Brasil
Depressivo, designer gráfico desaparece em Rio Branco e deixa carta de despedida para a filha
Uanderson de Oliveira Jucá, de 38 anos, sumiu de casa na quinta-feira (20), em Rio Branco. Segundo a família, ele faz tratamento contra a depressão e esquizofrenia.

Uanderson Jucá sumiu de casa na quinta-feira (20), em Rio Branco — Foto: Arquivo da família
Por Aline Nascimento
A família do designer gráfico Uanderson de Oliveira Jucá, de 38 anos, busca desesperadamente notícias que levem ao paradeiro dele. Jucá saiu de casa na manhã dessa quinta-feira (20) sem dizer para onde ia deixando apenas uma carta de despedida para a filha de 8 anos.
Segundo o médico e irmão dele, Herson Vitor, o designer faz tratamento contra a depressão e esquizofrenia. Essa é a segunda vez que ele some em 15 dias. Na última vez, Vitor achou o irmão no mesmo dia em que saiu de casa seguindo em direção a Porto Velho (RO) de bicicleta.
Ele ficou alguns dias na casa de Vitor, e depois voltou para casa, onde mora sozinho. Nessa quinta, uma vizinha de Jucá o viu saindo de casa a pé. O médico foi até a casa do irmão e encontrou a carta.
“Deixou uma carta falando que está saindo do Acre porque as portas fecharam para ele, não tem o que fazer. Falando que não é nenhum vagabundo, deixou a casa para ela e que vai embora”, disse Vitor.
Ainda segundo o médico, Jucá trabalhou como designer gráfico por 14 anos e foi demitido há sete anos. Após a demissão, ele montou um negócio próprio com a mulher, mas, após algum tempo, começou a apresentar um quadro depressivo e esquizofrênico. Ele chegou a ficar internado no Hospital de Saúde Mental do Acre (Hosmac).
Jucá já fugiu de casa várias vezes após ficar doente, sendo que a maioria das vezes tenta chegar em Porto Velho, onde tem família. Em uma dessas vezes, ele capotou o carro e sofreu um grave acidente de trânsito.

Da última vez que sumiu, designer foi achado seguindo de bicicleta para Porto Velho — Foto: Arquivo pessoal
“Foi diagnosticado com as doenças há oito meses, mas faz tratamento há muito tempo. Já fugiu várias vezes, em uma delas capotou o carro, fraturou a perna. Melhorou, e tentou fuga de novo, foi achado na rodoviária e trouxemos de novo. Na última vez ele arrumou a bicicleta e achei ele na BR”, lamentou o irmão.
Vitor disse que já foi na rodoviária de Rio Branco em busca de notícias do irmão, porém, ninguém deu notícias dele. O médico registrou um boletim de ocorrência pelo sumiço na Delegacia de Polícia Civil do bairro Tucumã.
“Ele ama a filha dele, na última vez em que sumiu o encontro foi bem emocionante, mas sempre alega que o Brasil está entregue, não dá oportunidade, não respeita e é bom morar fora. Toda vez ele quer ir para Porto Velho, diz que o Acre não deu emprego para ele, oportunidade, mas eu mesmo já cheguei a ajudar nas despesas dele”, frisou.
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Polícia Federal apreende 613 kg de cocaína em galpão de empresa de fachada em Blumenau
Droga estava escondida em bunker subterrâneo e seria enviada à Europa; um homem foi preso e investigação aponta ligação com cidadãos britânicos procurados internacionalmente

