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Estudo genético aponta que zika veio para o Brasil do Haiti
Estudo da Fiocruz em Pernambuco rastreou os caminhos da doença. Número de casos neste ano é 60,9% menor do que no mesmo período do ano passado

Mosquito Aedes aegypti, transmissor de zika, dengue, chikungunya e febre amarela (Foto: Reuters/Jaime Saldarriaga)
A zika chegou ao Brasil proveniente do Haiti, segundo indicou um novo estudo genético divulgado pela Fiocruz em Pernambuco, que rastreou os caminhos da doença. De acordo com os pesquisadores, militares brasileiros que participaram da missão de paz no país caribenho e imigrantes que vieram para o Brasil podem ter trazido o vírus. O estudo foi publicado no International Journal of Genomics.
Os cientistas já sabiam que o vírus saíra da Polinésia Francesa, que havia registrado um surto da doença em 2013. A rota percorrida, no entanto, era desconhecida. Duas outras hipóteses para a chegada da doença ao País tinham sido levantadas em estudos anteriores. Uma delas sustentava que o vírus teria entrado no País durante a Copa do Mundo de 2014. Outra hipótese indicava que a doença teria chegado durante um campeonato de canoagem que aconteceu no Rio em agosto daquele mesmo ano.
“Embora tenham sido publicados em revistas científicas, esses estudos tinham base em especulações, não em dados concretos”, explicou o pesquisador Lindomar Pena, um dos autores do novo trabalho. “E nosso objetivo era rastrear o vírus para entender como ele chegou ao Brasil.”
Para rastrear o caminho percorrido pelo vírus, os cientistas usaram todas as sequências genéticas do zika disponíveis no mundo (um total de 275), estudando, particularmente, o acúmulo de mutações.
Da Polinésia, indica o estudo, o vírus foi levado para a Oceania e para a Ilha de Páscoa, até chegar à América Central e ao Caribe. Do Haiti — que registra o vírus ancestral mais parecido com a cepa que chegou ao Brasil —, o zika entrou no País, inicialmente no Nordeste, mas também em outras regiões.
“Levantamos, então, duas principais hipóteses: a primeira delas seria a entrada pelos militares brasileiros da missão de paz no Haiti que, sabidamente, já tinha contribuído para a introdução do chikungunya”, afirmou Pena. “Uma outra possibilidade é de ter sido trazido por haitianos. Desde o terremoto, houve um influxo muito grande de imigrantes no País.”
Segundo o pesquisador, o estudo revelou que os vírus da dengue 1, 3 e 4 e o vírus chikungunya fizeram o mesmo caminho do Sudoeste da Ásia até o Brasil. O resultado comprova que a América Central e o Caribe são importantes rotas de entrada de arbovírus na América do Sul.
Trata-se de informação estratégica para a vigilância epidemiológica e para a adoção de medidas de controle e monitoramento dessas doenças, especialmente em regiões de fronteira, portos e aeroportos.
Números
Este ano, de acordo com o Ministério da Saúde, foram registrados 5.941 casos prováveis de zika em todo o Brasil, uma redução de 60,9% em relação ao mesmo período do ano passado (15.214).
Fake news têm mais engajados
Uma pesquisa publicada em julho deste ano, no American Journal of Health Education, mostra como informações falsas ganham mais força em crises. Análise de publicações em redes sociais sobre o vírus da zika publicadas de fevereiro de 2016 a janeiro de 2017 mostrou que rumores tiveram três vezes mais engajamento do que notícias verificadas por meio de fact-checking, ou seja, a checagem de fatos. Entre os boatos mais populares estavam aqueles que colocavam a zika como uma conspiração contra a população, como um problema de baixo risco ou que conectavam a doença ao uso de pesticidas.
Do R7
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Caveira do Bope-RJ, coronel André Batista faz palestra sobre liderança em Brasileia
O Acre recebe, nesta sexta-feira, 5, o coronel da Polícia Militar do Rio de Janeiro, André Batista, para ministrar a palestra Liderança – Ações sob Pressão, Construindo Tropas de Elite. Integrante do Batalhão de Operações Policias Especiais (Bope) e coautor dos livro Elite da Tropa I e II, que deram origem ao filme Tropa de Elite, o oficial veio ao estado a convite do governo do Acre para participar da edição do programa Desperte a Liderança que Existe em Você, em Brasileia.

