Acre
Eventos para mais de 300 pessoas estão proibidos no AC devido ao aumento dos casos de Covid
Decreto com medida foi publicado nesta quarta-feira (2) no Diário Oficial do Estado e tem validade até 31 de março deste ano.

Em meio à terceira onda da Covid-19, o governador Gladson Cameli proibiu eventos para mais de 300 pessoas em todo o Acre. O decreto com a nova medida foi publicado nesta quarta-feira (2) no Diário Oficial do Estado (DOE) e tem validade até 31 de março deste ano.
“Fica suspensa a realização de eventos sociais, culturais, recreativos, esportivos, religiosos e similares, públicos ou particulares, destinados a público superior a 300 pessoas, com ou sem assento”, diz a publicação.
Em novembro do ano passado, o governo chegou a liberar eventos culturais, religiosos, shows artísticos, festivais e afins com público superior a 100 pessoas nas faixas amarela e verde da classificação de risco da pandemia. A flexibilização ocorreu durante um cenário de queda de casos de infecção e morte pela Covid-19.
No entanto, no primeiro mês deste ano o Acre bateu recorde de casos positivos para a doença. Em janeiro, o estado registrou um total de 12.876 pessoas infectadas pela doença, o mês com maior número de casos desde o início da pandemia. Esse total é quase que 90% maior do que o número registrado em janeiro de 2021, que foi 6.847.
Aumento de casos
A explicação para o aumento é a chegada da variante Ômicron no estado.
Outro fator relevante pode ter sido a testagem em massa. Entre os dias 24 e 28 de janeiro a Saúde de Rio Branco abriu um ‘drive-thru’ da testagem no estádio Arena da Floresta, Segundo Distrito da capital acreana. Em cinco dias de ação, dos mais de 5 mil testes feitos, 2.652 exames tiveram resultado positivo para a Covid-19.
Se o número de casos positivos de Covid-19 em janeiro deste ano assusta, o número total de vítimas fatais reduziu em relação a janeiro do ano passado. Nos primeiros 31 dias de 2022, o Acre teve 20 mortes pela doença. Já em janeiro 2021, 72 pessoas perderam a vida para a Covid. A redução é de mais de 72% entre os períodos avaliados.
O mês de fevereiro começou com a confirmação de mais seis mortes pela Covid-19 no Acre e a confirmação de 157 novos casos, segundo boletim divulgado pela Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre). Com isso, o número total de infectados é de 101.417 e o de mortes é 1.877 desde o início da pandemia.
Há 427 exames de RT-PCR à espera de análise do Laboratório Central de Saúde Pública do Acre (Lacen).
O boletim de leitos divulgado diariamente pela Saúde mostra que em todo o estado há 67 pessoas internadas, das quais 61 com teste positivo. Dos 30 leitos de UTI existentes, 17 estão ocupados, uma taxa de 57%. São 20 leitos de UTI em Rio Branco e 10 em Cruzeiro do Sul. Com relação às enfermarias, há um total de 47 pessoas internadas, o representa uma taxa de ocupação de 92%.
Cidades em bandeira amarela
Após registrar recorde de casos de Covid-19 em 24 horas, o governador Gladson Cameli manteve todas as cidades do Acre em nível de atenção (bandeira amarela) na classificação de risco da pandemia até o dia 28 de fevereiro. O decreto com a medida foi publicado na edição dessa terça-feira (1) do DOE.
Desde a última classificação do Comitê de Acompanhamento Especial da Covid-19, no dia 24 de dezembro do ano passado, as cidades do Acre foram todas colocadas na faixa amarela.
Nessa faixa os setores e atividades comerciais e sociais podem funcionar com lotação de 50% da capacidade de público.
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Acre
Morador em situação de rua é esfaqueado no pescoço em Rio Branco
Um homem de 50 anos, identificado como Edilmo Inácio Pereira, foi vítima de um ataque a faca na noite desta quinta-feira (25) no bairro 6 de Agosto, em Rio Branco. Ele caminhava pela Rua Seis de Agosto quando foi abordado por um homem armado com uma faca, que desferiu um golpe no pescoço da vítima.
Edilmo conseguiu caminhar até um posto de combustíveis próximo, onde desabou com intenso sangramento. O SAMU foi acionado e o levou ao Pronto-Socorro de Rio Branco, onde deu entrada em estado estável, mas com risco de agravamento.
A Polícia Militar esteve no local e iniciou as investigações, que agora seguem com a Polícia Civil, que busca identificar e prender o autor do crime.
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Acre
Acre deve arrecadar R$ 6,4 bilhões em impostos em 2025, aponta Impostômetro
Valor representa 0,16% da arrecadação nacional e supera em R$ 500 milhões o total de 2024; até 25 de dezembro, contribuintes já pagaram R$ 6,3 bilhões

