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Exporta Mais Brasil: rodadas internacionais de negócios para cafés especiais geram R$ 134 milhões

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O programa passou pelo Acre, Minas Gerais e Espírito Santo. Ao longo do percurso, cerca de 80 produtores brasileiros apresentaram seus produtos para 24 compradores internacionais de diferentes países   

A edição de Cafés Especiais do programa Exporta Mais Brasil da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), realizada entre 1º e 15 de novembro nos estados do Acre, Minas Gerais e Espírito Santo, movimentou um total de R$ 134,21 milhões em negócios imediatos e prospectados para os próximos 12 meses. A iniciativa conectou cerca de 80 produtores brasileiros de cafés especiais a 24 potenciais compradores oriundos da América, Europa, Oriente Médio e Ásia.

Ao longo da edição, os compradores estrangeiros participaram de degustações (cupping), visitas técnicas e rodadas de negócios com os produtores brasileiros, reforçando a conexão direta entre origem, qualidade e mercado. As ações integram a estratégia do Governo Federal de diversificação de mercados e expansão das exportações de café, com foco em sustentabilidade e geração de renda.

A rota dos negócios

Do Acre às montanhas de Minas e do Espírito Santo, produtores abriram suas fazendas para receber os compradores de diversos países que vivenciaram de perto a origem, o sabor e as histórias que tornam o café do Brasil único.

A primeira etapa ocorreu em Rio Branco (AC), nos dias 2 e 3 de novembro, e foi marcada pelo lançamento do concurso internacional The Best of Canephora, dedicado aos robustas amazônicos, e pelo anúncio da criação do primeiro curso de formação de provadores de café da região Norte, previsto para 2026. As ações movimentaram R$ 4,4 milhões em negócios imediatos e projetaram R$ 9,38 milhões para os próximos 12 meses.

Em seguida, os compradores seguiram para Belo Horizonte (MG), onde participaram, de 5 a 7 de novembro, da Semana Internacional do Café (SIC), um dos principais eventos do setor no país. A etapa gerou R$ 7,83 milhões de negócios fechados e perspectivas de mais R$ 35,71 milhões ao longo do próximo ano.

A programação se encerrou entre 9 e 14 de novembro nas regiões de Matas de Minas (MG) e Caparaó (MG/ES), reconhecidas pela produção de cafés especiais de alto valor. As duas etapas somaram R$ 3,73 milhões e R$ 6,39 milhões em contratos imediatos e projeções de R$ 32,13 milhões e R$ 34,64 milhões, respectivamente.

No Caparaó, Jhone Milanez, representante do Sítio Santa Rita, recebeu os compradores e disse ter realizado um sonho. “Isso é um sonho se realizando. Há 15 anos a gente não imaginava que um dia viriam compradores internacionais de café aqui na nossa propriedade, buscando nossos cafés. A gente sempre levava o café para alguém precificar, alguém provar e aí a gente conseguir vender. Então esse caminho contrário, do comprador vir até o produtor é incrível, é um sonho mesmo”, afirmou Jhone.

A experiência também marcou quem veio de fora conhecer de perto o café brasileiro. “Essa viagem foi incrível e uma ótima oportunidade para conhecer os produtores, a equipe da ApexBrasil e a Associação Brasileira de Cafés Especiais. Sempre amei o café brasileiro, mas poder aprofundar meu entendimento é algo inestimável. Não somos uma empresa grande, mas compramos muito café e queremos crescer. Acredito que esta viagem marcou o início de relações que podemos desenvolver no futuro, que é justamente o objetivo de trazer compradores e profissionais da indústria ao Brasil: criar conexões, saber com quem estamos lidando e construir confiança. Quando se investe muito dinheiro em um contêiner de café, é fundamental ter segurança sobre o que está recebendo. Esse nível de confiança e comunicação faz toda a diferença”, destacou o comprador Robert Flam, da Jailhouse Coffee, de Nova York.

Diversificação de mercados

O Exporta Mais Brasil atua desde 2023 promovendo a conexão entre compradores e produtores. O diferencial é que o programa traz compradores ao país, oferecendo a oportunidade não apenas de fazer reuniões de negócio frente a frente com os produtores nacionais, mas também ver de perto a produção local, fortalecendo a confiança da origem e qualidade dos produtos.

