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Estudante de pedagogia cega passa em 17º lugar em concurso para professor no AC: ‘Me surpreendi’

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Stefhanie Vidal passou no concurso da Prefeitura de Rio Branco para professora de 1º a 5º ano. Estudante disse que não estudou para o concurso e tirou 113 pontos.

Stefhanie Vidal ficou cega aos 17 anos, é aluna de pedagogia e tirou mais de 100 pontos em concurso da prefeitura — Foto: Arquivo pessoal

Por Aline Nascimento, G1 AC — Rio Branco

A estudante do curso de pedagogia da Universidade Federal do Acre (Ufac) Stefhanie da Silva Vidal, de 28 anos, não consegue tirar o sorriso do rosto. O motivo da felicidade é porque ela conseguiu ficar em 17º lugar no concurso da Prefeitura de Rio Branco para o cargo de professor do ensino fundamental do 1º a 5º ano.

Stefhanie é cega desde os 17 anos, quando descobriu ter Síndrome do Anticoagulante Antifosfolípide (Saf). Devido à doença, a jovem teve um coágulo na cabeça e perdeu a visão.

A prefeitura divulgou, na terça-feira (7), um resultado preliminar do concurso, realizado no último dia 29. A lista na qual Stefhanie está inserida é de ampla concorrência e ela tirou 113 pontos, mas a estudante se inscreveu como pessoa deficiente.

Stefhanie disse que não se preparou para o concurso. As questões que ela acertou na prova foram de conhecimentos adquiridos na universidade.

“O que tive mais dificuldade e não li sobre nada foi sobre legislação, que tenho dificuldade, e conhecimento gerais também. Pelo fato de não assistir tanta televisão tive dificuldade, mas saí bem em atualidades. Não parei para estudar, se tivesse algo que sabia que ia ter dificuldade lia um pouco, mas não tirei horas para estudar. Parar para estudar não parei”, relembrou.

Surpresa

Ela contou que corrigiu a prova logo que saiu o primeiro gabarito. Com ajuda de amigos da universidade, Stefhanie ficou surpresa quando percebeu que tinha ido muito bem na prova.

“Na primeira vez que fiz sabia que não tinha ido muito bem, mas fiz e foi cancelado. Fui fazer de novo e quando saiu o primeiro gabarito, fui na universidade para me ajudarem a corrigir. Meu Deus, me tremia todinha quando começaram a falar ‘tá certo, tá certo’. Errei pouquíssimas questões. Me surpreendi demais, sabia que tinha ido bem, porque tinha muita coisa que eu sabia, mas não imaginava que tinha ido tão bem”, disse.

Após alguns dias, Stefhanie foi corrigir a prova novamente e descobriu que tinha tirado uma pontuação maior do que imaginava. A primeira correção apontou que ela tinha tirado 108, já na segunda o número subiu para 113 pontos.

Lista preliminar de ampla concorrência mostra Stefhanie Vidal em 17º para cargo de professor do 1º a 5º — Foto: Reprodução

“Fiquei muito nervosa, feliz. Pode acontecer, estou sujeita a isso, de eu não ser convocada por não estar formada. Sabia que não tinha uma formação concluída quando fiz o concurso, mas só pelo fato de estar com meu nome lá em cima em uma lista de mais de mil pessoas é muito gratificante”, comemorou.

A estudante reinicia o curso de pedagogia no mês de março. A conclusão do curso está prevista para o segundo semestre de 2020.

“Estou na reta final, já era para ter me formado no final do ano, mas tranquei algumas matérias e tive dificuldades. Não consegui seguir a turma que terminou no final do ano passado. A pedagogia foi uma coisa enviada por Deus para minha vida”, afirmou.

Dificuldades

Antes de começar o atual curso, Stefhanie foi aprovada em outros dois: história bacharelado e inglês. Mas, como ainda estava em processo de conhecimento do novo modo de vida após perder a visão, a jovem não se identificou e trancou os cursos.

Até que passou para pedagogia e, dessa vez, conseguiu se identificar e superar as dificuldades.

“Tive que aprender a andar, ler de novo, a prestar atenção através da audição. Terminei em 2010 o ensino médio. Passei pela primeira vez no vestibular para história bacharelado, não me identifiquei e desisti. Em 2012 passei novamente para inglês, mas, devido às dificuldades, por ser outra língua, desisti de novo”, concluiu.

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PM apreende drogas, arma e ‘contabilidade’ do tráfico durante patrulha em Plácido de Castro

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Suspeito abandonou sacola com entorpecentes, revólver e caderno de anotações criminosas ao fugir da polícia. Ele conseguiu escapar pelos fundos do imóvel, mas abandonou a sacola durante a fuga.

