Acre
Comunidade na reserva Chico Mendes vive há 20 anos sem luz e rejeita energia solar como solução
Os moradores, que vivem isolados do outro lado do Rio Acre desde o início do programa Luz para Todos, rejeitaram a proposta de energia solar apresentada pela concessionária, insistindo na instalação da rede elétrica convencional

O vereador Rosimar reforçou seu compromisso com a comunidade e afirmou que continuará cobrando dos órgãos responsáveis uma solução definitiva. Foto: cedida
Após mais de duas décadas no escuro, a comunidade Terra Alta, localizada na Reserva Extrativista Chico Mendes em Epitaciolândia, recebeu nesta semana a visita de uma comitiva da Energisa acompanhada pelo vereador Rosimar do Rubicon (Republicanos). Os moradores, que vivem isolados do outro lado do Rio Acre desde o início do programa Luz para Todos, rejeitaram a proposta de energia solar apresentada pela concessionária, insistindo na instalação da rede elétrica convencional.
A comunidade Terra Alta vive há mais de 20 anos sem energia elétrica, desde o início do programa Luz para Todos
A visita teve como objetivo principal ouvir as demandas dos moradores, que vivem há décadas enfrentando dificuldades com a falta de energia. Os representantes da Energisa foram recebidos de forma calorosa, mas os moradores foram firmes em reivindicar seus direitos. A empresa apresentou a alternativa da energia solar, mas a comunidade rejeitou a proposta, deixando claro que o desejo é ter energia elétrica convencional.
A servidora Elisângela, da Energisa, acompanhada de seus colegas de equipe, explicou que a dificuldade em atender toda a comunidade se deve à necessidade de licenciamento ambiental, exigido por órgãos como o ICMBio e o IBAMA.
De acordo com ela, apenas 14 famílias da Terra Alta conseguiram a licença necessária para receber o fornecimento da rede elétrica até o momento.

A empresa apresentou a alternativa da energia solar, mas a comunidade rejeitou a proposta, deixando claro que o desejo é ter energia elétrica convencional. Foto: cedida
O vereador Rosimar reforçou seu compromisso com a comunidade e afirmou que continuará cobrando dos órgãos responsáveis uma solução definitiva. “Não é aceitável que uma comunidade tão importante como a Terra Alta ainda viva no escuro depois de tantos anos. Vamos continuar lutando até que a energia elétrica chegue para todos”, destacou.

A comunidade, que fica do outro lado do Rio Acre, vive há mais de 20 anos sem energia elétrica, desde o início do programa Luz para Todos. Foto: cedida
“Queremos energia como todo mundo tem, não uma solução improvisada”, declararam representantes da comunidade, que enfrentam diariamente limitações no armazenamento de alimentos, estudos noturnos e acesso a equipamentos básicos.
A Energisa argumenta sobre as dificuldades técnicas e ambientais para atender a demanda, mas os comunitários afirmam que a exclusão energética os mantém em situação de desigualdade crônica. O impasse revela os desafios persistentes na universalização dos serviços básicos em áreas de proteção ambiental no Acre.
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Acre
Morador em situação de rua é esfaqueado no pescoço em Rio Branco
Um homem de 50 anos, identificado como Edilmo Inácio Pereira, foi vítima de um ataque a faca na noite desta quinta-feira (25) no bairro 6 de Agosto, em Rio Branco. Ele caminhava pela Rua Seis de Agosto quando foi abordado por um homem armado com uma faca, que desferiu um golpe no pescoço da vítima.
Edilmo conseguiu caminhar até um posto de combustíveis próximo, onde desabou com intenso sangramento. O SAMU foi acionado e o levou ao Pronto-Socorro de Rio Branco, onde deu entrada em estado estável, mas com risco de agravamento.
A Polícia Militar esteve no local e iniciou as investigações, que agora seguem com a Polícia Civil, que busca identificar e prender o autor do crime.
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Acre deve arrecadar R$ 6,4 bilhões em impostos em 2025, aponta Impostômetro
Valor representa 0,16% da arrecadação nacional e supera em R$ 500 milhões o total de 2024; até 25 de dezembro, contribuintes já pagaram R$ 6,3 bilhões