O programa conta com o apoio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae Nacional). Nesta edição, contou também com o apoio setorial da Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) e de associações regionais de produtores: Conselho das Entidades de Café de Matas de Minas, Associação de Produtores de Cafés Especiais do Caparaó (APEC) e Cafeicultores Associados da Região de Matas de Rondônia (CAFERON).

A edição de Cafés Especiais integra a estratégia permanente da ApexBrasil de fortalecer a presença dos cafés brasileiros de maior valor agregado nos mercados internacionais. A iniciativa também faz parte do esforço do Governo Federal para diversificar destinos de exportação, ampliar oportunidades de negócios e promover uma cadeia cafeeira mais sustentável e competitiva.

Entre 2023 e 2024, o Exporta Mais Brasil realizou 28 edições, apoiou 875 empresas, trouxe ao Brasil 305 compradores de 65 países e gerou R$ 553 milhões em negócios.

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19ª Copa AAJJ de Jiu-Jitsu reúne mais de 400 atletas e destaca nova equipe da Baixada da Sobral

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No último dia 14 de dezembro, foi realizada, na quadra de esportes da ABB, a 19ª edição da Copa AAJJ de Jiu-Jitsu, evento já tradicional no calendário do jiu-jitsu acreano. A competição reuniu mais de 400 atletas, com disputas em diversas categorias, abrangendo desde crianças até adultos, e contou com a participação de inúmeras equipes consagradas do estado.

Entre os destaques do evento esteve a equipe Magno de França Atitude, representante do núcleo da Visual Academia, localizado na Baixada da Sobral. Apesar de ser uma equipe recente no cenário competitivo, com apenas um ano de existência, o grupo demonstrou alto nível técnico e surpreendeu pelos resultados expressivos.

Mesmo levando um número reduzido de atletas, a equipe alcançou um desempenho notável: a cada três competidores inscritos, dois subiram ao pódio, índice que a colocou à frente de equipes maiores, algumas com o dobro ou até o triplo de atletas inscritos. O resultado evidenciou a qualidade técnica do trabalho desenvolvido.

O excelente desempenho é atribuído à atuação dos instrutores e à coordenação do supervisor do projeto, o major da Polícia Militar Magno de França. O núcleo conta com dois instrutores faixas-pretas: o perito criminal Charles França e o professor de jiu-jitsu Antônio José, conhecido como professor Tony, ambos com longa trajetória no ensino da modalidade no Acre.

Além de atletas e disseminadores do jiu-jitsu, o major Magno de França e o perito criminal Charles França atuam há mais de 20 anos no ensino de modalidades de lutas policiais, o que contribui significativamente para o aprimoramento técnico aplicado ao jiu-jitsu.

Os bons resultados se estenderam por todas as categorias, das infantis às adultas. Um dos grandes destaques individuais foi o atleta Raísson, que se consagrou campeão na categoria pesadíssimo adulto. O atleta já vinha de uma conquista anterior no Campeonato Acreano, promovido pela Federação de Jiu-Jitsu do Estado do Acre, realizado nos meses anteriores.

Com isso, o núcleo de jiu-jitsu da Visual Academia / Magno de França Atitude passa a deter atualmente dois títulos importantes na categoria pesadíssimo adulto: o da Copa AAJJ e o da Federação de Jiu-Jitsu do Estado do Acre, consolidando-se como uma equipe promissora e de alto nível técnico no cenário do jiu-jitsu acreano.

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Consumidor pagará menos na conta de luz em janeiro

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De acordo com o Ministério de Minas e Energia, a adoção da bandeira verde reflete um cenário de segurança energética, no qual não há necessidade de acionamento intensivo de usinas termelétricas

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou nesta terça-feira (23) que o ano de 2026 começará sem custo extra na conta de energia para a população. Em janeiro, será aplicada a bandeira tarifária verde.

A agência reguladora destacou que apesar de o período chuvoso ter iniciado com chuvas abaixo da média histórica, em novembro e dezembro houve no país, de um modo geral, a manutenção do volume de chuvas e do nível dos reservatórios das usinas.

“Em janeiro de 2026 não será necessário despachar as usinas termelétricas na mesma quantidade do mês anterior, o que evita a cobrança de custos adicionais na conta de energia do consumidor”, explicou a Aneel.

