“Os números apresentados são fruto de um trabalho estratégico, baseado em inteligência, integração entre instituições e comprometimento das equipes que atuam diariamente nas fronteiras. Em 2025, conseguimos causar um impacto direto nas organizações criminosas, retirando drogas, armas e produtos ilegais de circulação. Para 2026, nossa expectativa é ampliar ainda mais as operações, investir em tecnologia e fortalecer as ações preventivas, garantindo mais segurança à população acreana”, disse.
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Deputado Luiz Gonzaga promove acordo de nova rota comercial com o Peru, reduzindo custos e melhorando a qualidade dos produtos

Willamis Franca
No último final de semana, o presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Acre, Luiz Gonzaga, acompanhado pelo representante da Secretaria de Indústria do Acre, Marcos Moraes, pelo superintendente do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) no Acre, Paulo Trindade, e pelo empresário Alejandro Salinas, esteve em Pomata, no Peru. O objetivo da visita foi fortalecer as relações comerciais entre as regiões e retribuir a visita dos representantes peruanos ao Acre, fomentando a demanda por produtos locais a serem exportados diretamente de Puno.
Atualmente, a truta que chega ao Acre percorre mais de 7.500 quilômetros, enquanto a nova rota comercial proposta reduziria essa distância para no máximo 1.100 quilômetros, resultando em um produto mais fresco, barato e de melhor qualidade. A produção média de truta na região de Puno é de mil toneladas por mês, operando com apenas 50% da capacidade total. Grande parte dessa produção é exportada ilegalmente via Bolívia para o Chile, que então reexporta como produto chileno. Em 2018, antes da pandemia, a produção oficial registrada foi de mais de 48 mil toneladas, sem contar o contrabando.

Durante a visita, o deputado Luiz Gonzaga destacou a importância dessas iniciativas bilaterais para a economia do Acre. “Primeiro, temos que organizar nossas EPRs para montar uma estrutura que beneficie essa truta, visando vender não só para o Acre, mas para todo o Brasil. Atualmente, eles estão produzindo metade da sua capacidade e podem produzir muito mais se houver mercado. Estamos convidando-os para participar da nossa Expo Acre, onde poderão apresentar seus produtos à população acreana”, disse Gonzaga.
O presidente também agradeceu todo o apoio e esforço do governador Gladson Cameli. “O governador Gladson Cameli é um entusiasta dessa integração entre o Brasil e o Peru, principalmente com relação a essa relação comercial. Tem um potencial muito grande, o Peru tem muitos produtos que nos interessam, principalmente na área de pescado, frutas e verduras. Muitas coisas do lado do Acre interessam aos peruanos. Hoje, a Dom Porquito, por exemplo, já está exportando suíno, já está exportando frango, já está vendo também a exportação de milho, soja e ração. E o governador Gladson Cameli está na frente de tudo isso”, enfatizou Gonzaga.

Marcos Moraes, representante da Secretaria de Indústria do Acre (SEICT), ressaltou a necessidade de estruturar a Zona de Processamento de Exportação (ZPE) para atender à nova demanda. “A ZPE está dentro da SEICT, então precisamos organizar para que a ZPE funcione de fato, montando câmaras frigoríficas para armazenar esse pescado. O Acre sozinho não absorve toda essa produção. Rondônia, Mato Grosso, Amazonas, todos são potenciais mercados. Estamos falando de 30 milhões de pessoas na região Norte. Precisamos deixar de comprar peixe de São Paulo, quando temos peixe aqui ao lado. Atualmente, o peixe sai do Peru, vai para a Bolívia, depois para São Paulo, Mato Grosso, e só então volta ao Acre. Precisamos inverter esse fluxo. Estamos a pouco mais de mil quilômetros do Acre, então precisamos trabalhar nisso”, afirmou Moraes.
O empresário Alejandro Salinas enfatizou a importância da relação comercial para ambas as regiões. “A relação é muito importante porque hoje o Peru se abastece de produtos do Canadá e da Argentina, mas pode trazer produtos brasileiros pela Interoceânica. O Brasil, que também se abastece com produtos da Argentina e do Sul, poderia receber produtos dos Andes, a apenas 1.100 quilômetros do Acre. A iniciativa do governo em fomentar essa relação ajuda a agilizar trâmites e burocracias na fronteira. A criação de um ponto de inspeção sanitária para proteína animal na ZPE facilitará muito, permitindo trazer frutos do mar do Pacífico peruano e truta salmonada diretamente para o Acre em menos de dois dias, a um custo cerca de 50% menor do que o praticado atualmente. Esse posto de vigilância na ZPE será fundamental para o desenvolvimento da região do Lago Titicaca e de Puno, assim como para os consumidores do Acre”, comentou Alejandro.
A visita reforça o compromisso do Acre em fortalecer a integração econômica com os países vizinhos, promovendo o desenvolvimento regional e oferecendo produtos de qualidade a preços competitivos.

