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Festival no RJ traz matemática lúdica para crianças e adolescentes

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Promovido pelo Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa), o Festival Nacional da Matemática (FestMat) teve início no Rio de Janeiro com a proposta de mostrar ao público um lado encantador e lúdico da matemática. Em sua terceira edição, o evento traz como tema Matemática é Inovação e vai até o sábado (7), na Marina da Glória, na zona sul da cidade. A partir da tarde desta sexta-feira (6), o festival passa a ser aberto para todo o público. A visitação é gratuita e a programação pode ser conferida no site do FestMat

O primeiro dia, a quinta-feira (4), foi exclusivo para as escolas públicas e privadas anteriormente cadastradas.

O diretor-geral do Impa, Marcelo Viana explica que o FestMat começou com a ideia de “encantar, divertir e entreter as pessoas” a partir de aspectos lúdicos.

 “Ninguém vem aqui para aprender matemática, mas para aprender que a matemática é legal”, afirma.

Foi com o sucesso da primeira edição, de 2017, que o festival se tornou um evento periódico, realizado a cada dois anos no Rio de Janeiro. “Em princípio no Rio de Janeiro, porque é onde o Impa está baseado, mas queremos incentivar também que pedaços do festival aconteçam em outros pontos do país. Vamos trabalhar na busca por parceiros que viabilizem essa realização em outros pontos do Brasil”. 

Segundo Viana, somando o público das duas primeiras edições, cerca de 32 mil pessoas, entre crianças e professores, já passaram pelo festival. Na edição de 2024, 15 mil visitantes são esperados.

Para atrair as crianças, o evento foca em instrumentos que mostrem a aplicação prática da matemática. “Quando você mostra para a criança a conexão entre a matemática que ela aprendeu na escola e aquilo que você consegue realizar com esse conhecimento, em termos de tecnologia e de diversão, isso serve como atrativo”, diz, acrescentando que o instituto é responsável pela Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas.

“Tem poucas coisas na vida que são tão apaixonantes quanto a sensação de resolver um problema de matemática”, destaca.

Bicicleta quadrada

Uma das principais atrações do é uma bicicleta com rodas quadradas, projetada pela Firjan Sesi e que faz parte do evento desde a primeira edição. “Acho que ela é um bom exemplo do que chama a atenção das pessoas em matemática, porque ela é muito contra intuitiva”, diz o gerente de Educação Básica da Firjan, Vinícius Mano.

“Você olha para uma bicicleta, vê que as rodas dela são quadradas, normalmente você pensa que ela não vai andar ou que vai ser muito difícil fazer as rodas girarem. Só que a matemática consegue nos fazer entender coisas que às vezes são contra a nossa intuição”. 

No caso da bicicleta, o piso em que ela circula, em vez de uma superfície lisa, tem o formato de curvas — chamada na matemática de “catenária” —, fazendo com que o centro do quadrado esteja sempre na mesma altura. “A roda encaixa perfeitamente naquele chão preparado para ela. A lógica por trás da roda quadrada é justamente essa: transformamos a roda em outra figura e, por consequência, precisamos transformar também o chão em outra forma para o passeio poder continuar”.

Mais do que divertida e interessante, Mano reforça que a matemática é uma ciência possível para todos. Com isso, outra atração levada ao FestMat é a Escola Móvel de Matemática, uma unidade móvel que buscar levar toda energia de um festival de matemática para onde for.

“Sendo um caminhão, a ideia é que ele vá visitar escolas, praças públicas, grandes eventos e espaços de educação para que as pessoas possam, em qualquer lugar, se divertirem, verem como a matemática funciona e como ela é”, descreve Mano. A intenção para os próximos anos, conforme o gerente da Firjan, é que o projeto possa circular por todos os espaços públicos de educação do Rio de Janeiro, para que alunos de escolas municipais e estaduais possam ter um contato divertido com a área de conhecimento. 

Meninas na matemática

Outro projeto com ênfase na popularização da matemática é o Meninas Olímpicas do IMPA (MOI), programa em parceria com o Colégio de Aplicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (CAp-UFRJ), que promove o aumento da presença de meninas em atividades de matemática, computação e robótica.

Rio de Janeiro (RJ), 05/09/2024 – Estudantes participam das atividades do Festival Nacional da Matemática (FestMat) 2024 na Marina da Glória, no Rio de Janeiro. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil Rio de Janeiro (RJ), 05/09/2024 – Estudantes participam das atividades do Festival Nacional da Matemática (FestMat) 2024 na Marina da Glória, no Rio de Janeiro. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Rio de Janeiro (RJ), 05/09/2024 – Estudantes participam das atividades do Festival Nacional da Matemática (FestMat) 2024. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Iniciado em 2019 com a participação de alunas da educação básica, graduandas em licenciatura em Matemática e pedagogas e professoras atuantes em sala de aula com o ensino básico, o programa desenvolve visitas a espaços científicos e atividades específicas em matemática e robótica para “superar os estereótipos que afastam meninas dessas áreas”, segundo a professora do CAp-UFRJ e coordenadora do MOI, Leticia Rangel.

