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Estudo americano vê resultados positivos da hidroxicloroquina para a Covid-19

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Após os estudos iniciais, a FDA (Administração de Alimentos e Medicamentos dos EUA) retirou, no início de junho, a autorização para utilização do medicamento em casos emergenciais.

Para SBP, prescrição de cloroquina e hidroxicloroquina para crianças e adolescentes é inadequada em razão da falta de evidências consistentes – Foto: George Frey 

Fabrício Julião Da CNN

O grupo de pesquisadores do novo estudo afirma que 82% de seus pacientes receberam a hidroxicloroquina nas primeiras 24 horas da infecção, e 91% nas primeiras 48 horas.

Um novo estudo realizado por membros do Sistema de Saúde Henry Ford, em Detroit, Michigan, apresentou resultados positivos acerca do uso de hidroxicloroquina no tratamento de pacientes com Covid-19. A pesquisa mostrou que o grupo que utilizou a droga teve a taxa de mortalidade reduzida pela metade. O método do estudo, no entanto, foi alvo de críticas nos Estados Unidos.

A equipe analisou o quadro clínico de 2.541 pacientes. O Dr. Marcus Zervos, chefe da divisão de doenças infecciosas do Sistema de Saúde Henry Ford, revelou que 26% do grupo que não recebeu o tratamento faleceu. Já o grupo que utilizou a droga teve taxa de mortalidade de 13%. Foram analisados todos os pacientes tratados no sistema hospitalar desde o primeiro, ainda em março.

“As taxas gerais de mortalidade bruta foram de 18,1%. Um grupo que somente foi tratado com hidroxicloroquina teve 13,5%, enquanto os que receberam hidroxicloroquina mais azitromicina teve 20,1%. Pacientes que utilizaram apenas azitromicina registraram 22,4% de óbitos e o grupo em qual não fora aplicado nenhum medicamento, 26,4%”, escreveu a equipe, em um relatório publicado no “International Journal of Infectious Diseases”.

Os resultados vão em direção oposta às conclusões de estudos anteriores, que não encontraram benefícios no uso da droga, além de alertarem para o risco de seu uso em pessoas com problemas cardíacos. Após os estudos iniciais, a FDA (Administração de Alimentos e Medicamentos dos EUA) retirou, no início de junho, a autorização para utilização do medicamento em casos emergenciais.

Zervos afirmou que os pacientes analisados no estudo foram tratados precocemente. “Para que a hidroxicloroquina tenha benefício, é necessário começar o tratamento antes que os pacientes comecem a sofrer algumas das graves reações imunológicas do Covid”, disse. O médico comunicou que eles também monitoraram cuidadosamente possíveis problemas cardíacos nos indivíduos.

A equipe do Sistema de Saúde Henry Ford acredita que as descobertas podem salvar vidas, mas não descarta ou contradiz os resultados de estudos anteriores. “Queremos enfatizar que, apenas porque nossos resultados diferem de alguns outros que podem ter sido publicados, isso não torna esses estudos errados”, disse o CEO do Henry Ford Medical Group, Steven Kalkanis.

“É preciso muito mais trabalho para elucidar qual deve ser o plano final de tratamento para a Covid-19, mas sentimos que esses resultados são importantes para adicionar à mistura de como proceder, se houver um segundo surto no mundo. Agora podemos ajudar as pessoas a combater essa doença e reduzir a taxa de mortalidade”, concluiu Kalkanis.

Críticas no método da pesquisa

Pesquisadores que não participaram do estudo de Detroit criticaram o método utilizado pela equipe do Henry Ford. Segundo eles, o grupo não tratou os pacientes aleatoriamente, mas os selecionou para vários tratamentos com base em determinados critérios.

“À medida que o Sistema de Saúde Henry Ford se tornou mais experiente no tratamento de pacientes com COVID-19, a taxa de sobrevivência pode ter melhorado, independentemente do uso de terapias específicas”, escreveu Dr. Todd Lee, do Royal Victoria Hospital, em conjunto com alguns colegas.

O grupo de pesquisadores do novo estudo afirma que 82% de seus pacientes receberam a hidroxicloroquina nas primeiras 24 horas da infecção, e 91% nas primeiras 48 horas. Eles disseram que isso explica a alteração dos resultados, já que pesquisas anteriores utilizaram a droga nos infectados tempos depois do momento do contágio.

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Polícia Civil prende suspeito de envolvimento na morte do fazendeiro “João Sucuri”

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Operação Lei da Fronteira foi deflagrada em Plácido de Castro com apoio de forças policiais do Acre e de Rondônia

A Polícia Civil de Rondônia deflagrou, nesta segunda-feira (22), a Operação Lei da Fronteira, que resultou na prisão de um suspeito de envolvimento no assassinato do fazendeiro João Paulino, conhecido como “João Sucuri”. O crime ocorreu em maio de 2025, no distrito de Nova Califórnia, em Rondônia. As informações são do portal Rondoniagora.

