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Federação do Comércio no Acre estima perda de R$ 400 milhões em um mês devido à pandemia

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Dados levam em consideração o período de 17 de março a 18 de abril, informou a Fecomério-AC. O impacto de arrecadação foi de 57%.

Federação do Comércio no Acre estima perda de R$ 400 milhões em um mês devido à pandemia — Foto: Reprodução/Rede Amazônica Acre

Por Alcinete Gadelha

O faturamento do comércio no Acre encolheu em comparação ao período anterior à pandemia do coronavírus e já estima uma perda de R$ 400 milhões, conforme cálculo feito pela Federação do Comércio Bens, Serviços e Turismo do Acre (Fecomércio-AC).

A situação de pandemia obrigou a maior parte do comércio no estado a fechar as portas. A medida foi adotada desde o dia 20 de março, o que levou um encolhimento das vendas e as baixas do setor chegam a 60%.

O balanço da federação avalia o período de 17 de março a 18 de abril como referência e aponta que o impacto na arrecadação do estado foi de 57%.

A Fecomércio informou que o Acre acompanha a mesma tendência nacional e a situação preocupa porque o comércio representa o maior montante influenciador da economia local.

“O isolamento, exceto para alguns segmentos que utilizam o serviço delivery e e-commerce como supermercados, farmácias e alguns outros segmentos, tem levado ao encerramento de um número considerável de negócios e a perda da capacidade de geração do emprego e renda o que tem elevado o número de desempregados no estado”, informou o presidente da Fecomércio, Leandro Domingos.

A federação ainda não tem dados de quantos empreendimentos já decretaram falência porque a Junta Comercial, que tem esse controle, não está funcionando devido à pandemia.

Além disso, a Fecomércio afirma que outra preocupação é com pós-isolamento, caso dure ainda por um longo tempo, e que pode dificultar ainda mais a recuperação da atividade econômica e a retomada gradual dos negócios.

Desemprego

Mesmo sem ter um balanço oficial dos números referentes a empreendimentos fechados e ao desemprego no estado, é possível ter uma perspectiva através da busca por seguro-desemprego que deu um salto no mês de abril.

A procura, segundo o coordenador do Sistema Nacional de Emprego (Sine), Marcos Morais chegou a 990, no mês de abril. A média anterior à pandemia era de pouco mais de 100.

No mês de abril, quando o governo prorrogou mais uma vez o decreto de isolamento social, o presidente da Fecomércio, Leandro Domingos, fez críticas, à época, ao governo porque as medidas adotadas não levavam nenhum tipo de atendimento as necessidades dos empresários.

“Ficamos frustrados com esse decreto, porque a gente vem dialogando, conversando e tentando negociar para abertura do comércio. A gente sabe que a maioria das empresas daqui são pequenas e médias e não têm a capacidade financeira para suportar um momento difícil que vivemos”, relatou o presidente.

Em entrevista à Rede Amazônica no dia 21 de abril, o governador Gladson Cameli disse não se importar com as críticas devido ao momento em que o mundo está vivendo por causa da pandemia.

“Críticas vou sempre receber e estou aberto para recebê-las. O estado é uma empresa e se a gente for abrir exceções para tudo, daqui a pouco quem vai pagar a conta? A realidade é dessa forma”, pontuou.

Dados nacionais

O faturamento do comércio brasileiro encolheu 39% em relação ao período anterior à pandemia de coronavírus e setor acumulou em 5 semanas uma perda de R$ 86,4 bilhões, segundo cálculos da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

Somente nas duas primeiras semanas de abril, as perdas foram estimadas em R$ 35,19 bilhões, de acordo com estudo divulgado no dia 30 de abril.

Covid-19 no Acre

O número de infectados com a Covid-19 no Acre chegou a 733, conforme o boletim da Secretaria Estadual de Saúde (Sesacre) desta segunda-feira (4)

Deste total dos casos, 476 pacientes estão em isolamento domiciliar; 49 internados e 189 receberam alta. Dos que estão hospitalizados, 11 seguem na UTI e 29 em enfermarias.

