Acre
Famílias de meninas mortas em acidente no AC ganham R$ 700 mil de indenização e pensão mensal
Primas de 12 e 13 anos foram atropeladas por caçamba a serviço do Dnit enquanto andavam de bicicleta na BR-364, no interior do Acre. Acidente ocorreu em setembro de 2018 e decisão judicial no último dia 14.

Pais acenderam velas até a chegada da perícia no local do acidente, em setembro de 2018 — Foto: Arquivo pessoal G1
Os familiares das adolescentes Jaqueline Matos e Ana Cláudia, de 12 e 13 anos, respectivamente, ganharam na Justiça um pedido de indenização por danos morais e pensão mensal. As meninas morreram em setembro de 2018 após serem atropeladas por uma caçamba no Projeto Taquari, BR-364, entre Tarauacá e Cruzeiro do Sul, no interior do Acre. A decisão da Justiça Federal de Cruzeiro do Sul foi publicada no último dia 14 e ainda cabe recurso.
A empresa Construtora Centro Leste Engenharia, que prestava serviço para o Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (DNIT-AC) na época, foi condenada a pagar R$ 150 mil de danos morais a cada um pais das duas crianças e R$ 100 mil ao irmão de uma delas que presenciou o acidente.
Além disso, os pais da duas meninas vão receber uma pensão mensal no valor correspondente a 2/3 do salário-mínimo, contando desde a data em que as vítimas completariam 14 anos respectivamente até os 25 anos.
Depois desse período, passam a receber o valor referente a 1/3 do salário-mínimo até a data em que as vítimas completariam 70 anos ou o falecimento dos beneficiários, o que ocorrer primeiro.
Na decisão, a Justiça decidiu não responsabilizar o Dnit, por entender que não haviam elementos e provas que justificassem a participação da autarquia federal no resultado do acidente. Ao g1, o Departamento informou que, por se tratar de um processo judicial, prefere se manifestar somente nos autos.
“Em que pese a sensibilidade do caso, não há nos autos elementos concretos que comprovem falhas ou omissões nas condições de sinalização, iluminação e conservação da via, de modo que não é possível presumir que a autarquia federal falhou ou fora omissa em suas atribuições, tampouco que concorreu para a ocorrência do acidente. Assim, entendo que o DNIT não concorreu para o fato, inexistindo conduta e nexo causal de sua parte em relação ao sinistro”, pontuou a sentença.
No entanto, segundo a advogada Laiza dos Anjos Camilo, que representa as duas famílias, a defesa pretende recorrer da decisão para que o Dnit seja, sim, responsabilizado.
“Esse processo é de 2018, mas infelizmente pela demora da família conseguir toda documentação necessária, nós só conseguimos ajuizá-lo em 2020. Porém, agora saiu a sentença reconhecendo que a construtora é responsável pelo acidente. Nós acreditamos que o Dnit também seja responsável e provavelmente vamos recorrer nesse sentido, para que também seja responsabilizado visto que a construtora trabalhava para o Dnit e entendemos que ele tinha obrigação de fiscalizar como estava sendo executado esse serviço”, disse a advogada.
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Pais das meninas disseram que as duas tinham saído para comprar comida — Foto: Mazinho Rogério/G1
Meninas tinham saído para comprar comida
Após o acidente, os pais das adolescentes contaram ao que as meninas tinham saído para comprar comida quando foram atropeladas por uma caçamba. Revoltados com o acidente, os familiares e demais moradores da comunidade chegaram a fechar a BR-364.
As duas meninas estavam em uma bicicleta, quando foram surpreendidas pelo veículo. Elas morreram no local. Quem conduzia a bicicleta era Jaqueline e o irmão dela chegou a presenciar todo o acidente.
Na época, o agricultor Francisco Evandro passou mal ao saber da morte da filha Jaqueline. Ele contou que a caçamba envolvida no acidente estava a serviço do Dnit e o motorista fugiu sem prestar assistência. Segundo o processo, com o impacto da batida, as meninas foram arremessadas a uma distância de 20 metros.
Conforme pesquisa feita pelo g1 no sistema do Tribunal de Justiça do Acre, o motorista Raimundo Souza Lima responde a um processo por homicídio simples, que tramita na Vara Criminal de Tarauacá. A denúncia do Ministério Público do Acre contra ele foi recebida em outubro de 2019 pela Justiça, mas ainda não há uma decisão final. A reportagem não conseguiu contato com a defesa de Lima até última atualização desta matéria.
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Acre
Projeto da ponte entre Cruzeiro do Sul e Rodrigues Alves será licitado em julho, anuncia DNIT
Obra deve começar em 2026 e promete pôr fim aos transtornos com balsas na travessia do Rio Juruá, que afetam mobilidade e segurança no Vale do Juruá.
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) anunciou que o projeto executivo da ponte sobre o Rio Juruá, entre os municípios de Cruzeiro do Sul e Rodrigues Alves, será licitado em julho deste ano. A informação foi confirmada pelo superintendente do órgão no Acre, Ricardo Araújo, que também antecipou que a licitação da obra está prevista para ocorrer no primeiro semestre de 2026.
“Nós vamos licitar agora em julho o projeto executivo da ponte de Rodrigues Alves, que deve durar de cinco a seis meses. Em fevereiro ou março do ano que vem, se Deus quiser, vamos estar licitando a construção da ponte”, declarou Araújo.
A obra é aguardada há anos pela população do Vale do Juruá e promete resolver um dos principais entraves de mobilidade na região. Atualmente, a travessia entre as duas cidades é feita por uma balsa operada pelo governo do Estado, por meio do Deracre. Apesar de gratuita, a embarcação enfrenta dificuldades operacionais tanto no inverno quanto no verão.
Além da balsa oficial, há pequenas balsas particulares que cobram até R$ 20 pela travessia. São frequentes os relatos de veículos atolando nas margens do rio ou até caindo na água, evidenciando a urgência por uma solução definitiva.
A construção da ponte é considerada estratégica para o desenvolvimento regional, facilitando o transporte de pessoas e mercadorias e reduzindo riscos para motoristas e pedestres.
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Prefeitura de Rio Branco recebe novas motobombas para garantir abastecimento de água na capital
Com investimento de R$ 3 milhões do governo federal, equipamentos vão modernizar captação na ETA II, responsável por 60% do fornecimento na cidade.

