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Brasil

Dilma admite ‘problemas graves’ na saúde

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Dilma diz que Brasil está a ‘muitos passos’ de saúde de qualidade

Para ela, é preciso resolver ‘problemas graves’, como falta de especialistas.
Presidente e candidata à reeleição participou de ato com prefeitos no RS.

G1

Dilma Rousseff em entrevista à imprensa após encontro com prefeitos gaúchos (Foto: Estevão Pires / G1)

Dilma Rousseff em entrevista à imprensa após encontro com prefeitos gaúchos (Foto: Estevão Pires / G1)

Durante encontro com prefeitos e vereadores de cidades gaúchas neste sábado (23), em Porto Alegre, a presidente Dilma Rousseff e candidata à reeleição pelo PT disse que o Brasil ainda precisa enfrentar “problemas graves” na saúde pública, como a falta de médicos especializados. Ela admitiu que o país está a “muitos passos” de um “serviço de qualidade”.

Dilma defendeu o programa Mais Médicos, que concede bolsas a profissionais do país e do exterior para que atuem em periferias e locais afastados, e lembrou que o próprio governo federal arca com o pagamento das bolsas. Segundo ela, o programa foi um “passo imenso”.

“Você deve reconhecer que ainda temos que dar muitos passos na questão de saúde para ter um serviço de qualidade. Vamos enfrentar o problema de acesso a especialidades, como médicos do coração, do pulmão, resolver problemas graves. Mas demos um passo imenso quando criamos o Mais Médicos. Me orgulho de ter trazido para o Brasil mais de 14,6 mil médicos”, afirmou a presidente.

Ela citou que havia uma “necessidade sublime” no Brasil por médicos.

“Nós recebíamos sistematicamente uma reclamação do prefeito que falava que era impossível pagar um salário alto e o médico não vinha. Nós escutávamos isso lá no Amazonas: ‘não tenho como levar médicos para o Rio Solimões’. Falavam: ‘não tenho médico na periferia de São Paulo’. Então, foi a necessidade sublime por uma ausência absurda”, relatou.

Depois do evento, a presidente visitou a BR-448, inaugurada em seu governo, e gravou no local imagens para o horário eleitoral antes de retornar a Brasília.

Mais repasses para municípios
A presidente também disse que apoia o aumento no repasse de verbas federais para os municípios brasileiros. Uma proposta de mudanças no Fundo de Participação dos Municípios (FPM) está em discussão no Congresso, que deverá aprovar o novo percentual dos repasses. Inicialmente, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) sobre o tema previa alta de dois pontos percentuais no repasse – de 23,5% para 25,5% – da arrecadação com Imposto de Renda e Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).

O governo conseguiu aprovar mudança no texto para reduzir o percentual para um ponto, o que amplia o repasse para 24,5%. No discurso aos prefeitos, Dilma defendeu o aumento de um ponto e disse que ajudar as prefeituras é importante para o crescimento do país.

“Além do kit das máquinas para os prefeitos, com retroescavadeira […], caminhão-caçamba para os municípios de até 50 mil habitantes, temos várias outras iniciativas. Combinamos na Marcha dos Prefeitos que seriam liberados R$ 1,5 bilhão para prefeituras, e agora concordamos e apoiamos a iniciativa de ser aprovado um aumento permanente do FPM para mais 1%”, discursou a presidente.

Segundo ela, o governo considera importante “preservar a autonomia das prefeituras quando se trata de colocar dinheiro para manter o custeio”. “As prefeituras e o governo do estado, quando têm dinheiro para investir, contribuem para o crescimento do Brasil”, destacou.

Críticas a adversários
Durante o discurso, a presidente frisou que o governo federal conseguiu manter empregos após a crise financeira internacional, que começou em 2008, e garantiu que o Brasil passará por “um novo ciclo de crescimento”.

“Nós temos retaguarda para enfrentar a crise garantindo o emprego. Por isso, criamos nos primeiros anos mais de cinco milhões de empregos. Nós empregamos 11,5 milhões de pessoas no Brasil. Proporcionalmente, nós estamos entre os que mais empregaram no mundo. Vamos ter um novo ciclo de crescimento, sim.”