Os policiais avistaram um homem carregando uma sacola vermelha. Ao perceber a aproximação da viatura, o suspeito tentou fugir em direção a uma residência já conhecida pelas autoridades como ponto de venda de drogas. Foto: captada 

A Polícia Militar do Acre (PMAC) apreendeu uma carga completa de materiais usados no tráfico de drogas durante um patrulhamento realizado na manhã desta quarta-feira (24) em Plácido de Castro. A ação, executada por uma guarnição do 4º Batalhão, ocorreu após denúncias de intensa movimentação suspeita em uma área periférica da cidade.

Por volta das 8h, os policiais avistaram um homem carregando uma sacola vermelha. Ao perceber a aproximação da viatura, o suspeito tentou fugir em direção a uma casa já mapeada pelas autoridades como ponto de venda de entorpecentes. Ele conseguiu escapar pelos fundos do imóvel, mas abandonou a sacola durante a fuga.

Dentro do objeto, a polícia encontrou porções de crack, maconha e cocaína, uma balança de precisão, embalagens plásticas para fracionamento, um revólver calibre .32 com munições, dinheiro em espécie e um caderno com anotações detalhadas sobre a atividade criminosa – que funcionava como uma espécie de “contabilidade” do tráfico.

Todo o material foi encaminhado à Delegacia de Polícia Civil de Plácido de Castro, onde o caso segue em investigação. As autoridades buscam identificar e localizar o suspeito que conseguiu fugir.

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Vídeo: PM prende homem com arsenal e drogas durante patrulhamento em Rio Branco

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Suspeito de 23 anos jogou arma sobre muro ao ver policiais, mas foi detido com carregador; ação apreendeu pistola, escopeta e cocaína

Um homem de 23 anos foi preso em flagrante durante uma operação da Polícia Militar no bairro Belo Jardim II, em Rio Branco. Dioney Bruno Ferreira de Souza foi detido após tentar se desfazer de uma pistola ao perceber a aproximação dos agentes, que realizavam patrulhamento ostensivo devido a conflitos recentes entre facções rivais na região.

Ao abordarem um grupo que consumia bebidas alcoólicas com som alto em via pública, os policiais perceberam movimentos suspeitos. Enquanto parte dos presentes fugiu pulando muros, Dioney correu até um muro e arremessou uma arma para um terreno vizinho. Durante a revista, foi encontrado em seu bolso um carregador de pistola com sete munições calibre 9mm.

No terreno ao lado, os militares localizaram uma pistola Taurus modelo G2C, calibre 9mm, com 12 munições. Dentro da residência do suspeito, foram apreendidos ainda uma escopeta calibre 28, seis cartuchos e 42 trouxinhas de cocaína prontas para venda.

O homem foi preso em flagrante pelos crimes de posse ilegal de arma de fogo (de uso permitido e restrito) e tráfico de drogas. Ele foi conduzido algemado e sem lesões à delegacia especializada para os procedimentos legais.

 

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Justiça decreta prisão preventiva de monitorado que matou colega a facadas no Joafra, em Rio Branco

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Gerdson Pinto da Silva, 21, cumpria pena com tornozeleira eletrônica por assalto e organização criminosa; ele confessou o crime após ser preso pela PM

Antes da fuga, o autor do homicídio, ainda teria tentado alterar a cena do crime. Gerdson Pinto da Silva, que cumpria pena por assalto e integrar organização criminosa, com monitoração eletrônica. Foto: captada 

O detento monitorado Gerdson Pinto da Silva, 21 anos, teve a prisão preventiva decretada pela Justiça do Acre na tarde desta terça-feira (23), durante audiência de custódia no Fórum Criminal. Ele é acusado de assassinar o colega de trabalho Marcos Pereira da Luz, 28, na madrugada da última segunda-feira (22), no apartamento onde moravam na Rua Eldorado, bairro Joafra.

Segundo a polícia, após uma discussão, Gerdson desferiu um golpe de madeira na cabeça da vítima e, em seguida, a esfaqueou várias vezes com uma faca de mesa. Antes de fugir, ele ainda tentou alterar a cena do crime.

Gerdson cumpria pena por assalto e integração a organização criminosa com monitoramento eletrônico. Foi preso pela Polícia Militar horas após o homicídio e, na delegacia, confessou a autoria.

A Polícia Civil tem agora 30 dias para concluir o inquérito. A decisão judicial reforça a gravidade do crime e mantém o acusado preso durante as investigações.

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