Acre
Dilma saiu do Acre sem enfrentar protestos e de bem com o povo
Da redação, com ac24horas
Para uma presidente que ficou três anos, dois meses e meio sem pisar em solo acreano, a recepção no Parque de Exposição Marechal Castelo Branco, na tarde de sábado, 15, durante visita à Rio Branco, foi calorosa. Tinha poucas famílias desabrigadas esperando, mas ao ouvir os gritos de Dilma! Dilma! a presidente não resistiu, quebrou o forte esquema de segurança feito por homens do Exército Brasileiro para cair nas graças do povo.
Sem o tradicional colete laranja (da Defesa Civil) e utilizando roupa leve apropriada para o calor da região, ela teve dificuldades para caminhar ao lado do cordão de isolamento. Crianças e pessoas de todas as idades com máquinas fotográficas ou aparelhos de telefone celular nas mãos, tentavam registrar a passagem da maior mandatária do país.
Entre um flash e outro a presidente respondia a alguns questionamentos feitos pela população, a maioria, pedindo casas para morar. “Eu venho entregar Casas do Programa Minha Casa, Minha Vida, junto com o governador”, garantiu Dilma Rousseff.
Na entrada do portão principal de acesso ao Parque, a presidente reclamou do excesso de militares que impedia seu contato corpo a corpo com a população. “Tira esses militares daqui”, exigiu Dilma.
Foi nesse momento que a presidente fez um dos gestos mais marcantes de sua rápida visita ao Parque. Ao ouvir o apelo da dona de casa Maria Antônia para tirar uma foto, Dilma parou, pegou o guarda-chuva da dona de casa, abriu e em seguida, posou para fotografia.
“Fiquei tão emocionada que me esqueci de lhe pedir uma casa para morar com minha família”, disse Maria Antônia ao ac24horas. Moradora do bairro Cidade Nova, a dona de casa disse que viveu um dos momentos mais inesquecíveis de sua vida.
“Vai ficar bem guardadinho mesmo!”, exclamou.
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Mas nem todos tiveram a mesma sorte de Maria Antônia. A notícia da possível visita da presidenta Dilma ao Parque correu cedo causando expectativa na maioria dos mais de 4 mil desabrigados. Ainda pela manhã, foi grande a movimentação de mães e crianças tomando banho no banheiro público, se preparando para receber a comitiva oficial.
Dona Maria de Fátima e o marido, Jorgean Monteiro, se posicionaram em frente ao box próximo da hora do almoço com a esperança de apertar a mão da presidenta Dilma. Dona Francisca, aos 79 anos, disse à reportagem que ouve falar de Dilma somente pela televisão. Cedo ela arrumou o espaço que passa o período da alagação. “Quero ver a presidente de pertinho e realizar um grande sonho, a gente só ouve falar dela pela televisão”, comentou Francisca.
Nem Maria de Fátima, nem Jorgean e nem dona Francisca apertaram a mão da presidente. Dilma voltou do primeiro inventário (local onde se guarda os móveis dos desabrigados) na entrada do Parque. Até a presidente saiu frustrada quando tentou visitar os desabrigados da Tenda X.
“Assim não dá, entra todo mundo!”, reclamou Dilma que voltou rapidamente de dentro de um dos abrigos. Ela também encurtou o caminho na visita ao Centro de Multimeios invadido pela multidão que a acompanhava. Mas não perdeu o bom humor. Dilma ainda teve tempo de posar para fotografias ao lado da primeira dama Marlúcia Cândida de quem recebeu um kit com produtos da região, e até com a imprensa que fez a cobertura de sua visita em Rio Branco.
Durou vinte minutos o tempo de visita da presidente aos desabrigados. A reportagem voltou ao box do casal Fátima e Jorgean que não viram a presidente de perto. “Foi uma visita de médico”, lamentaram. Já a dona de casa Maria Antônia (foto abaixo), que dividiu o sombreiro com a presidente Dilma, pediu a cópia da imagem que registrou o momento inesquecível em sua vida e na vida do pequeno Michel, filho que ela carregava nos braços.
