Cotidiano
Defesa pede liberdade de homem que matou esposa a facadas e estrangulada em Rio Branco
Hitalo Gouveia teve a prisão em flagrante convertida para prisão preventiva e defesa pede a liberdade provisória dele. Em depoimento, ele confessou crime e disse que foi após cerca de 12 horas de agressões e briga com a companheira.

Hitalo Marinho Gouveia confessou ter matado a mulher durante briga em Rio Branco — Foto: Arquivo
Por Iryá Rodrigues
A defesa de Hitalo Marinho Gouveia, de 33 anos, que confessou ter matado a esposa Adriana Paulichen, de 23, com duas facadas e por estrangulamento na última sexta-feira (9), em Rio Branco, quer a liberdade dele.
Um pedido de liberdade provisória foi protocolado no sábado (10), após a prisão em flagrante de Gouveia ter sido convertida em preventiva. Ele está no Complexo Penitenciário de Rio Branco. A reportagem não conseguiu contato com a advogada do acusado, Larissa Leal, até última atualização desta reportagem.
O crime ocorreu no bairro Estação Experimental em um ponto comercial aonde o casal vivia temporariamente. Ele foi preso e confessou o crime. Quando a Polícia Militar chegou ao local, Gouveia já estava detido por um policial civil, que foi quem acionou as guarnições.

Adriana Paulichen foi morta pelo marido na tarde de sexta (9) após descobrir traição – Foto: Arquivo pessoal
Depoimento do acusado
No depoimento dado à polícia, Gouveia contou que manteve união estável por dois anos e 11 meses com a vítima, sendo que após esse período eles se casaram há 10 meses. Eles têm um filho de seis meses.
O preso contou que desde o mês de novembro de 2020, quando a esposa descobriu uma traição, passou a ser agressiva com ele, de maneira que ao discutirem, ela dava chutes, socos, arranhões, mas ele nunca revidava.
Ele relatou que no dia do crime, por volta de meia-noite, começou a discutir com a esposa dentro do apartamento que tinham acabado de alugar no bairro Isaura Parente, depois que contou que tinha traído ela com a amiga dela.
Depois disso, os dois voltaram para o escritório, onde estavam morando de forma provisória e a mulher teria começado a bater nele com chutes e tapas. E depois, ela pediu que ele fosse embora, mas ele decidiu ficar e trancou a porta do escritório.
Foi quando a vítima pegou uma faca e começou a agredi-lo e acabou conseguindo furar a mão e também a panturrilha dele. Gouveia contou que ela se assustou com a quantidade de sangue e parou com as agressões. Ele então ligou para o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e, por volta de 1h, foi levado para a UPA da Sobral.
Ainda conforme o depoimento, devido à gravidade do ferimento na perna, ele foi transferido de Samu para o Pronto-socorro. Depois desse atendimento, a esposa teria buscado ele no hospital e o levou até o escritório novamente. Lá, estavam duas irmãs dela conversando.
Já por volta das 7h, ele contou que a esposa voltou a agredi-lo e, desta vez, na frente de uma das irmãs, ela teria pegado uma panela para bater nele, mas foi contida. Adriana também chegou a ligar, segundo relato do marido, para o namorado da amiga para contar sobre a traição e fazer ameaças. Nesse momento, ela teria quebrado o nariz de Gouveia.

Hitalo Marinho Gouveia foi preso logo após o crime – Foto: Andryo Amaral/Rede Amazônica Acre
12 horas de agressões e briga
Após cerca de 12 horas de agressões, insultos e brigas, eles teriam conversado sobre a separação e que tudo seria de comum acordo.
Nesse momento, o acusado contou que começou a arrumar seus pertences para sair do local e a mulher foi em direção ao filho deles com uma almofada, dizendo que já que não conseguiu matar Gouveia, iria matar a criança e foi quando ele reagiu e deu as facadas contra ela.
Em seguida, ele a estrangulou e quando ela estava fraca, teria soltado no chão. Ainda no depoimento, ele disse que a mulher novamente partiu para cima dele e foi quando ele apertou o pescoço dela por cerca de cinco minutos até ela desmaiar. Ao perceber que ela estava sem vida, ligou para um amigo e para um advogado.
No pedido de liberdade provisória, a defesa de Gouveia alega que ele é réu primário, tem bons antecedentes, tem residência fixa e ocupação lícita.