Em comparação até o fim de novembro de 2025, os recursos recolhidos por prefeituras, governo estadual e União somavam R$5,8 bilhões no estado. Foto: captada
A arrecadação de impostos municipais, estaduais e federais no Acre deve alcançar cerca de R$ 6,4 bilhões em 2025, segundo estimativa do Impostômetro, ferramenta mantida pela Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT). O valor corresponde a aproximadamente 0,16% de toda a arrecadação nacional.
Comparativo anual:
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2025 (previsão): R$ 6,4 bilhões
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2024 (realizado): R$ 5,9 bilhões
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Até 25/12/2025: R$ 6,3 bilhões já arrecadados
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Até novembro/2025: R$ 5,8 bilhões acumulados
Principais tributos pagos pelos acreanos:
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Impostos sobre produção e circulação: ICMS e ISS
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Tributos sobre renda: Imposto de Renda (pessoa física e jurídica)
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Impostos sobre propriedade: IPTU e IPVA
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Taxas de comércio exterior e outros encargos
Destinação dos recursos:
Os valores arrecadados são utilizados para:
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Custeio da máquina pública (salários e manutenção)
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Financiamento de obras e infraestrutura
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Execução de programas governamentais
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Pagamento de servidores públicos
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Quitação de dívidas do estado e municípios
O crescimento da arrecadação reflete tanto a expansão da atividade econômica no estado quanto a melhoria na eficiência da cobrança tributária. Entretanto, especialistas alertam que o Acre continua com uma das menores participações na arrecadação nacional, refletindo suas limitações econômicas estruturais e baixa densidade populacional.
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Acre
Cânticos de fé e acolhimento transformam Natal de pacientes no PS

Foto: Cedida
Corredores do Pronto-Socorro de Rio Branco foram tomados por um som diferente do habitual nesta quarta-feira (24). Em meio à rotina intensa da unidade, servidores se reuniram para realizar um cântico natalino, levando música, palavras de fé e gestos de acolhimento a pacientes e profissionais que permanecem em serviço durante a data.
A iniciativa, que já se tornou tradição, tem como propósito aproximar o verdadeiro significado do Natal de quem passa esse período longe de casa. Para muitos pacientes, a internação na véspera da data simboliza medo e solidão. Para os servidores, é o desafio de cumprir o dever de cuidar enquanto a família celebra à distância. O cântico surge, então, como um gesto simples, mas carregado de sensibilidade, capaz de aquecer corações e renovar esperanças.
Para o gerente de Assistência do Pronto-Socorro, Matheus Araújo, a ação representa uma forma de humanizar ainda mais o atendimento e fortalecer os vínculos dentro da unidade.
“O Natal fala sobre amor, cuidado e presença. Sabemos que muitos servidores passam essa data longe de suas famílias e que muitos pacientes gostariam de estar em casa. Esse momento é para lembrar a todos que eles não estão sozinhos, que aqui existe acolhimento, humanidade e compromisso com o cuidado”, destacou.
A programação percorreu diferentes setores do hospital e contou com a participação de servidores da gestão, do corpo de enfermagem, supervisores e colaboradores do Núcleo de Atendimento ao Servidor (NAST). A organização da ação é feita de forma voluntária e colaborativa, com recursos arrecadados entre os próprios profissionais, que se mobilizam todos os anos para tornar o momento possível.
Além do simbolismo, o cântico também revela o outro lado do cotidiano do pronto-socorro: o cuidado que vai além da técnica e alcança o emocional e o espiritual. Em um cenário marcado por desafios e dias difíceis, a iniciativa ajuda a reforçar para a população que, diariamente, a unidade trabalha com dedicação, empatia e compromisso com a vida.
A enfermeira emergencista Jonnyka Lima, que atua na linha de frente do atendimento, ressaltou o impacto do momento tanto para os pacientes quanto para os profissionais.
“Esse momento toca profundamente quem está aqui dentro. Para o paciente, é um alívio no coração; para nós, profissionais, é uma renovação de forças. Às vezes, tudo o que alguém precisa é ouvir uma música, uma palavra de carinho, sentir que não foi esquecido. O Natal nos lembra exatamente isso: cuidar do outro também é um ato de amor”, afirmou.
Após a apresentação, as reações falavam por si. Olhares emocionados, sorrisos tímidos, lágrimas discretas e palavras de gratidão marcaram o encerramento da ação. Muitos pacientes relataram que precisavam exatamente daquela música ou daquela mensagem. Entre os servidores, o sentimento era de comunhão e fortalecimento coletivo.
Em meio à urgência, ao cansaço e aos desafios diários, o cântico reafirmou que o Natal pode acontecer em qualquer lugar, inclusive dentro de um hospital e que, onde há cuidado, há também humanidade, esperança e amor.











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