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Escolas das unidades prisionais do estado dão início ao ano letivo de 2025
O diretor da Fábrica de Asas, Juscelino Bandeira, explica que, apesar de as aulas já estarem em andamento, ainda é possível se matricular até o fim de fevereiro

Escola Fábrica de Asas retoma aulas nesta segunda-feira, 10. Foto: Zayra Amorim/Iapen
O Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen), em parceria com a Secretaria de Estado de Educação (SEE), deu início ao ano letivo em todas as escolas das unidades prisionais do Acre, nesta segunda-feira, 10.
As escolas que oferecem aulas da Educação de Jovens e Adultos (EJA) nas unidades prisionais se encarregam de realizar uma das formas de ressocializar as pessoas privadas de liberdade que ainda não concluíram seus estudos, proporcionando uma oportunidade de obter educação formal, para que, quando regressarem à sociedade, possam ter mais oportunidades.

Aulas retornam no sistema prisional do Acre. Foto: Zayra Amorim/Iapen
O primeiro dia de aula na Escola Fábrica de Asas, que fica na Divisão de Estabelecimento Penal de Regime Fechado, no Complexo Penitenciário de Rio Branco, significou um recomeço na vida de J.L.M., que, não tendo concluído o ensino fundamental, voltou a estudar este ano: “Lá fora, quando eu estudava, não dava muita atenção pra aula. Eu nunca passei da primeira série, para falar a verdade. Agora estou aprendendo ler e vou aprender mais ainda com os meus professores”.
O diretor da Fábrica de Asas, Juscelino Bandeira, explica que, apesar de as aulas já estarem em andamento, ainda é possível se matricular até o fim de fevereiro: “Ainda estamos recebendo os documentos. Então eles podem estudar, ainda, através do NAF [Núcleo de Atenção à Família], através dos pedidos judiciais, da Defensoria, e eles são inseridos”.
Nas outras unidades penitenciárias do estado, também se deu a volta às aulas. É o caso da escola que fica na Divisão de Estabelecimento Penal de Tarauacá. Entre os estudantes está J.C.S., de 64 anos, que nunca tinha estudado até entrar no presídio: “Me sentei na mesa para estudar a primeira vez com 60 anos de idade e hoje não me arrependo desse momento, dessa oportunidade que eu tive. Lá fora a gente não tem oportunidade. Aqui dentro, a gente cai pelo erro, às vezes por não saber ler, não saber entender da vida, mas hoje eu agradeço humildemente”.
A chefe da Divisão de Educação Prisional do Iapen, Margarete Santos, explica que o estudo é fundamental para que os detentos tenham uma oportunidade de trabalhar ao sair do sistema prisional: “A educação possibilita que consigam se recolocar no mercado de trabalho. Existe uma demanda bem significativa entre aqueles que passam pela progressão de regime, solicitando certificados de aprovação ou de matérias que conseguiram fazer no sistema prisional”.