Adrianna-Paulichen foi morta pelo marido em Rio Branco — Foto: Arquivo pessoal
Pediu separação após traição
A jovem Adriana Paulichen tinha descoberto uma traição e pediu a separação do marido Hitalo Gouveia antes de ser morta por ele. Para a família dela, esse foi o motivo para ele ter matado a mulher.
À polícia, o suspeito alegou que foi esfaqueado pela mulher e que ela ameaçou o filho deles de seis meses.
Porém, essa versão é negada pela família da jovem. Ainda muito abalada com a morte da irmã, Andréa Paulichen nesse domingo (11) e afirmou que o ex-cunhado mentiu ao falar que ela queria machucar o filho. Ela afirmou que o real motivo para o crime foi o desejo da jovem sair de casa e o fim do relacionamento.
“Ela descobriu na madrugada do assassinato que ele tinha traído ela, não era a primeira vez que ela sabia, mas ele sempre negava e quando negava ela ainda estava com ele. Ela nunca ameaçaria o filho, era o sonho dela ser mãe. Inclusive, quando ela namorava com ele falava que queria um filho e ele dizia que não queria, que já tinha duas filhas, mas ela queria ser mãe e ter uma família. Ela terminou com ele porque ele não queria. Era o sonho dela ser mãe”, lamentou.
Ainda segundo Andréia, as traições começaram quando a irmã dela estava grávida de seis meses. A jovem comentou com a irmã que o marido passou a tratá-la mal durante a gestação, ouvia que ele não a amava mais e chegou até expulsá-la ela de casa. Mesmo assim, a mulher seguia com o relacionamento por amor.
“Ele dizia que não amava ela, que podia ir embora com o filho. Ela se ajoelhou e pediu pelo amor de Deus para não fazer aquilo que ela estava grávida. Ela passou a gravidez sendo humilhada por ele, mas quando o bebê nasceu ele mudou, não sei se enjoou dela na gravidez. Ela falou que viveu os piores momentos da vida dela na gravidez“, contou emocionada.
Após alguns meses do nascimento do filho, a jovem voltou a comentar com a irmã que o marido mentia para ela, pegava ele flertando com algumas mulheres. Na noite anterior ao crime, ela ligou para a irmã falando que tinha descoberto uma nova traição, que tinha falado com a mulher e que queria sair de casa.
Após a ligação, Andreia ligou para o ex-cunhado e ele estava no hospital sendo atendido. Segundo ele, durante uma briga, Adriana furou ele com uma faca. Gouveia pediu para a ex-cunhada ir até a casa do casal ficar com ela.
“Quando cheguei lá ela estava sentada no chão chorando, o bebê estava dormindo. Perguntei o que tinha acontecido e ela falou que eles começaram a conversar sobre a mudança de casa, mas que não sabia se seria feliz desconfiando dele. Ele confessou tudo o que tinha feito, que tinha traído ela com uma amiga dela quando estava grávida. Eles discutiram, ela falou que não queria mais ele, que não iria perdoar, que iria embora viver com o filho dela. Ele trancou a porta e ficou com a chave, ela tentou pegar a chave, foi empurrada e, ao cair, pegou uma faca de mesa, por impulso, e cravou na perna dele”, falou.
Desesperada
Segundo Andréia, Adrianna ficou desesperada após ferir o ex-marido, falava que tinha sido um acidente e agiu por impulso para se defender. Andréia relembrou que a irmã chegou a ir no hospital ficar com Gouveia e depois o ex-casal retornou para casa.
“Ela pediu para ele ir para a casa da mãe dele, que não queria ficar mais junto lá. Ela disse que iria para a casa da nossa outra irmã, mas ele não queria, pediu pelo amor de Deus que ela não fosse, implorou para ela não sair. Fui com ela para casa da minha irmã, deixei ela lá e voltei para casa. Foi a última vez que vi ela viva. No outro dia de manhã fui trabalhar e mandei mensagem para saber como ela estava e respondeu que estava decidida a pedir o divórcio”, recordou.
A parente relatou também que Gouveia já tinha sido denunciado na empresa onde trabalhava como corretor de imóveis por assédio. “Ele tinha sido denunciado por assédio, ele vendia imóveis. Nunca procurei saber, mas ela descobriu por acaso que ele tinha esse processo”, concluiu.
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Paratleta de Cruzeiro do Sul ganha bicicleta adaptada do Senador Alan Rick

Foto Gustavo Bardales: Edson, Senador Alan, Emir e o empresário Vinícius Araújo na entrega da handbike
O paratleta de Cruzeiro do Sul, Edson Cavalcante, recebeu do Senador Alan Rick (União Brasil) nesta quarta, 9, uma handbike (bicicleta adaptada) para o seu deslocamento durante os treinamentos.
“Estou muito feliz. Essa bicicleta vai mudar e melhorar a minha vida em todos os sentidos. O deslocamento de quase duas horas para chegar nos locais de treinamentos vai diminuir bastante e poderei ter um desempenho ainda melhor. Sou grato ao senador Alan Rick”, declarou Edson Cavalcante.
3 medalhas e vaga no Jub´s
Edson Cavalcante conquistou três medalhas de ouro no Meeting Loterias Caixa, disputado no último sábado, 5, na piscina da AABB, nas provas dos 50 e 100 livres e nos 50 costas. Os resultados garantiram ao paratleta de Cruzeiro do Sul uma vaga nos Jogos Universitários Brasileiros (Jub´s), programados para outubro, em São Paulo.
O pedido
O cadeirante Emir Mendonça fez o pedido ao Senador Alan Rick no último fim de semana e contou um pouco da história de Edson Cavalcante.
“É impossível não se emocionar com a história do Edson. Um exemplo de superação, de como Deus transforma vidas. Como ser humano, me sinto honrado em poder ajudar”, declarou o Senador.
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Dono do Cruzeiro marca reunião com jogadores após derrota para Mushuc Runa
Time do técnico Leonardo Jardim vem de três derrotas seguidas na temporada

