Duas comunidades rurais já sofrem com os efeitos da alagação do Rio Acre: as comunidades do Panorama e do Catuaba, na região do Belo Jardim. Essas comunidades também estão recebendo auxílio da Prefeitura de Rio Branco.
Acre
Eletroacre e Ceron serão as próximas a serem privatizadas
As distribuidoras da Eletrobras no Piauí (Cepisa) e em Alagoas (Ceal) devem ser as primeiras a serem vendidas para o setor privado, caso seja aprovada a proposta em análise de reestruturação da estatal que inclui a venda das distribuidoras federalizadas, disse à Reuters uma fonte do governo familiarizada com o assunto. Na sequência vem as demais que causam grande prejuízo financeiro ao sistema: Eletroacre e Ceron.
Segundo essa fonte, a Cepisa e a Ceal seriam mais atrativas para o capital privado, porque fazem parte do Sistema Interligado Nacional – rede de linhas de transmissão que une praticamente todo o país.
A reestruturação do sistema Eletrobras visa reduzir os custos e adequar a companhia à nova realidade do mercado, após a renovação condicionada das concessões de geração e transmissão, cujos vencimentos inicialmente ocorreriam entre 2015 e 2017.
Para prorrogar os contratos, o governo exigiu o fim da remuneração de ativos já amortizados, o que deve impor à Eletrobras uma perda de receita anual estimada em 8,7 bilhões de reais.
Desde o ano passado, a holding estatal analisa vender as seis distribuidoras federalizadas sob seu controle. Além de Ceal e Cepisa, a estatal também controla as empresas de Rondônia, Acre, Amazonas e Roraima.
A fonte do governo, que falou sob a condição de anonimato, disse que a eventual venda das empresas da região Norte, que tem situação mais delicada e em boa parte ainda não estão interligadas ao sistema, poderia ficar para um segundo momento.
“São empresas menos atrativas. Talvez tenham de ficar com a Eletrobras mais um pouco”, disse.
Essas empresas acumulam seguidos prejuízos e a venda delas seria uma maneira de aliviar o balanço da Eletrobras, principalmente depois da queda de receita com a renovação das concessões de geração e transmissão da empresa.
A possibilidade de vendê-las já foi admitida publicamente por diretores da Eletrobras, mas a decisão final depende de aval do governo, principal acionista da companhia.
Segundo o balanço mais recente da Eletrobras, as distribuidoras federalizadas (com exceção da empresa do Acre, que não foi incluída na conta) acumularam prejuízo de 852 milhões de reais entre janeiro e setembro de 2012.
Individualmente, as empresas que registraram as menores perdas no período foram justamente a Cepisa e a Ceal. A empresa do Piauí acumulou prejuízo de 11 milhões de reais de janeiro a setembro e a de Alagoas, de 93 milhões de reais.
Consultada pela Reuters, a Eletrobras informou que, até o momento, não recebeu, por parte do acionista majoritário (o governo), nenhuma orientação para vender qualquer distribuidora. Assim, não poderia comentar a hipótese.
A ação preferencial classe B da Eletrobras fechou em leve queda de 0,09 por cento, a 11,47 reais, enquanto o Ibovespa recuou 0,81 por cento.
Concessões
Segundo essa fonte do governo, a decisão sobre a venda das empresas depende ainda de uma definição sobre a renovação das concessões no setor.
As seis distribuidoras que podem ser negociadas estão entre as empresas cujas concessões vencem entre 2015 e 2016. “Sem a definição de como vai funcionar a renovação, fica difícil negociar as empresas”, ressaltou a fonte.
No ano passado, o governo definiu as regras e renovou as concessões de geração e transmissão de energia, deixando para 2013 a discussão sobre as 41 distribuidoras cujos contratos vencem entre 2015 e 2016.
Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o processo de renovação das distribuidoras será iniciado depois que o governo encaminhar a regulamentação com os critérios para os novos contratos.
Em fevereiro, o então diretor-geral da Aneel Nelson Hubner disse que as condições para prorrogar as concessões das distribuidoras deveriam ser anunciados ainda no primeiro semestre e incluiriam exigências de melhorias na qualidade dos serviços. (Revista Exame)
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Acre
Prefeitura de Rio Branco intensifica ações de emergência para famílias afetadas por fortes chuvas
Diante da situação crítica, a administração municipal, em conjunto com a Defesa Civil estadual, está concentrando esforços nos 19 bairros mais atingidos pelos alagamentos

