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Acre

Dupla envolvida em morte de jovem que não teve corpo achado no AC é condenada a mais 60 anos

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Camila Cristine de Souza Freitas e José Natanael Aquino Duarte foram julgados nessa quinta-feira (5), na 1ª Vara do Tribunal do Júri, em Rio Branco. Em dezembro do ano passado, quatro pessoas já tinham sido condenadas pelo crime.

Após quase 12 horas de julgamento, os réus Camila Cristine de Souza Freitas e José Natanael Aquino Duarte foram condenados a penas que, somadas, chegam a 60 anos por envolvimento na morte de Kesia Nascimento da Silva, de 20 anos, ocorrida em 2020. O júri ocorreu nessa quinta-feira (5) na 1ª Vara do Tribunal do Júri, em Rio Branco.

Os réus foram condenados por homicídio, ocultação de cadáver, corrupção de menores e omissão. Além dos acusados, dez testemunhas foram ouvidas durante o julgamento.

Conforme o Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC), Camila foi condenada a 32 anos, 9 meses e 10 dias e José Natanael a 27 anos, 9 meses e 10 dias, em regime inicial fechado e sem direito de recorrer em liberdade.

Kesia sumiu no dia 28 de janeiro de 2020 em Rio Branco e, apesar de o corpo dela nunca ter sido encontrado, a polícia concluiu que a jovem foi morta. Em novembro do mesmo ano, a Justiça do Acre aceitou denúncia contra nove pessoas acusadas de participação na morte da jovem.

Em dezembro do ano passado, quatro pessoas foram condenadas a penas que, somadas, ultrapassaram 110 anos de prisão. O júri também ocorreu na 1ª Vara do Tribunal do Júri. O grupo respondeu pelos crimes de homicídio duplamente qualificado, corrupção de menores, ocultação de cadáver e por integrar organização criminosa.

Entre os réus estavam: Thalysson Jesus da Silva, João Vitor da Cunha Pereira, Moisés Inácio da Silva, Ana Lúcia Barros de Oliveira, todos presos no Acre. Thalysson, Moisés Inácio e João Vitor foram condenados a 30 anos e 4 meses cada um. Já Ana Lúcia levou uma pena de 27 anos e 9 meses. Na decisão, a juíza Luana Campos negou o direito de os réus recorrerem a liberdade.

Além desses seis que já foram condenados, Amanda de Lima Moura, que está foragida, Rita Rocha Nascimento e Veralucia Marques, que estão presas em São Paulo, também são acusadas do crime mas tiveram os processos desmembrados.

Crime assistido por videoconferência

 

Kesia sumiu após deixar o filho pequeno em uma lanchonete da família, na Estrada da Floresta, em Rio Branco. Ela tinha esquizofrenia, fazia tratamento contra a doença e tomava remédios.

As investigações da Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) apontaram que a ordem para matar a jovem partiu de duas mulheres que estavam em São Paulo. As suspeitas foram presas no dia 15 de outubro de 2021, durante a terceira fase da Operação Sinapse, da Polícia Civil. Elas teriam assistido a execução de Kesia por videoconferência, após a jovem passar pelo ‘tribunal do crime’.

A polícia concluiu ainda que a jovem foi morta, decapitada e esquartejada e depois teve o corpo jogado no Rio Acre. A motivação do crime seria porque a jovem teria mudado de facção criminosa e, então, foi vítima de uma retaliação.

Além dos nove acusados, dois adolescentes também foram apontados pela polícia como participantes do crime.

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Acre

Acre receberá R$ 35 mil para compra de testes rápidos de gravidez

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Foto: José Cruz/Agência Brasil

O Ministério da Saúde autorizou nesta terça-feira, 22, o repasse de R$ 35.024,00 ao estado do Acre para a compra de testes rápidos de gravidez, recurso destinado diretamente aos 22 municípios acreanos. O valor será transferido em parcela única e corresponde ao custeio integral estimado para o abastecimento das unidades de saúde no ano de 2024.

O maior repasse foi destinado à capital Rio Branco, que receberá R$ 12.460,00, correspondente a 6.230 testes rápidos. Em seguida aparecem Cruzeiro do Sul (R$ 3.730,00) e Tarauacá (R$ 2.734,00). Cidades como Feijó (R$ 2.052,00) e Sena Madureira (R$ 1.894,00) também estão entre as mais beneficiadas.

Já municípios pequenos, como Santa Rosa do Purus, terão acesso a um valor mínimo de R$ 486,00, suficiente para a compra de 243 testes rápidos. Segundo o Ministério da Saúde, a metodologia de cálculo considerou o número de nascimentos registrados em 2023 acrescido de 10% para reserva técnica, além de um valor mínimo de R$ 200,00 por município.