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Polícia Civil realiza operação na fronteira. Homem questiona uso de tornozeleira a magistrado e recebe voz de prisão
Operação em Brasiléia e Epitaciolândia prendeu ao menos quatro pessoas com pendências judiciais
A Polícia Civil dos municípios de Brasiléia e Epitaciolândia realizou, ao longo do dia desta quarta-feira (17), uma operação para cumprir mandados de prisão e de busca contra pessoas que estavam em débito com a Justiça. A ação resultou na prisão de pelo menos quatro indivíduos na região de fronteira.
Entre os casos que chamaram a atenção das autoridades está o de um homem que foi preso por determinação judicial após procurar um magistrado sua residência para “tirar satisfação” sobre a utilização de tornozeleira eletrônica.
Segundo apurado, o indivíduo era considerado foragido da Justiça de outro estado e acabou sendo detido em razão da ousadia e da situação irregular em que se encontrava.
Além desse caso, as demais prisões ocorreram por descumprimento de determinações judiciais, incluindo falta de pagamento de pensão alimentícia, descumprimento de medidas protetivas e violação do equipamento de monitoramento eletrônico.
Após as prisões, todos os detidos foram encaminhados para a realização de exames de corpo de delito e, em seguida, conduzidos ao presídio estadual na capital. Os presos permanecem à disposição da Justiça, que irá analisar individualmente a situação de cada um.
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Projeto Todos Contra o Aedes aegypti apresenta resultados no Acre com foco em educação e prevenção
O projeto Todos Contra o Aedes aegypti encerra 2025 no Acre com resultados expressivos na formação de estudantes e professores e na mobilização de comunidades para o combate às arboviroses. Desenvolvida pelo Instituto Sapien, a iniciativa atuou em escolas públicas urbanas de 10 municípios do estado, usando a educação como principal ferramenta de prevenção contra doenças como dengue, zika e chikungunya, transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.
Ao longo da execução, o projeto promoveu ações educativas, formações presenciais e atividades de mobilização social, fortalecendo o papel da escola na disseminação de informações e na mudança de hábitos que ajudam a reduzir focos do mosquito.
Com uma proposta pedagógica alinhada à Base Nacional Comum Curricular (BNCC), a iniciativa atendeu escolas municipais e estaduais, beneficiado alunos com idades de 3 e 4 anos, do Ensino Fundamental I, estimulando o conhecimento, a cidadania e a responsabilidade social no enfrentamento às arboviroses.
Educação como base da prevenção
A educação foi o eixo central do projeto. Nas escolas, os alunos aprenderam, de forma prática e acessível, como ocorre a transmissão das doenças e quais atitudes ajudam a prevenir a proliferação do mosquito. As atividades incluíram leitura de materiais informativos, exibição de vídeos educativos, rodas de conversa, identificação de possíveis focos do Aedes aegypti e produção de materiais de conscientização.
Para a professora Thaynara Barbosa da Silva, da Escola Nair Sombra, em Capixaba, o projeto contribuiu diretamente para o trabalho em sala de aula. “Aprendemos muito com o que o Aedes aegypti vai transmitir. Então, para nós passarmos para a nossa clientela, que é o alunado, é de grande importância. Temos que conscientizá-los para a doença não transmitir mais”, disse.
Formação de professores e impacto nas famílias
A formação continuada dos professores foi outro ponto forte da iniciativa. As capacitações ampliaram o repertório pedagógico dos educadores e reforçaram a integração entre educação e saúde pública. O conteúdo trabalhado nas escolas também chegou às famílias, por meio das crianças, fortalecendo o efeito multiplicador do projeto.
Em Xapuri, a professora Luiza, assessora dos Anos Iniciais, destacou esse alcance. “Esse projeto é muito importante para a nossa cidade, principalmente para as escolas, que as crianças levam esse assunto para casa, e aí os pais se envolvem. Dá muito certo. É muito importante esse projeto”, afirmou.
Mobilização comunitária nos municípios
As ações do projeto ocorreram em Rio Branco, Senador Guiomard, Sena Madureira, Xapuri, Capixaba, Cruzeiro do Sul, Mâncio Lima, Rodrigues Alves, Tarauacá e Feijó. Uma ação que incluiu cidades de todas as regiões do Acre. Além das atividades pedagógicas, o projeto realizou lançamentos públicos, formações presenciais e ações de mobilização comunitária, ampliando o envolvimento da população no combate ao mosquito.
Para a professora Adriana Soares Castro, gestora da Escola Manoel Gonzaga, em Senador Guiomard, o trabalho coletivo é um dos principais diferenciais da iniciativa. “Para a educação, um projeto como esse é inovador, porque vai trazer muito conhecimento para os nossos alunos. Isso é uma das ações prioritárias, porque não é só uma pessoa contra, é uma comunidade contra esse problema grave”, declarou.
Ao concluir a etapa de 2025 no Acre, o projeto Todos Contra o Aedes aegypti apresenta uma prestação de contas que evidencia resultados concretos, integração entre as áreas de saúde e educação e fortalecimento do protagonismo comunitário. A iniciativa é realizada pelo Instituto Sapien em parceria com o Ministério da Saúde, com apoio da Secretaria de Saúde do Estado do Acre (Sesacre), da Secretaria de Educação e Cultura do Estado do Acre (SEE) e do Governo do Acre, reforçando a atuação conjunta do poder público e da sociedade no enfrentamento às arboviroses e na promoção da saúde coletiva.
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Gefron apresenta balanço das apreensões realizadas durante 2025
O Grupo Especial de Operações em Fronteiras (Gefron) apresentou, nesta quarta-feira, 16, o balanço das ações desenvolvidas no período de 1º de janeiro a 15 de dezembro de 2025. Os números refletem a intensificação do trabalho de combate aos crimes transfronteiriços, especialmente tráfico de drogas, descaminho e crimes contra o patrimônio, nas regiões de fronteira do estado do Acre.
Ao longo de 2025, o grupo registrou 157 ocorrências no total, sendo 33 relacionadas ao tráfico de drogas e 54 ocorrências de descaminho. As ações resultaram na apreensão de 341.029 maços de cigarros, 52 veículos apreendidos ou recuperados, além de 798,80 kg de entorpecentes retirados de circulação.