Os casos já estão espalhados na maior parte dos municípios do estado, ao todo são 13 cidades afetadas pela doença.

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Chuva aumenta e Defesa Civil alerta para riscos na captação de água e navegação no Rio Acre

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O coordenador também detalhou o comportamento do rio ao longo da semana. Segundo ele, o nível oscilou de 6,68 metros na segunda-feira para 5,43 metros na manhã desta sexta

Cláudio Falcão explicou que a Defesa Civil segue acompanhando a evolução do cenário e reforçou que o período chuvoso está apenas começando. Foto: captada 

Suene Almeida

Apesar de Rio Branco não registrar volumes extremos de chuva nos últimos dias, a Defesa Civil Municipal tem monitorado de perto o comportamento do Rio Acre e suas consequências para a capital. Em entrevista nesta sexta-feira (5), o coordenador municipal da Defesa Civil, tenente-coronel Cláudio Falcão, detalhou a situação, chamou atenção para riscos menos aparentes e reforçou que o momento exige cautela.

Segundo Falcão, até a manhã de hoje o acumulado de chuva dentro do perímetro urbano estava em cerca de 18 milímetros. No entanto, o volume que atinge a cidade desde o início da tarde tende a alterar esse cenário.  “Daqui a pouco, quando a gente finalizar essa chuva aqui, vamos perceber que o que choveu hoje equivale praticamente à semana inteira”, explicou.

Ele reforça que, embora o índice acumulado não pareça alto dentro de Rio Branco, o quadro regional é mais preocupante. “Mesmo não tendo chovido muito na cidade, nós temos um acumulado na bacia de 250 a 300 milímetros só nesta primeira semana de dezembro, que nem terminou ainda. Ainda é sexta-feira.”

Oscilações do nível do Rio Acre preocupam

O coordenador também detalhou o comportamento do rio ao longo da semana. Segundo ele, o nível oscilou de 6,68 metros na segunda-feira para 5,43 metros na manhã desta sexta, uma queda significativa em poucos dias. Apesar disso, Falcão esclarece que não há risco de enchente neste momento.

O alerta da Defesa Civil, porém, está focado em outro ponto, que é na presença de balseiros, grandes aglomerados de troncos e vegetação que descem com a correnteza e podem causar danos a estruturas e embarcações.

“Existe uma preocupação atual nossa em relação a essa oscilação de nível, que é a formação de balseiros. Esses balseiros colocam em risco a captação de água e a navegação, trazendo grandes possibilidades de acidentes”, afirmou o tenente-coronel.

Ele explica que, mesmo sem perspectiva de transbordamento, o comportamento irregular do rio traz desafios que exigem vigilância constante. “A gente não está preocupado com o transbordamento, que não vai acontecer agora, mas estamos atentos às outras consequências que o nível do rio traz quando ele oscila dessa forma”, destacou.

Cláudio Falcão explicou que a Defesa Civil segue acompanhando a evolução do cenário e reforçou que o período chuvoso está apenas começando, “Essas primeiras chuvas já mostram que a gente precisa ficar alerta. O momento é de atenção, não de pânico”, concluiu.

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Prefeito de Rio Branco anuncia pagamento do salário e 13º de servidores para o dia 19 de dezembro

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Tião Bocalom afirmou que os depósitos devem injetar cerca de R$ 80 milhões na economia local e destacou que a gestão mantém todos os pagamentos em dia

A confirmação foi feita durante coletiva de imprensa realizada na Praça da Revolução. Segundo o gestor, os dois pagamentos devem injetar aproximadamente R$ 80 milhões na economia local. Foto: captada 

O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, anunciou em coletiva de imprensa realizada na manhã desta sexta-feira (5) que o salário de dezembro e o 13º salário dos servidores municipais serão depositados no próximo dia 19. Segundo o gestor, os pagamentos devem injetar aproximadamente R$ 80 milhões na economia da capital.

Bocalom destacou que a política da administração municipal é a de antecipar parte do 13º apenas mediante solicitação do servidor, prática que, de acordo com ele, é pouco comum.