Cocaína estava armazenada em um bunker de empresa de fachada em Blumenau. Fot: captada
A Polícia Federal (PF) apreendeu 613 quilos de cocaína durante uma operação de combate ao tráfico internacional de drogas em Blumenau, no Vale do Itajaí (SC). A ação contou com apoio da Polícia Militar de Santa Catarina e resultou na prisão de um homem suspeito de integrar a organização criminosa.
A droga estava escondida em um bunker no subsolo de um galpão pertencente a uma empresa de exportação de ligas metálicas, que funcionava como fachada para o esquema. Segundo as investigações, o local era usado para o preparo e armazenamento da cocaína antes do envio para a Europa.
Durante a operação, a PF também cumpriu um mandado de busca em um endereço residencial em Florianópolis ligado ao suspeito, onde foram apreendidos veículos, embarcações, joias e documentos. O inquérito aponta a existência de uma estrutura criminosa internacional com base em Santa Catarina, que contava com suporte logístico de brasileiros e liderança de cidadãos britânicos com histórico de tráfico na Inglaterra e procurados internacionalmente.
A investigação continua para identificar outros integrantes do esquema, que já tinha rotas estabelecidas para o narcotráfico transatlântico.
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Exame toxicológico para primeira CNH é vetado pelo governo federal
Medida que exigia resultado negativo para condutores de motos e carros foi rejeitada com argumento de aumento de custos e risco de mais pessoas dirigirem sem habilitação; novas regras do Contran para tirar CNH sem autoescola, no entanto, podem alterar contexto

Na justificativa do veto, o governo argumentou que a exigência aumentaria os custos para tirar a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) e poderia influenciar na decisão de mais pessoas dirigirem sem habilitação. Foto: captada
O governo federal vetou a exigência de exame toxicológico para obter a primeira habilitação nas categorias A (motos) e B (carros de passeio). A medida, que seria incluída no Código de Trânsito Brasileiro, foi rejeitada com a justificativa de que aumentaria os custos para tirar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e poderia incentivar mais pessoas a dirigirem sem a documentação obrigatória.
O veto, no entanto, pode ter perdido parte de sua sustentação após o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) editar resolução que permite a retirada da CNH sem a obrigatoriedade de cursar autoescola, reduzindo significativamente o custo total do processo de habilitação.
Outro ponto do projeto que virou lei, e também relacionado aos exames toxicológicos, permite que clínicas médicas de aptidão física e mental instalem postos de coleta laboratorial em suas dependências — desde que contratem um laboratório credenciado pela Senatran para realizar o exame. O governo também vetou esse artigo, alegando riscos à cadeia de custódia do material, o que poderia comprometer a confiabilidade dos resultados e facilitar a venda casada de serviços(exame físico e toxicológico no mesmo local).
As decisões refletem um debate entre a busca por maior segurança no trânsito — com a triagem de possíveis usuários de substâncias psicoativas — e o impacto financeiro e logístico das novas exigências para os futuros condutores.
Assinatura eletrônica
O terceiro item a ser incluído na lei é o que permite o uso de assinatura eletrônica avançada em contratos de compra e venda de veículos, contanto que a plataforma de assinatura seja homologada pela Senatran ou pelos Detrans, conforme regulamentação do Contran.
A justificativa do governo para vetar o trecho foi que isso permitiria a fragmentação da infraestrutura de provedores de assinatura eletrônica, o que poderia gerar potencial insegurança jurídica diante da disparidade de sua aplicação perante diferentes entes federativos.
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Caixa de som que ficou três meses no mar é achada intacta e funcionando no litoral gaúcho
Equipamento JBL, resistente à água, foi encontrado na Praia do Hermenegildo após provavelmente cair de um navio a 300 km dali; aparelho ligou normalmente

A caixa de som, projetada para ser resistente à água, sobreviveu à corrosão salina por todo esse período. Ao ser ligada, o equipamento funcionou normalmente. Foto: captada
Uma caixa de som à prova d’água da marca JBL passou cerca de três meses no mar e foi encontrada intacta e ainda funcionando na Praia do Hermenegildo, no extremo sul do estado. A descoberta foi feita por um morador que passeava de quadriciclo na orla na última segunda-feira (30) e avistou o equipamento entre algas e areia.
Acredita-se que a caixa tenha caído de um container durante um transporte marítimo em agosto, próximo à Praia de São José do Norte, a cerca de 300 quilômetros dali. Apesar do longo período submerso e da exposição à água salgada, que acelera a corrosão, o aparelho resistiu e ligou normalmente quando testado.
O caso chamou atenção pela durabilidade do produto, projetado para ser resistente à água, e pela jornada incomum — percorrer centenas de quilômetros à deriva no oceano e ainda chegar em condições de uso à costa gaúcha. A situação virou uma curiosidade local e um exemplo inusitado de “sobrevivência” tecnológica.

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