A presidente pediu votos e disse que “quem não fez” não pode “se comparar” com o governo do PT. “Estamos preparando o futuro. Nós fizemos. Quem não fez não pode se comparar conosco. Eu quero o voto de vocês. Quero ver de Norte a Sul, a ferrovia do Pará chegar ao Rio Grande, cortando de Norte a Sul. Por isso quero estar aqui vendo isso.”

Dilma também voltou a criticar aqueles que chama de “pessimistas” e frisou, citando o tempo em que foi torturada durante a ditadura militar, que os brasileiros têm “obrigação” de acreditar no Brasil em meio à democracia. “Quero dizer que nós acreditamos no Brasil dentro da cadeia sendo torturada. Na democracia, é obrigação dos brasileiros acreditar”.

Evento suprapartidário
O evento em Porto Alegre reuniu prefeitos, vice-prefeitos e vereadores de pelo menos 13 siglas, incluindo partidos rivais de Dilma na disputa presidencial, como o DEM, PSB e PP.
Autoridades de mais de 250 municípios gaúchos participaram do encontro, com foco em questões de municipalidade e orientações para base eleitorais de Dilma no interior do estado.

Entre os partidos representados ainda estava o PMDB, que, no Rio Grande do Sul, é aliado do PSB, na chapa encabeçada pelo peemedebista José Ivo Sartori. No estado, o diretório da sigla liberou os filiados, hoje divididos entre apoiar Marina Silva, Dilma Rousseff e Aécio Neves.

Prefeito de Rio dos Índios, Salmo Dias Oliveira (PP),contrariou orientação estadual e foi até o Hotel Plaza São Rafael, onde foi realizado o evento, declarar apoio à Dilma. Os progressistas gaúchos, porém, são hoje aliados de Aécio Neves, na chapa liderada por Ana Amélia Lemos, postulante ao governo do estado.

Dilma disse, no discurso, que não verifica o “credo político” do prefeito.

“Eu quero falar que estive aqui em em um momento que considero especial com vários partidos políticos, independente da situação regional ou nacional. São prefeitos que me apoiam. São liderança que eu tenho grande gratidão. Uma delas é o Alceu de Deus Collares (PDT, ex-governador do RS). E com outras pessoas que representam, que expressam a nossa relação com os municípios. O fato de nunca perguntar de qual partido era, de que credo politico era, pois temos em comum o fato de sermos eleitos pelo povo.”

Petrobras e novo aeroporto
Após o evento, em coletiva de imprensa, a presidente Dilma Rousseff não comentou notícias de que o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa poderia fazer um acordo de delação premiada sobre denúncias de corrupção na estatal. “Não vou comentar. E não tenho menor ideia do acordo entre os interessados.”

Ela citou ainda o “clamor” por um novo aeroporto em Porto Alegre, mas frisou que é preciso análise mais detalhada sobre a capacidade do aeroporto Salgado Filho, na capital gaúcha.

“Nós já temos um projeto de expansão do Salgado Filho, mas há um clamor de um novo aeroporto. Você vai fazer uma ampliação se for em uma perspectiva que só for ele. São duas hipóteses que vão ter que ser resolvidas. Durante quanto tempo o Salgado Filho suporta a demanda no Rio Grande do Sul. De 2002 a 2014, houve um aumento impressionante na capacidade dos aeroportos. Desse aumento, 70% ocorreram nos últimos 7 anos e meio. […] Se é já [o novo aeroporto] ou é pra depois é o que precisamos saber.”

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Brasil

Procon desenvolve ações para garantir direitos dos consumidores em compras para Dia dos Namorados

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O chefe de Fiscalização do Procon/AC, John Lynneker Rodrigues, destaca que a iniciativa busca garantir que as relações de consumo sejam transparentes e seguras, especialmente épocas de maior movimento comercial

Fiscais verificam produtos e atuação do comércio com foco no Dia dos Namorados: Foto: cedida

O Procon/AC, em parceria com a Vigilância Sanitária, realiza neste período de 2 a 11 de junho, a Operação Afrodite, uma ação especial voltada para o Dia dos Namorados, comemorado na próxima quinta-feira, 12. A iniciativa abrange todo o Acre, incluindo hotéis, motéis e estabelecimentos comerciais, com o objetivo de assegurar o cumprimento da legislação vigente e orientar empresários sobre as regras na oferta de produtos e serviços aos consumidores.

