Brasil
Despesas com pessoal do Estado do Acre devem subir 16,47% em 2026, chegando a R$ 12,4 bilhões
Secretário Ricardo Brandão detalhou orçamento na Aleac; aumento é o segundo maior entre as despesas correntes e reflete impacto da folha de pagamento no total previsto para o próximo ano

A despesa total prevista com o funcionalismo público atinge R$ 12.399.724.402,17, ante R$ 10.646.311.001,60 previstos na LOA de 2025. Foto: captada
O secretário de Planejamento, Ricardo Brandão, apresentou nesta quinta-feira (11) na Assembleia Legislativa (Aleac) os detalhes do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) para 2026, destacando um aumento expressivo de 16,47% nos gastos com pessoal em relação ao ano anterior. A previsão é que as despesas com o funcionalismo público atinjam R$ 12,4 bilhões no próximo ano.
Em 2025, o valor previsto para a mesma rubrica era de R$ 10,6 bilhões. O crescimento de 16,47%é o segundo maior entre as despesas correntes do estado, evidenciando o peso da folha salarial no orçamento total, estimado em R$ 13,8 bilhões para 2026.
— Esses são os números que a gente apresenta aqui e são base importante para que fique claro do que se trata a LOA e o que o Governo está propondo — afirmou Brandão durante a audiência pública na Aleac, que reuniu deputados, secretários e representantes da sociedade civil.
Além dos valores gerais, o secretário também detalhou como os recursos serão distribuídos entre as principais pastas e áreas de atuação do governo. O orçamento prevê ainda reajuste de 5,08% para todos os servidores em 2026, conforme já anunciado, mas mantém a posição de que não há espaço orçamentário para a criação de novos planos de carreira (PCCRs) no momento.
A votação da LOA 2026 está prevista para os dias 16 e 17 de dezembro, encerrando o ciclo de discussões orçamentárias do ano.
Comparativo orçamentário
- 2026: R$ 12,4 bilhões (previsão)
- 2025: R$ 10,6 bilhões (dotação atual)
- Variação: +16,47%
Contexto das despesas
- Posição: Segunda maior variação entre Despesas Correntes
- Impacto: Folha de pagamento pressiona orçamento total
Declaração: “Esses são os números que a gente apresenta aqui e são base importante para que fique claro do que se trata a LOA” – Ricardo Brandão
O aumento significativo nos gastos com pessoal reflete pressões do funcionalismo por reajustes e a incorporação de novas contratações, em ano em que o governo busca equilibrar as contas públicas enquanto prepara a transição para 2027. A apresentação na Aleac busca transparência em momento de debate sobre prioridades orçamentárias.
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Quatro parlamentares do Acre assinam pela criação da CPMI do Banco Master
Deputados Coronel Ulysses e Roberto Duarte e senadores Alan Rick e Marcio Bittar oficializaram apoio à comissão que vai apurar possível interferência na segurança jurídica

Senadores Alan Rick e Márcio Bittar e deputados Coronel Ulysses e Roberto Duarte apoiam investigação sobre possível interferência política e judicial no banco. Foto: captada
Parlamentares da bancada federal do Acre manifestaram apoio à criação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar o Banco Master e sua relação com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Até o momento, quatro representantes acreanos oficializaram o apoio: os deputados federais Coronel Ulysses (União) e Roberto Duarte (Republicanos) e os senadores Alan Rick (Republicanos) e Marcio Bittar (PL).
A comissão terá como objetivo apurar possíveis interferências que possam comprometer a segurança jurídica e a estabilidade do sistema financeiro nacional. O requerimento para a criação da CPMI segue em tramitação no Congresso Nacional e busca esclarecer a atuação do banco e eventuais vínculos com autoridades do Judiciário.
Posicionamento dos Parlamentares
Os congressistas que defendem a iniciativa argumentam que a transparência é essencial para a preservação das instituições. Confira as principais declarações:
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Roberto Duarte: O deputado destacou que a investigação é necessária diante de suspeitas de fraudes bilionárias e impactos em fundos de previdência de servidores. “O Brasil precisa de transparência e responsabilização. Defender o interesse público é meu compromisso”, afirmou.
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Marcio Bittar: O senador enfatizou a gravidade do caso, sinalizando que a investigação não recuará diante de figuras de autoridade. “Muitas pessoas poderosas estão envolvidas e vamos até o fim”, declarou.
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Coronel Ulysses: Foi o primeiro parlamentar da bancada acreana a assinar o requerimento, dando início à mobilização no estado.
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Alan Rick: O senador confirmou sua adesão ao pedido de abertura da comissão, reforçando o coro pela fiscalização da instituição bancária.
Objetivos da CPMI
A proposta de criação de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar o Banco Master e sua relação com o ministro do STF Alexandre de Moraes tem como objetivo central esclarecer denúncias de interferência política e judicial no sistema financeiro. Para os parlamentares acreanos que apoiam a medida — os deputados Coronel Ulysses e Roberto Duarte e os senadores Alan Rick e Marcio Bittar —, a comissão é vista como o instrumento adequado para oferecer respostas à sociedade sobre a gestão de grandes ativos e o cumprimento das normas legais.
Os defensores da CPMI argumentam que a investigação é necessária para avaliar os riscos que eventuais relações entre instituições financeiras e o Judiciário podem trazer ao cenário econômico brasileiro, especialmente em relação à segurança jurídica e à estabilidade do sistema. A proposta segue em tramitação no Congresso Nacional.
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Prefeitura de Rio Branco inicia desmobilização de abrigos das famílias atingidas por enxurradas
A Prefeitura de Rio Branco, por meio da Coordenadoria Municipal de Defesa Civil, iniciou na manhã desta quarta-feira, 31 de dezembro de 2025, a desmobilização dos abrigos provisórios destinados às famílias atingidas pelas enxurradas causadas pela elevação dos igarapés

