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Cotidiano

Confronto na fronteira da Venezuela com Brasil deixa 2 mortos, diz oposição

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Ao menos duas pessoas morreram na fronteira entre Brasil e Venezuela hoje durante confrontos com forças de segurança do ditador Nicolás Maduro. A fronteira está fechada desde a noite de ontem por ordem de Maduro, e a região de Santa Elena do Uairén teve o efetivo militar reforçado nos últimos dias para evitar a entrega da ajuda humanitária. Ao menos 12 pessoas ficaram feridas –a imprensa venezuelana afirma que este número pode chegar a 22.

Segundo autoridades, os mortos são da comunidade indígena Kumaracapay. A primeira morte foi confirmada pelo presidente interino, Juan Guaidó: a indígena Zoraida Rodriguez. Segundo Guaidó, dois soldados dispararam contra indígenas que protestavam em um posto de controle em apoio à entrada das doações. A segunda vítima é Rolando García, segundo confirmaram os deputados opositores Americo de Grazia e Jose Guerra.

Em declarações para a agência de notícias Associated Press, o prefeito de Gran Sabana, Emilio Gonzáles, afirmou que os soldados dispararam balas de borracha e gás lacrimogêneo.

O irmão de Zoraida, Tony Rodríguez, contou à associação venezuelana Kapé-Kapé, que atua na região defendendo os povos indígenas, que o confronto começou quando os indígenas da comunidade tentavam impedir de fecharem a via por onde passaria a ajuda humanitária na fronteira do estado de Bolívar quando os soldados começaram a atirar. Segundo a Kapé-Kapé, Zoraida é esposa de Rolando García.

Manifestantes venezuelanos se aglomeram na fronteira com o Brasil defendendo a entrada de ajuda humanitária Imagem: Reprodução

“Kapé Kapé considera inaceitável a morte de Zoraida Rodríguez e seu marido, Rolando García, em um ato de sangue que  leva essa família ao luto, especialmente porque foi perpetrado por oficiais da GN [Guarda Nacional], os quais, sem nenhuma mediação, abriram fogo contra o grupo da Guarda territorial pemón que impediu a passagem das tropas em defesa da chegada da ajuda humanitária à fronteira com o Brasil”, escreveu a ONG em um texto institucional publicado hoje.

De acordo com a Kapé-Kapé, os militares seguiam em direção ao sul em uma caravana composta por seis comboios para “rejeitar o ingresso da ajuda humanitária”.

Em um vídeo publicado pela rede venezuelana NTN24, um dos indígenas feridos hoje pela Guarda Nacional, Alberto Delgado, afirmou que entrou no conflito porque não tem mais condições de arcar com a saúde de seus familiares. Seu filho, segundo ele, faz tratamentos em Boa Vista, capital de Roraima. “O único responsável por isso se chama Maduro”, diz Delgado.

A Secretaria de Saúde de Roraima confirmou ao UOL que os feridos foram levados para atendimento em Boa Vista, que fica a cerca de 200 quilômetros de Pacaraima –a fronteira foi aberta para que ambulâncias transportassem as vítimas.

Desde que o Brasil começou, há poucos dias, a organizar o envio de ajuda humanitária na cidade de Pacaraima, em Roraima, soldados e tanques venezuelanos foram enviados para a região de fronteira.

Autoridades brasileiras afirmaram ontem que a entrega de alimentos e medicamentos, solicitados pelo presidente interino Juan Guaidó, está mantidaapesar do fechamento da fronteira. A operação deve ser realizada amanhã, com a coordenação do governo dos Estados Unidos –o plano prevê que caminhões e motoristas venezuelanos venham até o lado brasileiro para buscar as doações, e nenhum brasileiro integrante da missão entrará em território venezuelano.

Segundo o governo brasileiro, um avião da Força Aérea foi para Boa Vista com quase 23 toneladas de leite em pó e 500 kits de primeiros socorros e medicamentos.

Guaidó pediu que os militares “definam como querem ser lembrados”. “Já sabemos que vocês estão com o povo, vocês nos deixaram isso bem claro. Amanhã poderão demonstrar isso”, diz o presidente interino, referindo-se ao fechamento das fronteiras ordenado por Maduro.

O porta-voz da Presidência da República, general Otávio Santana do Rêgo Barros, afirmou ontem à noite que, no momento, não há possibilidade de conflito na fronteira do Brasil com a Venezuela e que o envio da ajuda humanitária está mantido.

Maduro defende Forças Armadas

Em seu perfil no Twitter, Nicolás Maduro publicou um vídeo institucional de apoio às Forças Armadas venezuelanas, ressaltando seu “total respaldo” aos militares.

“Nossa #FANB está implantada  território nacional para garantir a paz e a defesa integral do país. Todo o meu apoio ao REDI [Regiões de Defesa Integral] e ao ZODI [Zonas de Defesa Integral]. Máxima moral, coesão máxima e ação máxima. Venceremos!”, escreveu Maduro.

O líder venezuelano, no entanto, não fez referências diretas às mortes que aconteceram na fronteira com o Brasil.

*Colaboraram Mirthyani Bezerra e Alex Tajra, do UOL em São Paulo.