Correria e desinformação – O encontro da presidente Dilma Rousseff com o povo do Acre foi marcado por muita correria e desinformação. Até a chegada da presidente em solo acreano, ainda não estava confirmada a sua visita ao Parque de Exposição Marechal Castelo Branco.
Mesmo assim, o espaço foi preparado. Segundo a Defesa Civil Municipal, o governador Sebastião Viana foi ao Parque nas primeiras horas da manhã. Durante todo o dia, máquinas e trabalhadores correram contra o tempo na limpeza da rota por onde a presidenta deveria passar.
Dilma não cumpriu a rota programada, reclamou em diversos momentos dos seguranças e da organização, mas saiu da capital acreana sem enfrentar nenhum protesto e de bem com quem conseguiu ficar pertinho de uma das mulheres mais poderosas do mundo.
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Prefeitos de Assis Brasil e Jordão discutem soluções para destinação do lixo com Bocalom
Os gestores trataram sobre a criação do consórcio de prefeituras que se unem para dar a destinação correta aos resíduos sólidos de suas cidades
Com Ascom
O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, recebeu, em seu gabinete, nesta quinta-feira (30), os prefeitos Jerry Coreia, de Assis Brasil e Naudo Ribeiro, do município de Jordão. Os gestores trataram sobre a criação do consórcio de prefeituras que se unem para dar a destinação correta aos resíduos sólidos de suas cidades. A iniciativa busca atender os municípios do Acre, especialmente os mais isolados, que enfrentam dificuldades na gestão de seus lixões a céu aberto.
Durante o encontro, o prefeito de Assis Brasil, Jerry Correia, destacou a urgência da solução, já que o município acumula mais de R$ 3 milhões em multas por conta de um lixão irregular. Assis Brasil produz cerca de 40 toneladas de resíduos sólidos por semana e pretende encaminhar parte desse volume para tratamento na Unidade de Tratamento de Resíduos Sólidos (Utre), em Rio Branco.
“A gente acredita que isso é uma solução não permanente, mas que tiraria os municípios que têm condições de chegar até a capital, neste momento da situação dramática que vive aí junto aos órgãos controladores. Aí vem a nossa gratidão ao prefeito Tião Bocalom pela forma que ele tem também priorizado olhando para os municípios do interior” , disse Jerry Correia.
Por outro lado, o município de Jordão, adotará um modelo diferente devido ao seu isolamento geográfico e às restrições ambientais. Como alternativa, Jordão pretende instalar uma Usina Termoplástica para reciclar até 80% de seus resíduos, transformando-os em materiais reutilizáveis, como meio-fio e tijolos.
“É uma solução mais rápida que a gente encontrou foi a termoplástico, uma usina que a gente está correndo atrás de instalar no município, para que a gente possa reciclar 80% do lixo do nosso município, podendo melhorar essa situação. Essa é a alternativa mais viável que tem para Jordão e a gente está buscando recurso para que a gente possa executar esse projeto e colocar em prática, mudando a realidade daquele município lá no meio da floresta amazônica, podendo ter aí o resíduo 80% reciclado”, explicou Naudo Ribeiro.
“Quando a gente criou o consórcio foi nesse sentido, no sentido de a gente facilitar as coisas, para poder resolver o problema dos 22 municípios, não apenas de Rio Branco como nós temos hoje e é claro, eu imediatamente me dispus. A Prefeitura de Rio Branco está pronta para ajudar os nossos municípios a buscar soluções. Aí criamos o consórcio, graças a Deus está andando muito bem”, enfatizou Bocalom.
Uma reunião com os 13 prefeitos que compõem o consórcio está marcada para o final de fevereiro, onde serão discutidas novas estratégias para o gerenciamento de resíduos sólidos. Além disso, Bocalom mencionou que Rio Branco está investindo em uma usina própria para processar materiais recicláveis e produzir produtos termoplásticos, seguindo o modelo que foi observado em uma visita técnica realizada em Santa Catarina.