O volume acumulado de água em razão das fortes chuvas, fez o nível do Rio Acre subir rapidamente e provocou o transbordamento de igarapés que cortam a cidade. Foto: captada
A Prefeitura de Rio Branco mobilizou, nas primeiras horas deste sábado (27), uma força-tarefa para atendimento às famílias afetadas pelas fortes chuvas registradas nas últimas 48 horas na capital.
O volume acumulado de água fez o nível do Rio Acre subir rapidamente e provocou o transbordamento de igarapés que cortam a cidade, atingindo diversas áreas urbanas. Diante da situação, o prefeito Tião Bocalom convocou uma reunião de emergência em seu gabinete, reunindo todos os secretários municipais para alinhar ações imediatas de resposta e assistência.
Logo após o encontro, o prefeito visitou a Escola Álvaro Vieira da Rocha, no bairro Conquista, onde 10 famílias — totalizando 36 pessoas — já estão abrigadas pela Defesa Civil Municipal e pela Secretaria de Assistência Social.
Tião Bocalom destacou o trabalho integrado das equipes municipais e reforçou que todas as providências vêm sendo adotadas desde o início das ocorrências.
“Não é com prazer, é com tristeza. Mas fazer o quê? Infelizmente, as chuvas chegaram e as inundações começaram a aparecer. Desde ontem, nossas equipes da Defesa Civil, apoiadas por todas as secretarias, estão em campo até duas horas da manhã para retirar famílias. Aqui nesta escola estão 10 famílias, 36 pessoas, e estamos tomando todas as providências possíveis. A prefeitura está fazendo a sua parte, como sempre fizemos, junto ao governo do Estado e à Defesa Civil. Tanto é que em 2021 ganhamos o prêmio de melhor acolhimento da Defesa Civil Nacional. Fazemos tudo com dor no coração, porque sabemos o quanto é difícil para as famílias, mas seguimos firmes para garantir apoio a quem mais precisa.” ressaltou o prefeito de Río Branco

Tião Bocalom destacou o trabalho integrado das equipes municipais e reforçou que todas as providências vêm sendo adotadas desde o início das ocorrências. Foto: capadas
Após visitar as famílias abrigadas, o gestor seguiu para o Parque de Exposições, onde equipes já iniciam a preparação para novas ações de acolhimento e prevenção, caso o nível das águas continue subindo.
A Prefeitura de Rio Branco segue monitorando a situação e reforça que está de prontidão para atender novas ocorrências decorrentes das chuvas.

A Prefeitura de Rio Branco segue monitorando a situação e reforça que está de prontidão para atender novas ocorrências decorrentes das chuvas. Foto: assessoria
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Acre
Com 40 bairros atingidos pela cheia do Rio Acre e enxurradas, Prefeitura de Rio Branco já abrigou mais de 70 famílias
Acre
Vídeo: Cheia do Rio Acre vira cenário de lazer para donos de jet-skis e lanchas em Rio Branco
Calçadão da Gameleira e bairro da Base reuniram banhistas, famílias e embarcações recreativas durante a tarde de domingo
A cheia do Rio Acre em Rio Branco, que tem causado transtornos a dezenas de famílias ribeirinhas, também acabou se transformando em cenário de lazer para proprietários de veículos aquáticos, como jet-skis e lanchas, que aproveitaram o nível elevado do rio para se divertir neste domingo.
As regiões da Gameleira e do bairro da Base concentraram a maior movimentação. Em meio à descida de balseiros e à água barrenta, diversos condutores colocaram suas embarcações na água para realizar passeios e manobras, atraindo a atenção de quem acompanhava tudo do calçadão.
No calçadão da Gameleira, centenas de pessoas — entre adultos, crianças e até animais de estimação — aproveitaram a tarde ensolarada para caminhar, socializar e observar a movimentação no rio, transformando o local em um ponto de encontro informal.
Apesar de algumas manobras consideradas arriscadas, não houve registro de acidentes envolvendo jet-skis ou lanchas ao longo do dia, segundo informações apuradas.
As autoridades, no entanto, reforçam o alerta para que os condutores mantenham cautela, especialmente durante o período de cheia, quando há aumento do fluxo de balseiros, troncos e outros obstáculos que podem representar riscos à navegação recreativa.
























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