O texto da Portaria GM/MS Nº 7.628 destaca que, nas localidades com presença de mulheres indígenas atendidas pelo Subsistema de Atenção à Saúde Indígena (SASISUS), os testes deverão ser repassados aos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI), garantindo o abastecimento proporcional à população atendida.

O recurso financeiro será liberado pelo Fundo Nacional de Saúde diretamente aos fundos municipais. A prestação de contas deverá ser realizada por meio do Relatório Anual de Gestão (RAG) e aprovada pelos Conselhos Municipais de Saúde.

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Acre

Novo PAC Saúde destina quase R$ 17 milhões para fortalecer o SUS no Acre

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Marcello Casal/Agência Brasil

O estado do Acre vai receber um investimento de R$ 16,9 milhões do governo federal para fortalecer a rede pública de saúde. Os recursos, anunciados pelo presidente Lula e pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, fazem parte do Novo PAC Seleções 2 e visam ampliar a capacidade de atendimento do Sistema Único de Saúde (SUS) nos municípios acreanos.

Com o valor, o estado será contemplado com 90 novas obras, veículos e equipamentos. Dentre os destaques estão a construção de duas novas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e a entrega de 39 combos de equipamentos que irão estruturar unidades já existentes. Também serão instalados 39 kits para teleconsulta, possibilitando o atendimento remoto por médicos especialistas e reduzindo o deslocamento da população, principalmente das áreas mais isoladas.

O investimento inclui ainda 8 unidades odontológicas móveis, que levarão atendimento bucal para regiões de difícil acesso, e um novo veículo para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192), destinado à renovação da frota no estado.

A expansão da rede de atenção primária é uma das principais apostas do Ministério da Saúde para reduzir filas por consultas, exames e cirurgias. O objetivo é qualificar os atendimentos nas UBSs e, com isso, aliviar a pressão sobre hospitais e unidades de média e alta complexidade.

Além das novas obras e equipamentos, as UBSs acreanas também serão modernizadas com kits para teleconsultas assistidas, câmaras frias exclusivas para vacinas, ultrassons portáteis, retinógrafos e espirômetros digitais, ampliando o leque de atendimentos e diagnósticos ofertados no interior do estado.

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Acre

Acre fica fora da expansão da soja na Amazônia, apesar de ser o principal produto de exportação do estado

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Dados da SpectraX mostram crescimento de 20,7% na área plantada na região, puxado por MT, PA e RO; no Acre, apenas Capixaba se destaca na produção, mesmo com soja liderando vendas externas

O município de Capixaba, no interior do Acre, tem uma das maiores produções da leguminosa no estado. Foto: captada

Enquanto a soja avança a passos largos na Amazônia Legal, com aumento de 20,7% na área plantada para a safra 2024/2025, o Acre permanece à margem desse movimento. Dados da empresa de inteligência territorial SpectraX revelam que estados como Mato Grosso, Pará e Rondônia lideram a expansão do grão, convertendo pastagens degradadas em lavouras. Já Acre, Amazonas e Amapá não registraram crescimento significativo.

Cenário Acreano

Apesar de não acompanhar a expansão regional, a soja foi o carro-chefe das exportações do Acre em 2024, com US$ 21 milhões em vendas externas, segundo a ApexBrasil. O município de Capixaba concentra a maior produção estadual, mas em escala muito menor que os vizinhos da Amazônia.

Desafios Climáticos

Jorge Viana, presidente da ApexBrasil, alertou no início do ano para os riscos que as mudanças climáticas representam ao grão no Acre:

“Tudo depende de chuva, de seca. Precisamos de políticas de prevenção para proteger a agropecuária acreana”, destacou.

O temor é que a falta de investimentos em infraestrutura e adaptação climática mantenha o estado fora do circuito de expansão da sojicultura.

Apesar de o Acre ter ficado de fora expansão da soja na Amazônia, o produto foi o mais exportado em 2024, de acordo com dados divulgados pela (ApexBrasil). Foto: art

Contraste Regional
  • Crescimento na Amazônia Legal: +20,7% (MT, PA e RO como líderes)

  • Acre: Estagnação nas áreas plantadas

  • Paradoxo: Maior produto de exportação (US$ 21 mi), mas sem expansão territorial

Especialistas apontam que a falta de logística adequada e políticas de incentivo específicas mantêm o Acre dependente de nichos de produção, enquanto a soja transforma o agronegócio em outros estados da região amazônica.

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