— A grande maioria dos nossos trabalhadores deixa para receber tudo no final do ano, como foi pensado quando o 13º foi criado — afirmou.

O prefeito explicou ainda que adiantar o pagamento no meio do ano pode reduzir o impacto financeiro do benefício devido aos descontos obrigatórios, o que, em sua visão, “desvirtua” o propósito original da gratificação natalina. Ele também reafirmou o compromisso da gestão com a pontualidade nos pagamentos.

— Nunca atrasamos salários, férias ou qualquer outro direito. Fechamos o ano mais uma vez com tudo em ordem, pagando todos os nossos trabalhadores — completou Bocalom.

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Obra do viaduto Mamedio Bittar em Rio Branco é adiada para março de 2026

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Prefeitura culpa atraso na entrega de insumos vindos de outros estados; estrutura, orçada em R$ 24 milhões, estava prevista para dezembro de 2025

A prefeitura admitiu que não conseguirá entregar a obra ainda este ano e divulgou que a nova previsão é o primeiro trimestre de 2026. Foto: captada 

A Prefeitura de Rio Branco admitiu que não conseguirá entregar ainda este ano a construção do viaduto Mamedio Bittar, na confluência das avenidas Ceará, Dias Martins e Isaura Parente. Em nota divulgada nesta quarta-feira (4), a gestão municipal adiou a conclusão da obra para março de 2026.

O novo prazo é o terceiro anunciado pela administração: inicialmente, a entrega estava prevista para outubro de 2025, depois foi adiada para dezembro e, agora, para o primeiro trimestre do ano que vem. Segundo a prefeitura, o atraso se deve à demora na chegada de insumos metálicosnecessários para a estrutura.

— Ressaltamos que não houve má-fé nem por parte da empresa executora, nem da gestão municipal. Trata-se de uma situação logística, considerando também a distância geográfica do Acre em relação aos centros produtores — justificou o município.

De acordo com a nota, os últimos vãos da passagem estão sendo concretados e, após a conclusão do viaduto, ainda serão realizados serviços de acabamento. A prefeitura não informou se o custo inicial de R$ 24 milhões foi alterado.

O viaduto Mamedio Bittar é considerado essencial para desafogar o trânsito em uma das áreas de maior fluxo da capital acreana, especialmente nos horários de pico. A previsão atual é que a obra seja entregue totalmente concluída e dentro dos padrões de qualidade até março do próximo ano.

Segundo a prefeitura, o atraso se deve à demora na chegada de insumos metálicos necessários para a estrutura. Foto: captada 

Nota da Prefeitura de Rio Branco

A Prefeitura de Rio Branco, por meio da Secretaria Municipal de Infraestrutura, esclarece que o atraso na entrega do Elevado Mamedio Bittar ocorreu em razão de dificuldades no fornecimento dos insumos metálicos utilizados na obra.

O material é fabricado sob medida, de forma milimétrica, e adquirido junto a grandes siderúrgicas do sul do país, como a Usiminas e a Gerdau, que atendem não apenas o Brasil, mas também o mercado internacional. Houve, portanto, atrasos na produção e na entrega dessas estruturas, o que impactou diretamente o cronograma da obra.

Ressaltamos que não houve má-fé nem por parte da empresa executora, nem da gestão municipal. Trata-se de uma situação logística, considerando também a distância geográfica do Acre em relação aos centros produtores.

Neste momento, os últimos vãos estão sendo concretados e os serviços de urbanismo já foram iniciados. Após a conclusão da estrutura, ainda serão executados os acabamentos do tabuleiro, passeios, laterais, pintura e toda a urbanização na parte inferior do elevado.

A Prefeitura reforça que não irá inaugurar a obra de forma inacabada. A previsão é de que o Elevado Mamedio Bittar seja entregue totalmente concluído e dentro dos padrões de qualidade no primeiro trimestre de 2026, mais precisamente até o mês de março.

Ainda segundo a nota, os últimos vãos da passagem estão sendo concretados e que, após a conclusão do viaduto, ainda haverá serviços de acabamento. Foto: captada 

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