidade”
O governo do Estado do Acre se manifestou na manhã desta quarta-feira, 22, sobre a 2º fase da Operação Ptolomeu, que segundo a gestão, se trata de continuidade dos procedimentos policiais anteriores, deflagrada no último dia 16 de dezembro.
Nas primeiras horas do dia, a Polícia Federal do Acre deflagrou a segunda fase da Operação Ptolomeu, que investiga supostos ilícitos de corrupção e lavagem de dinheiro relacionados a membros do governo do Acre.
O alvo principal da operação de hoje é a chefe de gabinete do governador do Acre, Rosângela Gama, que desde a semana passada está afastada do cargo por determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Por meio de nota, o governador Gladson Cameli, mais uma vez, manifestou respeito ao trabalho dos agentes da Polícia Federal e da justiça e disse que colabora com todos os passos da investigação. O chefe do executivo disse que a atual gestão age dentro dos princípios da lei. “De modo que fique esclarecido que o governo sempre agiu dentro da legalidade e do interesse público”, declarou.
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Grupo de Marina e Heloisa Helena se digladiam em disputa pela presidência do Rede Sustentabilidade
O professor Inácio Moreira representará o Acre na disputa e é aliado de Marina Silva na disputa

A fundadora da Rede Sustentabilidade, Marina Silva, o deputado Alessandro Molon, e a ex-senadora Heloisa Helena durante apresentação oficial dos novos filiados. Foto: José Cruz/Agência Brasil
Tião Maia, ContilNet
Uma disputa silenciosa entre os grupos da ex-senadora alagoana Heloisa Helena, agora eleitora e primeira suplente de deputada federal pelo Rio de Janeiro, e de Marina Silva, atualmente ministra do Meio Ambiente e ex-senadora pelo Acre, mas agora deputada federal pelo Rede Sustentabilidade de São Paulo, volta a tomar conta do debate político em Brasília durante o próximo final de semana. Os dois grupos disputam a hegemonia pela direção da sigla e o caso deve ir parar na Justiça.
Minoritário, o grupo ligado Marina Silva questiona a corrente ligada à atual presidente da sigla, Heloísa Helena, e aponta decisões autoritárias e parciais do comitê que comandará o processo de escolha do próximo dirigente partidário. A ala de Marina tem Giovanni Mockus como candidato à presidência da Rede, enquanto o grupo de Heloísa Helena indica Paulo Lamac como representante na disputa. A eleição está marcada para 11, 12 e 13 de abril em congresso partidário a ser realizado em Brasília.
Mockus entrou na Justiça contra o diretório nacional da Rede, pedindo a anulação da criação da Comissão Eleitoral Nacional (CEN). Ele reclama que o colegiado só conta com representantes da ala de Heloísa Helena, com influência na definição dos delegados eleitos nos municípios e estados, que terão direito de votar para escolher o próximo presidente. O professor Inácio Moreira representará o Acre na disputa e é aliado de Marina Silva na disputa.
A Justiça não acatou o pedido. O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) entendeu que “questões atinentes à organização e funcionamento dos partidos devem ser resolvidas internamente”. Além disso, o juiz entendeu que “não se vislumbra, em sede de cognição sumária, qualquer violação manifesta ao estatuto partidário que justifique a interferência do Poder Judiciário”. O grupo de Marina Silva informou que vai recorrer.
O grupo de Heloísa Helena calcula vantagem ampla, de acordo com o perfil dos delegados eleitos pelos diretórios estaduais. Nos bastidores, representantes dessa ala contam vitórias em 18 estados, e esperam ter o voto de 70% dos delegados. Representante dessa corrente, Paulo Lamac é Secretário de Relações Institucionais, da Prefeitura de Belo Horizonte (MG).
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Acre
Senado Federal cobra proteção para estudantes brasileiros na Bolívia após feminicídio de universitária
Líder do governo no Congresso pede que caso de Jenifer Almeida, morta em Santa Cruz de la Sierra, sirva de alerta para revisão das políticas de acolhimento a estudantes no país vizinho