“Temos um planejamento que propõe atividades de raciocínio matemático, então as meninas têm contato com a matemática lúdica e com raciocínio matemático sem ser na cobrança típica da sala de aula”, explica a coordenadora à Agência Brasil.

“Também realizamos atividades de robótica, que atrai muitas meninas e que envolve muita matemática, e procuramos levá-las a espaços de produção científica e promover contato com mulheres cientistas que atuam nessas áreas. Fazemos várias atividades para desmistificar que elas não dão conta disso aqui”, diz.

A professora ressalta que a maior contribuição do projeto é o impacto na educação, fazendo com que as meninas escolham a matemática já na educação básica. “É claro que as profissionais e cientistas precisam de apoio para enfrentar todas as adversidades que vêm da profissão em um cenário masculino, no entanto, para que elas queiram essas áreas, temos que desenvolver a autoestima e a autoconfiança delas na educação básica”, acrescenta. 

Estudante de Ciências Matemáticas e da Terra na UFRJ, Emanuella Carneiro participou como aluna do programa em 2022. À Agência Brasil, ela compartilha que sua relação com a disciplina começou a mudar a partir do fundamental II, quando passou a “ver beleza na matemática”.

“Quando comecei o ensino médio, não tinha matemática como visão de carreira, apesar de gostar muito. Não conseguia ultrapassar aquela linha e poder me imaginar naquele ambiente. A minha experiência no MOI, além de me aproximar mais da matemática e de me fazer enxergar a matemática como carreira, também me fez entender que eu poderia aprender o que quisesse. Essa relação mudou completamente a minha vida”, conta.

* Estagiária sob supervisão de Vinícius Lisboa

Fonte: EBC GERAL

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Mãe que matou filha a facadas é condenada a mais de 44 anos de prisão no RS

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Crime ocorreu em 2024, em Novo Hamburgo, Região Metropolitana de Porto Alegre
Kauana atacou a criança com diversos golpes de faca, no momento em que a menina repousava na cama  • Reprodução/Redes sociais

Kauana atacou a criança com diversos golpes de faca, no momento em que a menina repousava na cama • Reprodução/Redes sociais

A mãe acusada de matar a própria filha de sete anos a facadas, no Rio Grande do Sul, foi condenada a mais de 44 anos de prisão, nesta terça-feira (17). O crime aconteceu em 2024, em Novo Hamburgo, Região Metropolitana de Porto Alegre (RS).

O julgamento teve início às 9h, no Salão do Júri do Foro de Novo Hamburgo. Por volta das 22h30, após o Conselho de Sentença, composto por sete mulheres, responder aos quesitos e reconhecer a responsabilidade penal da ré, o magistrado definiu o tempo de pena em 44 anos, 5 meses e 10 dias de prisão, em regime fechado.

Kauana do Nascimento, de 32 anos, está presa desde agosto de 2024. Ela foi acusada de homicídio qualificado por motivo torpe, meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima, além de crime contra menor de 14 anos e contra descendente.

Durante depoimento, a ré afirmou que dificuldades financeiras e emocionais teriam provocado um quadro intenso de estresse e ansiedade, que culminou no crime. A mulher também disse não se lembrar de ter desferido os golpes contra a filha.

A decisão cabe recurso.

Relembre o caso

A denúncia aponta que Kauana teria atacado a filha com diversos golpes de faca, no momento em que a menina repousava na cama. A versão inicial apontada pela acusada era de que a filha teria caído da escada. A vítima morreu em decorrência de choque hemorrágico causado por ferimentos torácicos profundos.

O corpo foi encontrado no corredor do prédio onde moravam.

Fonte: CNN

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Fenômeno raro de luz natural ilumina caverna em Bonito; veja vídeo

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Entre novembro e fevereiro, feixe de luz entra no Abismo Anhumas por meio de cavidade, revelando a beleza única do local

Luz do Sol invade Abismo Anhumas, em Bonito, no Mato Grosso do Sul • Daniel de Granville

Uma caverna a 72 metros abaixo do chão esconde uma experiência única na cidade de Bonito, no Mato Grosso do Sul. Entre os meses de novembro e fevereiro, a luz do Sol entra no Abismo Anhumas por meio de uma cavidade superior e revela a beleza natural do espaço.

