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Dilma diz que não indicou Cerveró e que ‘não sabia de tudo’
A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta segunda-feira, 30, que ficou “perplexa” com a prisão do senador Delcídio Amaral, líder do PT no Senado, e voltou a garantir que não indicou o ex-diretor de Internacional da Petrobras Nestor Cerveró para ocupar o cargo na estatal e que “não sabia de tudo” no momento da compra da refinaria de Pasadena.
As declarações são as primeiras feitas pela presidente Dilma Rousseff a respeito do caso desde a prisão do senador e da revelação do áudio gravado por Bernardo Cerveró, no qual o jovem afirma que seu pai escreveu em sua delação premiada que a presidente “sabia de tudo” sobre a compra da refinaria. Dilma afirmou primeiro que não indicou Cerveró à direção da Petrobras, contrariando a versão de Delcídio no áudio gravado. “Eu não indiquei Nestor Cerveró para a diretoria da Petrobras. Eu acredito que o senador Delcídio se equivoca. Ele não é minha indicação, ele não é da minha relação, e isso é público e notório”, argumentou.
Sobre o caso Pasadena, Dilma desmentiu a versão de que estivesse informada sobre as implicações da compra da refinaria nos Estados Unidos. “Ele vem falando isso durante a CPI da Petrobras. Eu acredito que é uma forma de tentar confundir as coisas”, sustentou. “Não só eu não sabia de tudo, como foi detectado – e isso todos os conselheiros que estavam comigo no Conselho da Petrobras podem atestar – que quando soubemos que ele não havia dado todos os elementos para nós, eu fui uma pessoa que insisti para ele sair.”
Dilma fez ainda questão de frisar que não tinha relações com Cerveró anteriores à sua nomeação. “Eu não tenho relação com Nestor Cerveró”, reiterou. Questionada sobre por que Cerveró afirmara que a presidente estava informada, Dilma disse: “Eu acho que ele pode não gostar muito de mim.”
Sobre a prisão do senador, Dilma afirmou ter ficado “perplexa” ao receber a notícia. “Obviamente fiquei bastante surpresa com a prisão do senador Delcídio”, disse, descartando ter medo de que sua eventual delação premiada prejudique seu governo. “Não tenho nenhum temor com a delação do senador Delcídio. Fiquei perplexa porque jamais esperei que pudesse acontecer com o senador Delcídio.”
A presidente também descartou que a prisão do ex-diretor-presidente do banco BTG Pactual André Esteves possa provocar novas revelações de corrupção relacionadas ao seu governo. “No que se refere ao outro preso, que é CEO do banco BTG, eu o conheci muito mal. Não tive relações sistemáticas com ele”, argumentou, lembrando que encontrou-se com o banqueiro em fóruns empresariais. “Aliás, o conheci em fóruns, como o de Davos.”
Questionada sobre se a prisão do senador pode impedir ou prejudicar o trâmite de projetos como o ajuste fiscal no Congresso, a presidente disse que sua prisão provoca um impacto pelas boas relações que o parlamentar tinha com a base aliada e até mesmo com a oposição, mas que o governo segue em frente. “O senador Delcídio era de fato uma pessoa bastante bem relacionada no Senado. Nós o escolhemos porque ele era bem relacionado, inclusive com a oposição”, reconheceu. “Mas, infelizmente, nenhum de nós é insubstituível. As questões com o Congresso vão se dar normalmente, (…) vai desempenhar sua função em relação à economia do País, às suas funções no País.” Com informações do Estadão Conteúdo.
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Secretário de Meio Ambiente de Ananindeua é afastado após denúncia de estupro e assédio
Ex-funcionária acusa gestor de estupro, assédio sexual e ameaças; caso está sob investigação da Polícia Civil
O secretário municipal de Meio Ambiente de Ananindeua, na região metropolitana de Belém (PA), Fábio Rogério Moura Montalvão das Neves, foi afastado do cargo após se tornar alvo de investigação por suspeita de estupro, assédio sexual e ameaça.
O afastamento foi oficializado em edição extra do Diário Oficial do Município, publicada na quinta-feira (18). A Prefeitura de Ananindeua informou, na sexta-feira (19), que o gestor permanecerá fora da função até a conclusão das investigações.
A denúncia foi feita por uma ex-funcionária, que acusa o secretário de estupro, assédio sexual e ameaças. O caso está sob apuração da Divisão Especializada no Atendimento à Mulher (DEAM) e segue em sigilo, segundo a Polícia Civil.
Até o momento, não foram divulgados detalhes sobre quando a investigação foi iniciada, em que circunstâncias teriam ocorrido os fatos denunciados ou o período em que a denunciante trabalhou com o secretário.
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PF apreende R$ 5 mil em notas falsas enviadas pelos Correios em Belém
Encomenda partiu do Rio Grande do Sul; destinatária confessou o crime e foi indiciada
A Polícia Federal apreendeu R$ 5 mil em cédulas falsas que chegaram a Belém (PA) pelos Correios, em uma encomenda enviada do Rio Grande do Sul.
Segundo a PF, os agentes identificaram a destinatária da remessa, que, ao ser interrogada, confessou o crime e foi indiciada por recebimento de moeda falsa. O nome da suspeita não foi divulgado.
A corporação destacou que a circulação de notas falsificadas é um crime grave, com impactos diretos na economia e na sociedade. As investigações seguem para identificar os responsáveis pela produção e envio das cédulas, além de apurar a possível participação de outros envolvidos.
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Homem morre após ser atingido por flechas indígenas no Amazonas

Foto: Reprodução
A Polícia Civil investiga um conflito envolvendo indígenas da etnia Pirahã que resultou na morte de um homem e deixou outra pessoa ferida, no quilômetro 45 da BR-230 (Transamazônica), no sul do Amazonas. O caso ocorreu nessa semana e gerou protestos de moradores, que chegaram a interditar a rodovia na quarta-feira (17).
Segundo relatos da comunidade, os Pirahã vivem de forma nômade e recebem assistência da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai). Moradores afirmam que, em períodos de falta de apoio, principalmente de alimentos, os conflitos com comunidades vizinhas acabam se intensificando.
De acordo com testemunhas, pessoas que estavam em uma canoa em um rio da região foram atacadas com flechas. Uma das vítimas morreu no local, e o corpo foi encontrado pouco depois. A outra pessoa foi atingida no abdômen e levada ao Hospital Regional de Humaitá.
Em nota, a Polícia Civil informou que a Delegacia Interativa de Polícia (DIP) de Humaitá conduz as investigações iniciais e avalia se o caso será encaminhado à Polícia Federal para medidas complementares.
A Funai declarou que acompanha a situação junto ao Ministério dos Povos Indígenas (MPI) e que as forças de segurança foram acionadas. A autarquia destacou que não executa diretamente ações de segurança pública, mas pode articular e acionar os órgãos competentes quando necessário.
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