Brasil
Em Dubai, Bolsonaro defende Brasil na COP26 e rebate críticas
“Todo mundo tem solução para o problema apontando o dedo para os outros. Ninguém quer construir nada. Nós somos exemplo”
Do R7
Em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, o presidente Jair Bolsonaro defendeu a participação do Brasil na COP26, disse que o país fechou acordo sobre metano e criticou a ideia de boicote aos produtos brasileiros.
Em sua participação na COP26, em Glasgow, na Escócia, o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, anunciou a redução de emissão de gases de efeito estufa em 50% até 2030. A meta climática, no entanto, foi criticada por ambientalistas.
“O Brasil contribui ou é responsável por 2,7% da emissão dos gases [de efeito] estufa, pelo tamanho da nossa economia, pelo que representamos para o mundo, né? A gente queria que fosse 0%, mas é um número pequeno perto do que a China, 30%, Estados Unidos, 15%, Índia”, disse Bolsonaro.
“Logo vamos ter a COP27, onde todo mundo tem a solução para o problema apontando o dedo para os outros. Ninguém quer construir nada. Nós somos exemplo. Dois terços do que temos lá estão da mesma forma quando [Pedro Álvares] Cabral pisou no Brasil. Não tem mais nada e fica pressionado exatamente nós. Nós fazemos o possível, temos um bom ministro do Meio Ambiente”, complementou o presidente.
O chefe do Executivo disse, ainda, que fechou acordo sobre metano, um dos principais responsáveis pela intensificação do efeito estufa. “Fizemos acordo na questão do metano, o pum do boi, entre outras coisas, é a decomposição de material orgânico. E vamos colaborando. Agora, de lá pra cá não vem nada”, disse.
Bolsonaro avaliou que a pressão feita por outros países sobre o Brasil ocorre devido ao fato de que “competimos com commodities no mundo todo com produtos agrícolas”. O presidente rebateu ainda as ameaças de boicote às mercadorias brasileiras: “Tá bom, vão boicotar. Vão comprar de onde? Da Lua? Só pode ser da Lua, né? Ou Marte? Saturno? Deve ser. Porque não tem no mundo.”
Dubai
Bolsonaro chegou a Dubai neste sábado (13) e se reuniu com o emir de Dubai, Mohammed bin Rashid Al Maktoum, que também é primeiro-ministro dos Emirados Árabes Unidos. No encontro, o chefe do Executivo do Brasil disse que conversou sobre negócios do setor da agricultura, que é um dos principais interesses durante a viagem.
De acordo com a agenda oficial, Bolsonaro deve participar do fórum com investidores neste domingo (14) e fazer uma visita ao pavilhão da Embraer na Dubai Airshow, evento do setor aeroespecial.
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Brasil
Polícia Federal apreende 613 kg de cocaína em galpão de empresa de fachada em Blumenau
Droga estava escondida em bunker subterrâneo e seria enviada à Europa; um homem foi preso e investigação aponta ligação com cidadãos britânicos procurados internacionalmente

Cocaína estava armazenada em um bunker de empresa de fachada em Blumenau. Fot: captada
A Polícia Federal (PF) apreendeu 613 quilos de cocaína durante uma operação de combate ao tráfico internacional de drogas em Blumenau, no Vale do Itajaí (SC). A ação contou com apoio da Polícia Militar de Santa Catarina e resultou na prisão de um homem suspeito de integrar a organização criminosa.
A droga estava escondida em um bunker no subsolo de um galpão pertencente a uma empresa de exportação de ligas metálicas, que funcionava como fachada para o esquema. Segundo as investigações, o local era usado para o preparo e armazenamento da cocaína antes do envio para a Europa.
Durante a operação, a PF também cumpriu um mandado de busca em um endereço residencial em Florianópolis ligado ao suspeito, onde foram apreendidos veículos, embarcações, joias e documentos. O inquérito aponta a existência de uma estrutura criminosa internacional com base em Santa Catarina, que contava com suporte logístico de brasileiros e liderança de cidadãos britânicos com histórico de tráfico na Inglaterra e procurados internacionalmente.
A investigação continua para identificar outros integrantes do esquema, que já tinha rotas estabelecidas para o narcotráfico transatlântico.
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Brasil
Exame toxicológico para primeira CNH é vetado pelo governo federal
Medida que exigia resultado negativo para condutores de motos e carros foi rejeitada com argumento de aumento de custos e risco de mais pessoas dirigirem sem habilitação; novas regras do Contran para tirar CNH sem autoescola, no entanto, podem alterar contexto

