Acre
Corregedor do MP debate ampliação de vagas em creches e escolas com prefeitos do Acre
Reunião abordou obras inacabadas, filas em creches e baixos índices de matrículas; estado tem apenas 19,3% de atendimento para crianças de 0 a 3 anos

O corregedor Ângelo Fabiano Farias da Costa, reforçou, durante reunião com prefeitos do Acre nesta quarta-feira (12), a importância de ampliar o acesso à educação infantil no estado. Foto: cedida
O corregedor nacional do Ministério Público, Ângelo Fabiano Farias da Costa, participou, nesta quarta-feira (12), de uma reunião com prefeitos do Acre para discutir os desafios da educação infantil no estado. O encontro focou em questões como obras inacabadas, filas em creches e pré-escolas, e os baixos índices de matrículas, especialmente na primeira infância, que abrange crianças de 0 a 5 anos.
O Acre é o 15º estado incluído nas ações do Ministério Público para garantir o acesso à educação infantil em todo o país. Segundo o corregedor, a situação no estado é preocupante: 23% das crianças de 4 a 5 anos, faixa etária considerada de universalização da educação, ainda não estão matriculadas. Para crianças de 0 a 3 anos, o cenário é ainda mais crítico, com apenas 19,3% de atendimento, bem abaixo da meta nacional de 50% e da média nacional de 37,3%.
“Nosso foco central é a educação na primeira infância, que abrange crianças de 0 a 5, 6 anos incompletos. De fato, há uma preocupação com o número de crianças de 4 a 5 anos fora da escola, fase chamada de universalização da educação, na qual todas deveriam estar matriculadas. No Acre, esse índice está bem abaixo dos 100%, com 23% das crianças dessa faixa etária sem matrícula. Com relação às crianças menores, de 0 a 3 anos, enquanto a meta nacional de atendimento é de 50% e a média nacional está em 37,3%, no Acre esse índice é ainda mais baixo, registrando apenas 19,3%”, destacou Ângelo Fabiano.
A reunião reforçou a necessidade de ações urgentes para melhorar a infraestrutura e ampliar o acesso à educação infantil no estado, garantindo que mais crianças tenham a oportunidade de frequentar creches e pré-escolas.
Reunião com representantes dos 22 municípios aconteceu nesta quarta, dia 12
O corregedor Ângelo Fabiano Farias da Costa, reforçou, durante reunião com prefeitos do Acre nesta quarta-feira (12), a importância de ampliar o acesso à educação infantil no estado.
O encontro, que contou com a participação de representantes dos 22 municípios acreanos, teve como objetivo avaliar a atuação dos promotores de Justiça na área e incentivar a adoção de políticas públicas que garantam mais vagas em creches e escolas.
Dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) revelam que 32% dos municípios acreanos possuem filas de espera para vagas em creches e escolas. Atualmente, apenas 19,3% das crianças de 0 a 3 anos estão matriculadas, índice bem abaixo da média nacional de 37,3%. Para a faixa etária de 4 a 5 anos, 23% das crianças ainda estão fora da escola, apesar de ser uma fase considerada de universalização da educação.
“A ampliação do acesso à educação infantil, além de promover inclusão social, também impacta outras áreas, como a autonomia econômica das mães, que podem ingressar no mercado de trabalho, e até mesmo a proteção contra a violência doméstica em alguns casos”, destacou o corregedor.
Ângelo Fabiano afirmou que o objetivo é elevar o índice de matrículas para crianças de 0 a 3 anos dos atuais 19% para 30% a 37%, aproximando-se da média nacional. Já para a faixa de 4 a 5 anos, a meta é garantir que todas as crianças estejam na escola. “Nosso objetivo hoje é conversar com os prefeitos para apresentar essa preocupação e reforçar a importância de ampliar as matrículas. No longo prazo, queremos acabar com as filas de espera e garantir o acolhimento dessas crianças na educação infantil”, concluiu.
A reunião reforçou o compromisso do Ministério Público em colaborar com os municípios para superar os desafios na área da educação infantil, promovendo inclusão e desenvolvimento social no estado.

Atualmente, apenas 19,3% das crianças de 0 a 3 anos estão matriculadas, índice bem abaixo da média nacional de 37,3%. Para a faixa etária de 4 a 5 anos, 23% das crianças ainda estão fora da escola. Foto: internet
Ângelo destacou em coletiva de imprensa que a educação infantil apresenta dados alarmantes em todo o estado, especialmente em relação ao número de crianças fora do ambiente escolar.
“Nós estamos trabalhando nas correções; este é o 15º estado que estamos corrigindo no Ministério Público, o Acre, e o nosso foco central é a educação da primeira infância, que abrange as crianças de 0 a 5 anos incompletos, e isso realmente desperta preocupação. O número de crianças de 4 a 5 anos, que é a fase da universalização da educação, onde todas as crianças dessa faixa etária deveriam estar frequentando a escola, está bem abaixo da meta de 100%. 23% das crianças de 4 a 5 anos não estão matriculadas, e em relação às crianças menores de 0 a 3 anos, onde a meta nacional é de 50% e a média do nosso país é de 37,3%, aqui no Acre a média está bem abaixo, em 19,3%”.
“Portanto, nossa vinda aqui é justamente para verificar a qualidade e a regularidade do trabalho dos promotores e promotoras do estado do Acre, no que tange à educação infantil, para que esses promotores possam também dialogar, conversar e cobrar dos prefeitos e prefeitas dos municípios acrianos, que são 22, a adoção de políticas públicas que aumentem as vagas para crianças em creches e escolas”, disse o corregedor.
“Isso gera inclusão social e, muitas vezes, pode tirar a mãe da criança de uma situação de dependência econômica, além de protegê-la de violência doméstica e familiar em algumas situações. Está tudo interligado. Portanto, nossa ideia aqui é conversar com os prefeitos neste dia, para mostrar nossa intenção”, acrescentou.
O corregedor também informou que mais de 30% das cidades do Acre enfrentam filas de espera para matrícula de crianças.
“Há uma informação aqui de dados oficiais do INEP que 32% dos municípios acrianos informaram que têm filas de espera para crianças em creches e escolas. Então, é importante dialogar com os prefeitos para que haja, de fato, o acolhimento dessas crianças na educação infantil e que essas filas acabem. O Ministério Público quer cobrar de certa forma, mas também deseja se colocar ao lado do gestor. Hoje, estamos com a participação de profissionais do Fundo Nacional de Defesa da Educação para que eles possam dialogar com os prefeitos e tirar dúvidas a respeito de obras da educação básica que estão paralisadas”, acrescentou.
Atualmente, 37 obras de escolas públicas estão paralisadas em todo o Acre e precisam ser concluídas. Apenas 22 estão aptas à retomada.
Caso não cumpram o pedido do MPAC, os gestores podem ser penalizados judicialmente, mas, de acordo com o corregedor, isso leva tempo e não é a intenção do órgão.
“Sim, pode ocorrer penalidade judicial, mas não é essa a intenção e há todo um processo para que isso ocorra. O que queremos aqui é orientar os promotores e prefeitos para que garantam a continuidade dessas obras e ofereçam vagas nas escolas para nossas crianças, já que os números ainda são preocupantes”, concluiu.