Neste primeiro momento, estão retornando para suas casas as famílias dos bairros da Paz, Parque das Palmeiras, entre outros que foram diretamente afetados. Foto: Secom
Prefeitura de Rio Branco, por meio da Coordenadoria Municipal de Defesa Civil, iniciou na manhã desta quarta-feira, 31 de dezembro de 2025, a desmobilização dos abrigos provisórios destinados às famílias atingidas pelas enxurradas causadas pela elevação dos igarapés.
Neste primeiro momento, estão retornando para suas casas as famílias dos bairros da Paz, Parque das Palmeiras, entre outros que foram diretamente afetados. A ação segue orientação do prefeito Tião Bocalom e mobiliza diversas secretarias municipais, entre elas a Empresa Municipal de Urbanização de Rio Branco (Emurb), a Secretaria Municipal de Cuidados com a Cidade e a Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos, que vêm prestando apoio desde o início do sinistro, ocorrido no dia 26 de dezembro.
De acordo com o coordenador municipal de Defesa Civil, tenente-coronel Cláudio Falcão, a desmobilização ocorre de forma planejada e segura.
“Estamos seguindo todos os protocolos de resposta para garantir que as famílias retornem às suas casas com segurança, recebendo o suporte necessário neste momento de transição”, destacou.

As famílias que deixam os abrigos continuam recebendo apoio humanitário, como forma de assegurar assistência básica durante o processo de retorno. Foto: Secom
As famílias que deixam os abrigos continuam recebendo apoio humanitário, como forma de assegurar assistência básica durante o processo de retorno. Segundo a Defesa Civil, a medida integra o protocolo municipal adotado em situações de emergência provocadas por enchentes e enxurradas.
Nesta etapa, estão sendo desativados os abrigos que funcionavam na Escola Municipal Álvaro Vieira da Rocha e na Escola Municipal Anice Dib Jatene.

De acordo com o coordenador municipal de Defesa Civil, tenente-coronel Cláudio Falcão, a desmobilização ocorre de forma planejada e segura. Foto: Secom
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Prefeituras acreanas recebem repasse do FPM que fecha 2025 com R$ 196,2 bilhões aos municípios brasileiros
Transferências do Fundo de Participação dos Municípios cresceram 14,6% neste ano; recurso é uma das principais fontes de receita local

O FPM é um repasse constitucional formado por 22,5% da arrecadação da União com o Imposto de Renda (IR) e o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Foto: captada
As prefeituras acreanas receberam nesta terça-feira (30) o terceiro decêndio de dezembro do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), encerrando o ciclo de repasses de 2025. Ao longo do ano, os municípios brasileiros receberam aproximadamente R$ 196,2 bilhões por meio do fundo, valor 14,6% maior que o de 2024, quando foram transferidos R$ 171,2 bilhões.
No Acre, assim como nos demais estados, o FPM é uma das principais fontes de receita para o custeio de serviços públicos e a manutenção das administrações municipais. O aumento nos repasses reflete o crescimento da arrecadação federal e impacta diretamente a capacidade de investimento e o funcionamento dos serviços locais.
Norte concentra repasses; Acre também é contemplado
Na Região Norte, o maior volume de recursos é destinado ao Pará, que recebe cerca de R$ 166,8 milhões neste decêndio. Os demais estados da região, incluindo o Acre, também participam da divisão dos recursos, que seguem critérios populacionais e constitucionais.
Municípios com repasses bloqueados
Nenhum município do Acre consta na lista de bloqueios neste período.
Quando ocorre o bloqueio, os gestores devem identificar rapidamente a origem da pendência, que pode envolver débitos previdenciários, inadimplência em empréstimos com aval da União, falhas no envio de relatórios fiscais ou o descumprimento dos percentuais mínimos constitucionais em saúde e educação. Os recursos não são perdidos, apenas ficam retidos até a regularização.
FPM
O Fundo de Participação dos Municípios (FPM) é uma transferência constitucional de recursos financeiros realizada pela União (governo federal) para os municípios brasileiros. O FPM é um repasse constitucional formado por 22,5% da arrecadação da União com o Imposto de Renda (IR) e o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).
A distribuição dos valores entre os municípios — incluindo os do Acre — é feita com base no número de habitantes, conforme dados atualizados anualmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).




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