O Abismo Anhumas é uma caverna com um lago do tamanho de um campo de futebol. Para acessar, é necessário fazer rapel em uma pequena fenda no chão.

O local impressiona pela água cristalina e pelas formações de até 20 metros de altura. Mas o espetáculo que acontece entre os meses de novembro e fevereiro tornam o Abismo Anhumas ainda mais especial. Veja o vídeo abaixo:

O Abismo Anhumas

O Abismo Anhumas foi uma das atrações mais especiais visitadas pela apresentadora Daniela Filomeno durante as gravações do CNN Viagem & Gastronomia em Bonito. Confira como é a visita no local no vídeo abaixo:

O espaço fica a 23 quilômetros do centro de Bonito e recebe cerca de cinco mil visitantes por ano, segundo a equipe do abismo.

A temperatura dentro da caverna permanece por volta dos 22°C durante o ano. A água é um pouco mais fria, a cerca de 18°C.

O rapel é feito com um sistema elétrico de elevação, que facilita o acesso dos visitantes. Dessa forma, crianças a partir de cinco anos de idade conseguem entrar na caverna. Segundo a equipe, “pessoas com alguma dificuldade de locomoção também podem conhecer o espaço.”

Depois de descer, o visitante chega a um deque flutuante no lago e pode escolher fazer um passeio de bote, snorkel ou mergulho com cilindro. Todas as atividades devem ser contratadas com agências de viagens.

 

Fonte: CNN

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Companhias aéreas prorrogam suspensão na Venezuela; quais seguem operando?

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Empresas interromperam voos internacionais de e para Caracas há duas semanas devido ao aumento da tensão militar com os Estados Unidos

Aviões da Copa Airlines no Aeroporto Internacional de Tocumen, na Cidade do Panamá • Aviões da Copa Airlines no Aeroporto Internacional de Tocumen, na Cidade do Panama, em março de 2020REUTERS/Erick Marciscano

A companhia aérea panamenha Copa Airlines anunciou, na terça-feira (16), a prorrogação da suspensão temporária de voos de e para Caracas até 15 de janeiro.

Segundo um comunicado divulgado pela empresa, eles aguardam que “a pista principal do Aeroporto Internacional de Maiquetía volte a funcionar, incluindo seu sistema de pouso por instrumentos”.

A Copa Airlines, assim como outras companhias aéreas, suspendeu suas operações há duas semanas devido ao aumento da tensão militar entre os Estados Unidos e a Venezuela.

Entretanto, para atender à alta demanda durante uma temporada de férias, a Copa Airlines anunciou que “aumentou a frequência de seus voos entre o Panamá e a cidade de Cúcuta, na Colômbia, que faz fronteira com o estado de Táchira, na Venezuela”.

Em meio às dificuldades entre a Venezuela e os EUA, diversas companhias aéreas estenderam a suspensão de voos para o país desde 21 de novembro, quando a FAA (Administração Federal de Aviação) dos EUA recomendou “extrema cautela” ao sobrevoar a Venezuela e o sul do Caribe devido ao que considera uma “situação perigosa” na região.

A situação se agravou ainda mais em 29 de novembro, quando Donald Trump declarou nas redes sociais que o espaço aéreo venezuelano permaneceria “completamente fechado”.

A companhia aérea espanhola Air Europa também prorrogou a suspensão de seus voos entre Madri e Caracas até 31 de dezembro, juntando-se à Iberia e à Plus Ultra, que já havia anunciado o cancelamento de operações de ou para a Venezuela até a mesma data.

As companhias aéreas internacionais que conectam à Venezuela ao mundo tiveram suas licenças suspensas por ordem do INAC (Instituto Nacional de Aeronáutica Civil da Venezuela).

Enquanto milhares de venezuelanos vivem em ansiedade e incerteza, vendem sua possibilidade de se reunirem com suas famílias para as festas de fim de ano comprometida, apenas as empresas locais Laser, Avior e a estatal Conviasa mantêm seus voos.

Na terça-feira (16), a FAA reiterou seu alerta às companhias aéreas comerciais sobre o “agravamento da situação de segurança”.

“As ameaças podem representar um risco potencial para aeronaves em todas as altitudes, inclusive durante sobrevoos, bem como durante as fases de chegada e partida do voo”, afirma o comunicado, acrescentando que o risco pode se estender a aeroportos e aeronaves em solo na região afetada.

Isso ocorre em meio à extrema tensão no Caribe, com o destaque militar dos EUA, um conflito que foi ainda mais complicado pelo anúncio de Trump na terça-feira de um “bloqueio total” de petroleiros sancionados que entram e saem da Venezuela.

Fonte: CNN

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