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Cresce número de bolivianos praticando comércio em Xapuri
Por Raimari Cardoso
A presença de comerciantes ambulantes de nacionalidade boliviana – alguns com dupla nacionalidade – na região central de Xapuri, vendendo uma infinidade de produtos que são trazidos clandestinamente para o lado brasileiro, como eletrônicos chineses de pequeno porte a gêneros alimentícios como uva, batata, cebola e alho, principalmente, já remonta a mais de uma década.
Inicialmente, eles trabalhavam apenas sob as pequenas e bastante conhecidas bancas protegidas por guarda-sóis coloridos, que chegaram a se tornar parte da paisagem do centro da cidade, mas agora muitos deles já possuem prédios alugados e, aos poucos, estão chegando outros e se integrando ao comércio regularmente estabelecido a contragosto dos comerciantes tradicionais.
Escorchados pela dura política tributária do país, os comerciantes locais se sentem prejudicados com a situação e já fizeram, até o momento em vão, por meio da Associação Comercial de Xapuri, várias solicitações de providências às autoridades municipais e estaduais, assim como à Receita Federal, no que diz respeito à entrada ilegal de produtos importados no país.
Ouvindo alguns representantes do setor na cidade, percebe-se que a intenção, no entanto, não é a de se expulsar os vendedores bolivianos da cidade, mas apenas definir um local específico onde eles possam trabalhar e pagar tributos como os comerciantes formais, como é o caso de Celso Paraná, que já presidiu a Associação Comercial do município por dois mandatos.
“Temos dialogado com a prefeitura no sentido de buscar, junto às demais instituições responsáveis, como a Receita Federal e a Polícia Federal, uma solução para o problema, que precisa ser resolvido, mas com todo cuidado, com respeito e, acima de tudo, com a dignidade e a humanidade que essas pessoas merecem”, disse ao ac24horas em uma conversa ainda antes da pandemia.
De acordo com o Setor de Cadastro e Arrecadação da prefeitura, até 2019 existiam 13 ambulantes bolivianos, a maioria mulheres, cadastrados no município, com uma “permissão” para praticar o comércio na cidade com base em alguns critérios definidos em um acordo informal, mantido entre a municipalidade e a própria Associação Comercial, segundo explicou o fiscal Ronnivon da Silva.
“Há um acordo entre a prefeitura e a associação comercial para que eles trabalhem nas imediações do Mercado dos Colonos e em alguns outros pontos, em dias específicos, mas já estamos resolvendo a situação para eles saiam das ruas e procurem uma localização definitiva. A maioria tem CPF brasileiro e filhos no Brasil. Têm dupla nacionalidade”, afirmou.
A respeito do assunto, a Prefeitura de Xapuri acaba de anunciar em sua página na internet que vai dar início a um trabalho de fiscalização para enquadrar os empresários do setor do comércio em geral, sejam brasileiros ou bolivianos, nas exigências legais do município quanto ao usos dos espaços públicos, como as calçadas, por comerciantes.
“A Prefeitura de Xapuri intensifica a fiscalização e empresários terão que se enquadrar em exigências legais do município, como na obtenção de documentações específicas e pessoais para continuarem comercializando produtos e prestando serviços na cidade. Também será feita a regulamentação das dependências públicas, como calçadas e margens de ruas para fins comerciais”, diz um trecho do comunicado.
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Foragido por feminicídio no Amazonas é preso no Acre

Foto: Reprodução/ YacoNews
Um homem de 22 anos, identificado como Pedro Henrique da Fonseca, foi preso na noite de sexta-feira (2) em Sena Madureira, no interior do Acre. Ele era procurado pela Justiça do Amazonas por feminicídio e foi localizado após ser flagrado com uma espingarda furtada.
A prisão foi efetuada por uma guarnição do Grupo de Intervenção Rápida Ostensiva (GIRO). Ao realizar a consulta no sistema de segurança, os policiais descobriram que Pedro era foragido do município de Lábrea (AM), onde é acusado de matar a própria madrasta.
O crime ocorreu em abril de 2021. Segundo as investigações, Pedro esperou a madrasta, Maristela Brito de Mesquita, dormir para atacá-la com uma faca. Após degolá-la, ele arrastou o corpo e o jogou em um açude. Dois dias depois, o corpo foi encontrado pela família com sinais de violência. Ainda conforme o relato dos familiares, mesmo após o assassinato, Pedro chegou a ameaçar as irmãs de morte.
Considerado de alta periculosidade, o acusado teve a prisão decretada pela 1ª Vara da Comarca de Lábrea e estava foragido desde então. Na época do crime, ele tinha 18 anos.
Pedro Henrique deve aguardar os trâmites legais para ser transferido ao estado do Amazonas, onde deve responder pelo crime em regime fechado.
Com informações do portal Yaco News
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Sobrevivente de acidente com Ranger sai da sedação após 2 semanas no PS

Foto: reprodução
Um dos sobreviventes do grave acidente na Via Verde, em Rio Branco, o monitor de alarme Fábio Farias de Lima, saiu da sedação após mais de duas semanas internado na UTI do pronto-socorro da capital acreana. Ele já começou a apresentar sinais de melhora e a reconhecer familiares e amigos.
A informação foi repassada por uma amiga da família, que preferiu não ter o nome divulgado. Segundo ela, Fábio teve a sedação suspensa no início da semana e, apesar de ainda não estar totalmente consciente, já interage durante as sessões de fisioterapia. “Ele está bem melhor, já faz fisioterapia, não está ciente ainda, mas já tiraram toda sedação dele. Já reconhece a esposa e alguns amigos”, contou ao g1 Acre.
Funcionário da Empresa de Vigilância VIP, Fábio foi atropelado por uma caminhonete no dia 17 de abril, junto com os colegas de trabalho Macio Pinheiro da Silva e Carpegiane Lopes, além da autônoma Raiane Xavier. O condutor do veículo, Talysson Duarte, invadiu a pista contrária e atingiu as três motocicletas.
Macio morreu ainda no local. Fábio, Carpegiane e Raiane foram socorridos com vida, mas Carpegiane não resistiu e faleceu três dias depois na UTI. Fábio teve várias fraturas, passou por cirurgias e precisou de doações de sangue. Ele segue internado, sob cuidados, mas com evolução no quadro clínico.
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Fumaça colorida pode ter causado mal-estar em alunas durante jogos no IFAC de Sena Madureira
Quatro estudantes foram levadas ao hospital com sintomas respiratórios e abdominais; direção promete revisar protocolos de segurança
Um incidente durante os jogos interclasses do Instituto Federal do Acre (IFAC), neste sábado (3), deixou quatro alunas hospitalizadas após apresentarem sintomas de mal-estar. O episódio ocorreu no campus de Sena Madureira e teria sido provocado pela inalação de fumaça colorida utilizada pelas torcidas durante o evento esportivo.
De acordo com um professor da instituição, bastões com fumaça azul e verde foram acionados nas arquibancadas, o que pode ter desencadeado reações nas estudantes. “Isso nunca tinha acontecido antes. Foi uma surpresa para todos nós, mas parece que a fumaça causou os sintomas nelas”, declarou.
Familiares das alunas relataram sintomas como falta de ar, dores abdominais e, em um dos casos, convulsões com liberação de espuma pela boca, o que inicialmente levantou suspeitas de intoxicação alimentar. Todas as estudantes foram encaminhadas ao Hospital João Câncio Fernandes e seguem sob observação médica.
A direção do IFAC informou que irá revisar os protocolos de segurança para eventos estudantis e buscará formas de evitar o uso de artefatos que possam representar riscos à saúde dos participantes.
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