Acre
Da fronteira acreana aos caminhos da América do Sul: a vida sobre duas rodas de ‘Natal’, o motociclista do MP
Funcionária do Ministério Público em Xapuri, Ribamar de Jesus Nunes Gomes equilibra a rotina profissional com expedições de moto que realizam sonhos de infância

Para Ribamar de Jesus Nunes Gomes, o “Natal” as aventuras, suas expedições motociclísticas. Cada viagem é um testemunho de autossuficiência e coragem sempre na companhia de seu próprio espírito aventureiro. Foto: cedida
Nascido na fronteiriça Brasiléia, no Acre, Ribamar de Jesus Nunes Gomes carrega na bagagem as raízes de uma cidade pacata divisada com a Bolívia e o espírito aventureiro que a impulsiona a explorar a América do Sul sobre duas rodas. Funcionário do Ministério Público estadual em Xapuri, ele equilibra a vida profissional com expedições motociclísticas que realizam sonhos de infância, trafegando entre estradas de terra e asfalto sob o apelido carinhoso de ‘Natal’.
Criado em uma região de forte identidade fronteiriça – entre Brasiléia, Epitaciolândia e a boliviana Cobija –, Ribamar de Jesus (Natal), jamais deixou suas origens para trás, mantendo familiares no município onde nasceu enquanto conquista a estrada em suas horas livres. Em suas viagens, assume a identidade de “Lobo Solitário”, percorrendo longas distâncias e transformando cada quilômetro em realização pessoal.
A história de Natal ‘Lobo Solitário’ une a dedicação ao serviço público com a paixão pela liberdade sobre duas rodas, mostrando que é possível conciliar responsabilidade profissional com a aventura que habita o interior de quem cresceu sonhando com horizontes distantes.

Lobo Solitário: O título carrega o peso e a glória de todas as decisões tomadas sem consulta, dos problemas resolvidos com engenho próprio, e dos amanheceres testemunhados sem testemunhas. Foto: cedida
Natal: O Lobo Solitário
Essa identidade foi forjada nas longas estradas que cortam a América do Sul, onde a solitude não significa solidão, mas sim uma profunda conexão entre o viajante, sua máquina e a estrada que se desenha à frente.

“Lobo Solitário”: a identidade forjada nos quilômetros de solidão sobre duas rodas, um título conquistado na estrada, o motociclista de Brasiléia encontra na solitude das viagens sua mais fiel companhia. Foto: captada
Para Ribamar de Jesus Nunes Gomes, o “Natal” dos documentos mas “Lobo Solitário” nas aventuras, essa denominação representa a essência de suas expedições motociclísticas. Cada viagem é um testemunho de autossuficiência e coragem, onde enfrenta desde as poeirentas estradas acreanas até os mais desafiadores trechos andinos, sempre na companhia de seu próprio espírito aventureiro.
O título carrega o peso e a glória de todas as decisões tomadas sem consulta, dos problemas resolvidos com engenho próprio, e dos amanheceres testemunhados sem testemunhas — exceto a fiel motocicleta que compartilha cada uma dessas conquistas silenciosas.

Pela as estradas da Amazônia a equipe da Moto Clube de Roraima, deu total apoio ao aventureiro Lobo Solitário. Foto: cedida

Funcionário do MP-AC já percorreu de moto desde o Acre até a Patagônia, transformando expedições em crônicas vivas das Américas. Foto: cedida
Mais do que um aventureiro, Ribamar de Jesus Nunes Gomes, o “Natal”, é uma crônica viva das Américas — funcionário do Ministério Público Acreano, que troca nas horas vagas, previsibilidade da rotina por um horizonte em movimento contínuo. Sua moto, robusta e fiel, não é apenas um meio de locomoção nas horas vagas, mas a extensão de seu trabalho no MP e de sua sede por liberdade sobre as estradas da América.
Seus sonhos profissionais se entrelaçam com jornadas que já cruzaram fronteiras inimagináveis: das terras geladas da Patagônia chilena às alturas andinas do Peru e Bolívia, do deserto do Atacama às brisas do Atlântico brasileiro. Em cada curva, Natal deixa o rastro de uma história e o registro de um homem que transforma cada expedição em reencontro com seu próprio destino.
“Todos esses países são maravilhosos”, reflete Natal, o motociclista Lobo Solitário. “Não tem nenhum que eu diga assim: esse é bom, esse é ruim, esse é pior do que o outro. Estive no Salar de Uyuni, na Bolívia; na Carretera de Los Caracoles, no Chile; no deserto do Atacama, em Ushuaia, na Patagônia argentina e chilena, na Carretera Austral, e naquele lago lindo no Peru. É muita beleza que a gente vê por aí.”