Iapen e SEE dão início ao ano letivo 2025 no sistema prisional do Acre. Foto: cedida
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Grávida de seis meses é agredida a pauladas pela própria irmã em Rio Branco
Vítima sofreu dores abdominais e foi encaminhada à maternidade; Polícia não foi acionada e caso ainda não foi registrado
Uma mulher grávida de seis meses foi vítima de agressão física na noite desta quinta-feira (19), em Rio Branco. Rosa Maria Leitão Godoi, de 33 anos, relatou ter sido atacada pela própria irmã com golpes de ripa durante uma discussão em um apartamento na capital acreana.
Segundo informações da vítima, ela estava na companhia da irmã e do cunhado quando, após um desentendimento, a irmã se armou com uma ripa de madeira e passou a desferir agressões. Rosa Maria conseguiu fugir e buscou socorro em um ponto de mototaxistas na Rua Gavião, em frente à URAP Roney Meireles, no bairro Adalberto Sena.
Mototaxistas que presenciaram a cena prestaram ajuda e acionaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que enviou uma ambulância de suporte básico. Após avaliação clínica, a equipe médica optou por encaminhar Rosa Maria à Maternidade Bárbara Heliodora devido às fortes dores abdominais apresentadas, para exames mais detalhados e monitoramento da saúde da gestante e do bebê.
Apesar da gravidade do caso, a Polícia Militar não foi acionada e, até o fechamento desta matéria, a ocorrência ainda não havia sido formalmente registrada na Polícia Civil. A vítima deve prestar depoimento assim que estiver em condições clínicas adequadas.
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Sem polícia na fronteira, prefeito de Plácido teme que violência volte a tomar conta
Desde o último sábado, 14, as forças de segurança deixaram o posto de fiscalização de acesso à Vila Evo Morales, deixando a fronteira aberta e, consequentemente, a população sem segurança. Com a ausência da barreira policial, o prefeito Camilo Silva teme que membros de facções criminosas voltem a atacar pessoas de bem para roubar carros, especialmente na zona rural.
A retirada dos policiais que atuavam na barreira da ponte que divide os dois países sequer foi comunicada ao prefeito. Por sua vez, o secretário Américo Gaia explicou que os agentes foram deslocados para apoiar a Operação Suçuarana, do ICMBio, e que, tão logo a missão termine, os policiais retornarão para Plácido de Castro.
Para se ter uma ideia da importância da barreira, que foi estrategicamente instalada na via de acesso à ponte que liga o Brasil à Bolívia, desde sua criação a violência nos municípios de Plácido de Castro e Acrelândia caiu drasticamente. O número de assaltos foi reduzido a quase zero. Antes disso, as duas cidades estavam no topo do ranking estadual de registros de furtos e roubos de caminhonetes e máquinas agrícolas.
Agora, com a retirada da barreira, o prefeito Camilo Silva, que inclusive ajuda a manter os policiais na fronteira com recursos próprios do município, teme que a criminalidade volte a agir. “Para nós, hoje, a barreira representa a maior estratégia de segurança que o município tem”, comentou o prefeito.
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Matricídio: Filho que matou a própria mãe é considerado semi-imputável
Eduardo da Costa Azevedo, foi preso em flagrante na tarde de dois de novembro do ano passado. Horas antes, segundo a denúncia, após uma discussão no interior da casa da família

O acusado permanece preso desde a data do crime. Com a conclusão do laudo de insanidade mental, o processo que estava suspenso, será reativado e vai seguir os tramites normais. Foto: arquivo
O laudo pericial psiquiátrico que avaliou a saúde mental do jovem Eduardo da Costa Azevedo, preso pela acusação de matar a própria mãe, o procedimento foi finalizado sete meses após a instauração do incidente de insanidade mental.
O documento, revela, que no dia do crime, Eduardo da Costa, era portador de “perturbação da saúde mental”, diagnosticada como Transtorno Depressivo Recorrente, a qual resultou em uma “incapacidade parcial de determinação”.
O acusado, segundo a avaliação, compreendia a reprovabilidade do assassinato, mas a capacidade dele de auto determinar, de controlar os impulsos e o comportamento, na hora da ação, encontrava-se parcialmente comprometida por conta da condição psíquica, o que o torna semi-imputável.
Ainda, de acordo com o laudo, Eduardo da Costa, necessita de tratamento psiquiátrico em regime ambulatorial. O documento classifica ainda, que o acusado apresenta risco de suicídio e periculosidade moderados.
Também foi sugerido pelos profissionais, um prazo mínimo de medida de segurança de dois anos.
O laudo da equipe de peritos foi aceito pelo juiz da 1ª Vara do Tribunal do Júri Fábio Farias. Com a decisão, em caso de uma condenação, o magistrado tem que aplica a semi-imputabilidade declarada.
O que pode resultar na redução da pena, em casa de condenação, ou se, entender, que o réu necessita de tratamento, substituir a prisão por medida de segurança, no caso, uma internação ou tratamento ambulatorial.
Eduardo da Costa Azevedo, foi preso em flagrante na tarde de dois de novembro do ano passado. Horas antes, segundo a denúncia, após uma discussão no interior da casa da família, na Rua Álvaro Inácio, no Conjunto Esperança, ele matou a própria mãe.
Marcia Maria da Costa, foi morta a golpes de faca na cozinha do imóvel
O acusado permanece preso desde a data do crime. Com a conclusão do laudo de insanidade mental, o processo que estava suspenso, será reativado e vai seguir os tramites normais.
O Ministério Público do Acre e a defesa do réu ainda devem ser manifestar sobre a decisão.

Eduardo da Costa Azevedo, preso pela acusação de matar a própria mãe, o procedimento foi finalizado sete meses após a instauração do incidente de insanidade mental. Foto: arquivo
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