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Cresce o número de mulheres motoristas de aplicativo

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Modelo de trabalho é visto como oportunidade de reorganizar a vida, garantindo independência e segurança financeira

O número de motoristas de aplicativo cresceu 35% entre 2022 e 2024 no Brasil, alcançando cerca de 1,7 milhão de pessoas que têm nessa atividade sua principal fonte de renda, segundo o IBGE. Entre os profissionais, cresce também a presença feminina. Mulheres que têm encontrado no volante uma oportunidade de autonomia e recomeço.

Mas apesar da flexibilidade do modelo de trabalho, os desafios ainda são diários. A rotina é puxada: acordar cedo, cuidar da casa, ligar o aplicativo e partir para a primeira corrida, com pausas rápidas entre uma viagem e outra. Questões como segurança e o medo de circular sozinha ainda são barreiras, mas que vêm sendo superadas com o apoio de plataformas que priorizam o respeito e o bem-estar de quem dirige.

É o caso de Amélia Schultz, que trabalha como motorista de aplicativo há quase dois anos. Antes disso, era dona de um restaurante e sempre manteve uma rotina intensa. Há dois anos, sua vida mudou completamente após passar por cirurgias para retirar um tumor.  “Fiquei três meses em casa, sem poder sair, e isso foi muito difícil. Eu me sentia parada, sem rumo. Foi então que decidi recomeçar: pedi autorização médica para voltar a dirigir e coloquei o carro no aplicativo”, relembra.

“Foi atrás do volante que redescobri o prazer de viver. Hoje, rodo em média 250 quilômetros por dia, faço meus próprios horários e mantenho minha independência. Dirigir me devolveu a confiança, a energia e o contato com as pessoas, que tantas vezes se tornam verdadeiras trocas de histórias e aprendizados”, ressalta a motorista. “A rotina é intensa. Fico mais de dez horas na rua, mas com pausas, risadas e gratidão. Aprendi que trabalhar é importante, mas viver bem é essencial. Estar ao volante me mostrou que a gente deve seguir em frente, mesmo depois das maiores tempestades”, complementa.

Mercado crescente

De olho no número crescente deste mercado, empresas de mobilidade têm investido em ações e conceitos para conquistar a atenção e confiança das motoristas. A curitibana HOOH, por exemplo, vem reunindo um número crescente de mulheres que enxergam no trabalho mais do que uma fonte de renda – uma forma de empreender e conquistar independência. Atualmente, cerca de 10% dos motoristas da HOOH são mulheres, que ficam com até 80% do valor das corridas. Para aumentar os números e atender uma demanda de passageiros que preferem viagens com mulheres, a startup lançou a categoria “Mulher”.

“No Brasil, cerca de 95% são homens e apenas 5% são motoristas mulheres. Isso vale para tudo como mobilidade, entregas, motos. Ou seja, é um mercado pouco explorado, e a gente veio para dar este apoio, porque acreditamos que nossa plataforma é segura e queremos ampliar essa segurança para elas”, explica Roger Duarte, CEO da Startup.

“Segurança é tudo, ainda mais pra mulher. O fato de a viagem só começar com o código me traz tranquilidade. E a categoria ‘Mulher’ também é um diferencial e posso atender passageiras que valorizam esse cuidado, mas, se for homem, a escolha é minha. Tenho autonomia pra decidir quem atender, e isso me deixa ainda mais confiante e tranquila para trabalhar”, destaca Amélia.

“Dirigir de dia é minha dica para quem está começando, dá mais segurança e o trânsito é mais tranquilo. Mesmo com pouco tempo de operação na HOOH, já sinto a diferença. Quando toca uma corrida, realmente me sinto valorizada. A empresa tem uma comunicação próxima, humana, e isso me faz sentir parte de um movimento, não apenas mais um número”, comenta Amélia, destacando que a startup transmite uma sensação de segurança que vai além do aplicativo, além de garantir seguro 24 horas e o pagamento das corridas mesmo dia.

O CEO da startup comenta também que o lembrete é diário para as mulheres dirigirem de dia e evitarem lugares perigosos. “O aplicativo ajuda com o compartilhamento de corridas, botão SOS de emergência e outras funções”, destaca Roger. “As mulheres são mais prudentes no trânsito. No Paraná, por exemplo, homens se envolvem em acidentes de trânsito aproximadamente três vezes mais que as mulheres. É uma prova de que a motorista mulher é mais cuidadosa, e o apoio que estamos dando só vem a fortalecer esse mercado que tem grande potencial de crescimento”, completa.

 

Eduardo Betinardi

P+G Trendmakers

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Dois jovens ficam feridos em grave acidente de moto na AC-475, entre Acrelândia e Plácido de Castro

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Dois jovens ficaram feridos na tarde desta quinta-feira (4) após um grave acidente de motocicleta registrado na Rodovia AC-475, no trecho que liga os municípios de Acrelândia e Plácido de Castro. O condutor da moto, João Gustavo Muniz, de 19 anos, perdeu o controle do veículo ao passar por uma curva. A motocicleta saiu da pista, arrancou uma estaca e arremessou os dois ocupantes a cerca de oito metros, lançando-os em uma área de pasto.