As ações incluem a verificação da correta sinalização de preços, formas de pagamento, presença do Código de Defesa do Consumidor (CDC) disponível para consulta e políticas de troca adotadas pelas empresas, além de aspectos relacionados à validade, qualidade dos produtos e condições sanitárias, incluindo a emissão de alvarás.

Atividade faz parte do calendário anual do setor de fiscalização do Procon. Foto: Emely Azevedo/Procon

O chefe de Fiscalização do Procon/AC, John Lynneker Rodrigues, destaca que a iniciativa busca garantir que as relações de consumo sejam transparentes e seguras, especialmente épocas de maior movimento comercial, como o período que precede o Dia dos Namorados. “É uma operação já prevista no calendário anual do Procon e tem como objetivo harmonizar as relações de consumo”, enfatiza.

Dicas do Procon/AC

No Dia dos Namorados, muitos casais vão às compras, reservam hotéis, motéis e planejam surpresas e jantares. Para garantir uma comemoração tranquila, o Procon/AC recomenda alguns procedimentos.

Compras de presente

Exija nota fiscal e informe-se sobre a troca. A loja só é obrigada a trocar o produto se o item estiver com defeito. Para troca por gosto ou tamanho, é preciso verificar a política da loja.

Hotéis e motéis

Em caso de reserva em hotéis ou motéis, os preços e condições devem estar claros antes da contratação. Promoções devem ser cumpridas conforme o anúncio. Importante: discriminação de qualquer tipo é crime.

Restaurantes e bares

Ao planejar um jantar romântico, verifique os preços no cardápio e pergunte sobre taxas extras. A cobrança da taxa de 10% é opcional. Exija sempre o comprovante de pagamento.

Compras online

Nas compras fora do estabelecimento (via internet ou telefone), o consumidor tem até 7 dias após o recebimento para desistir, mesmo sem justificativa.

Promoções e combos

Promoção não pode ser “pegadinha”. Todo desconto ou combo anunciado deve ser cumprido. Se houver restrições, devem estar claras. É importante verificar os valores antes e depois da suposta promoção.

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“Estudo revela que 33% das pastagens do Acre têm manejo inadequado, comprometendo produtividade”

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Pesquisa da Embrapa em 246 propriedades mostra que superlotação e falta de planejamento financeiro elevam custos da pecuária de cria; diversificação de capins aparece como ponto positivo

Estudo com 246 propriedades nos Vales do Acre e Sena Madureira revela que más práticas geram bezerros mais leves e custos maiores; baixa escolaridade dos produtores agrava o problema.

Pesquisadores da Embrapa identificaram que cerca de 33% das pastagens do Acre estão com taxas de ocupação acima do ideal, comprometendo a produtividade da pecuária de cria. O problema foi mapeado em 246 propriedades nas regiões dos Vales do Acre e Sena Madureira, que concentram mais de 80% das atividades agropecuárias do estado. Os resultados serão apresentados no 1º Simpósio sobre Pecuária de Cria no Acre, dias 25 e 26 de junho na Ufac.

Impactos do manejo inadequado

Segundo Carlos Maurício Soares de Andrade, um dos autores do estudo, a superlotação provoca:

  • Redução do “score corporal” (condição física do gado);

  • Bezerros desmamados mais leves;

  • Carcaças de animais adultos menos desenvolvidas;

  • Aumento nos custos de produção.

“Sem um bom manejo, o produtor perde em todas as etapas”, alerta Andrade.

Falta de gestão agrava o cenário

O estudo revela ainda que:

  • 75% dos produtores não controlam as finanças da propriedade;
  • Nenhum calcula indicadores técnicos de desempenho do rebanho;
  • Baixa escolaridade dificulta a adoção de tecnologias.

“Decisões são tomadas sem planejamento, o que compromete os resultados”, explica Vitor Hugo Maués Macêdo, coautor da pesquisa.

Pontos positivos: diversidade e leguminosas

Apesar dos problemas, houve avanços:

  • Apenas 6,1% usam um único tipo de capim (ante 90% nas décadas de 1990/2000);
  • 29,3% já plantam 3 variedades e 26,8%, 4;
  • 21% utilizam leguminosas (como puerária e amendoim forrageiro), que melhoram a fertilidade do solo.
Diversidade

Um aspecto positivo na pecuária de cria é a diversidade da pastagem. Depois do susto ocorrido nas décadas de 1990 e 2000, quando o Acre enfrentou uma séria crise de degradação de pastagens (a maior parte dos produtores só usava o brizantão ou braquiarão), os produtores seguiram as orientações da Embrapa. E deu certo.

