Brasil
Fiesp e Ciesp definem apoio a processo de impeachment
Pesquisa das entidades mostra 91% dos entrevistados na alta direção das indústrias pessoalmente a favor
Agência Indusnet Fiesp
Em reunião conjunta de suas diretorias, realizada nesta segunda-feira (14/12), a Federação e o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp e Ciesp) decidiram apoiar o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Esse posicionamento reflete o desejo dos industriais paulistas, demonstrado em levantamento feito pelo Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos da Fiesp e do Ciesp (Depecon).

Paulo Skaf durante entrevista coletiva em que anunciou o posicionamento da Fiesp e do Ciesp sobre processo de impeachment. Foto: Ayrton Vignola/Fiesp
A maciça maioria (91,9%) dos entrevistados respondeu que a Fiesp deveria se posicionar a respeito do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. “Essa pesquisa foi endossada por todos os fóruns da Casa”, disse Paulo Skaf, presidente da Fiesp e do Ciesp. Ele explicou que a decisão foi tomada “devido à situação política e econômica do Brasil, devido ao momento a que nós chegamos”.
Skaf citou problemas como o estouro das contas públicas neste ano – e a perspectiva de novo estouro em 2016. Lembrou que o PIB brasileiro vai encolher 3,5% este ano, enquanto o mundo tem crescimento, e que o Brasil vai fechar 1,6 milhão de empregos com carteira assinada. O Governo não tem “nenhuma credibilidade, não há confiança” nem investimentos. “O país está à deriva, e não há atitudes para solucionar os problemas”, disse Skaf.
O presidente da Fiesp e do Ciesp ressaltou que os trâmites legais têm que ser respeitados. “Não estamos condenando a presidente”, lembrou, e sim defendendo o prosseguimento do processo dentro das normas legais. “Há um encaminhamento legal, de acordo com a Constituição, de um pedido de impeachment. Não se pode falar em golpe com tudo feito de maneira correta.”
Na pesquisa, realizada entre os dias 9 e 11 de dezembro de 2015, foram ouvidas 1.113 empresas no Estado de São Paulo. O questionário foi preenchido, preferencialmente, por proprietário, presidente, diretor ou uma pessoa da empresa que tenha uma percepção mais ampla de seus negócios e dos efeitos sobre eles da situação política. Entre os entrevistados, 91% se disseram pessoalmente favoráveis ao processo de impeachment. Entre as empresas, 85,4% são favoráveis.
Ao apresentar a pesquisa, Skaf lembrou a crise na indústria. “Somando a queda do ano passado com a de 2015 e de 2016, a indústria vai encolher quase 20%”, afirmou. “É chegada a hora de ter a visão de onde está o problema. Na minha visão, o problema ficou todo na parte política.”
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Papa Leão XIV divulga nova orientação para sexo no casamento

Papa Leão na FAO em Roma • 16/10/2025 REUTERS/Remo Casilli
Em um novo decreto assinado pelo papa Leão XIV, o Vaticano divulgou orientações para fiéis sobre a prática sexual no casamento, reconhecendo que o sexo não se limita apenas à procriação, mas contribui para “enriquecer e fortalecer” a “união exclusiva do matrimônio”.
A questão está intimamente ligada à finalidade unitiva da sexualidade, que não se limita a assegurar a procriação, mas contribui para enriquecer e fortalecer a união única e exclusiva e o sentimento de pertencimento mútuo.
O documento assinado pelo Dicastério para a Doutrina da Fé cita o Código de Direito Canônico e diz que uma visão integral da caridade conjugal é aquela que “não nega sua fecundidade”, ainda que deva “naturalmente permanecer aberta à comunicação de vida”.
O texto também prevê o conceito de consentimento livre” e “pertencimento mútuo”, assegurando a mesma dignidade e direitos ao casal.
“Um cônjuge é suficiente”
No decreto publicano em italiano, o Vaticano orientou 1,4 bilhão de católicos do mundo a buscarem o casamento com uma única pessoa para a vida toda e a não manterem relações sexuais múltiplas, estabelecendo que o casamento é um vínculo perpétuo e “exclusivo”.
Criticando a prática da poligamia na África, inclusive entre membros da Igreja, o decreto reiterou a crença de que o casamento é um compromisso para toda a vida entre um homem e uma mulher.
“Sobre a unidade do matrimônio – o matrimônio entendido, isto é, como uma união única e exclusiva entre um homem e uma mulher – encontra-se, ao contrário, um desenvolvimento de reflexão menos extenso do que sobre o tema da indissolubilidade, tanto no Magistério quanto nos manuais dedicados ao assunto”, diz o documento.
“Embora cada união conjugal seja uma realidade única, encarnada dentro das limitações humanas, todo matrimônio autêntico é uma unidade composta por duas pessoas, que requer uma relação tão íntima e abrangente que não pode ser compartilhada com outros”, enfatizou a Santa Sé.
Fonte: CNN
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PF afasta delegado e policial em operação contra esquema de ouro ilegal no Amapá
Operação Cartucho de Midas apreende mais de R$ 1 milhão, € 25 mil e prende suspeito com arma restrita; movimentações acima de R$ 4,5 milhões reforçam indícios de lavagem de dinheiro.

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Roraima suspende novas licenças para extração de ouro após recomendação do MPF
Medida vale por prazo indeterminado e ocorre diante do uso ilegal de mercúrio em garimpos, inclusive licenciados; Femarh terá de revisar autorizações já emitidas.

No mês de fevereiro deste ano, o Estado do Amazonas exportou US$ 11 milhões em ouro para a Alemanha. (Foto: Shuttestock)
Atendendo a uma recomendação do Ministério Público Federal (MPF), a Fundação Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Roraima (Femarh) suspendeu, por prazo indeterminado, a emissão de novas licenças ambientais para extração de ouro em todo o estado. A decisão decorre de um inquérito civil que apura os impactos socioambientais do uso de mercúrio no garimpo na Amazônia.
Segundo o MPF, o mercúrio — substância altamente tóxica — vem sendo empregado inclusive em garimpos com licença ambiental, sem fiscalização adequada sobre o método de beneficiamento do minério. O órgão ressalta que todo o mercúrio utilizado nessas atividades é ilegal, uma vez que o Ibama não autoriza sua importação para fins minerários.
A recomendação determina que a Femarh passe a exigir dos empreendimentos a especificação da técnica de separação do ouro e documentos que comprovem o uso de tecnologia apropriada. Também orienta a revisão das licenças já concedidas e a suspensão daquelas que mencionem o uso do metal tóxico.
Em nota, a Femarh informou que não autorizará novas atividades de extração enquanto não houver estudos técnicos que garantam métodos alternativos ao uso do mercúrio.

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