Acre
Dos 20 leitos de UTI pediátrica, 15 estão ocupados em estrutura montada no Into-AC
UTIs pediátricas só são ofertadas em Rio Branco, que atende as demandas das 22 cidades do estado. Estrutura do Hospital da Criança foi transferida para o Into.

Dos 20 leitos de UTI pediátrica, 15 estão ocupados em estrutura montada no Into-AC — Foto: Ágatha Lima/Rede Amazônica Acre
A Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre) confirmou que, dos 20 leitos pediátricos existentes no estado, e que estão todos concentrados em Rio Branco, 15 estão ocupados. O estado do Acre vem enfrentando o aumento das internações de crianças com síndrome respiratórias graves e mortes pela doença. Na terça-feira (14), a Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre) confirmou mais uma morte por síndrome respiratória grave. Agora, são dez óbitos de crianças em menos de dois meses.
Laura Pontes, gerente-geral do Sistema Assistencial da Saúde da Mulher e da Criança (Sasc), informou que as 15 crianças que estão na unidade de terapia intensiva não são só de casos de síndromes respiratórias, mas também outras comorbidades.
Esse aumento dos casos expôs a falta de estrutura dos hospitais para atender crianças, já que o pronto-socorro é a referência para atendimentos graves na capital. O governo então, ao transferir a estrutura do Hospital da Criança para o Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Acre (Into-AC), aumentou o número de leitos de UTI de nove para 20, sendo que as UTIs são denominadas, UTI 1 e UTI 2, com dez leitos cada.
Atendimentos
No último boletim da Sesacre, divulgado ainda na terça-feira (14), na primeira ala eram oito crianças na UTI e na segunda sete crianças, totalizando assim 15 crianças com cuidados intensivos.
“O estado de saúde das crianças está em evolução e, graças a Deus, estáveis. A gente atende demanda hoje de crianças de meses até cinco anos na UTI. No momento estamos conseguindo comportar todas as demandas que estão vindo para o Hospital da Criança”, disse Laura.
Essas 20 UTIs pediátricas são para atender todo o estado, uma vez que só estão disponibilizadas em Rio Branco e só são ofertadas pela rede pública.
“Tem paciente de Cruzeiro do Sul, crianças de outros municípios, Xapuri, e das enfermarias também. Lembrando que o hospital da Criança não é um hospital de emergência, então a gente não recebe a criança de primeiro. A gente recebe como referência, que vem de outros municípios PS e UPA”, explica.
Em meio a tudo isso, o governo decidiu transferir as instalações e pacientes do Hospital da Criança de Rio Branco para o prédio do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Acre (Into-AC). A transferência de 63 crianças começou no sábado (11). Segundo Laura, essa mudança já estava prevista.
“A gente já estava desde o mês de janeiro trabalhando nessa possibilidade de mudança, porque conseguimos a autorização do destombamento do patrimônio da maternidade, que liga o hospital da criança, então a gente precisou passar por esse processo para fazermos as reformas necessárias que já estavam vigentes no planejamento da Sesacre”, explicou.
Para evitar que as crianças cheguem a um quadro grave das doenças respiratórias, a gerente-geral destacou que é necessário reforçar o esquema vacinal e redobrar os cuidados sanitários.
“Como orientação, a gente sempre pede o reforço das vacinações, que elas estejam em dia, conforme a programação da saúde municipal que está fazendo as campanhas de imunização das crianças, também evitar que as crianças tenham contato próximo com relação a ambientes fechados e uso de máscara e álcool.”
Leitos
De acordo com a Sesacre os leitos no Hospital da Crianças, que estão funcionando no Into estão distribuídos da seguinte forma:
- Leitos de enfermaria: 60
- Semi-intensiva: 10
- UTI: 20
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Bebês morreram de síndromes respiratórias em Rio Branco e pais alegam negligência — Foto: Arquivo pessoal
Pais denunciam negligência
As famílias das crianças que morreram vítimas de síndromes gripais em Rio Branco ainda buscam uma explicação para a perda dos pequenos. Pelo menos quatro mães já se juntaram e pretendem entrar na Justiça contra o estado, por entenderem que houve negligência no atendimento das vítimas.
Em comum, elas relatam que os bebês deram entrada em unidades de saúde da capital com sintomas gripais, logo o quadro deles agravou e não havia leito de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) disponível para internação. Sobre isso, o governo disse que não vai se manifestar.
A 1ª Promotoria de Justiça Especializada de Defesa da Saúde, do Ministério Público do Acre informou que vai apurar se houve omissão no atendimento a crianças e a disponibilidade de leitos de pediatria, medicamentos e insumos da rede pública estadual, destinados ao atendimento de crianças acometidas de vírus respiratórios.
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Acre
Água invade ruas, casas e deixa praça submersa

Foto: David Medeiros
A forte chuva que atinge a capital acreana desde a madrugada desta sexta-feira (26) continua causando transtornos em diversos pontos de Rio Branco. A reportagem do ac24horas Play segue acompanhando a situação e esteve no bairro Plácido de Castro, na Travessa Tabosa, onde a água já invadiu residências.
De acordo com o repórter David Medeiros, que entrou na área alagada para registrar a situação, a água tomou as ruas do bairro e invadiu várias casas. Com o avanço da enxurrada, veículos já não conseguem trafegar pelo local, e moradores precisaram retirar carros das garagens às pressas para evitar prejuízos.

Foto: David Medeiros
Ainda segundo os relatos, o sistema de drenagem não suportou o volume da chuva, problema recorrente na região. Imagens registradas pela reportagem mostram a pracinha do bairro completamente submersa.
Morador da área, Roni relatou a preocupação com o aumento constante do nível da água e o risco de transbordamento para dentro da residência. “A água tá aumentando, tá subindo. Já chegou na área da frente e na de trás, agora tá entrando dentro da casa. Toda vez que chove forte acontece isso aqui. Ainda bem que agora estão mexendo nas galerias, senão já estaria tudo debaixo d’água”, afirmou.

Foto: David Medeiros
Com a continuidade das chuvas, moradores do bairro amanheceram tentando salvar o que é possível dentro de casa, enquanto quintais e áreas externas seguem completamente alagados.
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Acre
Estrada do Calafate volta a ficar debaixo d’água em Rio Branco

Foto: Eduardo Gomes e David Medeiros
Mais uma vez, como ocorre sempre que chove, moradores da região do bairro Calafate enfrentam dificuldades para trafegar pela estrada de acesso ao bairro, que ficou alagada em razão das chuvas registradas nesta sexta-feira (26), em Rio Branco.
Imagens captadas pela reportagem mostram a via completamente tomada pela água nas proximidades da Igreja Batista do Bosque (IBB) e da Havan, área que costuma registrar transtornos recorrentes durante períodos de chuva intensa, dificultando a passagem de veículos.
O trecho é uma baixada historicamente afetada por alagamentos, o que gera preocupação entre moradores e condutores. Em meio ao avanço da água, algumas pessoas aguardam em pontos de ônibus, enquanto a mobilidade no local se torna cada vez mais comprometida.
De acordo com o coordenador municipal da Defesa Civil, tenente-coronel Cláudio Falcão, informação divulgada pelo repórter David Medeiros, a previsão é de que as chuvas continuem pelo menos até as 13h desta sexta-feira, mantendo o alerta para novos alagamentos na capital. Nas últimas 24 horas, o volume de chuva já ultrapassou os 70 milímetros em Rio Branco.

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