Ao desembarcar no aeroporto de Rio Branco, coronel André Batista é recepcionado pelo secretário de governo, Luiz Calixto e o assessor da Sejusp, tenente Nil. Foto: Ascom/Segov
Ao desembarcar no Aeroporto Plácido de Castro, em Rio Branco, André Batista foi recepcionado pelo secretário de Governo, Luiz Calixto, o tenente Nil, assessor do gabinete do Secretário de Estado de Segurança Pública, e por um pelotão do Bope do Acre, que prestou continência e deu as boas-vindas ao oficial, símbolo nacional das operações especiais.
Na ocasião, Batista mencionou suas expectativas em participar do programa. “Será uma palestra sobre liderança, estratégia e tomada de decisão em momentos de alta pressão, temas que marcaram minha trajetória no Bope e que hoje aplico em desenvolvimento de equipes de alto rendimento em todo o país. Vamos falar sobre coragem propósito, disciplina e os pilares que constroem times fortes, preparados e alinhados. Será um encontro intenso, transformador e com espaço para interação”, afirmou.

Pelotão do Bope do Acre prestigia chegada do caveira do Rio de Janeiro em Rio Branco. Foto: Ascom/Segov
Para o secretário Luiz Calixto, a presença do coronel no estado ressalta a importância que o governo dá ao programa que tem como objetivo fortalecer lideranças nos mais diversos segmentos, além de estimular o surgimento de novos líderes. “Receber o coronel André Batista é uma oportunidade única. Ele traz uma bagagem extraordinária sobre liderança, tomada de decisão e preparo emocional. Esse conhecimento agrega muito às nossas equipes e ao público acreano”, destacou.
A palestra com André Batista integra a agenda de capacitações realizadas pelos Estado, por meio da Secretaria de Governo (Segov), com recursos de emendas parlamentares, que nesta edição será realizada nesta sexta-feira em Brasileia, no Centro Cultural Sebastião Dantas, a partir das 18 horas, com entrada gratuita e aberta à população em geral.
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Prefeitura de Rio Branco anuncia parceria com o Governo do Estado para recuperação de Ruas de Rio Branco

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Sebrae promove evento para conectar artesãos acreanos à lojistas do Sudeste e Nordeste

Evento integra o Projeto Comprador e conta com apoio de parceiros
Nos dias 3 e 4 de novembro, o Sebrae realiza o encontro de negócios do Projeto Comprador, com foco em conectar talentos do Acre a novas oportunidades de mercado. O evento acontece no formato B2B (Business to Business) e conecta 14 lojistas do Sudeste e Nordeste diretamente aos artesãos acreanos.
O Projeto Comprador contou com uma fase anterior, de capacitação com duração de quatro meses, beneficiando mais de 100 artesãos de dez municípios acreanos, incluindo representantes das etnias indígenas Puyanawa, Shanenawa, Apuriã, Huni Kuin e Marubo.
De acordo com o analista do Sebrae no Acre, Aldemar Maciel, o projeto contou com uma metodologia específica desenvolvida para os artesãos. “As capacitações consistem na modelagem de negócios, gestão da produção, precificação e comercialização, preparando o artesão para fazer negócios com esses compradores”, explicou.

A líder indígena Eni Shanenawa destacou sua satisfação em participar da iniciativa para que as pessoas conheçam a ancestralidade do Povo Shanenawa. “Agradeço ao Sebrae por esse momento tão importante em que nós estamos aqui, como indígenas, para mostrar os nossos artesanatos. É de grande importância para nós que as pessoas levem nossos produtos para fora do estado, porque a sociedade vai ter esse conhecimento da importância do artesanato indígena e do artesanato acreano”, disse.
Pela primeira vez no Acre, a representante da Loja do Museu de Arte de São Paulo (MASP), Adélia Borges, destacou as belezas da produção acreana. “Essa bioeconomia que a gente vê aqui é uma produção muito linda, cheia de significados culturais. Cada peça que vemos aqui é um trabalho enorme que o artesão faz. Nós somos uma loja em um museu importante e os produtos acreanos fazem um sucesso enorme, principalmente com os estrangeiros”, destacou.

O encontro conta com a parceria da Prefeitura Municipal de Rio Branco, Secretaria de Estado de Turismo e Empreendedorismo (SETE), Secretaria de Estado da Fazenda (SEFAZ), Universidade Federal do Acre (Ufac), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e a GolLog.





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