Pedro Lourenço terá conversa com os atletas • Foto: Lucas Bubols
O Cruzeiro tem uma reunião agendada para a tarde desta quinta-feira (10) entre Pedro Lourenço, sócio majoritário do clube, e quatro jogadores que irão representar o elenco.
A conversa será em tom de cobrança, principalmente após a derrota por 2 a 1 para o Mushuc Runa, no Mineirão, pela segunda rodada do Grupo E da Copa Sul-Americana.
Ainda segundo apurou a Itatiaia, o goleiro Cássio, o volante argentino Lucas Romero e o atacante Dudu serão alguns dos representantes na reunião com Pedro Lourenço. O encontro será reservado ao dono da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) com os atletas.
Além disso, de acordo com apuração da reportagem, a princípio, nenhuma mudança imediata no departamento de futebol deve ocorrer em meio ao momento de turbulência. O Cruzeiro vem de três derrotas seguidas na temporada.
Na terça-feira (1º) da última semana, na estreia na Sul-Americana, o Cruzeiro foi batido por 1 a 0 pelo Unión de Santa Fe, da Argentina. Já no domingo (6), a Raposa perdeu por 3 a 0 para o Internacional, no Beira-Rio, pela segunda rodada do Campeonato Brasileiro.
Ainda nesta temporada, em fevereiro, o Cruzeiro caiu na semifinal do Campeonato Mineiro, com eliminação para o América-MG. O técnico português Leonardo Jardim chegou ao clube em meio à disputa do Estadual, como substituto de Fernando Diniz, um jogo antes do início da semi contra a equipe americana.
Fonte: CNN
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Maracanazo: Central Córdoba alfineta o Flamengo por vitória na Libertadores
“Seguimos fazendo a história”, diz clube após vencer o Fla por 2 a 1

Central Córdoba provoca Flamengo por vitória na Libertadores • Reprodução / X
O Central Córdoba é o estreante da Libertadores 2025 que conseguiu um feito e tanto: um Maracanazo.
O termo surgiu em 1950 por conta da derrota da Seleção Brasileira na final da Copa do Mundo para o Uruguai em pleno estádio do Maracanã. E perder no templo do futebol é, ainda, um trauma não superado por brasileiros.
Desta vez, o Maracanazo veio na vitória do Central Córdoba sobre o Flamengo, por 2 a 1, na Copa Libertadores.
“Maracanazo Santiagueño”, diz a publicação do clube com a foto do elenco vencedor no Maracanã. Este também foi o primeiro jogo como visitante dos argentinos.
O time estragou a sequência de 27 vitórias Rubro-Negras sob comando de Filipe Luís. O próximo desafio do Flamengo no torneio continental será no dia 22 de abril, quando a equipe visita a LDU, em Quito. O Central Córdoba, por sua vez, recebe o Deportivo Táchira, em Santiago Del Estero.
O jogo entre Flamengo e Central Córdoba
Os rubro-negros começaram o jogo muito bem, com boas chances já nos primeiros dez minutos. Juninho teve finalização bloqueada já dentro da área, enquanto Arrascaeta parou em Aguerre.
Em meados da etapa inicial, contudo, aconteceu o lance capital: o pênalti cometido por Léo Pereira. Na cobrança, Heredia deslocou Rossi e marcou. Depois disso, o Flamengo se desestabilizou totalmente e viu o Central Córdoba dominar as ações.
No modo “arame liso”, o clube carioca ainda sofreu o segundo, de cabeça. Florentín subiu sozinho e venceu Rossi, para dar excelente vantagem ao Central Córdoba. Vaias para os rubro-negros na ida para o intervalo.
Na volta dos vestiários, Filipe Luís promoveu as entradas de Gerson, Wesley e Pulgar. O Flamengo melhorou com as alterações e rapidamente chegou ao seu gol, em grande cobrança de falta de Nico De La Cruz.
O jogo também promoveu a volta de Pedro aos gramados. O atacante estava sete meses parado depois de sofrer grave lesão no joelho em treino da Seleção Brasileira. Ele atuou por cerca de 30 minutos.
Apesar disso, nem a volta do artilheiro foi suficiente para que o Flamengo pudesse sonhar com a reviravolta. A estreia no Maracanã nesta edição da Libertadores foi com derrota.
Fonte: CNN
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