23% das crianças de 4 a 5 anos não estão matriculadas, e em relação às crianças menores de 0 a 3 anos, onde a meta nacional é de 50% e a média do nosso país é de 37,3%, aqui no Acre a média está bem abaixo, em 19,3%”. Foto: internet
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No Acre, médicos decidem deflagrar greve a partir de sexta (9)

Foto: Cedida
Os médicos decidiram pela deflagração de greve por tempo indeterminado a partir de sexta-feira, 9. A decisão foi tomada durante a assembleia geral extraordinária realizada na noite de segunda-feira, 5, pelo Sindicato dos Médicos do Acre (Sindmed-AC).
A mobilização deverá paralisar os serviços não urgentes, ou seja, apenas as consultas ambulatoriais e as cirurgias eletivas (procedimentos operatórios que podem ser reagendados). Os serviços de urgência e emergência serão mantidos, entre eles o atendimento das crianças, que neste período sofrem com as doenças respiratórias.
A categoria exige gratificações e plantões extras. “A decisão foi coletiva. Agora, a decisão é retornar ao trabalho apenas depois do pagamento”, explicou o presidente do Sindmed-AC, Guilherme Pulici.
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Sesacre cria núcleos de educação permanente em saúde na rede estadual

Foto: Odair Leal/Sesacre
A Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre) oficializou a criação dos Núcleos de Educação Permanente em Saúde (NEPS) em todas as unidades da rede estadual. A medida foi publicada por meio da Portaria nº 933, assinada pelo secretário Pedro Pascoal, publicada nesta terça-feira (06) no Diário Oficial do Estado (DOE). A medida visa fortalecer a formação e o desenvolvimento profissional dos trabalhadores do Sistema Único de Saúde (SUS) no estado.
Os núcleos terão a função de planejar, executar e acompanhar ações educativas e científicas, como capacitações, atualizações, estágios supervisionados, pesquisas e processos de qualificação profissional dentro das unidades da Sesacre. A iniciativa é respaldada por legislações federais e estaduais que reconhecem a importância da educação permanente como instrumento estratégico de melhoria na qualidade dos serviços prestados à população.
Segundo a portaria, o NEPS será coordenado por servidores indicados pelas gerências das unidades, preferencialmente de nível superior ou médio, com carga horária entre 12 e 40 horas semanais, a depender da complexidade do serviço. Os profissionais atuarão em articulação direta com o Departamento de Ensino e Pesquisa da Sesacre (DEP), órgão responsável por implementar as políticas de educação permanente em saúde no estado.
Entre as competências dos NEPS, destacam-se: identificar demandas de qualificação a partir da realidade local; elaborar planos de ação anuais; organizar e divulgar eventos educativos; coordenar estágios; garantir o cumprimento das normas de aprendizagem em serviço; e promover parcerias com instituições de ensino superior e escolas técnicas.
Os núcleos também serão responsáveis pela certificação de qualificações com até 40 horas de duração, enquanto cargas horárias superiores deverão ser encaminhadas ao DEP para emissão de certificados conforme as normas vigentes.
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Sejusp realiza translado de fígado de Rondônia para o Acre

Foto: Dharcules Pinheiro/Sejusp
A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública do Acre (Sejusp), por meio do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer), realizou o translado de um fígado, destinado a transplante, de Porto Velho para Rio Branco nessa segunda-feira, 5.
O órgão será transplantado em um paciente do Amazonas que está em tratamento no Acre. A ação foi possível graças ao termo de cooperação firmado entre a Sejusp e a Secretaria de Saúde (Sesacre).
O secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, José Américo Gaia, afirma que a ação mostra o resultado positivo que a Sejusp, por meio do Ciopaer, vem desenvolvendo. “Os helicópteros fazem toda diferença na hora de salvar vidas e essa parceria com a Sesacre demonstra o compromisso do Estado com a vida das pessoas”, destacou.

Foto: Dharcules Pinheiro/Sejusp
Segundo o coordenador do Centro Integrado de Operações Aéreas, Sergio Albuquerque, o número de transporte de órgãos chegou a 10 nos últimos anos, e a agilidade no transporte garante segurança e eficiência no processo. “Além dos serviços de segurança pública, o Ciopaer também realiza resgate de pessoas e transporte aeromédicos”, informou.
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