A estudante brasileira Jenifer, era natural de Santana, estado do Amapá, e foi encontrada morta no dia 2 deste mês, na cidade de Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia. Foto: cedida
O senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), líder do governo Lula no Congresso Nacional, está mobilizando esforços para garantir maior proteção aos mais de 6 mil estudantes brasileiros na Bolívia. A ação ocorre após o feminicídio de Jenifer do Socorro Almeida da Silva, 37 anos, natural de Santana (AP), encontrada morta em 2 de abril em Santa Cruz de la Sierra.
Em sessão plenária nesta terça-feira (8), Rodrigues solicitou ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), que inclua o caso na pauta de debates sobre a situação dos estudantes brasileiros na Bolívia. O parlamentar, que vem acompanhando o caso desde a última semana, destacou a necessidade de:
- Reforçar os mecanismos de proteção consular
- Estabelecer parcerias com universidades bolivianas
- Criar um canal de denúncias específico para casos de violência
- Reavaliar os acordos educacionais entre os dois países
“Este trágico caso não pode ser tratado como isolado. Precisamos garantir que nossos estudantes tenham segurança e apoio adequados”, afirmou Rodrigues, que já entrou em contato com o Itamaraty para acompanhar as investigações conduzidas pela polícia boliviana.
Dados do Ministério das Relações Exteriores mostram que a Bolívia é o terceiro principal destino de estudantes brasileiros na América Latina, atrás apenas de Argentina e Chile. A maioria cursa medicina em universidades públicas bolivianas, onde as mensalidades são mais acessíveis.
O corpo de Jenifer deve ser repatriado ainda esta semana, com custos cobertos pelo governo do Amapá. A família aguarda a conclusão do laudo pericial boliviano para dar sequência aos procedimentos legais.
“Para que possa ouvir os brasileiros que estão la na Bolivia e, ao mesmo tempo, possa acompanhar, junto as autoridades bolivianas, o caso de Jenifer”, disse o senador Randolfe Rodrigues (PT-AP)
A cobrança dos senadores do Amapá resultou na criação de uma comissão externa que irá acompanhar o episódio e a situação de outros estudantes brasileiros naquele país. “Todo o Amapá ficou comovido com a triste notícia do assassinato da nossa querida amapaense Jenifer, que estudava medicina na Bolívia”, relatou Alcolumbre, que também informou que o Senado entrou em contato com o Ministério das Relações Exteriores, pedindo que apure, junto às autoridades bolivianas, o desenrolar deste caso, bem como sua elucidação. Na semana passada, a família buscou reaver o corpo da estudante, mas foi informada de que o país não custeia o translado de brasileiros mortos em outras nações.
Em nota, o Ministério das Relações Exteriores, por meio do Consulado-Geral do Brasil em Santa Cruz de la Sierra, informou ter ciência do caso e estar em contato com os familiares da brasileira, a quem presta assistência consular, e com as autoridades locais.

“Todo o Amapá ficou comovido com a triste notícia do assassinato da nossa querida amapaense Jenifer, que estudava medicina na Bolívia”, relatou Alcolumbre. Fotos: cedidas
Informa-se que, em caso de falecimento de cidadão brasileiro no exterior, as embaixadas e consulados brasileiros podem prestar orientações gerais aos familiares, apoiar seus contatos com o governo local e cuidar da expedição de documentos, como o atestado consular de óbito, tão logo terminem os trâmites obrigatórios realizados pelas autoridades locais.
O traslado dos restos mortais de brasileiros falecidos no exterior é decisão da família e não pode ser custeado com recursos públicos, à luz do § 1º do artigo 257 do Decreto 9.199/2017.
A atuação consular do Brasil pauta-se pela legislação internacional e nacional. Para saber o que uma repartição consular do Brasil pode ou não fazer, recomenda-se consulta à seguinte seção do Portal Consular do Itamaraty [link].
Em atendimento ao direito à privacidade e em observância ao disposto na Lei de Acesso à Informação e no Decreto 7.724/2012, o Ministério das Relações Exteriores não fornece informações sobre casos individuais de assistência a cidadãos brasileiros.
No dia 3 deste mês, a Força Especial de Combate à Violência (FELCV) prendeu um homem indicado como companheiro de Jenifer; ele seria um adolescente de 17 anos. A família da jovem discorda da informação e afirma que ela conhecia o rapaz, mas não tinha proximidade com ele.
O homem é apontado como o principal suspeito do crime de feminicídio e já aguarda julgamento. A perícia no corpo da brasileira indica que ela foi morta por asfixia mecânica, estupro e esfaqueamento. De acordo com familiares, Jenifer já havia finalizado o curso, mas precisou ir à Bolívia para integrar-se aos trâmites de conclusão acadêmica. A vítima tinha dois filhos.
Veja vídeo senado:
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Criança brinca com isqueiro e quase incendeia casa no Acre
Um princípio de incêndio registrado na tarde desta segunda-feira, 7, por pouco não terminou em tragédia no bairro Morro da Glória, em Cruzeiro do Sul. O incidente ocorreu em uma residência localizada na Rua Rio Grande do Norte e teve como causa brincadeira. Uma criança de aproximadamente 5 anos colocou fogo em parte da mobília ao brincar com um isqueiro.
Segundo o Corpo de Bombeiros, a menina se trancou sozinha no quarto e, ao manusear o objeto, acabou incendiando lençóis, roupas, brinquedos e parte de uma cama. Assustada, ela começou a gritar, momento em que foi ouvida pela mãe, que correu até o cômodo para socorrê-la.
Ao perceber o foco do incêndio, a mulher conseguiu agir rapidamente e conteve as chamas utilizando baldes de água, evitando que o fogo se alastrasse para outros cômodos da casa.
Militares do 4º Batalhão do Corpo de Bombeiros foram acionados e, após conter totalmente a situação, realizaram uma vistoria no local para assegurar que não havia mais riscos nem comprometimento estrutural no imóvel. Apesar dos danos materiais, ninguém ficou ferido.
O Corpo de Bombeiros reforçou a importância da vigilância constante em ambientes domésticos que abrigam crianças pequenas. “Materiais inflamáveis, como isqueiros e fósforos, devem ser mantidos fora do alcance dos pequenos, preferencialmente em locais trancados ou em altura elevada”, alertou a corporação.
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