Números refletem a intensificação do trabalho de combate aos crimes transfronteiriços. Foto: Dhárcules Pinheiro/Secom
O secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública do Acre, José Américo Gaia, destacou que os resultados positivos estão diretamente ligados aos investimentos realizados pelo governo do Acre na área da segurança pública.

Secretário de Segurança afirma que os resultados positivos estão diretamente ligados aos investimentos realizados pelo governo do Acre na Segurança Pública. Foto: Dhárcules Pinheiro/Secom
“Esses resultados expressivos do Gefron são reflexo dos investimentos contínuos feitos pelo governo do Acre em estrutura, equipamentos, capacitação e valorização dos profissionais da Segurança Pública. O fortalecimento das forças de segurança tem sido prioridade, e os números mostram que estamos no caminho certo para combater o crime e proteger nossas fronteiras”, destacou
O balanço também aponta a apreensão de 10 armas de fogo e a realização de 96 conduções e prisões, fortalecendo o enfrentamento direto às organizações criminosas. No período, o grupo executou 231 operações, alcançando um valor estimado em R$ 14.167.863,00 de apreensões de ilícitos.

Balanço também aponta a apreensão de 10 armas de fogo e a realização de 96 conduções e prisões. Foto: Dhárcules Pinheiro/Secom
De acordo com o coordenador do Gefron, Assis dos Santos, os resultados demonstram a eficiência do trabalho integrado das forças de segurança.

Para o coordenador do Gefron os resultados demonstram a eficiência do trabalho integrado das forças de segurança. Foto: Dhárcules Pinheiro/Secom
















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