Acre
Corpos de presos mortos em rebelião no AC são identificados por parentes
Familiares foram até o IML identificar corpos de detentos nesta sexta (21).
Rebelião ocorreu nesta quinta-feira (20) no presídio de Rio Branco.
G1
Os quatro detentos mortos na rebelião que ocorreu nos pavilhões J, L e K do Complexo Penitenciário Francisco D’Oliveira Conde, já foram identificados por familiares no Instituto Médico Legal (IML), na manhã desta sexta-feira (21). Na quinta (20), durante a entrega de marmitas no presídio, os presos se rebelaram e tomaram conta de três pavilhões da FOC. Agentes do Batalhão de Operações Especiais (Bope) entraram na unidade e, inicialmente, conseguiram retomar os pavilhões L e K. O Pavilhão J foi o último a ser controlado.
Benevenuto Lima, de 27 anos, foi o primeiro a ser reconhecido. A irmã dele, Zilda Lima, de 30 anos, disse que ficou sabendo da morte do irmão após fotos espalhadas pelas redes sociais. Ela saiu de Senador Guiomard para reconhecer o corpo do irmão. Ele morreu ainda dentro da FOC.
“Ninguém espera que aconteça isso. Tantos policiais e deixam acontecer isso. Queremos justiça, porque sei que ele estava pagando por um crime que cometeu, a gente entende, mas ele não merecia ser assassinado dessa forma. Ele pedia a Deus todos os dias para sair, dizia que ia mudar”, desabafa a mulher.

Antônio Carlos Alves da Rocha Filho, 22 anos, também
foi reconhecido nesta sexta (21) (Foto: Iryá Rodrigues/G1)
Antônio Carlos Alves da Rocha Filho, 22 anos, também morreu dentro da unidade penitenciária. Muito abalada a mãe dele não quis se identificar, mas informou que reconheceu o filho por um vídeo que circulou nas redes sociais.
A mãe conta ainda que Rocha estava preso no pavilhão J e respondia pelo crime de homicídio há dois anos.

Cleidson Silva de Souza, de 30 anos, morreu no
Huerb ainda na noite desta quinta (20)
(Foto: Iryá Rodrigues/G1)
O preso Cleidson Silva de Souza, de 30 anos, levou um tiro dentro do presídio e foi levado para o Huerb e morreu ainda na noite da quinta (20).
Segundo a esposa, que não quis se identificar, ele estava preso por porte ilegal de armas e cumpria pena no Pavilhão J há nove meses. Ele deixou três filhos, de quatro,sete e 12 anos. A família disse que ficou sabendo do ocorrido pelas redes sociais.
Edson Silva de Almeida, de 25 anos, está entre os três presos que foram mortos dentro da FOC. Segundo informações do tio, o missionário Sebastião Gomes, de 39 anos, Almeida foi preso há quatro meses porque descumpriu uma medida do regime semiaberto. O tio não soube informar por qual crime o detento estava preso, mas afirma que ele “tinha uma vida complicada”.
Almeida é da cidade de Brasiléia. O tio diz que, como é o único familiar que está em Rio Branco, precisou ir ao IML para fazer o reconhecimento. Inicialmente, ele não conseguiu reconhecer Almeida por uma foto mostrada por um servidor do IML e precisou olhar o corpo para poder identificar corretamente e repassar a informação para a família que, segundo ele, está aflita por informações em Brasiléia, no interior do Acre. O corpo vai ser trasladado para a cidade da vítima.
Briga de facções no Acre
Desde domingo (16), o Acre registra uma onda de execuções que, segundo o secretário da Segurança, Emylson Farias, tem ligação com a briga entre duas facções rivais. O estopim dessa guerra aconteceu na noite de terça-feira (18), quando ao menos 25 criminosos de um grupo organizado armaram uma emboscada para matar presos do semiaberto ligados a uma facção rival. Quatro pessoas foram feridas e apenas um criminoso preso.
O ataque aconteceu na Unidade Prisional 4 (UP-4), quando os presos voltavam para dormir na unidade. No dia seguinte, o governo acionou 500 homens do Exército, destes 200 ficaram em Rio Branco e o restante em cidades da fronteira. Além disso, os 380 da chamada “Papudinha” foram liberados do pernoite até esta sexta-feira (21).
O presídio Francisco d’Oliveira Conde (FOC) também registrou um início de motim na quarta-feira (19). O motim iniciou no pavilhão I, conhecido como “Chapão”, onde ficam os sentenciados. A assessoria do Iapen confirmou que um grupo de presos começou a bater nas grades e a gritar, mas a situação foi contida a tempo. A visita íntima foi suspensa devido ao ataque registrado na noite anterior.
Na quinta-feira (20), uma briga durante o banho de sol no FOC deixou um ferido em Rio Branco. A Secretaria de Segurança Pública do Acre (Sesp-AC) informou que os presos usaram estoques durante a confusão no pátio da unidade.
No mesmo dia, durante a entrega de marmitas no presídio, os presos se rebelaram e tomaram conta de três pavilhões da FOC. Agentes do Batalhão de Operações Especiais (Bope) entraram na unidade e, inicialmente, conseguiram retomar os pavilhões L e K. O Pavilhão J foi o último a ser controlado. Após a rebelião, em coletiva, o governo afirmou que dois carcereiros foram presos sob suspeita de fornecer armas para presos atuarem no complexo.
No total, quatro presos morreram. Um chegou a ser socorrido no Hospital de Urgência e Emergência, mas não resistiu. Além disso, 19 ficaram feridos.
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Acre
Acre tem 152 obras federais paradas, com R$ 1,2 bilhão paralisados durante governo Lula, aponta TCU
Dados atualizados até abril de 2025 mostram que saúde e educação concentram maior número de obras interrompidas; causas das paralisações não são detalhadas no painel do tribunal

