fbpx
Conecte-se conosco

Flash

Fernanda Hassem muda o conceito de política no Alto Acre e passa a ser a vice dos sonhos de quase todo candidatos a governador em 2022

Publicado

em

Evandro Cordeiro

A prefeita reeleita de Brasiléia, Fernanda Hassem (PT), fez, na semana passada, o lançamento do ano letivo em seu município, no centro cultural Sebastião Dantas, para uma plateia bem reduzida, por razões sanitárias decorrentes da pandemia do coronavirus. Mesmo assim conduziu uma cerimônia charmosa, com muitos atos, e fez um discurso cujo conteúdo parecia ser para espectadores de um estádio. Falou alto, reduziu o tom, se emocionou, e terminou por arrancar sonoro aplauso ao afirmar estar tão empolgada para esse segundo mandato, recém-inciado, quanto quando assumiu o primeiro, em 2017.

Ela parece ter incorporado, em definitivo, a condição de política emergente, embora não aprecie esses títulos. Tudo por pura modesta, uma vez que, ao se reeleger folgadamente, Fernanda passa a ser, naturalmente, uma espécie de liderança política exponencial daquela região onde estão situados os municípios de Brasiléia, Epitaciolândia, Assis Brasil e Xapuri, o chamado Alto Acre.
Fernanda de Souza Hassem, aos 39 anos de idade, é um dos poucos nomes surgidos na política recente do Acre capaz de preencher requisitos raros na política, como ter alta capacidade administrativa e popularidade.

O que se seguiu após ela se eleger em 2016 pôde comprovar a gestora diferenciada existente nela. Para se ter ideia, herdou um município destruído. Além de problemas de gestão, que resultaram inclusive em cadeia para seus antecessores, Brasiléia havia sido varrida por uma intempérie natural. Uma das maiores enchentes da história, ocorrida em 2015, transformou a parte baixa da cidade em um cenário de guerra. Ao sentar na cadeira de prefeito, ela descobriu algo mais. Existiam problemas de toda ordem. Ao invés de reclamar, montou a equipe e convocou seus munícipes para um sacrifício. “Foi rápido e nem doeu muito aquele sacrifício”, diz o irmão dela, Tadeu Hassem, uma espécie de esteio de suas gestões. Em menos de dois anos o panorama já era outro.

Com Brasiléia recuperada fisicamente, suas ruas e prédios públicos e privados outra vez coloridos, a autoestima dos moradores gradativamente recuperada, era hora de cuidar das contas. A essa altura, o município era totalmente inadimplente. Com outro esforço concentrado foi questão de tempo para o CNPJ da prefeitura entrar no azul e passar a ser apto para receber investimentos de Brasília. “Esse foi um momento importante para quem pensava em grandes investimentos”, diz a prefeita, que procurou também socorro da parte do governador Gladson Cameli, o que garantiu excelentes resultados, segundo ela, que cita o asfaltamento, finalmente, da avenida Marinho Monte, ocorrido como resultado dessa parceria, entre tantas outras realizações.

REALIZAÇÕES

Com as contas em dia, a prefeita Fernanda Hassem partiu para as realizações. No setor de obras, reabriu mais de mil quilômetros de ramais, adquiriu uma nova frota de maquinas pesadas, reconstruiu pontes e revitalizou totalmente o centro velho de Brasiléia. Na educação implantou o piso nacional do magistério, capacitou professores, recuperou fisicamente toda a rede escolar, ganhou nota máxima no IDEB, complementou a merenda escolar, e terminou campeã do prêmio nacional gestão escolar. Tem uma gama de outros feitos nos mais diversos setores, como a melhora da relação com a Câmara de Vereadores.

O sucesso na gestão foi fundamental para a reeleição. Com 49,46%, Fernanda bateu adversários fortes como a ex-prefeita e ex-deputada Leila Galvão, que disputou pelo MDB. Além da reeleição ela se cacifa para ostentar o título de liderança regional, certamente pelo conjunto da obra.