Neste mês de dezembro já houve a redução na bandeira tarifária vermelha no patamar 1 para amarela.A medida reduziu em R$ 4,46 a cada 100 quilowatts-hora (KW/h) consumidos e passou a R$ 1,885.

De acordo com o Ministério de Minas e Energia, a adoção da bandeira verde reflete um cenário de segurança energética, no qual não há necessidade de acionamento intensivo de usinas termelétricas. Essas unidades, além de apresentarem custo de geração mais elevado, utilizam combustíveis fósseis e contribuem para a emissão de gases de efeito estufa.

“Apesar da crescente participação de fontes renováveis como solar e eólica na matriz energética brasileira, a geração hidrelétrica segue como base do sistema elétrico nacional. A capacidade de produção das usinas depende diretamente do volume de chuvas que incide sobre as principais bacias hidrográficas, fator que tem se mostrado”, lembra a pasta.

Custos extras

Criado em 2015 pela Aneel, o sistema de bandeiras tarifárias reflete os custos variáveis da geração de energia elétrica. Divididas em cores, as bandeiras indicam quanto está custando para o Sistema Interligado Nacional (SIN) gerar a energia usada nas residências, em estabelecimentos comerciais e nas indústrias.

Quando a conta de luz é calculada pela bandeira verde, não há nenhum acréscimo. Quando são aplicadas as bandeiras vermelha ou amarela, a conta sofre acréscimo a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumido.

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Prefeitura de Rio Branco assina contratos de R$ 850 mil para auxílio emergencial durante seca

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Acordos para cestas básicas e combustível foram firmados em dezembro e publicados no DOE; recursos, autorizados por portaria federal, poderão ser usados até março de 2026

Os recursos poderão ser utilizados até 15 de março de 2026, conforme estabelecido pela Portaria nº 2.817 do governo federal, que autorizou o repasse de verbas à capital. Foto: captada 

A Prefeitura de Rio Branco assinou dois contratos emergenciais, no valor total de R$ 850.875, para atender famílias em situação de vulnerabilidade durante a seca que atinge o Acre. Os acordos foram firmados em dezembro de 2025 e publicados no Diário Oficial do Estado (DOE) na última terça-feira (23/12), após correções de informações.

Destinação dos recursos:
  • R$ 825 mil para aquisição de cestas básicas, contratadas com a empresa A. A. Souza Ltda;

  • R$ 25.875 para fornecimento de combustível à Coordenadoria Municipal de Defesa Civil (Comdec), firmado com o Jaguar Auto Posto Acre Ltda.

As contratações foram feitas por meio da Dispensa de Licitação nº 06/2025, com fundamento na Lei nº 14.133/2021, que permite procedimento direto em situações de calamidade pública. A justificativa aponta a estiagem prolongada e o risco de desabastecimento de água, reconhecidos por atos municipais, estaduais e federais ao longo de 2025.

Os recursos poderão ser utilizados até 15 de março de 2026, conforme estabelecido pela Portaria nº 2.817 do governo federal, que autorizou o repasse de verbas à capital. A seca foi classificada como desastre natural, levando a prefeitura a decretar situação excepcional em agosto, posteriormente reconhecida pela Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil (Sedec).

Os contratos foram firmados pelo secretário municipal da Casa Civil, Valtim José da Silva, pelo coordenador da Comdec, tenente-coronel Cláudio Falcão de Sousa, e pelos representantes das empresas fornecedoras.

Embora as medidas atendam a uma resposta imediata, especialistas apontam a dependência de ações paliativas diante da falta de políticas estruturais para enfrentar os efeitos da estiagem. A cada nova ação emergencial, fica evidente a vulnerabilidade da cidade e a necessidade de planejamento que vá além da lógica da urgência.

A Comdec deverá prestar contas sobre a aplicação dos recursos. Enquanto isso, a população aguarda a implementação de soluções de longo prazo para conviver com os períodos de seca, que têm se intensificado nos últimos anos.

Os contratos emergenciais reforçam a gravidade da crise hídrica no Acre e a necessidade de ações coordenadas entre município, estado e União para mitigar os impactos sobre as famílias mais pobres.

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