Na justificativa do veto, o governo argumentou que a exigência aumentaria os custos para tirar a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) e poderia influenciar na decisão de mais pessoas dirigirem sem habilitação. Foto: captada
O governo federal vetou a exigência de exame toxicológico para obter a primeira habilitação nas categorias A (motos) e B (carros de passeio). A medida, que seria incluída no Código de Trânsito Brasileiro, foi rejeitada com a justificativa de que aumentaria os custos para tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e poderia incentivar mais pessoas a dirigirem sem a documentação obrigatória.
O veto, no entanto, pode ter perdido parte de sua sustentação após o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) editar resolução que permite a retirada da CNH sem a obrigatoriedade de cursar autoescola, reduzindo significativamente o custo total do processo de habilitação.
Outro ponto do projeto que virou lei, e também relacionado aos exames toxicológicos, permite que clínicas médicas de aptidão física e mental instalem postos de coleta laboratorial em suas dependências — desde que contratem um laboratório credenciado pela Senatran para realizar o exame. O governo também vetou esse artigo, alegando riscos à cadeia de custódia do material, o que poderia comprometer a confiabilidade dos resultados e facilitar a venda casada de serviços(exame físico e toxicológico no mesmo local).
As decisões refletem um debate entre a busca por maior segurança no trânsito — com a triagem de possíveis usuários de substâncias psicoativas — e o impacto financeiro e logístico das novas exigências para os futuros condutores.
Assinatura eletrônica
O terceiro item a ser incluído na lei é o que permite o uso de assinatura eletrônica avançada em contratos de compra e venda de veículos, contanto que a plataforma de assinatura seja homologada pela Senatran ou pelos Detrans, conforme regulamentação do Contran.
A justificativa do governo para vetar o trecho foi que isso permitiria a fragmentação da infraestrutura de provedores de assinatura eletrônica, o que poderia gerar potencial insegurança jurídica diante da disparidade de sua aplicação perante diferentes entes federativos.
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Brasil
Caixa de som que ficou três meses no mar é achada intacta e funcionando no litoral gaúcho
Equipamento JBL, resistente à água, foi encontrado na Praia do Hermenegildo após provavelmente cair de um navio a 300 km dali; aparelho ligou normalmente

A caixa de som, projetada para ser resistente à água, sobreviveu à corrosão salina por todo esse período. Ao ser ligada, o equipamento funcionou normalmente. Foto: captada
Uma caixa de som à prova d’água da marca JBL passou cerca de três meses no mar e foi encontrada intacta e ainda funcionando na Praia do Hermenegildo, no extremo sul do estado. A descoberta foi feita por um morador que passeava de quadriciclo na orla na última segunda-feira (30) e avistou o equipamento entre algas e areia.
Acredita-se que a caixa tenha caído de um container durante um transporte marítimo em agosto, próximo à Praia de São José do Norte, a cerca de 300 quilômetros dali. Apesar do longo período submerso e da exposição à água salgada, que acelera a corrosão, o aparelho resistiu e ligou normalmente quando testado.
O caso chamou atenção pela durabilidade do produto, projetado para ser resistente à água, e pela jornada incomum — percorrer centenas de quilômetros à deriva no oceano e ainda chegar em condições de uso à costa gaúcha. A situação virou uma curiosidade local e um exemplo inusitado de “sobrevivência” tecnológica.


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