 

 

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União entre Deracre, SPU, Iteracre e Bombeiros busca destravar áreas públicas em Xapuri

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A área em pauta envolve o aeródromo de Xapuri, administrado pelo Deracre, além de terrenos no bairro Mutirão e o prédio dos bombeiros

Deracre reforça articulação para legalizar área do aeródromo de Xapuri. Foto: Luy Andriel/Deracre

O governo do Acre, por meio do Departamento de Estradas de Rodagem, Infraestrutura Hidroviária e Aeroportuária (Deracre), reforçou, nesta segunda-feira, 12, a atuação na regularização fundiária do aeródromo de Xapuri, em reunião com a Secretaria do Patrimônio da União (SPU), Instituto de Terras do Acre (Iteracre), Corpo de Bombeiros, Secretaria de Estado de Administração (Sead) e representantes da Comissão de Regularização Fundiária do município. A área em pauta envolve o aeródromo de Xapuri, administrado pelo Deracre, além de terrenos no bairro Mutirão e o prédio dos bombeiros.

A proposta é agilizar o processo de titularização junto à União, o que inclui a doação oficial dos espaços ao Estado e, em alguns casos, à prefeitura. Segundo a presidente do Deracre, Sula Ximenes, o encontro reforça a importância da união entre os órgãos para destravar processos que impactam diretamente a população.

Governo do Acre trabalha para garantir segurança jurídica ao aeródromo, bairro Mutirão e área dos bombeiros. Foto: Luy Andriel/Deracre

“Essa articulação permite garantir segurança jurídica para áreas que são fundamentais para o funcionamento dos serviços públicos e o planejamento urbano de Xapuri”, destacou.

Responsável pelas ações técnicas de desmembramento e regularização da área, a presidente do Iteracre, Gabriela Câmara, explicou o papel do instituto no avanço do processo:

“Temos buscado uma solução definitiva para a área do bairro Mutirão, em Xapuri, que abrange o Corpo de Bombeiros e o aeródromo. Sabemos da importância dessa regularização para o desenvolvimento local e para a segurança jurídica das instituições e moradores. Na reunião de hoje, reafirmamos nosso compromisso com a parte que cabe ao Iteracre: elaborar as peças técnicas necessárias para o desmembramento da área e encaminhá-las à SPU, permitindo o avanço no processo de legalização”, explicou.

O superintendente da SPU no Acre, Tiago Mourão, afirmou que os processos estão avançando em ritmo acelerado, com prioridade para áreas que envolvem infraestrutura pública e interesse social. A previsão é de que a regularização do aeródromo seja concluída nos próximos meses. O Deracre acompanha de perto todas as etapas do processo, garantindo que as condições legais estejam adequadas para que o aeródromo continue operando com segurança e dentro da legalidade.

Iteracre reforça compromisso com desmembramento de áreas públicas em Xapuri. Foto: Luan Moura/Iteracre

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Xapuri receber R$ 464,9 mil do governo federal para recuperação após cheias do Rio Acre

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O valor autorizado pela União será complementado por uma contrapartida de R$ 10,3 mil da Prefeitura de Xapuri, totalizando R$ 475.226,99 em investimentos

O prazo para execução das ações é de 365 dias, contados a partir da publicação da portaria. Ao fim do período, o município terá até 30 dias para apresentar a prestação de contas final. Foto: cedida 

Xapuri, AC – O município de Xapuri foi autorizado a receber R$ 464,9 mil em recursos federais para a recuperação de áreas afetadas por desastres naturais, principalmente as atingidas pelas cheias do Rio Acre. A medida foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) na última sexta-feira (9) e formalizada pela Portaria nº 1.329, do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR).

O recurso será transferido pela Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, vinculada ao Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), com base no Plano de Trabalho aprovado no processo nº 59053.014931/2024-06.

O valor autorizado pela União será complementado por uma contrapartida de R$ 10,3 mil da Prefeitura de Xapuri, totalizando R$ 475.226,99 em investimentos.

A transferência será feita em duas parcelas, conforme regras da Portaria nº 3.033/2020, e o município terá 365 dias, a partir da publicação, para executar as obras. Após esse prazo, a prefeitura terá 30 dias para prestar contas ao governo federal. O descumprimento das determinações pode levar a responsabilização.

A medida visa amenizar os prejuízos causados pelas enchentes, que historicamente afetam a região, e reforçar a resiliência local frente a futuros eventos climáticos.

O prazo para execução das ações é de 365 dias, contados a partir da publicação da portaria. Ao fim do período, o município terá até 30 dias para apresentar a prestação de contas final. Foto: cedida 

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Acre registra US$ 40,7 milhões em exportações no primeiro quadrimestre de 2025

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Brasileia lidera vendas externas, enquanto Rio Branco é o maior importador, segundo dados do Comex Stat

Os números reforçam o papel do Acre no comércio exterior, com superávit na balança comercial. Foto: arquivo

O estado do Acre obteve US$ 40.769.619 nas exportações feitas de janeiro a abril deste ano. As importações fecharam em US$ 690.361. Os dados são do Comex Stat, sistema oficial para a extração das estatísticas do comércio exterior de bens.

A cidade que mais contribuiu para as exportações do Acre no primeiro quadrimestre de 2025 foi Brasileia, com US$ 12.054.688. Rio Branco vem na sequência com US$ 3.966.235 e Senador Guiomard, US$3.386.362.

Epitaciolândia (US$ 2.987.823), Manoel Urbano (US$ 548.412), Xapuri (US$ 119.580), (US$ 97.352) e Cruzeiro do Sul (US$ 971) completam a lista das exportações.

Enquanto Brasileia foi a que mais exportou, Rio Branco aparece como a que mais importou (comprou): US$ 411.033. Senador Guiomard importou US$ 149.560, Epitaciolândia US$ 76.246 e Cruzeiro do Sul, US$ 53.522.

Brasileia, Manoel Urbano, Xapuri e Tarauacá não importaram produtos de outros países. Os números reforçam o papel do Acre no comércio exterior, com superávit na balança comercial.

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