O Ministério das Cidades reúne 31 obras suspensas, impactando projetos de habitação e urbanização. O DNIT contabiliza 12 interrupções em frentes relacionadas à malha viária e logística estadual. Foto: captada
O Acre convive com 152 obras federais paralisadas, que somam cerca de R$ 1,2 bilhão em investimentos represados, segundo dados do Tribunal de Contas da União (TCU) atualizados até abril de 2025. As áreas de saúde e educação são as mais afetadas, com 50 e 32 obras interrompidas, respectivamente.
O levantamento, foi consultado na última quarta-feira (3), não detalha os motivos das paralisações, mas revela um cenário crítico para a infraestrutura e os serviços públicos no estado. No Ministério da Saúde, as obras paradas incluem unidades básicas, estruturas intermediárias e equipamentos que, se concluídos, ajudariam a desafogar o sistema hospitalar e ampliar o acesso à população.
Já o Ministério da Educação tem paralisadas 32 obras, como escolas, creches e outros equipamentos essenciais para regiões com carência de vagas e infraestrutura limitada.
Outros órgãos também aparecem com números expressivos: o Ministério das Cidades tem 31 obras suspensas (habitação e urbanização), e o DNIT contabiliza 12 paralisias que afetam a malha viária e a logística estadual. Completam a lista o Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional (11 obras), Ministério do Esporte (9), Funasa (3), Ministério da Agricultura e Pecuária (2), além do Fundo de Defesa dos Direitos Difusos e o Ministério do Turismo, com 1 obra cada.
A falta de detalhamento sobre as causas — que podem incluir entraves administrativos, questões jurídicas, falhas de execução ou falta de repasse de recursos — dificulta a análise e a busca por soluções para retomar investimentos essenciais ao desenvolvimento do estado.

A leitura das informações revela que os setores de saúde e educação, pilares essenciais do atendimento direto à população, concentram o maior número de obras interrompidas no estado. Foto: captada
O Ministério da Educação, com 32 obras que incluem escolas, creches e outros equipamentos educacionais. A interrupção desses projetos impacta diretamente a expansão da oferta de ensino e o atendimento a crianças e jovens em regiões onde a carência por infraestrutura permanece elevada.
O levantamento do TCU também aponta paralisações em outras pastas relevantes. O Ministério das Cidades acumula 31 obras interrompidas, incluindo projetos de urbanização e habitação. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) aparece com 12 obras, afetando frentes ligadas à malha viária e logística do estado.
Distribuição por pasta ministerial
- Saúde: 50 obras paralisadas (unidades básicas, estruturas intermediárias)
- Educação: 32 obras (escolas, creches, equipamentos de suporte)
- Cidades: 31 obras (habitação e urbanização)
- DNIT: 12 obras (malha viária e logística)
- Integração Regional: 11 obras
- Esporte: 9 obras
Impactos diretos
- Saúde: Sistema hospitalar não é desafogado
- Educação: Déficit de vagas e infraestrutura permanece
- Logística: Transporte de insumos e atendimento a municípios isolados comprometido
Falta de transparência
- Causas: Painel não detalha motivos das paralisações
- Entraves: Dificuldade em identificar problemas administrativos, jurídicos ou financeiros
Apesar do impacto econômico e social gerado pela interrupção dos investimentos, o painel do TCU não detalha os motivos que levaram cada projeto à condição de paralisação, deixando abertas questões sobre problemas contratuais, falhas de execução, falta de repasses ou entraves administrativos.
As paralisações refletem um problema crônico na execução de obras públicas no Acre, estado historicamente dependente de investimentos federais. A falta de explicações oficiais sobre as causas das interrupções dificulta a busca por soluções e prolonga o sofrimento da população que aguarda por serviços essenciais.
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Acre
Prefeito de Rio Branco anuncia Natal com árvore maior, drone show e iluminação em LED em todas as regionais
Tião Bocalom apresentou as novidades do “Acender das Luzes do Natal de Vida, Esperança e Dignidade 2025” e garantiu decoração em bairros e programação cultural intensa, com Festival de Drones marcado para 20 de dezembro