A ação foi realizada no município de Plácido de Castro, no Acre, com apoio da Polícia Civil acreana, do Batalhão de Operações Especiais (Bope), da Polícia Militar do Acre (PMAC), do Departamento de Polícia Metropolitana (Depom) e da Delegacia de Polícia de Extrema. Ao todo, mais de 20 policiais participaram da operação, coordenada pela delegada Keity Mota.

Durante o cumprimento dos mandados judiciais, os agentes apreenderam aparelhos celulares, munições e um carregador de pistola calibre .45, materiais que serão submetidos à análise no curso das investigações.

De acordo com a Polícia Civil, o fazendeiro foi morto em uma emboscada dentro de sua própria propriedade. Um vaqueiro que o acompanhava também foi atingido por disparos, mas conseguiu fugir e sobreviveu.

Os mandados foram expedidos pela 1ª Vara do Júri da Comarca de Porto Velho. As investigações seguem em andamento com o objetivo de identificar e responsabilizar todos os envolvidos no homicídio.

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Sancionado porte de arma para policiais legislativos dos estados e do DF

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Foto: Ilustrativa – Reprodução

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou nesta terça-feira (23) a concessão de porte de arma de fogo aos policiais legislativos das Assembleias Legislativas dos Estados e da Câmara Legislativa do Distrito Federal.

O chefe do Executivo vetou trechos do texto que dispensavam a comprovação de capacidade técnica e aptidão psicológica para a concessão do porte de armas de fogo para o grupo.

Na avaliação do Poder Executivo, os vetos foram necessários por representarem uma flexibilização significativa do sistema normativo e a retirada de garantias essenciais para o manuseio seguro de armas de fogo, com risco à política nacional de controle de armas e à segurança pública.

Segundo o presidente, as medidas configurariam, ainda, violação da Constituição, que consagra a segurança como direito social.

O projeto de lei foi aprovado pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania) da Câmara em caráter conclusivo em outubro. O texto altera o estatuto do desarmamento de 2003.

Atualmente, o estatuto já autoriza o porte de arma aos policiais legislativos da Câmara e do Senado. Com as mudanças, essa regra será estendida a todos os policiais legislativos do país.

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Motorista é condenado a mais de cinco anos de prisão por morte de mãe e filho na AC-40

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Justiça aponta embriaguez e excesso de velocidade como causas do acidente ocorrido em fevereiro de 2024

Quase dois anos após o acidente que matou uma mulher e seu filho na rodovia AC-40, a Justiça condenou o motorista Florisvaldo Ribeiro dos Santos pelo crime de homicídio culposo, quando não há intenção de matar. A pena fixada foi de 5 anos e 5 meses de prisão, a ser cumprida em regime semiaberto. A decisão foi proferida pelo juiz Clóvis Augusto Cabral, da 3ª Vara Criminal, que considerou procedente a denúncia apresentada pelo Ministério Público.

Na sentença, divulgada pela reportagem da TV 5, o magistrado destacou que o conjunto de provas é “firme e coerente” ao demonstrar que o réu conduzia o caminhão sob efeito de álcool e em velocidade acima da permitida, fatores que contribuíram diretamente para a perda de controle do veículo e o atropelamento das vítimas. O acidente ocorreu na manhã de 2 de fevereiro de 2024.

As vítimas foram identificadas como Natasha Caroline Souza Gomes, de 25 anos, e o filho Isaac Gomes Cavalcante, de 8 anos, que aguardavam o ônibus às margens da rodovia no momento do impacto. A criança morreu ainda no local. A mãe chegou a ser socorrida por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas não resistiu aos ferimentos.

Laudos periciais apontaram que o caminhão trafegava a 86 km/h, enquanto o limite permitido no trecho é de 60 km/h. O teste do bafômetro realizado após o acidente indicou 0,95 mg de álcool por litro de ar expelido, valor muito superior ao máximo permitido, que é de 0,04 mg.

Durante o interrogatório, o motorista afirmou que seguia em direção ao município de Brasiléia e alegou que tentou mudar de faixa por causa de uma motocicleta à frente. Segundo ele, ao perceber um veículo no sentido contrário, tentou desviar, mas afirmou que o sol teria prejudicado sua visão, impedindo que visse as vítimas na parada de ônibus.

Além da pena de prisão, a sentença determinou a suspensão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) de Florisvaldo Ribeiro por cinco anos. A defesa do caminhoneiro já entrou com recurso, que será analisado pela Câmara Criminal do Tribunal de Justiça.

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