Tanto sucesso, não deu outra. Fernanda Hassem é a cereja do bolo de todo cidadão que sonha disputar o governo em 2022. Já foi convidada por quase todos para compor como vice, além da promessa de ser a cabeça de chapa onde quiser disputar para deputado federal. Econômica em relação a esse assunto, disse ao Acrenews apenas que, de fato, o Alto Acre já merece estar representado numa chapa majoritária, uma bela deixa para os empreendedores da política. Mas a fala dela não passa disso. Acha que é melhor esperar mais um pouco para falar em eleição e usa o argumento de todos: é momento de cuidar das pessoas, afetadas pela pandemia. Até pela modesta, esse furacão provavelmente não vai virar uma brisa jamais. É só esperar 2022 para ver isso.

Comentários

Continue lendo

Flash

Senador Alan Rick e bancada federal cobram suspensão das ações do ICMBio na Reserva Chico Mendes

Publicado

em

O senador Alan Rick (União Brasil-AC), coordenador da bancada federal do Acre, acompanhado dos deputados federais Roberto Duarte, Eduardo Veloso, Ulysses Araújo e Zezinho Barbary, esteve nesta terça-feira, 17, em audiência na Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, para tratar da situação crítica vivida por pequenos produtores na Reserva Extrativista Chico Mendes, no Acre.

O grupo foi recebido pelo secretário-executivo da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, Gustavo Ponce, a quem foi entregue um ofício e um pedido da bancada federal pela suspensão imediata das operações coercitivas conduzidas pelo ICMBio na região. Segundo os parlamentares, produtores rurais da Resex vêm sofrendo com apreensão e abate de gado, destruição de currais e ameaças de expulsão de áreas que ocupam há décadas, herdadas de pais e avós que foram os primeiros extrativistas da reserva.

“A criação da Resex Chico Mendes, ainda em 1990, foi uma resposta urgente à comoção internacional provocada pelo assassinato de Chico Mendes. Mas, ao longo do tempo, percebe-se que erros de concepção e ausência de políticas públicas deixaram milhares de famílias à mercê da repressão, em vez de apoio para transição a práticas sustentáveis”, afirmou o senador Alan Rick.

Durante a reunião, o líder da bancada federal senador Alan Rick, sugeriu a criação de uma mesa interministerial para mediar um acordo que respeite a legislação ambiental sem sacrificar a subsistência das famílias. Também foi reiterada a necessidade de revisão do modelo de gestão das reservas e o apoio a projetos de lei que consolidam a prática da pecuária sustentável em áreas extrativistas.

“O decreto que criou a Resex não proíbe a criação de animais. Esses produtores não são criminosos. São pais e mães de família que, diante do declínio da atividade extrativista, buscaram alternativas para sobreviver. Eles precisam de crédito, tecnologia e regularização, não de punição”, destacou o senador.

Alan Rick lembrou ainda que, no ano passado, entregou equipamentos agrícolas a produtores da reserva, como tratores, roçadeiras e beneficiadoras de arroz, para fomentar a produção local. “O que falta na floresta não é só fiscalização. É Estado. É política pública.”

A Secretaria de Relações Institucionais comprometeu-se a responder à bancada dentro de 48 horas sobre as medidas que podem ser adotadas.

“Estamos lutando por uma solução pacífica e justa. O Acre precisa de esperança, e não de repressão”, concluiu o senador.

Comentários

Continue lendo

Flash

Eduardo Ribeiro critica rigidez ambiental no Acre e defende solução imediata para embargos contra produtores rurais

Publicado

em

Durante sessão na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), nesta terça-feira (17), o deputado Eduardo Ribeiro (PSD) saiu em defesa dos produtores rurais acreanos, que vêm enfrentando severas dificuldades devido aos embargos ambientais aplicados no estado. O parlamentar destacou a rigidez da legislação ambiental local, que, segundo ele, é mais dura do que em outras regiões do país.

“Só os produtores sabem o que enfrentam. Não é fácil. Por que o Acre tem que pagar essa conta? Por que escolher o Acre? ”, questionou. Ele parabenizou o discurso do deputado Emerson Jarude (Novo), que também abordou a injustiça da atuação ambiental restritiva no Acre, em comparação a estados como São Paulo e Goiás. “Aqui, nós somos submetidos à lei mais rígida do Brasil. É o frete mais caro, o insumo mais caro. Tudo é mais caro”, enfatizou.

Eduardo Ribeiro repudiou ainda os recentes embargos que, segundo ele, agravam ainda mais o cenário para os produtores e ameaçam paralisar a economia local. “O Estado pode travar caso esses embargos continuem. Porque essa é a verdade”, alertou.