Foto: Whidy Melo/ac24horas
A Prefeitura de Rio Branco, por meio do Serviço de Água e Esgoto (SAERB), recebeu na manhã deste sábado (10) quatro motobombas que irão compor o sistema da Estação de Tratamento de Água II (ETA II), responsável por 60% do abastecimento de água da capital acreana. O investimento, no valor de R$ 3 milhões, foi viabilizado pela Defesa Civil Nacional por meio do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), após decreto de emergência na captação de água.
O vice-prefeito Alysson Bestene destacou que a aquisição é resultado de articulações feitas em Brasília pelo prefeito Tião Bocalom e visa garantir segurança e continuidade no abastecimento da população. “As enchentes têm causado danos recorrentes ao sistema. Com esses equipamentos modernos, a ETA II terá nova vida e o abastecimento não será interrompido”, afirmou.

Foto: Whidy Melo/ac24horas
Segundo o diretor-presidente do SAERB, Enoque Pereira, esta é a terceira de quatro etapas previstas para a reestruturação completa da captação na ETA II. As fases incluem a instalação de um flutuante, tubulações de polietileno (PEAD), motobombas e um desarenador — este último, previsto para ser entregue até outubro, antes do próximo período chuvoso, quando a turbidez da água costuma aumentar.
As novas motobombas devem também mudar o modelo operacional atual. Com elas, será possível bombear a água diretamente do rio Acre para a estação de tratamento, eliminando a necessidade dos tanques antigos e de bombas auxiliares, hoje desgastadas.
A entrega dos equipamentos foi acompanhada por autoridades locais, incluindo o presidente da Câmara Municipal, vereador Joabe Lira, que comemorou o avanço. “Sabemos que o problema da água é antigo e afeta diretamente a saúde da população. Essa é uma conquista importante para todos”, disse.
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Acre
Comunhão e fé marcam encontro de ministros de louvor na Marcha Para Jesus

Foto: Ministros de denominações diferentes compartilham espaços em trio elétrico I Whidy Melo/ac24horas
A Marcha Para Jesus é conhecida em todo país por integrar diferentes denominações cristãs, principalmente evangélicas. Neste sábado (10), enquanto os dois trios elétricos para o evento em Rio Branco começam a movimentar seus músicos, ministros de louvor celebram a união das “placas” em prol da adoração a Jesus Cristo.
O pastor Clayson Santiago, da igreja Família No Altar, destacou a importância do evento para a integração das igrejas. “Um privilégio adorar ao Senhor. Quando nós temos o privilégio de juntar todas as comunidades, independente de placa de igreja, temos um momento de comunhão, unidos num só propósito, e isso não tem preço, é algo extraordinário”, afirmou. Para ele, que participa pela terceira vez da Marcha, o trabalho diário com a banda culmina em um momento especial de conexão espiritual durante o evento.
Daniel Ricardo, ministro de louvor da Igreja Nova Aliança, também enfatizou a essência do encontro. “O importante da galera estar junta é que a gente tá pregando um só Jesus, um só Deus. Hoje essa marcha é totalmente pra Ele, tudo é pra Ele, o que a gente quer aqui não é trazer placa nem denominação”, declarou. Em sua segunda participação na Marcha Para Jesus, Daniel expressou o desejo de que o evento fosse “um espetáculo maravilhoso pro Senhor”, destacando a adoração como o centro da celebração.
A Marcha para Jesus, organizada pela Associação dos Ministros do Evangelho do Acre (Ameacre), pretende reunir milhares de fiéis. O evento conta com o apoio do governo do Acre e da Prefeitura de Rio Branco e vai percorrer a Via Chico Mendes até o estacionamento do estádio Arena da Floresta, onde o cantor gospel Eli Soares fará show.