Em comparação até o fim de novembro de 2025, os recursos recolhidos por prefeituras, governo estadual e União somavam R$5,8 bilhões no estado. Foto: captada
A arrecadação de impostos municipais, estaduais e federais no Acre deve alcançar cerca de R$ 6,4 bilhões em 2025, segundo estimativa do Impostômetro, ferramenta mantida pela Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT). O valor corresponde a aproximadamente 0,16% de toda a arrecadação nacional.
Comparativo anual:
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2025 (previsão): R$ 6,4 bilhões
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2024 (realizado): R$ 5,9 bilhões
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Até 25/12/2025: R$ 6,3 bilhões já arrecadados
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Até novembro/2025: R$ 5,8 bilhões acumulados
Principais tributos pagos pelos acreanos:
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Impostos sobre produção e circulação: ICMS e ISS
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Tributos sobre renda: Imposto de Renda (pessoa física e jurídica)
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Impostos sobre propriedade: IPTU e IPVA
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Taxas de comércio exterior e outros encargos
Destinação dos recursos:
Os valores arrecadados são utilizados para:
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Custeio da máquina pública (salários e manutenção)
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Financiamento de obras e infraestrutura
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Execução de programas governamentais
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Pagamento de servidores públicos
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Quitação de dívidas do estado e municípios
O crescimento da arrecadação reflete tanto a expansão da atividade econômica no estado quanto a melhoria na eficiência da cobrança tributária. Entretanto, especialistas alertam que o Acre continua com uma das menores participações na arrecadação nacional, refletindo suas limitações econômicas estruturais e baixa densidade populacional.
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Acre
Cânticos de fé e acolhimento transformam Natal de pacientes no PS

Foto: Cedida
Corredores do Pronto-Socorro de Rio Branco foram tomados por um som diferente do habitual nesta quarta-feira (24). Em meio à rotina intensa da unidade, servidores se reuniram para realizar um cântico natalino, levando música, palavras de fé e gestos de acolhimento a pacientes e profissionais que permanecem em serviço durante a data.
A iniciativa, que já se tornou tradição, tem como propósito aproximar o verdadeiro significado do Natal de quem passa esse período longe de casa. Para muitos pacientes, a internação na véspera da data simboliza medo e solidão. Para os servidores, é o desafio de cumprir o dever de cuidar enquanto a família celebra à distância. O cântico surge, então, como um gesto simples, mas carregado de sensibilidade, capaz de aquecer corações e renovar esperanças.
Para o gerente de Assistência do Pronto-Socorro, Matheus Araújo, a ação representa uma forma de humanizar ainda mais o atendimento e fortalecer os vínculos dentro da unidade.
“O Natal fala sobre amor, cuidado e presença. Sabemos que muitos servidores passam essa data longe de suas famílias e que muitos pacientes gostariam de estar em casa. Esse momento é para lembrar a todos que eles não estão sozinhos, que aqui existe acolhimento, humanidade e compromisso com o cuidado”, destacou.
A programação percorreu diferentes setores do hospital e contou com a participação de servidores da gestão, do corpo de enfermagem, supervisores e colaboradores do Núcleo de Atendimento ao Servidor (NAST). A organização da ação é feita de forma voluntária e colaborativa, com recursos arrecadados entre os próprios profissionais, que se mobilizam todos os anos para tornar o momento possível.
Além do simbolismo, o cântico também revela o outro lado do cotidiano do pronto-socorro: o cuidado que vai além da técnica e alcança o emocional e o espiritual. Em um cenário marcado por desafios e dias difíceis, a iniciativa ajuda a reforçar para a população que, diariamente, a unidade trabalha com dedicação, empatia e compromisso com a vida.
A enfermeira emergencista Jonnyka Lima, que atua na linha de frente do atendimento, ressaltou o impacto do momento tanto para os pacientes quanto para os profissionais.
“Esse momento toca profundamente quem está aqui dentro. Para o paciente, é um alívio no coração; para nós, profissionais, é uma renovação de forças. Às vezes, tudo o que alguém precisa é ouvir uma música, uma palavra de carinho, sentir que não foi esquecido. O Natal nos lembra exatamente isso: cuidar do outro também é um ato de amor”, afirmou.
Após a apresentação, as reações falavam por si. Olhares emocionados, sorrisos tímidos, lágrimas discretas e palavras de gratidão marcaram o encerramento da ação. Muitos pacientes relataram que precisavam exatamente daquela música ou daquela mensagem. Entre os servidores, o sentimento era de comunhão e fortalecimento coletivo.
Em meio à urgência, ao cansaço e aos desafios diários, o cântico reafirmou que o Natal pode acontecer em qualquer lugar, inclusive dentro de um hospital e que, onde há cuidado, há também humanidade, esperança e amor.





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