O parlamentar também defendeu que a solução passe por diálogo e construção normativa, envolvendo todos os entes públicos. Ele mencionou a existência de legislações estaduais aprovadas pela Aleac que ainda carecem de regulamentação, e defendeu a atuação imediata do Estado para dar efetividade a essas leis. “Nós temos legislações que precisamos sentar e encontrar esse caminho”, declarou.

Ribeiro elogiou a decisão da Mesa Diretora da Aleac de suspender o grande expediente para garantir o espaço de escuta aos produtores rurais durante a sessão, e informou que o Imac e a Secretaria de Meio Ambiente já se mobilizam para participar das próximas reuniões com o objetivo de encontrar soluções viáveis. “A PGE também precisa estar presente”, disse.

O deputado concluiu cobrando também o envolvimento da bancada federal e dos senadores do Acre na busca de alternativas junto ao governo federal: “Vamos chamar a bancada, os senadores, e mostrar a importância disso. O que depender da legislação federal, precisamos sentar e discutir. O que está em jogo é o futuro da produção no Acre”, finalizou.

Texto: Mircléia Magalhães/Agência Aleac

 

Comentários

Continue lendo

Flash

Vídeo: Deputado Emerson Jarude critica Operação Suçuarana e acusa governo federal de perseguir produtores rurais no Acre

Publicado

em

Parlamentar afirma que ações do ICMBio na Reserva Chico Mendes representam “crueldade e covardia”, e acusa o governo de usar a Amazônia como vitrine internacional

Durante pronunciamento na tribuna da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), nesta terça-feira (17), o deputado estadual Emerson Jarude (Novo) fez duras críticas à Operação Suçuarana, deflagrada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) na Reserva Extrativista Chico Mendes. A operação, que teve apoio de forças federais, resultou no embargo de mais de 300 propriedades rurais, provocando indignação entre os moradores da região e autoridades locais.

Jarude disse ter ficado profundamente impactado com imagens divulgadas nas redes sociais que mostram produtores chorando e ajoelhados ao presenciarem a retirada de animais e produtos agrícolas. “Em Brasília, a manchete é bonita: ‘Salvem a Amazônia’. Até artista apareceu para fazer coro, gravar música, fazer aquele teatro todo. Enquanto isso, aqui no Acre, IBAMA e ICMBio estão destruindo a vida de quem mora e trabalha na Amazônia de verdade”, declarou.

O parlamentar denunciou que os embargos ocorreram sem qualquer comunicação prévia com os produtores, sendo executados de forma arbitrária. “Não entregaram carta, não fizeram visita, não deram explicação. Só um carimbo genérico, tratando locais como a colônia ‘Meu Pedacinho de Chão’ como se fosse a maior ameaça ambiental do país”, criticou.

Em tom enérgico, Jarude apontou incoerência entre o discurso ambientalista do governo federal no cenário internacional e a realidade vivida por comunidades tradicionais da Amazônia. “Parece que existem duas Amazônias: uma que merece ser salva e outra que pode ser expulsa. Isso não é proteção ambiental, é perseguição e crueldade”, disse.

O deputado ainda classificou a operação como a maior demonstração de covardia já vista. “Eu nunca vi tanta covardia nem para desmontar um esquema de corrupção, nem para enfrentar o crime organizado. Usaram Polícia Federal, PRF, Exército e Força Nacional como se nossos produtores fossem criminosos. Aqui no Acre, produzir virou crime. Parece não, é crime”, enfatizou.

Jarude também questionou a seletividade das ações ambientais: “Por que não fazem isso em Minas Gerais? Por que não fazem em São Paulo, no Rio? Porque não têm coragem. Quero ver em Goiás, se o Caiado aceita. Aqui no Acre, onde a realidade é dura, escolhem o povo mais vulnerável como alvo”.

Ao encerrar, o parlamentar acusou o governo federal de manter o Acre sob uma lógica de subserviência. “Parece que querem que o Acre continue sendo uma colônia, sempre dependente de Brasília. É inaceitável. O nosso povo quer dignidade, quer trabalhar, e não ser tratado como invasor ou criminoso”, concluiu.

 

Comentários

Continue lendo