Em cada curva, Natal deixa o rastro de uma história e o registro de um homem que transforma cada expedição em reencontro com seu próprio destino. Foto: cedida

“Natal”, o Lobo Solitário: nas horas vagas, a estrada é seu tribunal e a moto seu gabinete. Foto: captada
Sua trajetória revela a dualidade de um servidor público que, longe das prateleiras do MP, encontra na solidão consciente das estradas o sentido de uma vida plena — onde o asfalto, a poeira e os horizontes distantes compõem o mapa de sua própria liberdade.
Veja vídeos do Lobo Solitário:
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Acre
Dois jovens ficam feridos em grave acidente de moto na AC-475, entre Acrelândia e Plácido de Castro

Dois jovens ficaram feridos na tarde desta quinta-feira (4) após um grave acidente de motocicleta registrado na Rodovia AC-475, no trecho que liga os municípios de Acrelândia e Plácido de Castro. O condutor da moto, João Gustavo Muniz, de 19 anos, perdeu o controle do veículo ao passar por uma curva. A motocicleta saiu da pista, arrancou uma estaca e arremessou os dois ocupantes a cerca de oito metros, lançando-os em uma área de pasto.
A dupla trafegava em uma Honda Fan 160, de cor prata. Com o impacto, João Gustavo sofreu fraturas no fêmur, na tíbia e na fíbula da perna esquerda, além de fratura exposta em um dos dedos da mão esquerda. Mesmo com a gravidade das lesões, seu quadro é considerado estável.
O garupa, Antônio Taguá da Silva Monteiro, de 18 anos, também teve ferimentos significativos. Ele apresentou fratura na clavícula esquerda, ferimento com exposição óssea em um dedo do pé esquerdo e um corte profundo na mão direita. Assim como o condutor, permanece em estado estável.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) enviou uma ambulância de suporte básico de Plácido de Castro para o resgate. Após os primeiros atendimentos, as vítimas foram levadas à Unidade Mista de Saúde do município e, devido à gravidade dos ferimentos, transferidas ainda na noite desta quinta-feira para o Pronto-Socorro de Rio Branco em uma ambulância municipal.

A Polícia Militar esteve no local e deve apurar as circunstâncias que resultaram no acidente.
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Atualização: Idosa de 90 anos é encontrada desorientada em via pública é resgatada pelo filho

Uma idosa identificada como Antônia Moraes da Silva, de 90 anos, foi encontrada desorientada na noite desta quinta-feira (4) na Rua Fátima Maia, próximo à UniNorte, no bairro Jardim de Alah, em Rio Branco.
Populares perceberam que ela não conseguia informar seu endereço nem fornecer contatos de familiares, e acionaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). A equipe realizou os primeiros atendimentos no local e conduziu a idosa ao Pronto-Socorro da capital.
Até o momento, Antônia não foi reconhecida por nenhum parente. As equipes de saúde pedem que, caso alguém a conheça ou possua informações sobre seus familiares, procure o Pronto-Socorro para auxiliar na identificação e no contato com a família.
A direção da unidade reforça a importância da colaboração da comunidade para que a idosa possa retornar em segurança ao convívio familiar.
Atualizacão
Momentos após a publicação desta nota e de outros meios de comunicação, o filho devidamente identificado, soube e se deslocou até o pronto-socorro para buscar sua genitora. O caso devidamente esclarecido, resultou no resgate da idosa para sua residência.
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Câmara de Epitaciolândia convoca gerente do Banco do Brasil para explicar falta de dinheiro em caixas e falhas no atendimento
Problema se agrava nos finais de semana e limita saques de moradores e turistas; agência do Banco do Brasil na cidade será convidada a dar explicações na Câmara Municipal

Vereador Rosimar do Rubicon denuncia que problema se agrava nos finais de semana e prejudica moradores e turistas na região de fronteira com a Bolívia. Foto: captada
A constante falta de dinheiro nos caixas eletrônicos da única agências bancária do Banco do Brasil de Epitaciolândia, cidade acreana na fronteira com a Bolívia, foi tema de discussão na Câmara Municipal na sessão da última segunda-feira (1). O vereador Rosimar do Rubicon (Republicanos) foi o autor da reclamação em plenário, relatando que o problema se intensifica nos finais de semana e afeta moradores e turistas.
Segundo o parlamentar, ao buscar explicações com a única agência bancária do município, foi informado de que os bancos têm um limite de valores para abastecimento dos terminais. A situação piora quando o quinto dia útil do mês cai em uma sexta-feira – período em que saques costumam aumentar –, resultando na alta probabilidade de os caixas ficarem sem cédulas durante o sábado e o domingo.
— É um absurdo o cidadão não poder sacar um dinheiro que é dele, conquistado com o suor do seu trabalho durante um mês inteiro — protestou vereador Rosimar do Rubicon.
O problema ganha dimensão adicional por Epitaciolândia ser uma cidade fronteiriça, vizinha a Cobija, na Bolívia – um polo turístico e de compras da zona franca (Zonfra) que atrai visitantes. A falta de dinheiro nos caixas impacta tanto a população local quanto o fluxo de turistas que circulam pela região.

A Câmara Municipal de Epitaciolândia recebeu o gerente da agência local do Banco do Brasil, André, para prestar esclarecimentos públicos em relação a constante falta de cédulas nos caixas Foto: captada
Diante da repercussão, insatisfação generalizada com a falta de dinheiro nos caixas eletrônicos e outros problemas nos serviços bancários, a Câmara Municipal de Epitaciolândia convocou o gerente da agência local do Banco do Brasil, André, para prestar esclarecimentos públicos. O gerente foi questionado sobre três questões principais: a constante falta de cédulas nos caixas, os transtornos causados pela reformas na agência e as intermitências no serviço de internet que comprometem o atendimento. O objetivo foi pressionar por uma solução que garanta o abastecimento regular, especialmente em períodos de maior demanda.



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