A dupla trafegava em uma Honda Fan 160, de cor prata. Com o impacto, João Gustavo sofreu fraturas no fêmur, na tíbia e na fíbula da perna esquerda, além de fratura exposta em um dos dedos da mão esquerda. Mesmo com a gravidade das lesões, seu quadro é considerado estável.

O garupa, Antônio Taguá da Silva Monteiro, de 18 anos, também teve ferimentos significativos. Ele apresentou fratura na clavícula esquerda, ferimento com exposição óssea em um dedo do pé esquerdo e um corte profundo na mão direita. Assim como o condutor, permanece em estado estável.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) enviou uma ambulância de suporte básico de Plácido de Castro para o resgate. Após os primeiros atendimentos, as vítimas foram levadas à Unidade Mista de Saúde do município e, devido à gravidade dos ferimentos, transferidas ainda na noite desta quinta-feira para o Pronto-Socorro de Rio Branco em uma ambulância municipal.

A Polícia Militar esteve no local e deve apurar as circunstâncias que resultaram no acidente.

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Atualização: Idosa de 90 anos é encontrada desorientada em via pública é resgatada pelo filho

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Uma idosa identificada como Antônia Moraes da Silva, de 90 anos, foi encontrada desorientada na noite desta quinta-feira (4) na Rua Fátima Maia, próximo à UniNorte, no bairro Jardim de Alah, em Rio Branco.

Populares perceberam que ela não conseguia informar seu endereço nem fornecer contatos de familiares, e acionaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). A equipe realizou os primeiros atendimentos no local e conduziu a idosa ao Pronto-Socorro da capital.

Até o momento, Antônia não foi reconhecida por nenhum parente. As equipes de saúde pedem que, caso alguém a conheça ou possua informações sobre seus familiares, procure o Pronto-Socorro para auxiliar na identificação e no contato com a família.

A direção da unidade reforça a importância da colaboração da comunidade para que a idosa possa retornar em segurança ao convívio familiar.

Atualizacão

Momentos após a publicação desta nota e de outros meios de comunicação, o filho devidamente identificado, soube e se deslocou até o pronto-socorro para buscar sua genitora. O caso devidamente esclarecido, resultou no resgate da idosa para sua residência.

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Câmara de Epitaciolândia convoca gerente do Banco do Brasil para explicar falta de dinheiro em caixas e falhas no atendimento

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Problema se agrava nos finais de semana e limita saques de moradores e turistas; agência do Banco do Brasil na cidade será convidada a dar explicações na Câmara Municipal

Vereador Rosimar do Rubicon denuncia que problema se agrava nos finais de semana e prejudica moradores e turistas na região de fronteira com a Bolívia. Foto: captada 

A constante falta de dinheiro nos caixas eletrônicos da única agências bancária do Banco do Brasil de Epitaciolândia, cidade acreana na fronteira com a Bolívia, foi tema de discussão na Câmara Municipal na sessão da última segunda-feira (1). O vereador Rosimar do Rubicon (Republicanos) foi o autor da reclamação em plenário, relatando que o problema se intensifica nos finais de semana e afeta moradores e turistas.

Segundo o parlamentar, ao buscar explicações com a única agência bancária do município, foi informado de que os bancos têm um limite de valores para abastecimento dos terminais. A situação piora quando o quinto dia útil do mês cai em uma sexta-feira – período em que saques costumam aumentar –, resultando na alta probabilidade de os caixas ficarem sem cédulas durante o sábado e o domingo.

— É um absurdo o cidadão não poder sacar um dinheiro que é dele, conquistado com o suor do seu trabalho durante um mês inteiro — protestou vereador Rosimar do Rubicon.

O problema ganha dimensão adicional por Epitaciolândia ser uma cidade fronteiriça, vizinha a Cobija, na Bolívia – um polo turístico e de compras da zona franca (Zonfra) que atrai visitantes. A falta de dinheiro nos caixas impacta tanto a população local quanto o fluxo de turistas que circulam pela região.

A Câmara Municipal de Epitaciolândia recebeu o gerente da agência local do Banco do Brasil, André, para prestar esclarecimentos públicos em relação a constante falta de cédulas nos caixas Foto: captada 

Diante da repercussão, insatisfação generalizada com a falta de dinheiro nos caixas eletrônicos e outros problemas nos serviços bancários, a Câmara Municipal de Epitaciolândia convocou o gerente da agência local do Banco do Brasil, André, para prestar esclarecimentos públicos. O gerente foi questionado sobre três questões principais: a constante falta de cédulas nos caixas, os transtornos causados pela reformas na agência e as intermitências no serviço de internet que comprometem o atendimento. O objetivo foi pressionar por uma solução que garanta o abastecimento regular, especialmente em períodos de maior demanda.

Veja vídeo entrevista:

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