Atualmente, o estudo mostra que apenas 6,1% dos criadores insistem em usar apenas um tipo de capim na pastagem. A maior parte ou planta três tipos (29,3%) ou planta 4 tipos (26,8%). Cinco tipos de capim nas pastagens são plantados por 12,2% dos produtores. Plantam 6 tipos 2,8% e 1,6% dos produtores plantam 7 tipos de capim.

“As pequenas propriedades de cria têm enfrentado maior dificuldade para investir na reforma de suas pastagens degradadas, de modo que esse processo de substituição ainda levará muitos anos para ser concluído”, assinala o estudo da Embrapa.

Leguminosas

Outro fator positivo é que 21% das propriedades usam leguminosas. Isso é fundamental para fixação do nitrogênio no solo. De acordo com o estudo, 13,8% das fazendas  de cria utilizam a puerária como leguminosa forrageira; 6,1% usam o amendoim forrageiro e 2% usam o calopogônio. “Essa leguminosa, de ocorrência espontânea nas pastagens do Acre, possui boa capacidade de fixação biológica de nitrogênio e tem seu uso recomendado pela pesquisa por contribuir para a manutenção da disponibilidade de nitrogênio no solo da pastagem, importante para sua produtividade”, afirma a pesquisa, lembrando estudo do professor Judson Valentim, também da Embrapa.

“Pequenas propriedades ainda enfrentam dificuldades para reformar pastagens degradadas, mas a diversificação é um caminho promissor”, destaca Maykel Franklin Lima Sales, outro pesquisador envolvido.

“Não fazer um bom manejo gera uma série de fatores negativos”, afirmou Carlos Soares de Andrade, um dos pesquisadores que assina o trabalho. O animal não terá uma alimentação adequada e isso compromete o que os técnicos chamam de “score corporal”. Outro fator negativo é que o bezerro vai sair da desmama mais leve. Isso pode provocar um animal adulto com a carcaça com desenvolvimento comprometido. “No fim do processo, aumentam os custos de produção”.

O simpósio na Ufac debaterá soluções para:

Capacitação técnica dos produtores;
Gestão financeira das propriedades;
Incentivos para renovação de pastagens.

“O Acre tem potencial, mas precisa superar esses gargalos para crescer na pecuária”, concluem os especialistas.

Com fontes da assessoria Embrapa

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Acre segue com o custo mais alto da construção civil do país, aponta IBGE

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O Acre lidera na Região Norte com alta de 5,11% nos custos totais da construção, refletindo um ritmo acelerado em relação aos demais estados da região

O Acre apresentou variação de 0,15% no Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi) em maio de 2025. Foto: ilustrativa

O Acre registrou, em maio de 2025, o maior custo médio da construção civil do país no cenário nacional, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados nesta terça-feira, 10, por meio do Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (Sinapi). Já é o terceiro mês seguido que o Acre fica em primeiro lugar.

Com a desoneração da folha de pagamento, o custo por metro quadrado no estado chegou a R$ 2.073,21, o maior entre os estados da federação. Já sem a desoneração, o custo saltou para R$ 2.200,88 colocando o Acre na segunda posição entre todos os estados brasileiros, atrás apenas de Santa Catarina, cujo valor chegou a R$ 2.212,82.

O Acre apresentou variação de 0,15% no Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi) em maio de 2025. Apesar de ser uma alta mais moderada que a média nacional, que ficou em 0,43%, o estado acumulou, nos últimos 12 meses, um aumento de 7,10% no custo da construção, acima da média brasileira de 5,01%.

No acumulado dos primeiros cinco meses de 2025, o Acre lidera na Região Norte com alta de 5,11% nos custos totais da construção, refletindo um ritmo acelerado em relação aos demais estados da região. A variação mensal da construção no Acre foi de 0,15%, próxima à registrada em Rondônia (0,17%) e abaixo da variação da Região Norte, que fechou em 0,25%. Enquanto o Nordeste registrou a maior variação mensal em maio (0,77%), puxada por estados como Pernambuco (2,88%).

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