Bocalom também adiantou que o município prepara atividades especiais para o Réveillon, mantendo o padrão dos anos anteriores. Foto: captada
O prefeito Tião Bocalom apresentou, em entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira (5) na Praça da Revolução, as principais novidades da decoração e programação natalina de Rio Branco para 2025. Com o tema “Natal de Vida, Esperança e Dignidade”, o evento trará iluminação em LED e uma árvore de Natal 4 metros maior que a do ano passado.
— Agora trabalhando com muito LED. A nossa árvore de Natal esse ano tem 4 metros a mais do que o ano passado. A população vai ver, vai ficar muito bonito — afirmou Bocalom.
A iluminação não se restringirá ao Centro: todas as dez regionais da cidade receberão itens decorativos reutilizados de anos anteriores, e avenidas importantes serão embelezadas com novos equipamentos. O prefeito relacionou o investimento ao espírito natalino e ao compromisso da gestão com a população.
A programação cultural prevê cantatas, corais locais, artistas regionais e, como ponto alto, o Festival de Drones, marcado para o dia 20 de dezembro.
— Eu prefiro gastar o dinheiro com o Festival de Drones, que tem o quê? 3, 4 anos que o mundo conheceu esse trabalho, do que gastar com um artista só que sempre está vindo aqui para o Acre levando o nosso dinheiro embora — declarou Bocalom.
As luzes natalinas permanecerão acesas até 10 de janeiro, e o município prepara também atividades especiais para o Réveillon. Sobre o transporte público durante o período festivo, o prefeito adiantou que a gestão divulgará em breve os detalhes para garantir mobilidade e segurança.
Veja vídio assessoria:
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Acre
Assembleia Legislativa do Acre recebe prêmio nacional por excelência na transparência públi
A gestão da mesa diretora da Assembleia Legislativa do Acre tem motivos de sobra para comemorar o trabalho realizado ao longo de 2025

A ALEAC foi premiada com o selo ouro de transparência pública em gestão pelo Programa Nacional de Transparência Publica( PNTP), durante o IV Congresso Internacional dos Tribunais de Contas (CITC), realizado em Florianópolis, SC.
A premiação aconteceu na tarde da última 5• feira. A ALEAC alcançou 93,02% de transparência, ficando entre os 1.082 órgãos públicos que alcançaram a mesma premiação, dentre mais de 10 mil portais de órgãos publicos avaliados.

Presente ao evento, representado a mesa diretora, o deputado Luiz Gonzaga, primeiro secretário da Casa, externou toda alegria por ver o trabalho coordenado pelo presidente Nicolau Júnior, sendo reconhecido nacionalmente.
“Ver a ALEAC reconhecida entre as instituições com os mais altos níveis de transparência, reforça o trabalho sério que estamos construindo sob a presidência do deputado Nicolau Júnior, que tem conduzido a casa com responsabilidade, diálogo e compromisso”, disse Gonzaga após a premiação.
O trabalho de análise dos portais envolveu mais de 10 mil pessoas, entre eles mais de 500 técnicos dos 33 Tribunais de Contas do País. Neste período, foi percebido que 49% dos portais foram aprimorados desde a última edição, em 2024.

De Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul, onde participa da 28• Conferência da UNALE, o presidente Nicolau Júnior compartilhou com os demais deputados do Acre o feito alcançado e disse que o reconhecimento público atestado pelo Programa Nacional de Transparência Pública( PNTP), ratifica um trabalho de austeridade, cortes de gastos e seriedade no trato com a coisa pública.
“Compartilho esse reconhecimento nacional que alcançamos com todos os parlamentares e servidores da nossa casa. Estou particularmente feliz e diria que até realizado por estarmos sendo aprovados pelos órgãos de controle. Vamos continuar trabalho, todos unidos, para que o legislativo acreano continue avançando, sendo exemplo para outras casas de leis no país”, disse.

A entrega da certificação foi feita pelo presidente da Atricon, Edilson Silva; pelo presidente do Instituto Rui Barbosa (IRB), Edilberto Pontes; pelo presidente do Tribunal de Contas de Santa Catarina, Herneus De Nadal; pelo presidente do Conselho Nacional dos Presidentes dos Tribunais de Contas (CNPTC), Luiz Antônio Guaraná; e pelo coordenador-geral do PNTP, Antônio Joaquim.

Sobre o PNTP
O Programa Nacional de Transparência Pública (PNTP), liderado pela Atricon, é uma iniciativa voltada para promover e avaliar a transparência das informações públicas em Estados e municípios brasileiros. Ele se baseia em mais de 130 critérios de avaliação, que ajudam a medir o grau de transparência das entidades públicas, permitindo comparações e gerando indicadores de melhoria.
O Radar da Transparência Pública é uma ferramenta eletrônica que divulga os índices de transparência ativa de órgãos públicos de todo o País, apurados no levantamento realizado no PNTP desde 2022, executado pelos Tribunais de Contas, com o apoio dos controladores internos.
Além disso, ele evidencia o resultado da análise realizada nos órgãos públicos dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, no âmbito federal, estadual e municipal.




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