Veja vídeo:
“Nós vimos lá a indústria funcionando, realmente é uma alternativa muito boa, e que o município de Jordão, por exemplo, já vai adotar esse projeto aqui e Rio Branco também está comprando, com recursos próprios, uma usina pequena, que vai beneficiar a princípio aí alguma coisa em torno de três toneladas e meio/dia, para transformar o lixo reciclado. A gente vai aqui em Rio Branco receber lixo reciclado, para transformar também em produto termoplástico: pode ser um meio fio, um tijolinho para botar no chão. Tem o que você quiser fazer, o que manda é a forma que você manda fazer, porque o restante é só prensar e você ter o produto que você quiser”, concluiu.
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Saúde alerta sobre a importância da vacinação contra a COVID-19 após mortes no Juruá
A Secretaria Estadual de Saúde reafirma o chamado para que a população busque a imunização e permaneça atenta aos sintomas respiratórios, contribuindo para a proteção coletiva contra a COVID-19
A Secretaria Estadual de Saúde reforçou a importância da vacinação contra a COVID-19 após a confirmação de pelo menos sete mortes causadas pela doença na região do Vale do Juruá. Segundo Diane Carvalho, coordenadora regional de saúde, a equipe segue monitorando atentamente a situação local e orientando a população sobre medidas preventivas necessárias.
A vacinação tem mostrado resultados positivos na redução da transmissão e da gravidade da COVID-19. Carvalho destaca que, apesar do aumento de casos nesta temporada, o número de internações e agravamentos tem sido baixo, refletindo a adesão da população às vacinas.
O estado também se preparou para a temporada sazonal de síndromes gripais, com um dia específico de vacinação em outubro do ano passado, o que ajudou a manter os números confortáveis em comparação ao ano anterior. “É importante que as pessoas com comorbidades, como problemas cardíacos e pulmonares, continuem se protegendo, pois ainda estão em risco”, explica Carvalho.
Além da vacinação, recomendações incluem o uso de máscaras em locais públicos e a higienização frequente das mãos. A Secretaria Estadual de Saúde reafirma o chamado para que a população busque a imunização e permaneça atenta aos sintomas respiratórios, contribuindo para a proteção coletiva contra a COVID-19.
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Polícia Civil do Acre participa de curso de capelania e celebra formação do primeiro capelão da instituição
A capelania é um serviço de apoio espiritual e emocional realizado por capelães treinados, que atuam em hospitais, forças de segurança, escolas, presídios e outras instituições, levando conforto e orientação às pessoas que enfrentam momentos difíceis
Nesta sexta-feira, 31, a Polícia Civil do Acre (PCAC) participou do curso de capelania promovido no auditório do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), em Rio Branco. Durante a solenidade, 39 formandos de diversas instituições receberam a certificação e a entrega das insígnias, que simbolizam o compromisso dos capelães em prestar assistência espiritual em diferentes contextos.
A capelania é um serviço de apoio espiritual e emocional realizado por capelães treinados, que atuam em hospitais, forças de segurança, escolas, presídios e outras instituições, levando conforto e orientação às pessoas que enfrentam momentos difíceis.
Entre os formandos estava o agente de polícia Gesly Alves da Rocha, que se tornou o primeiro capelão da PCAC. “Esse é um momento histórico na minha vida, pois vejo um mover de Deus em direção às pessoas por meio de um amor genuíno pelo próximo. Encaro esse desafio como ímpar, pois irei levar mensagens de amor aos que mais precisam. Toda a equipe da nossa instituição estará disponível para oferecer apoio espiritual e emocional”, destacou o capelão.
O delegado Adjunto, Cleylton Videira, presente na solenidade, ressaltou a importância desse marco para a Polícia Civil: “A capelania traz um suporte essencial para nossos policiais, que lidam diariamente com desafios intensos. A nomeação do primeiro capelão da PCAC representa um avanço no cuidado com o bem-estar emocional e espiritual de nossos servidores e da população atendida pela instituição.”
O coronel e diretor do Ministério Pão Diário, responsável pelo curso, Ailton Bastos também enfatizou a relevância do apoio às capelanias em todo o Brasil. “O trabalho dos capelães é fundamental para fortalecer aqueles que enfrentam desafios físicos e emocionais. Nosso compromisso é continuar apoiando e capacitando esses profissionais, garantindo que mais instituições possam contar com esse suporte essencial”, afirmou.
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